terça-feira, 20 de julho de 2021

COMPARTILHANDO MATÉRIA DO JORNAL "TODA PALAVRA" DE LUIZ AUGUSTO ERTHAL: OBITUÁRIO: GENTIL MOREIRA DE SOUSA, POR MÁRCIA PESSANHA



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COMPARTILHANDO MATÉRIA DO JORNAL "TODA PALAVRA" 

DE LUIZ AUGUSTO  ERTHAL


OBITUÁRIO: GENTIL MOREIRA DE SOUSA, POR MÁRCIA PESSANHA


N.R.: Entre as muitas perdas destes dias, seja por causa da pandemia de corona vírus ou da tristeza decorrente dela, que têm contribuído para apagar a luz do olhar de muitos dos nossos concidadãos, uma das mais sentidas aconteceu nesta segunda-feira cinzenta de julho. A morte, aos 92 anos, de Gentil Moreira de Sousa, que transformou a esquina das ruas Ator Paulo Gustavo (ex-Cel. Moreira César) e Presidente Backer, em Icaraí, onde está plantada a sua Confeitaria Beira-Mar, em um dos pontos mais queridos da cidade, entristece Niterói.

A morte de Gentil Moreira foi lamentada nesta segunda-feira pelas redes sociais por muitos niteroienses, entre eles o prefeito Axel Grael.

A pedido do TODA PALAVRA, a atual presidente do Elos Clube de Niterói, Márcia Pessanha, escreveu o obituário que se segue, no qual traça o perfil de um homem fascinante, que construiu não só um dos pilares do patrimônio gastronômico da cidade, mas que deixa uma história de tenacidade e sensibilidade como parte da grande contribuição da colônia portuguesa para Niterói. Márcia Pessanha foi também quem saudou o poeta Gentil Moreira em sua posse no Cenáculo Fluminense de História e Letras. (LAE).

 

GENTIL MOREIRA DE SOUSA

Por Márcia Pessanha*

Encantou-se nesta segunda-feira, 19 de julho, o “fazedor de pães,” e o “fazedor de sonhos”, em poesia, Gentil Moreira de Sousa. Gentil no nome e na arte de viver, nasceu em 29 de julho de 1929, na cidade de Arouca, Portugal, filho de Adriano Teixeira de Sousa e Helena Moreira de Sousa. Chegou ao Brasil no dia 11 de maio de 1951, conforme cita nos versos: Fomos para o Brasil/ logo após a grande guerra/ num dia frio de abril/ e deixamos nossa terra. No Rio de Janeiro, fez o 1º e o 2º graus na Escola Técnica Ernani Cardoso.

Estabeleceu-se em Niterói, em 1958, no ramo de panificação, sendo proprietário e Diretor-Presidente da Beira-Mar Comestíveis Ltda. Venceu, mas batalhou para alcançar seus objetivos. Antes, foi balconista na Confeitaria Sorriso, em Niterói, e vendedor viajante da firma Fonseca Araújo Importação e Exportação no Rio de Janeiro. Assim, escreveu no poema "A nova terra": A imagem do imigrante /no país onde chegou/ às vezes não lhe garante/ modos de prosperar./Precisa trabalhar com afinco/ passar noites sem dormir/ naquele quarto apertado/ pra algo de seu possuir...

Casou-se com Clarice Pinto Quaresma de Sousa, e dessa união nasceram dois filhos: Eduardo Gentil Quaresma de Sousa e Maria Célia Quaresma de Sousa Naegle. Tornou-se avô e bisavô com muita alegria.

Defensor da cultura luso-brasileira, em 1982, adquiriu dupla nacionalidade. Arouca e Niterói se entrelaçaram em seus sentimentos telúricos. Gostava de escrever sobre sua terra, sua gente. Publicou: D’ Além Mar ao Porto Seguro, poesias, editoração do autor; O Fazedor de Sonhos pela Editora Parthenon e a obra Tudo está vivo foi editado pela Editora Muiraquitã e outros.

