sábado, 13 de fevereiro de 2016

A TRÉGUA DE MARIO BENEDETTI SERÁ A OBRA EM DEBATE PARA O MÊS DE MARÇO DE 2016 NO CLIC - CLUBE DE LEITURA DE ICARAÍ - NITERÓI - CONFIRA.

 
Capa do livro 
A TRÉGUA de Mario Benedetti.



 
LA TREGUA -  MARIO BENEDETTI
- Tradução de Pedro Gonzaga
Publicado em 1960, A trégua é a mais importante narrativa do escritor uruguaio Mario Benedetti é uma das obras-primas da literatura latino-americana do século XX. Escrito no formato de diário pessoal e repleto de uma finíssima ironia, retrata de maneira pungente a vida inócua e sem perspectivas dos grandes centros urbanos, bem como a luta perdida contra a solidão e a inexorável passagem do tempo. Um livro atual e definitivo.
SINOPSE
É um livro em forma de diário onde lemos as pequenas e profundas anotações de Martín Santomé que, às vésperas dos cinquenta anos e consequentemente de sua aposentadoria, passa a compartilhar seus anseios com o papel.
Martín Santomé é um viúvo com três filhos adultos com os quais tem uma relação acidentada. Está prestes a se aposentar, após anos exercendo um trabalho burocrático e rotineiro em uma firma comercial – um de seus poucos orgulhos como funcionário é a caligrafia cuidadosa com que faz anotações nos livros da empresa. Letargizado em uma vida comezinha, cinzenta e sem alegria, Santomé pergunta-se o que fará quando se aposentar. Aprender a tocar um instrumento, talvez? A sua existência é alterada quando ele conhece Laura Avellaneda, uma bela e encantadora jovem que parece prometer toda a vitalidade que falta a Santomé. Será Avellaneda realmente uma redenção, ou apenas uma trégua?
 
Mario Benedetti - escritor, poeta e ensaísta.
 
VIDA E OBRA

 
Mario Benedetti foi um poeta, escritor e ensaísta uruguaio. Integrante da Geração de 45, a qual pertencem também Idea Vilariño e Juan Carlos Onetti, entre outros. Considerado um dos principais autores uruguaios, ele iniciou a carreira literária em 1949 e ficou famoso em 1956, ao publicar "Poemas de Oficina", uma de suas obras mais conhecidas. Benedetti escreveu mais de 80 livros de poesia, romances, contos e ensaios, assim como roteiros para cinema.
Nasceu em Paso de los Toros, a 200 quilômetros ao norte de Montevidéu, em 14 de setembro de 1920. Sua família mudou-se para Montevidéu em busca de uma vida melhor. O pai, farmacêutico, perdera tudo o que possuía.
Aos 8 anos Benedetti ingressa no Colégio Alemán – uma instituição reconhecida pela sua qualidade – até o início do nazismo, quando seu pai, contrário a esse regime, o transfere para outro colégio. Essa experiência pode ser conferida no livro Gracias por el fuego (1965), no qual o personagem Ramón Budiño relata os castigos que recebeu quando estudava no mesmo Colegio Alemán.
Entre 1938 e 1941, Benedetti reside a maior parte do tempo em Buenos Aires e, em 1945 passa a integrar a redação do celebre semanário Marcha – sua grande escola de jornalismo –, onde permanece até seu fechamento, em 1974. Também em 1945 publica o primeiro livro de poemas, La víspera indelible, que nunca foi reeditado.
Em 1946, após alguns anos de noivado, se casa com Luz López Alegre, sua companheira durante toda a vida. E, nos anos seguintes, se alterna na direção das revistas literárias Marginalia e Número. Em 1948 publica o volume de ensaios Peripecia y novella e, um ano depois, seu primeiro livro de contos, Esta mañana.
Seu primeiro envolvimento político ocorre no ano de 1952, quando participa ativamente do movimento contra o Tratado Militar com os Estados Unidos. No ano seguinte publica Quién de nosotros, seu primeiro romance. A primeira viagem à Europa ocorre em 1957 – Benedetti visita então nove países como correspondente de Marcha e El Diário. Em 1959 aparece o volume de contos Montevideanos, peça chave de sua narrativa de concepção urbana e local. Um ano depois publica La trégua, seu romance mais conhecido, e El país de la cola de paja, um ensaio sobre a crise pela qual seu país atravessava.
Em 1965, mesmo ano de Gracias por el fuego, começa a escrever críticas cinematográficas para o jornal La tribuna popular. Logo depois vai a Paris, onde fica por um ano. Em 1967 publica Letras del continente mestizo, no qual reúne ensaios e artigos sobre literatura latino-americana. Em 1971 funda o Movimiento de Independientes 26 de Marzo, um grupo que passou a formar para da coalizão de esquerda Frente Amplio.
O golpe militar no Uruguai em 1973 o obriga a abandonar sua pátria. Parte para o exílio e passa por diversos países (Argentina, Peru, Cuba) até chegar na Espanha. Após longos dez anos, retorna a Montevidéu, e passa a fazer parte da diretoria da nova revista Brecha – continuação do projeto da revista Marcha.
As publicações se sucedem: Con y sin nostalgia, (contos) e La casa y el ladrillo (poemas), de 1977; Pedro y el Capitán (teatro), de 1979; y Cotidianas (poesia); Viento del exílio (poesia), de 1981; Primavera con una esquina rota e Cuentos, de 1982; Yesterday y mañana (poemas), de 1988; Despistes y franquezas (contos), de 1989; Las soledades de Babel (poemas), de 1991; La borra del café (romance), de 1993; Canciones del más acá, de 2000; Insomnios y duermevelas, de 2002. Neste ano recebe o título de cidadão honorário de Montevidéu. Faleceu em 17 de maio de 2009, aos 88 anos.

