O escritor e produtor cultural Jordão Pablo de Pão lança seu livro O Mar do Meu Velho, no dia 25 de julho de 2018, quarta-feira, às 18h30min, no Solar do Jambeiro. A celebração inicia às 17 horas com a Posse de Jordão Pablo de Pão como Membro Titular da Academia Niteroiense de Letras. Imperdível!
Antologia de poemas e de contos curtos, a obra é inspirada nas leituras do autor sobre o mar e os registros orais de memórias sobre a vida de seu pai, pescador por mais de cinquenta anos. No mesmo dia, Jordão toma posse na Academia Niteroiense de Letras e recebe a medalha escritor José Cândido de Carvalho, da Câmara Municipal de Niterói.
Reconhecido pela democratização do acesso a eventos culturais, sobretudo ligados à literatura, Jordão Pablo de Pão há dez anos participa do cenário artístico niteroiense, inicialmente no Teatro Municipal João Caetano e, nos últimos anos, no Solar do Jambeiro. Participa de diversos grupos de leitura e de publicações literárias em Niterói, além de assinar a curadoria de projetos e de exposições que apresentam a história da cultura da Cidade Sorriso aos seus cidadãos. Em 2017, o escritor lançou seu primeiro trabalho individual, "Abre Caminhos", também pelo Armazém de Quinquilharias e Utopias.
"O Mar do Meu Velho" conta com quase oitenta páginas em que Jordão Pablo parte de seus estudos e de suas memórias sobre as narrativas feitas pelo seu pai para, com delicadeza e domínio da técnica de escrita, criar novos mitos, retomar narrativas do imaginário ocidental e recriar em enfoques afetivos as vivências de pescadores. "Falar sobre o mar é, para mim, muito orgânico. O meu velho Jordão, pai pescador que me deu de comer e de sonhar através das ondas desse gigante bravio, não apenas inseriu na minha vida hábitos educativos, mas me emprestou o amor que o guiou para os reinos míticos do oceano de pesca", ressalta o autor.
O leitor experienciará uma antologia de muitas formas e técnicas de escrita, privilegiando a fluidez do sentimento e o diálogo com muitos personagens que cercam nosso senso comum ou que formaram nossa herança cultural. De Iemanjá a Netuno, são revisitados mitos nossos de forma artística, e nunca com intenção documental. Ainda propõe e desconstrói mitos ao sabor de sua sensibilidade, mas seguindo sua já conhecida linha poética
Estabelecido o mar como espaço de convivência pacífica e de desafios de existir, como já se leu historicamente, o pescador passa a guiar a obra, unindo a infância de sujeito poético e protagonista, redimensionando as formas literárias: nesta publicação majoritariamente de poemas há um protagonista. Pescador que ergue tributo á sua amada, que prepara os insumos para a pesca, que vive diante dos olhos de quem lê: nascimento, constituição familiar e morte são temas que perpassam o trabalho. Este curso de mar, literariamente possível, deságua na saudade de filho pelo pai, após o registro do período de luto.
"Constitui um grande tributo aos trabalhadores do mar e à relação pai e filho, tão marginalizada e até irrelevada na sociedade atual. Como meu pai pontuou tão fortemente a minha individualidade, este é o meu agradecimento singelo a ele e, talvez, um grito de alerta a todos", diz o autor. Sua proposta literária é dialogar com a humanidade que irmana, colocando os afetos em primeiro plano a partir de uma experiência que poderia ser só do escritor, mas apresenta pontos em comum com tantos outros seres humanos.
Sua obra é formada, sobretudo, para a leitura apressada que se experiência no mundo contemporâneo. "Os poemas, contos e crônicas que escrevo não se interessam por barroquismos desnecessários, embora haja floreios onde o texto pede. O escrito vem, e ele é imperativo", revela. Além de produtor e escritor, Jordão Pablo de Pão atua como docente, criador de conteúdo para a internet e revisor, o que o auxilia na percepção dos contextos de criação e de recepção do texto. "Não se é escritor em uma caixinha, mas na vivência da rotina e das felizes insolitudes", diz.
O lançamento será uma celebração aberta à recente posse de Jordão Pablo na Academia Niteroiense de Letras. Ingressar na Cadeira 13 não é uma coincidência para o escritor, já que considera este um número pessoal de boas histórias e tem no ator e dramaturgo João Caetano, Patrono da Cadeira, uma de suas grandes referências. Destaca, ainda, a grande honra que é ocupar a cadeira que já foi ocupada pelo escritor e estudioso do teatro Antônio Santacruz Lima, pelo compositor e escritor Jacy Pacheco e pelo historiador e jornalista Emmanuel de Bragança Macedo Soares. A recepção será feira pela Acadêmica Liane de Souza Arêas. A Academia, situada no cruzamento das Ruas São João e Visconde do Uruguai, no Centro, tem sessões às quartas-feiras às 17h normalmente, abertas ao público e gratuitas.
A trajetória de Jordão Pablo de Pão foi o argumento para aprovação de uma moção de aplausos e da medalha José Cândido de Carvalho, da Câmara Municipal de Niterói, que serão entregues no lançamento do livro. A medalha é concedida por decreto legislativo a escritores, jornalistas e profissionais que tem na palavra a sua forma de expressão. Os agraciados com a condecoração têm expressiva atividade em defesa da cultura no cenário local. A proposição deste decreto é do vereador Leonardo Giordano. Também haverá microfone aberto para que os artistas apresentem seus trabalhos, ratificando o compromisso do escritor e produtor literário em aproximar as instituições literárias dos fazedores culturais.
Para conhecer a obra do novo imortal, indica-se o blog
SERVIÇO
Noite de Autógrafos do livro
"O Mar do Meu Velho",
de Jordão Pablo de Pão
Data: 25 de julho de 2018
Dia da Semana: Quarta-feira
Horário: das 18h30 às 21h
Local: Solar do Jambeiro |
Rua Presidente Domiciano, 195,
Boa Viagem, Niterói, RJ
Responsável: Jordão Pablo de Pão
Contato: 21 98124-7937
Ingresso: Gratuito
Classificação Etária: Livre
Editora: Armazém de Quinquilharias e Utopias
Preço do Livro: R$20,00
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