segunda-feira, 1 de outubro de 2018

DESTAQUE DO DIA: O NOME DO PINTOR ISRAEL PEDROSA É APROVADO COMO O "PATRONO" DA CLASSE DE BELAS-ARTES, NA ACADEMIA FLUMINENSE DE LETRAS.


 
Israel Pedrosa - Pintor e professor
 

 
 

Em votação unânime em Assembleia realizada recentemente, na Academia Fluminense de Letras o nome do pintor Israel Pedrosa é aprovado para ser o Patrono da Cadeira que será ocupada pelo artista plástico e professor Robert Preis, na Classe de Belas-- Artes, na centenária instituição fluminense. Criador do Brasão da UFF - universidade Federal Fluminense.

O artista e professor, Israel Pedrosa, está para sempre guardado na memória da história e da cultura fluminense e brasileira. Autor do livro de grande prestígio “Da cor a cor inexistente”, sobre o trabalho que desenvolveu com a teoria das cores, Israel se mostrou um apaixonado pelas artes. Tem em sua obra literária como a mais difundida no Brasil e durante sua trajetória realizou inúmeras exposições em Paris, Lyon e Copenhague. Ao questioná-lo sobre o fato pessoal mais marcante de sua vida, ele responde com muita satisfação que foi ter sido aluno de Portinari, quando tinha apenas 16 anos.

O pintor tem um fato marcante, foi ele que desenhou o símbolo da universidade: “foi muito bem aprovado e tão bem reproduzido que é utilizado até hoje”, disse ele. Criado para que fizesse parte de um cartaz exposto durante a semana de cultura da UFF, o logotipo fez tanto sucesso que Israel ganhou um pequeno escudo de ouro como presente de professores visitantes de diversas partes do país. Não demorou em que o símbolo começasse a ser utilizado por alunos e professores e, mesmo já sendo usado desde 1967, sua oficialização só aconteceu quatro anos atrás.
 
 
 

 

UM POUCO SOBRE ISRAEL PEDROSA

 

ISRAEL PEDROSA foi pintor, professor, pesquisador e historiador de arte, sócio Honorário da ABCA – Associação Brasileira de Críticos de Arte. Nasceu em Alto Jequitibá – MG, em 1926. Discípulo de Candido Portinari cursou a École Nationale Superieure dês Beaux-Arts, Paris (1948 – 1950). Foi o mais jovem integrante da FEB – Força Expedicionária Brasileira –, na Itália. No 1° Congresso Mundial – Palais de Chaillot – Paris, 1948 –, foi eleito Vice-Presidente da Federação Internacional dos Ex-Combatentes, um dos órgãos não governamentais da UNESCO.

Ao longo de sua carreira, realizou cursos e conferências no Brasil e no exterior (França, Bélgica, Hungria, Alemanha e México).

É citado em numerosa bibliografia, como em dois livros de Jacob Klintowitz, O ofício da pintura e A cor inexistente e o aprendiz do novo.

Fundador da Cadeira de História da Arte na UFF – Universidade Federal Fluminense (1963). Consultor ad hoc do CNPq – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (1986). Revelador do domínio da Cor Inexistente (1966).

Aprofundou seus estudos sobre a “cor inexistente” que, segundo ele, seria “uma cor complementar produzida pela ação dos contrastes de várias gamas de uma cor primária, levadas ao paroxismo”, entre 1969 e 1972. Continuando suas pesquisas sobre a “cor inexistente”, encontrou no escritor alemão Goethe passagens que lhe permitiram considerar este como um precursor da sua teoria. Por esta descoberta recebeu bolsa da embaixada alemã e o Prêmio Thomas Mann, em 1973. No ano de 1977 foi publicado o livro Da cor à cor inexistente. Viajou à Alemanha e à Bélgica. Foi indicado pelo Ministério das Relações Exteriores, em 1978, como representante do Brasil no Salão do Livro de Montreal, Canadá.

