Professor, escritor e pesquisador especializado em língua portuguesa e
literatura brasileira, reeleito presidente da Academia Brasileira de Letras para
o exercício de 2017, Domicio Proença Filho vivenciou nas últimas décadas, a
partir da docência de cursos especializados, um diálogo constante com mais de 20
mil professores e cerca de dez mil profissionais de outras áreas. Essa realidade
didática significativa evidenciou uma estreita relação entre leitura e
repertório cultural, chamando sua atenção para a necessidade de uma visão
pragmática e integrada dos conceitos relacionados com a escrita e a leitura. Tal
bagagem deu origem a Leitura do texto, leitura
do mundo, que tem como objetivo central discutir a conexão entre texto e
conhecimento.
Proença aborda o ato de ler e a sua importância, refletindo sobre aspectos relevantes referentes à leitura como fonte de prazer e cultura. Já no âmbito das conceituações e seu inter-relacionamento, ele abre espaço para considerações sobre o processo linguístico da comunicação ao discutir as funções da linguagem e destacar sua interação com história, ideologia, cidadania e contexto social. No que diz respeito à obra de arte literária, por sua vez, o autor propõe reflexões sobre sua especificidade, seu vínculo com a língua-suporte em que se concretiza e a representatividade cultural de que se reveste – apontando os múltiplos enfoques que, por sua natureza, o texto de literatura possibilita.
O livro é dividido em dez partes: “Conhecimento, comunicação e linguagem”, “Conhecimento, cultura e comunicação”, “Linguagem, língua e signo”, “O processo linguístico da comunicação”, “Enunciado, discurso e texto”, “Língua, discurso e estilo”, “Literatura, linguagem e língua”, “Literatura, leitura e interpretação textual”, “Caminhos da leitura” e “Leitura de textos”. Esse último segmento inclui interpretações de conteúdo literário (assinados por autores como Camões, Machado de Assis, Cruz e Souza e Vinicius de Moraes) e não literário (ensaios de Alfredo Bosi, Alberto da Costa e Silva e uma passagem de um sermão de Padre Antônio Vieira), apresentando exemplos que não devem ser entendidos como modelos rígidos e seguem, nas palavras do autor, “a crença de que um determinado olhar pode mobilizar outros olhares num processo de ampliação do convívio prazeroso e enriquecedor com o texto de literatura”.
Proença aborda o ato de ler e a sua importância, refletindo sobre aspectos relevantes referentes à leitura como fonte de prazer e cultura. Já no âmbito das conceituações e seu inter-relacionamento, ele abre espaço para considerações sobre o processo linguístico da comunicação ao discutir as funções da linguagem e destacar sua interação com história, ideologia, cidadania e contexto social. No que diz respeito à obra de arte literária, por sua vez, o autor propõe reflexões sobre sua especificidade, seu vínculo com a língua-suporte em que se concretiza e a representatividade cultural de que se reveste – apontando os múltiplos enfoques que, por sua natureza, o texto de literatura possibilita.
O livro é dividido em dez partes: “Conhecimento, comunicação e linguagem”, “Conhecimento, cultura e comunicação”, “Linguagem, língua e signo”, “O processo linguístico da comunicação”, “Enunciado, discurso e texto”, “Língua, discurso e estilo”, “Literatura, linguagem e língua”, “Literatura, leitura e interpretação textual”, “Caminhos da leitura” e “Leitura de textos”. Esse último segmento inclui interpretações de conteúdo literário (assinados por autores como Camões, Machado de Assis, Cruz e Souza e Vinicius de Moraes) e não literário (ensaios de Alfredo Bosi, Alberto da Costa e Silva e uma passagem de um sermão de Padre Antônio Vieira), apresentando exemplos que não devem ser entendidos como modelos rígidos e seguem, nas palavras do autor, “a crença de que um determinado olhar pode mobilizar outros olhares num processo de ampliação do convívio prazeroso e enriquecedor com o texto de literatura”.
Leitura do texto, leitura do mundo ressalta ainda a relevância da matéria literária como poderoso nutriente do imaginário nacional e o papel do escritor como testemunha do seu tempo, tratando, em relação à cultura, da rearticulação dos conceitos tradicionais diante da atual realidade globalizada. Para Domicio Proença Filho, “a leitura, em especial a dos textos literários, ainda é, na contemporaneidade, uma das atividades mais eficazes na direção do nosso conhecimento de nós mesmos, dos outros, do mundo e de nossa relação com os outros e com o mundo”.
O AUTOR
Nascido em 1936 na cidade do Rio de
Janeiro, Domício Proença Filho é autor de mais de 60 livros – entre obras
didáticas, crítica e ensaio, poesia e ficção.
Formou-se em Letras Neolatinas
pela Faculdade Nacional de Filosofia da então Universidade do Brasil, hoje UFRJ.
Professor emérito e titular da cadeira de Literatura Brasileira na Universidade
Federal Fluminense (UFF), lecionou e ministrou cursos em diversas universidades
do Brasil e do exterior.
Produziu programas para o Serviço de Radiodifusão
Educativa do Ministério da Educação (MEC) e criou projetos culturais como a
Bienal Nestlé de Literatura. Na Academia Brasileira de Letras ocupa a cadeira
28, para a qual foi eleito em 2006.
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Visitar Domicio Proença Filho é a certeza de que "um determinado olhar pode mobilizar outros olhares num processo de ampliação do convívio prazeroso e enriquecedor com o texto de literatura".
ResponderExcluirSem embargo, um autor de mais de 60 livros, entre obras didáticas, críticas e ensaios, poesias e obras de ficção, tem o respaldo da crítica nacional (e internacional) para uma estante rica.
Vamos ao novo livro - ler e aprender - pois a fonte é excelente.