(CLICAR NA IMAGEM PARA ASSISTIR AO VÍDEO)
OU CLICAR NO LINK DO CANAL YOU TUBE
CÂMARA CASCUDO
PERMEIA A HISTÓRIA
E O FOLCLORE
Esse
foi o tema da conferência que a ACADEMIA NITEROIENSE DE LETRAS realizou na
quarta-feira, dia 14 de outubro de 2015, às 17 horas, no projeto CICLO DE PALESTRAS, que a nobre entidade de
Cultura, Casa de Horácio Pacheco apresenta mensalmente em Niterói.
A
acadêmica, historiadora e professora FRANCI MACHADO DARIGO foi quem proferiu a
palestra sobre as obras do escritor potiguar Luiz Câmara Cascudo, que é
considerado para todos, um dos maiores folcloristas brasileiros e deixou uma
obra ampla e fundamental.
CLICAR NO LINK DA PALESTRA NO YOU TUBE
Segundo
Franci Darigo que há muitos anos pesquisa o seu Patrono da Cadeira nº 6 na Academia Brasileira
de Literatura, a grande e singular importância de Câmara Cascudo foi fazer um vasto trabalho de documentação das ascendências étnicas do
Brasil ao longo de décadas de ação. Um
trabalho que procedeu em extenso auxílio para a reflexão de muitos pensadores
brasileiros.
A
historiadora também repassou, o memorialista estava sempre voltado para a
evocação de episódios da vida dos sertanejos, homens que viveram a saga do
despovoado, das cantorias e das danças folclóricas.
Câmara
Cascudo escreveu mais 150 livros, 300 artigos e 1.500 cartas. Era fascinado
pela sensualidade das palavras e praticava frases com a mesma facilidade com
que construía amizades extremas, como a que compartilhou com o escritor, músico
e pesquisador Mário de Andrade.
O
memorialista tomou contato com Mário de Andrade por intermédio do poeta
pernambucano Joaquim Inojosa, que lhe mandou o recorte de um artigo do
folclorista. A partir de então tiveram início a correspondência e amizade entre
os dois – registrada em parte no livro Cartas de Mário de Andrade a Luís da
Câmara Cascudo, que abrange o período de 1924 até perto de 1940.
Sobre
o livro mais famoso: Dicionário do Folclore Brasileiro (Global, 798 páginas),
de 1954. Oficialmente foram dez anos de pesquisa, e estava destinado,
inicialmente, a ser uma enciclopédia da cultura brasileira. É uma obra
fabulosa, que para escrever seus verbetes contou com uma espécie de "rede
de amigos estudiosos", de norte a sul do Brasil. É um verdadeiro registro
folclórico com variados temas brasileiros.
IMAGENS
DO EVENTO
SOBRE FRANCI MACHADO DARIGO
A
palestrante é pós-graduada em Filosofia Especializada na Santa Úrsula, em
Pesquisa da História pela Fundação Casa de Ruy Barbosa e em Pesquisa
Sociológica pelo Instituto Universitário de Pesquisa do Rio de Janeiro –
IUPERJ. Dedica-se à elaboração de ensaios historiográficos, filosóficos e
literários. Entre 1983 e 1990, publicou estudos, crônicas e pesquisa
historiográfica em jornais da cidade de Niterói.
Possui
o título de Protetora da Biblioteca do Real Gabinete Português de Leitura.
Exerceu, em Nova Friburgo (RJ), a vice-presidência da Sociedade Dante Alighieri
e da Academia Friburguense de Letras, entre 2000 e 2005.
Integra,
como titular, o Instituto Histórico e Geográfico de Niterói, o Cenáculo
Fluminense de História e Letras, a Academia Brasileira de Literatura e Academia
Niteroiense de Letras.
