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Cecília Meireles - poetisa e jornalista brasileira.
Cecília Benevides de Carvalho
Meireles nasceu no Rio de Janeiro em 7
de novembro de 1901. foi uma poetisa, pintora, professora e jornalista
brasileira. É considerada uma das vozes líricas mais importantes das
literaturas de língua portuguesa.
Cecília Meireles nasceu no bairro da
Tijuca, filha dos açorianos Carlos Alberto de Carvalho Meireles, um funcionário
de banco, e Matilde Benevides Meireles, uma professora. Foi filha órfã criada
por sua avó açoriana, D. Jacinta Garcia Benevides, natural da ilha de São
Miguel. Aos nove anos, ela começou a escrever poesia. Frequentou a Escola
Normal no Rio de Janeiro, entre os anos de 1913 e 1916 estudou línguas,
literatura, música, folclore e teoria educacional.
Em 1919, aos dezoito anos de idade,
Cecília Meireles publicou seu primeiro livro de poesias, Espectros, um conjunto
de sonetos simbolistas. Embora vivesse sob a influência do Modernismo,
apresentava ainda, em sua obra, heranças do Simbolismo e técnicas do
Classicismo, Gongorismo, Romantismo, Parnasianismo, Realismo e Surrealismo,
razão pela qual a sua poesia é considerada atemporal.
No ano de 1922 casou com o artista
plástico português Fernando Correia Dias, com quem teve três filhas. Seu
marido, que sofria de depressão aguda, suicidou-se em 1935. Voltou a se casar,
no ano de 1940, quando se uniu ao professor e engenheiro agrônomo Heitor
Vinícius da Silveira Grilo, falecido em 1972. Dentre as três filhas que teve, a
mais conhecida é Maria Fernanda que se tornou atriz.
Teve ainda importante atuação como
jornalista, com publicações diárias sobre problemas na educação, área à qual se
manteve ligada, tendo fundado, em 1934, a primeira biblioteca infantil do
Brasil. Observa-se ainda seu amplo reconhecimento na poesia infantil com textos
como Leilão de Jardim, O Cavalinho
Branco, Colar de Carolina, O mosquito
escreve, Sonhos da menina, O menino azul e A pombinha da mata, entre
outros. Com eles traz para a poesia infantil a musicalidade característica de
sua poesia, explorando versos regulares, a combinação de diferentes metros, o
verso livre, a aliteração, a assonância e a rima. Os poemas infantis não ficam
restritos à leitura infantil, permitindo diferentes níveis.
Em 1923, publicou Nunca Mais… e Poema dos
Poemas, e, em 1925, Baladas Para El
Rei. Após longo período, em 1939, publicou Viagem, livro com o qual ganhou o Prêmio de Poesia da Academia
Brasileira de Letras. Católica, escreveu textos em homenagem a santos, como Pequeno Oratório de Santa Clara, de
1955; O Romance de Santa Cecília e
outros.
Em 1951 viajou pela Europa, Índia e Goa,
e visitou pela primeira e única vez os Açores, onde na ilha de São Miguel
contatou o poeta Armando César Côrtes-Rodrigues, amigo e correspondente desde a
década de 1940. Faleceu no Rio de Janeiro em 9 de novembro de 1964.
Retrato
Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
— Em que espelho ficou perdida
a minha face?
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
— Em que espelho ficou perdida
a minha face?
ALGUNS LIVROS EM
DIVERSAS EDIÇÕES
ALGUMAS FRASES
CECÍLIA MEIRELES - UMA VOZ LÍRICA
NA LÍNGUA PORTUGUESA
APOIO CULTURAL
Caro Alberto, bela matéria! E acrescento: Cecília foi a grande paixão do meu poeta preferido, Mario Quintana! PRCecchetti
ResponderExcluirParabéns mais uma vez, Alberto, parabéns pelo apuro, pelo bom gosto. Temos grandes poetas, homens e mulheres grandes poetas e poetisas, mas Cecilia... Se eu tiver de escolher... Ah, Cecilia.
ResponderExcluirCarlos Rosa
O lirismo da obra poética de Cecília Meireles é digno de aplauso e merece ser divulgado.
ResponderExcluirParabéns, Alberto, pela postagem no Focus.
Muito linda a obra de Cecília Meireles.
ResponderExcluirParabéns pelo seu belo trabalho.