O FOCUS PORTAL CULTURAL,
HOMENAGEIA O ESCRITOR E POETA
CLÁUDIO AGUIAR,
PRESIDENTE DO PEN CLUBE DO BRASIL.
Cláudio Aguiar - escritor e poeta
Focus Portal Cultural, revista eletrônica,
100% cultura, há 3 anos divulga valores
literários fluminenses e vultos que se realçaram no cenário nacional. Hoje
homenageia o escritor Cláudio Aguiar, presidente do PEN CLUBE DO BRASIL que, este ano, mais
uma vez se destacou com o lançamento de Francisco Julião, uma Biografia e
relançou o premiadíssimo Caldeirão, a guerra dos beatos, obra que, por si só,
assinala o valor do autor.
Com mais de 25 livros editados nos gêneros
romance, teatro e ensaio, Cláudio Aguiar, biógrafo, romancista, historiador,
dramaturgo, ensaísta e poeta, nasceu na cidade de Poronga, Ceará, em 1944,
tornando-se nome bastante conhecido entre a intelectualidade nacional e
europeia. Há anos se dedica a uma
escrita, na qual, em fraterno enlace, a realidade e a ficção se complementam
com expressiva musicalidade.
A partir de 1962, radicado na cidade do
Recife, foi aluno do Ginásio Pernambucano e, em 1971, graduou-se pela Faculdade
de Direito do Recife. Por essa época, atuou com intensidade na imprensa
recifense, principalmente como colaborador literário dos suplementos literários
do Jornal do Commercio e Diário de Pernambuco.
Por seus méritos, tornou-se bolsista
pesquisador do Ministério de Assuntos Exteriores de Espanha (Madrid), estudando a obra de José Ortega y Gasset
(Madrid, 1983) e, no mesmo ano, foi
admitido como bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (CNPq), perante a Universidade de Salamanca, onde, em 1986,
defendeu tese doutoral na área de Direito Internacional sobre o processo de
imigração espanhola ao Brasil, sob o título: Organización Social y Jurídica de
los Inmigrantes Españoles en Brasil, alcançando, então, o título de doutor pela
mesma universidade.
Em 1992, ao aposentar-se de cargo público
ocupado na Justiça do Trabalho da 6ª. Região, no Recife, exerceu a função de
professor convidado da Universidade Federal Rural de Pernambuco, atuando na
área de convênio firmado entre aquela instituição de ensino e a Universidade de
Sherbrooke-Irecus – Canadá (1990-94).
Na categoria de romancista, dramaturgo,
ensaísta e poeta, Cláudio Aguiar recebeu vários prêmios e distinções, em
virtude do conjunto de sua obra. Dentre eles, o prêmio-homenagem internacional, de 1994, concedido pela
prestigiosa Cátedra de Poética Fray Luís de León, da Universidade Pontifícia de
Salamanca (Espanha), ocasião em que lhe foi outorgado também o título de honor
pela mesma Universidade e, em 2009; o
Prêmio Ibero-americano de Narrativa “Miguel de Unamuno” pelo livro El rey de
los bandidos, publicado pela Editorial Verbum, de Madrid. Em outubro de 2012, Aguiar recebeu o título
de Cidadão de Salamanca (Huésped Distinguido), concedido pela Prefeitura
(Ayuntamiento) por decisão unânime da Câmara local, distinção conferida a
grandes personalidades da cultura e das letras.
Fundador de Caliban, uma revista de cultura,
na qualidade de editor-responsável publicou 10 (dez) números (1998-2007). É
membro de várias entidades culturais e literárias, dentre as quais se destacam:
Academia Pernambucana de Letras,
Instituto Arqueológico Histórico e Geográfico Pernambucano (IAHGP),
Academia Carioca de Letras, Instituto
Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) e PEN Clube do Brasil, do qual é seu
Presidente. Também é o atual Presidente
da Fundação Miguel de Cervantes de Apoio à Pesquisa e à Leitura da Biblioteca
Nacional.
Obras publicadas:
Caldeirão: A guerra dos beatos;
Franklin Távora e o seu tempo;
Francisco Julião: Uma biografia;
O monóculo & o calidoscópio;
Suplício de Frei Caneca;
Os anjos vingadores;
Brincantes do Belo Monte;
Medidas e Circunstâncias e outros.
editor do Focus
“Cláudio Aguiar é um escritor enraizado
perfeitamente à sua terra e, por conseguinte,
à problemática dos homens do Nordeste brasileiro,
porém consegue, ao mesmo tempo,
dar à sua obra uma dimensão universal.
Caldeirão é sua obra-prima, a que lhe deu o
Prêmio Nacional de Literatura de (1982).”
(LUIS FRAYLE DELGADO).
SEQUENCIAL DE IMAGENS
DAS OBRAS LITERÁRIAS DE CLÁUDIO AGUIAR
DAS OBRAS LITERÁRIAS DE CLÁUDIO AGUIAR
CALDEIRÃO, A GUERRA DOS BEATOS.