Foi um dos vencedores do Prêmio Thomas Mann, instituído pela Embaixada da República Federal da Alemanha e União Brasileira de Escritores (1973). Recebeu o prêmio destaque Hilton de pintura da década de 1970. É o autor de O Brasil em cartas de Tarô, série de 22 telas tendo figuras reais e míticas de nossa História como arcanjos maiores. Em 1996, foi condecorado com a Ordem do Rio Branco, grau de Oficial. Possui trabalhos nos acervos do Museu Nacional de Belas-Artes, nos Museus de Arte Moderna do Rio de Janeiro e São Paulo, no MASP – Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubiand e do MAB-FAAP – Museu de Arte Brasileira da Fundação Armando Álvares Penteado.

É autor dos livros: Da Cor à Cor Inexistente (1977), O Brasil em Cartas de Tarô (1991), O Universo da Cor (2003) e Na Contramão dos Preconceitos Estéticos da Era dos Extremos (2007). Há 17 anos vem realizando pesquisas e pintando réplicas de quadros célebres, em reflexão pictórica sobre os últimos 500 anos da arte ocidental, para o livro em preparo: Dez Aulas Magistrais.
 
 

 
 
 
 

LIVROS PUBLICADOS

Da cor à cor inexistente (1977)
Na contramão dos preconceitos estéticos
Guerra e Paz
O Universo da Cor
Pedrosa o Brasil em cartas de tarô




Cópia feita por Israel Pedrosa
de Natureza Morta com Bíblia,
de Van Gogh - foto Samille Reis.





 
 

EXPOSIÇÕES

 

1947 - Salão Nacional de Belas Artes (Rio de Janeiro)

1949 - 1ª Exposição dos Artistas da América Latina (Paris)

1950 - Exposição Internacional (Lyon)

1951 - 1ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão do Trianon (São Paulo)

1952, 1955, 1956 e 1959 (1º, 4º, 5º e 8º) Salão Nacional de Arte Moderna (Rio de Janeiro)

1978 - 1ª Bienal Latino-Americana de São Paulo, na Fundação Bienal (São Paulo)

1989 - FIAC, no Grand Palais (Paris)

1989 - Artista Participante - Os Ritmos e as Formas: arte brasileira contemporânea, no Museu Charlottenborg (Copenhague)

1994 - Os Novos Viajantes, no Sesc/Pompéia (São Paulo)

1997 - Exposição de lançamento do Catálogo Virtual de Artistas de Niterói, na Sala Carlos Couto, Niterói Artes, Fundação de Arte de Niterói (Niterói)

2001 - Museu de Arte Brasileira: 40 anos, no MAB-FAAP (São Paulo)

2002 - Niterói Arte Hoje, no MAC/Niterói (Niterói)

2002 - Niterói Arte Hoje, no Centro Cultural Candido Mendes (Niterói)

 

 

PRÊMIOS

 

 

Prêmio Thomas Mann, conferido pela Embaixada da República Federal da Alemanha.

Prêmio Destaque Hílton de PIntura Colar do Mérito Universitário, conferido pela UFF em 2015; Entre outros prêmios, honrarias e homenagens.

 CLICAR NO LINK PARA ASSISTIR AO VÍDEO
COM ENTREVISTA DE ISRAEL PEDROSA
AO PROFESSOR LUIZ ANDRADE - 2010
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Entrevista com o Professor da UFF Israel Pedrosa, concedida ao Prof. Luiz Andrade, no ano de 2010. Nascido em Alto Jequitibá, Minas Gerais, Israel foi discípulo de Cândido Portinari e estudioso da genealogia das cores. Quando nos encontramos no seu Ateliê, naquele ano de 2010, Israel estava completamente envolvido com um de seus grandes projetos - Dez Aulas Magistrais - e conversamos bastante sobre ele. Eu aprendi muito sobre pintura e sobre a genealogia "da cor à cor inexistente", um de seus clássicos. Para mim, a experiência vivida neste dia foi mais uma "aula magistral". Em 7 de fevereiro Israel foi pintar o céu e nos deixou aqui mergulhados em lembranças eternas. Luiz Andrade, Niterói,1/5/2018.
 

 



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O professor historiador e pintor Israel Pedrosa, presença de inigualável propensão, com certeza é sinônimo de orgulho para todos os fluminenses, suas pinturas são fenomenais. O talentoso pintor Israel Pedrosa estará para sempre guardado na memória cultural brasileira.



 

 

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