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Desfile Oficial 2016
Estação Primeira de Mangueira.
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A Estação Primeira de Mangueira se consagrou campeã do
Carnaval 2016 no Rio de Janeiro, com 269,8 pontos, conquistando seu 18º título
após apuração das notas realizada nesta quarta-feira (10), na praça da
Apoteose.
Com o enredo "Maria Bethânia, a menina dos olhos de
oyá", ganhou seu 19º campeonato, com 269.8 pontos. A escola, que levou
para a avenida os 50 anos de carreira da cantora Maria Bethânia, brigou pelo
título até o último quesito. Numa disputa muito acirrada, decidida apenas no
último quesito - alegorias e adereços -, a Mangueira foi eleita a grande campeã
do Grupo Especial do Carnaval 2016 do Rio de Janeiro-Brasil.
Maria Bethânia é a grande homenageada pela escola de samba
(Foto: Alexandre Durão/G1)
Em segundo lugar ficou a Unidos da Tijuca (269,7) e, em
terceiro, a Portela (269.7). Além das três escolas, Salgueiro (269.5),
Beija-Flor (269.3) e Imperatriz (269.2) voltarão à Sapucaí no Sábado, a partir
das 21h30min. A Estácio, com 265 pontos, não conseguiu se manter no Grupo
Especial e, ano que vem, voltará à Série A.
Porta-bandeira chamou a atenção no desfile da Mangueira
(Foto: Fabio Tito/G1)
Muitos artistas, amigos e parentes de Bethânia, participaram
do desfile - além da própria cantora. Um dos carros alegóricos veio estrelado,
cheio de cantores e atores.
Entre eles estavam Caetano Veloso, irmão de Bethânia, e o
filho dele Tom, Mart'nália, Adriana Calcanhoto, Chico César, Zélia Duncan,
Lúcia Veríssimo, Regina Casé, Vanessa da Mata, Renata Sorah e Ana Carolina.
No chão e à frente do carro, foram Alcione, grande amiga de
Bethânia, e Rosemary. No carro que representou a Bethânia católica, um dos
destaques foi a sambista Beth Carvalho, mangueirense ilustre, que há dois anos
não saía na escola. Também no chão, foram os atores Cauã Raymond e Aílton Graça
– no segundo desfile da noite.
A apuração do desfile do Grupo Especial começou às 17 horas no Sambódromo, mobilizando torcedores que foram à Marquês de Sapucaí e às quadras. A do Salgueiro - que até quase o fim da leitura das notas tinha a maior pontuação, mas terminou a disputa em quarto lugar -, ficou tomada por torcedores desde o início da tarde, vestidos de vermelho e branco. Eles acompanharam os resultados por meio de um telão.
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VÍDEO COM MARIA BETHÂNIA
A HOMENAGEADA DE 2016.
A Mangueira mantinha as tradições e crenças de seus ancestrais, seus
batuques e seus cantos, agora abrasileirados, numa fusão de tradições de várias
nações africanas, com influências indígenas e também dos brancos:
afro-brasileiras. O candomblé e a umbanda tinham muitos adeptos na comunidade e
alguns casebres serviam de templos. Neles eram realizadas cerimônias religiosas
e outras comemorações. Os terreiros de Tia Fé, Chiquinho Crioulo, de Minan e
Maria Rainha, entre outros, serviam ao sagrado e ao profano, ao som dos
atabaques.
Nos Carnavais, como não podiam participar dos elegantes desfiles dos
brancos, tinham seus blocos para se divertirem. Familiares, tudo com muito
respeito. Mas justamente os melhores sambistas – e Mangueira já era um
conhecido reduto do samba – não eram bem vindos. Eles bebiam, falavam palavrão,
se metiam em brigas e por conta disso estavam barrados nos blocos carnavalescos
das famílias do morro. Para resolver o problema, criaram um bloco só de homens,
o Bloco dos Arengueiros, que significa fazer arengaria, algazarra, farra,
bagunça. Segundo contam, saíram pela primeira vez em 1923, vestidos de mulher,
arrumando briga com todos os outros blocos que encontravam. Depois de
apanharem, baterem e serem presos por cinco anos, no dia 28 de abril de 1928,
decidiram unir todos os blocos de Mangueira, para desfilar na Praça Onze.
Reuniram-se Angenor de Oliveira (Cartola), Saturnino Gonçalves (Seu Saturnino),
Abelardo da Bolinha, Carlos Moreira de Castro (Carlos Cachaça), José Gomes da
Costa (Zé Espinguela), Euclides Roberto dos Santos (Seu Euclides), Marcelino
José Claudino (Seu Maçu) e Pedro Paquetá e fundaram o Grêmio Recreativo Escola
de Samba Estação Primeira de Mangueira. Como seu primeiro presidente, elegeram
o Sr. Saturnino Gonçalves.
Por sugestão de Cartola, adotaram as cores verde e rosa, do Rancho do
Arrepiado, de Laranjeiras, lembrança dos carnavais de sua infância. Recebeu o
nome de Estação Primeira porque a primeira parada do trem, que saia da Estação
de Dom Pedro para o subúrbio, onde havia samba, era Mangueira. Esses oito
jovens que fundaram o G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira, jamais pensaram
que, oitenta anos depois, a Escola que fundaram não seria apenas uma Escola de
Samba. Não podiam imaginar que o morro em que moravam teria uma população de
quarenta e cinco mil habitantes.
Que as ações sociais desenvolvidas pela Estação Primeira de Mangueira
atenderiam diariamente dez mil moradores do morro. Que uma mulher nascida ali
receberia atendimento para seu filho nascer, crescer, estudar e se formar numa
faculdade. Tudo gratuitamente, graças às parcerias estabelecidas com os
governos federal, estadual, municipal e empresas privadas. Ou que naquela
comunidade o índice de crianças analfabetas seria de 0%, pois todas as crianças
em idade escolar estariam nas salas de aula e que o índice de mortalidade
infantil no seu morro, nos dias atuais seria zero. Porque a Escola de Samba que
eles fundaram hoje é também, UMA ESCOLA DE VIDA.
COMENTÁRIOS
ALBERTO,
OBRIGADA PELA
MENSAGEM !!!!!!!!!! ESTOU MUITO
FELIZ COM A VITÓRIA
DA MINHA ESCOLA PRIMEIRA
A MANGUEIRA !!!!!!
MEUS PARABÉNS A TODA A EQUIPE CARNAVALESCA............... E A TODOS OS
COMPONENTES DA ESCOLA !!!!!!!!!!!!!!!!
FOI UM ESPETÁCULO
BELÍSSIMO E UMA HOMENAGEM MARAVILHOSA
A UMA ARTISTA QUE ADORO
.... DESDE OS ANOS DOURADOS... MARIA BETHÂNIA!!!
ABRAÇOSSSSS,
VERA FIGUEREDO
Artista Plástico.
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