OBRAS

Contos

  • Esta Manhã e Outros Contos, 1949.
  • Montevideanos, 1959.
  • Datos para el viudo, 1967.
  • A Morte e Outras Surpresas, 1968.
  • Con y sin nostalgia, 1977.
  • Geografías, 1984.
  • Recuerdos olvidados, 1988.
  • Despistes y franquezas, 1989.
  • Buzón de tiempo, 1999.
  • El porvenir de mi pasado, 2003.
  • El otro yo
  • Triângulo Isósceles

Dramas

  • El reportaje, 1958.
  • Ida y vuelta, 1963.
  • Pedro y el Capitán, 1979.

Novelas

  • Quem De Nós, 1953.
  • A Trégua, 1960.
  • Gracias Por El fuego, 1965.
  • El cumpleaños de Juan Ángel, 1971.
  • Primavera con una esquina rota, 1982.
  • A Borra do Café, 1992.
  • Andamios 1996.

Poesia

  • La víspera indeleble, 1945.
  • Sólo mientras tanto, 1950.
  • Te quiero, 1956.
  • Poemas de la oficina, 1956.
  • Poemas del hoyporhoy, 1961.
  • Inventario uno, 1963.
  • Noción de patria, 1963.
  • Próximo prójimo, 1965.
  • Contra los puentes levadizos, 1966.
  • A ras de sueño, 1967.
  • Quemar las naves, 1969.
  • Letras de emergencia, 1973.
  • Poemas de otros, 1974.
  • La casa y el ladrillo, 1977.
  • Cotidianas, 1979.
  • Viento del exilio, 1981.
  • Síndrome, 1983.
  • Preguntas al azar, 1986.
  • Yesterday y mañana, 1987.
  • Canciones del más acá, 1988.
  • Las soledades de Babel, 1991.
  • Inventario dos, 1994.
  • El amor, las mujeres y la vida, 1995.
  • El olvido está lleno de memoria, 1995.
  • La vida ese paréntesis, 1998.
  • Rincón de Haikus, 1999.
  • El mundo que respiro, 2001.
  • Insomnios y duermevelas, 2002.
  • Inventario tres, 2003.
  • Existir todavía, 2003.
  • Defensa propia. 2004.
  • Memoria y esperanza, 2004.
  • Adioses y bienvenidas, 2005.
  • Canciones del que no canta, 2006.
  • Testigo de uno mismo , 2008.

Ensaios

  • Peripecia y novela, 1946.
  • Marcel Proust y otros ensayos, 1951.
  • El país de la cola de paja, 1960.
  • Literatura uruguaya del siglo XX. 1963.
  • Letras del continente mestizo, 1967.
  • El escritor latinoamericano y la revolución posible, 1974.
  • Notas sobre algunas formas subsidiarias de la penetración cultural, 1979.
  • El desexilio y otras conjeturas, 1984.
  • Cultura entre dos fuegos, 1986.
  • Subdesarrollo y letras de osadía, 1987.
  • La cultura, ese blanco móvil, 1989.
  • La realidad y la palabra, 1991.
  • Perplejidades de fin de siglo, 1993.
  • El ejercicio del criterio, 1995.
 
 
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SOLEDADES - MARIO BENEDETTI

Ellos tienen razón
esa felicidad
al menos con mayúscula
no existe
ah pero si existiera con minúscula
seria semejante a nuestra breve
presoledad

después de la alegría viene la soledad
después de la plenitud viene la soledad
después del amor viene la soledad

ya se que es una pobre deformación
pero lo cierto es que en ese durable minuto
uno se siente
solo en el mundo

sin asideros
sin pretextos
sin abrazos
sin rencores
sin las cosas que unen o separan
y en es sola manera de estar solo
ni siquiera uno se apiada de uno mismo

los datos objetivos son como sigue

hay diez centímetros de silencio
entre tus manos y mis manos
una frontera de palabras no dichas
entre tus labios y mis labios
y algo que brilla así de triste
entre tus ojos y mis ojos

claro que la soledad no viene sola

si se mira por sobre el hombro mustio
de nuestras soledades
se vera un largo y compacto imposible
un sencillo respeto por terceros o cuartos
ese percance de ser buenagente

después de la alegría
después de la plenitud
después del amor
viene la soledad

conforme
pero
que vendrá después
de la soledad

a veces no me siento
tan solo
si imagino
mejor dicho si se
que mas allá de mi soledad
y de la tuya
otra vez estas vos
aunque sea preguntándote a solas
que vendrá después
de la soledad.


Mario Benedetti - escritor.


 



 
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