Realizou
pesquisa biográfica sobre Juan Gutierrez para o livro Juan Gutierrez: imagens
do Rio de Janeiro (1892-1896) de George Ermakoff, texto em português e inglês,
ilustrado com reproduções de fotografias do século XIX, álbum de capa dura em
policromia, com pesquisa iconográfica de Pedro Karp Vasquez, Coleção da Editora
Capivara, Visões do Brasil, 2 edições – 264 páginas (2002), São Paulo - SP. Ao
desenvolver esta pesquisa sobre a até então figura enigmática do fotógrafo Juan
Gutierrez de Padilla, foi trazida à luz documentação inédita a respeito do
assunto.
É
autora do ensaio Antônio Conselheiro — revisitado, publicado em 2ª edição
revisada e ampliada em 2002 (Primyl Editora) e do livro de poemas Manhãça das
lembranças do amor, publicado em 2002 (Primyl Editora). Ensaios
Historiográficos (2011-Primyl Editora).
FALANDO
MAIS UM POUCO SOBRE CÂMARA CASCUDO
O
antropólogo nasceu em Natal, Rio Grande do Norte, em 30 de dezembro 1898. É um
dos mais importantes pesquisadores das raízes étnicas do Brasil. Aos seis anos
já sabia ler. Estudou Latim durante três anos com o mestre João Tibúrcio. Em
1922, aprendeu a ler inglês, para acompanhar os viajantes pela África e Ásia. É
dele a tradução comentada do livro Travels in Brazil, de Henry Koster, viajante
inglês, obra das mais valiosas para o conhecimento e interpretação do Brasil,
no início do século XIX.
Sua
trajetória profissional teve início como jornalista do periódico A Imprensa, de
propriedade de seu pai, o coronel Francisco Cascudo. N’A Imprensa, em 18 de
outubro de 1918, publicou sua primeira crônica, O Tempo e Eu, na coluna
intitulada Bric-a-Brac.
Foi
colaborador de vários jornais de Natal e de algumas cidades do País. Manteve,
inclusive, seções diárias nos periódicos A
República e Diário de Natal, no período de 1939 a 1952 e de 1959 a 1960. Em
1920, na antologia poética de Lourival Açucena, Versos Reunidos, escreveu a
introdução e as notas.
Publicou
seu primeiro livro aos vinte e três anos de idade, Alma Patrícia(1921), um estudo crítico e biobibliográfico de 18
escritores e poetas norte-rio-grandenses ou radicados no Estado.
Foi
professor de Direito Internacional Público, na Faculdade de Direito do Recife e
de Etnologia Geral, na Faculdade de Filosofia, em Natal. Escreveu sobre os mais
variados assuntos. Sua especialização foi na etnografia e no folclore, mas sua
predileção era pelas áreas de história, geografia e biografia, especialmente do
Rio Grande do Norte. O intelectual faleceu em Natal- RN em 30 de julho 1986 aos
87 anos. É considerado o Papa do
folclore brasileiro. Publicou, entre outros, as seguintes obras:
Alma patrícia (1921);
Joio: página de literatura e crítica
(1924);
Conde D´Eu (1933);
Vaqueiros e cantadores: folclore
poético do sertão de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará (1939);
Antologia do folclore brasileiro
(1943);
Geografia dos mitos brasileiros
(1947);
Os holandeses no Rio Grande do Norte
(1949);
Meleágro: depoimento e pesquisa sobre
a magia branca no Brasil (1951); Dicionário do folclore brasileiro (1954);
História do Rio Grande do Norte
(1955);
Geografia do Brasil holandês (1956);
Jangadas: uma pesquisa etnográfica
(1957);
Rede de dormir (1959);
A cozinha africana no Brasil (1964);
Made in África: pesquisa e notas
(1965);
História da República no Rio Grande do
Norte (1965);
Prelúdio da cachaça (1968);
História da alimentação no Brasil
(1967-1968);
Ensaios de etnografia brasileira
(1971);
Sociologia da açúcar: pesquisa e
dedução (1971);
A vaquejada nordestina e suas origens
(1974);
Antologia da alimentação no Brasil
(1977).
APOIO CULTURAL
COMENTÁRIOS
Maravilhoso!!!
Matilde Conti.
Matilde C.Slaibi Conti
é escritora e presidente do CFHL.
***********************************************************
Nenhum comentário:
Postar um comentário