A exposição acontecerá dia 22 de setembro de 2016, às 19 horas, na varanda do Cine Artes da UFF, na Rua Miguel de Frias, em Icaraí - Niterói - RJ. Brasil.
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O DESERTO DOS TÁRTAROS DE DINO BUZZATI
A necessidade humana de dar
sentido à vida e o desejo de imortalidade através da glória são o tema, sobre o
qual circulam as alegorias desta obra. O enredo se desenrola sobre a narração
da espera feita ao longo da vida do personagem Drogo, um militar de carreira,
que vive se preparando para uma grande guerra na qual ele acredita que sua vida
e existência serão postas à prova.
Ao alcançar o posto de
tenente, o jovem Giovanni Drogo é designado para o Forte Bastiani, o que crê
ser a primeira etapa de uma carreira gloriosa. A má impressão que tem ao chegar
ao isolado forte o abala. A espera pelo inimigo, que justifica a permanência do
comando militar na região, transforma-se na espera por uma razão de viver, na
renúncia da juventude e na mistura de fantasia e realidade.
Só muito tarde, Drogo vai
percebendo que ao longo dos anos em sua estadia no forte, ele deixou passar
anos e décadas e que, apesar de seus velhos amigos, tanto os da cidade, como os
militares que passaram pelo forte, terem tido filhos, casado, e vivido uma vida
plena, ele em sua longa e paciente vigília veio acabar com nada, exceto a
camaradagem militar.
Quando finalmente o ataque
dos tártaros está para ocorrer de verdade, com as tropas inimigas à vista da
fortaleza pela primeira vez em todos os seus anos.
Militares apáticos veem aos
poucos seus sonhos serem minados numa rotina angustiante e alimentam a ilusão
ou o temor de que um dia a batalha de suas vidas aconteça, quando os inimigos
finalmente surgirem do deserto.
Capa do DVD do filme Il Deserto dei Tartari.
Capa da 1ª edição do livro
O deserto dos Tártaros
de Dino Buzzati.
Editora Cavalo de Ferro - Lisboa.
Dino Buzzati - escritor e jornalista.
UM POUCO SOBRE DINO BUZZATI
Dino Buzzati nasceu perto de
Belluno em uma pequena propriedade rural de sua família. Sua mãe, veterinária,
era veneziana e seu pai, professor universitário, era de uma antiga família de
Belluno.
Buzzati foi o segundo dos quatro filhos do casal. Desde muito jovem
manifestou as que iam ser em toda sua vida: escrevia, desenhava,
estudava violino e piano, além da paixão pela montanha à que dedicou sua
primeira novela, Bárnabo das montanhas (Bàrnabo delle montagne) (1933).
Em 1924 ele entrou para a
faculdade de direito da Universidade de Milão, onde seu pai já ensinara. Quando
já estava para terminar seu curso de direito.
Aos 22 anos, tornou-se jornalista
do jornal milanês. Corriere della Sera, onde permaneceria até a sua morte. Não
começou como repórter, onde só depois trabalharia como correspondente especial,
ensaista, editor e crítico de arte.
É comum dizer que sua profissão como
jornalista teve forte influência sobre seus escritos, emprestando mesmo para
seus contos mais fantásticos uma aura de realismo. Frequentou o Liceo Classico
Parini di Milano e laureou-se em jurisprudência com uma tese La natura giuridica
del Concordato.
O sucesso obtido com sua
primeira novela, a já citada Bárnabo das montanhas, não se repetiu com a
seguinte O segredo do Bosque Velho (Il segreto do Bosco Vecchio) (1935), que
foi acolhida com indiferença.
Durante a Segunda Guerra
Mundial, Buzzati serviu na África, como jornalista da Marinha italiana. Após a
guerra, publicou sua obra-prima, O
Deserto dos Tártaros, alcançando fama mundial e tendo grande sucesso de
crítica.
Dino Buzzati - escritor e jornalista.
Desde 1936 escreveu
numerosos relatos para o Corriere della Sera e outros jornais, posteriormente
recopilados em Os sete mensageiros e outros relatos (I sette messaggeri)
(1942), Paura alla Scala (1949), Il crollo della Baliverna (1954), Sessanta
racconti (1958, prêmio Strega), Esperimento dei magia (1958), Il colombre (1966),
As noites difíceis e outros relatos (Lhe notti difficili) (1971).
Em 1960 saiu O grande
retrato (Il grande ritratto), quase um experimento de novela]] de ficção cientifica,
onde entra em cena o universo feminino, que até então tinha explorado muito
pouco. Três anos depois, em Um amor (Um amore) relatou a história de Antonio
Dorigo, um homem que encontra o amor aos cinquenta anos: apresenta prováveis
rasgos autobiográficos, já que aos sessenta Buzzati casou-se com Almerina
Antoniazzi.
Também elaborou roteiros de
cinema, como o de Il viaggio de G. Mastorna, colaborando com Federico Fellini,
além de libretos de ópera. Entre vários outros, venceu o prêmio jornalístico
Mario Massai (1970) pelo artigo publicado no Corriere della Sera nell'estate
(1969), sobre a descida do homem à Lua.
Em 1972 morre em decorrência
do câncer, após uma prolongada luta contra a doença, na clínica La Madonnina de
Milão.
Dino Buzzati nos anos 50.
(CLICAR NA IMAGEM PARA ASSISTIR AO FILME)
Il deserto dei Tartari - Versão em 1976 - DVD.
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COMENTÁRIOS
Dino Buzzati,
um ícone da moderna literatura italiana.
Muito boa a postagem.
Luiz Lemme
Presidente do Instituto Esquina da Arte do Ingá.
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Dino Buzzati, um ícone da moderna literatura italiana. Muito boa a postagem.
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