Ocupou importantes cargos: Membro do Conselho Deliberativo e Vice-Presidente da Federação das Associações Portuguesas e Luso-Brasileiras; Sócio do Real Gabinete Português de Leitura; do Liceu Literário Português; do Clube Ginástico Português; Membro do Conselho Deliberativo e Diretor Superintendente da Associação Comercial e Industrial/RJ. Exerceu funções de Diretoria da Beneficência Portuguesa de Niterói; Presidente do Centro da Comunidade Luso-Brasileira/RJ; Presidente do Elos Clube de Niterói; Diretor do Clube Português de Niterói; Vice-Presidente do Clube de Diretores Lojistas de Niterói; Conselheiro da FIRJAN, Leste Fluminense; Diretor da CIRJ-FIRJAN; Membro do Conselho das Comunidades Portuguesas, e Vice-Presidente do Cenáculo Fluminense de História e Letras.

Recebeu os títulos: Cidadão Niteroiense; Cidadão do Estado do Rio de Janeiro; Sócio Benemérito da Sociedade Portuguesa de Beneficência de Niterói; Comendador da Ordem do Mérito Policial Militar, pelo Governo do Estado do Rio; Benemérito do Estado do Rio, dado pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio. 

Vida intensa, a do Sr. Gentil até hoje, aos 92 anos, quando partiu para uma outra dimensão, como diz nos versos: Acordei de um sonho lindo/ sonho sonhado dormindo. E será acolhido nos braços do Pai Eterno. E se, também, disse em seu livro que Tudo está vivo, para nós sua lembrança estará sempre presente, sempre viva em nossa memória afetiva, pois segundo Humberto de Campos, "a memória é um grande muro de fotografias, onde consagramos determinado espaço a cada criatura querida".

*Profª Doutora, Presidente do Elos Clube de Niterói



LEIA TAMBÉM A MATÉRIA DO FOCUS PORTAL CULTURAL






O LIVRO TUDO ESTÁ VIVO DE GENTIL MOREIRA DE SOUSA FIGUROU NA VITRINE DO FOCUS PORTAL CULTURAL DURANTE O MÊS DE ABRIL DE 2017

TUDO ESTÁ VIVO – eis o trabalho recém-lançado do escritor e acadêmico Gentil Moreira de Sousa, no dia 31 de março de 2017, no Bistrô Beira Mar, Icaraí - Niterói, obra indicada para figurar na Vitrine do Focus Portal Cultural, durante o mês de abril de 2017.


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https://focusportalcultural.blogspot.com/2017/04/tudo-esta-vivo-recente-obra-de-gentil.html

 

Com a assinatura da Editora Muiraquitã, da jornalista Labouré Lima, e direção de arte de Raquel Ribeiro, o livro teve a revisão feita pelo próprio autor. Do prefácio encarregou-se a escritora, professora e filósofa Dília Gouveia.

TUDO ESTÁ VIVO, cujo título por si já é muito expressivo, reúne uma coletânea de poesias recheadas do sumo da existência do escritor.  As poesias ali congregadas revelam rica variedade de estilo e, ao mesmo tempo, denotam o pulsar de um coração repleto de amor. Tudo está mesmo vivo naquelas palavras que entoam passagens palpitantes de memórias.

Seu autor português, que também colocou seu vivo coração no Brasil, afirma que suas lembranças vieram à imaginação desde à vinda à cidade de Niterói. Aqui chegou no ano de 1951,  e as poesias foram surgindo da sua alquimia afetiva, cristalizando-se em versos.

A obra é um fluxo marcante de paisagens interiores.  Cada uma, em tonalidade sentimental, dialoga com o cotidiano. São espelhos da sua vivência multifacetada compartilhada com afeto e ternura. Em cada página há uma nova descoberta.  São 35 poesias simbolizando o passado, 25, o presente e 17, o Eterno e contém 128 páginas de vivas recordações.


 

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