AUTOR: Cláudio Aguiar
"Este foi um dos muitos movimentos messiânicos que aconteceram no Brasil e que a história oficial quase sempre esconde. No fundo, como os demais, foi uma reunião de desesperados e famintos em busca de um mísero chão seco onde plantar e de um lugar onde repousar o esqueleto.
Assim como os outros, terminou em tragédia, com a costumeira violência repressiva dos que julgavam — e muitos ainda julgam — a questão social um caso de polícia. Cercados e atacados de todas as formas, inclusive com bombas incendiárias lançadas de aviões, foram trucidados, em grande parte, tiveram os ranchos queimados e as plantações, feitas com imenso sacrifício, arrasadas.
Mulheres sofreram estupros e violências de toda sorte, e nem sequer as crianças e os animais domésticos escaparam. O patrimônio comum, angariado à custa de muito suor, foi furtado à luz do dia. É uma página negra das lutas sociais neste país continental, a luta por um fiapo de chão de onde extrair os alimentos mais básicos.
No início do século passado, no clima de misticismo descontrolado, um homem negro, carismático e falante, dado a hábitos de autoflagelação, se estabeleceu no lugar Baixa da Anta, nos confins perdidos do Ceará, autorizado pelo proprietário das terras. Era José Lourenço, mais conhecido como Beato, líder respeitado e querido pelos náufragos da vida. Organizou no lugar uma sociedade comunitária tosca, com regras muito simples, onde tudo pertencia a todos, tendo como elemento de ligação a fé inabalável. E assim, entre ladainhas e cânticos religiosos, puseram-se a desbravar aquele chão adusto, plantando, criando, construindo, organizando.
O sucesso foi tal que, em poucos anos, a comunidade prosperou e muitos moradores novos a ele se juntaram. Ninguém mais sofreu a miséria da fome e aquela gente miserável viu acender-se uma pequena esperança no futuro.
Depois de uns vinte anos de permanente sucesso, tiveram que entregar a terra ocupada. Foi então que o Padre Cícero Romão Batista, com palavras enigmáticas, concedeu ao Beato José Lourenço umas terras de sua propriedade, num lugar chamado Caldeirão. A concessão — afirmou o padre — seria permanente, pelo espaço de dez anos. Sem entender direito, mas confiando na palavra do santo do sertão, José Lourenço para lá levou a sua gente. Tratava-se de uma terra seca, pedregosa, repleta de lajedos rochosos, até então reduto de cobras, lagartos e aranhas. Mas, entre benditos e cantorias, eles se atiraram ao serviço e em pouco tempo Caldeirão floresceu.
A comunidade prosperou, saciando a fome de todos e sobrando produtos para a venda na feira. Em 20 de março de 1934, porém, o Padre Cícero falece, testando todos seus bens à congregação dos padres salesianos. Começam aí as desgraças do povo do Caldeirão. A inveja, aliada à intriga e à politicalha, provocaram a tragédia que nunca foi esquecida por aquela gente sofrida.
São esses, em breves linhas, os fatos sobre os quais se debruçou Cláudio Aguiar para escrever seu excelente romance histórico "Caldeirão — A Guerra dos Beatos" (Editora Calibán, Rio de Janeiro), merecedor de prêmios e aplausos de grandes nomes das letras nacionais. Muito bem escrito, rico em expressões e ditos locais, retrata com perfeição a alma de um povo em permanente luta por um pequeno espaço no imenso chão brasileiro.
O autor revela ter o fôlego do romancista e registra, ainda que envolto na ficção, um fato histórico pouco conhecido. Com isso prestou relevante serviço de utilidade pública e enriqueceu as letras nacionais." – disse:
Enéas Athanázio
é jurista aposentado e escritor,
residente em Balneário Camboriú (SC).
FRANCISCO JULIÃO: UMA BIOGRAFIA
Autor: Cláudio Aguiar
Editora: Civilização Brasileira
A PRIMEIRA BIOGRAFIA UM DOS NOMES MAIS IMPORTANTES NA HISTÓRIA DOS MOVIMENTOS POLÍTICOS BRASILEIROS
Considerado por seus adversários como simples agitador social, incendiário, revolucionário, e por seus aliados de esquerda um visionário, Julião foi responsável por importantes conquistas sociais para o campesinato brasileiro.
Nos primeiros anos da década de 1960, ele organizou a maior greve camponesa no Brasil, com fortes reflexos no Nordeste, ocasião em que forçou o governo a reconhecer, pela primeira vez, o piso salarial para o trabalhador rural da zona canavieira pernambucana e, a seguir, assegurar à mesma categoria o direito à sindicalização.
Esta biografia traz, finalmente, para o público brasileiro a oportunidade de conhecer quem foi este líder caristmático e intelectual, que interferiu significativamente nos rumos político e social do Brasil no século XX.
“Cláudio Aguiar recupera a trajetória de Julião,
o criador das célebres Ligas Camponesas,
e o compara, na luta pela emancipação
do campesinato, a Joaquim Nabuco
em sua defesa da libertação dos escravos.”
- disse:
Merval Pereira
- disse:
Merval Pereira
A EMPAREDADA
Autor: Cláudio Aguiar
Editora: Caliban
SUPLICIO DE FREI CANECA
Autor: Cláudio Aguiar
Editora: Caliban
TEATRO DE FRANKLIN TAVORA
Organizador: Cláudio AguiaR
Editora: Martins Fontes - Selo Martins
SINOPSE
SINOPSE
Franklin Távora figura ao lado dos romancistas José de Alencar, Bernardo Guimarães, Alfredo Taunay, entre outros, como um escritor que trouxe à literatura brasileira o gosto pelo sentimento da natureza, evocando a paisagem aliada ao enfoque de personagens que simbolizam o sertanejo, o matuto, o gaúcho, o bandido, o cangaceiro, o jagunço etc.
No entanto, como a maioria de seus colegas de geração, escreveu também para o teatro. As obras reunidas neste volume representam significativos exemplos de dramas realistas aparecidos justamente no momento em que tal movimento ganhava força no cenário da dramaturgia brasileira.
Representadas por grandes atores e acolhidas positivamente pelo público e crítica da época, estas peças de Franklin Távora merecem um lugar de destaque na história da dramaturgia brasileira.
Cláudio Aguiar
presidente do
PEN CLUBE DO BRASIL
O PEN CLUBE DO BRASIL - O presidente atual é o escritor Cláudio Aguiar. A instituição reúne um conjunto de intelectuais do mais alto nível, formado por escritores, poetas, tradutores, educadores e professores universitários, como Rubem Fonseca, Muniz Sodré, Nélida Piñon, João Ubaldo Ribeiro, Paulo Coelho, Ana Maria Machado, Arnaldo Niskier, Carlos Heitor Cony, Carlos Nejar, Cleonice Berardinelli, Deonísio da Silva, Domício Proença Filho, Edivaldo Boaventura, Eduardo Portella, Evaristo de Moraes Filho, Fábio Lucas, Fernando Gabeira, Ivan Junqueira, Ives Gandra da Silva Martins, Ivo Barroso, Ivo Pitanguy, , Marcos Maciel, Dom Paulo Evaristo Arns, Pedro Lyra, Reynaldo Valinho Alvarez, Ricardo Cravo Albin, Ronaldo Rogério de Freitas Mourão, Sábato Magaldi, Silviano Santiago, Stella Leonardos, Salgado Maranhão, Helena Parente Cunha, Olívia Barradas e Sílvio Back.
PEN Clube do Brasil
Filiado ao PEN International (Londres)
Fundado em 2 de abril de 1936
A Academia Brasileira de Letras e o PEN Clube do Brasil, celebrando os 75 anos de sua presença conjunta na vida intelectual brasileira, assinaram em (8/9/2011) convênio de cooperação destinado ao estreitamento de suas atividades.
Firmaram o documento, pela ABL, o Presidente Marcos Vinicios Vilaça e, pelo PEN Clube, seu Presidente Cláudio Aguiar.
Na cerimônia, realizada no gabinete da Presidência da ABL, Vilaça recordou que, desde a fundação do PEN Clube, muitos membros da ABL integraram a diretoria daquela instituição, assim como também foram acadêmicos vários sócios do PEN.
Segundo Cláudio Aguiar, a assinatura do convênio, "vem também formalizar uma ligação que se estende desde o dia 2 de abril de 1936, quando o PEN foi criado. Naquela data, compareceram à solenidade de criação vinte e um e dos 25 acadêmicos da ABL".
Cláudio Aguiar, em uma de suas palestras.
No Centro de Estudos Brasileiros da Universidade de Salamanca,
de 9 a 27 de outubro, o pintor e professor alicantino Miguel Elías
inaugurou a exposição "Vislumbres do Brasil"
em homenagem à obra do escritor Cláudio Aguiar.
Retrato do escritor Cláudio Aguiar
em seu livro "OS Espanhóis NO
BRASIL"
Escova chinesa,
Dimensões: 146 x 146 centímetros.
Tinta metálica
chinês.
Acadêmico e Musicólogo Ricardo Cravo Albin
e o escritor Cláudio Aguiar
Os historiadores Tasso Fragoso, Cybelle de Ipanema
e o escritor Cláudio Aguiar.
Celia Salsa, Tamara,
Entrevista de Suzana Vargas com
Cláudio Aguiar para o programa Livros na Mesa.
Ou no Canal You Tube:
APOIO CULTURAL
Clicar na imagem,
para ouvir o fundo musical
MY WAY - na voz do Frank Sinatra.
para ouvir o fundo musical
MY WAY - na voz do Frank Sinatra.
FONTES
INFORMATIVAS
Nenhum comentário:
Postar um comentário