Israel Pedrosa - Pintor e professor
Em
votação unânime em Assembleia realizada recentemente, na Academia Fluminense de
Letras o nome do pintor Israel Pedrosa é aprovado para ser o Patrono da Cadeira que será ocupada pelo artista plástico e professor Robert Preis, na Classe
de Belas-- Artes, na centenária instituição fluminense. Criador do Brasão da UFF
- universidade Federal Fluminense.
O
artista e professor, Israel Pedrosa, está para sempre guardado na memória da história
e da cultura fluminense e brasileira. Autor do livro de grande prestígio “Da
cor a cor inexistente”, sobre o trabalho que desenvolveu com a teoria das
cores, Israel se mostrou um apaixonado pelas artes. Tem em sua obra literária
como a mais difundida no Brasil e durante sua trajetória realizou inúmeras exposições
em Paris, Lyon e Copenhague. Ao questioná-lo sobre o fato pessoal mais marcante
de sua vida, ele responde com muita satisfação que foi ter sido aluno de
Portinari, quando tinha apenas 16 anos.
O
pintor tem um fato marcante, foi ele que desenhou o símbolo da universidade:
“foi muito bem aprovado e tão bem reproduzido que é utilizado até hoje”, disse
ele. Criado para que fizesse parte de um cartaz exposto durante a semana de
cultura da UFF, o logotipo fez tanto sucesso que Israel ganhou um pequeno
escudo de ouro como presente de professores visitantes de diversas partes do
país. Não demorou em que o símbolo começasse a ser utilizado por alunos e
professores e, mesmo já sendo usado desde 1967, sua oficialização só aconteceu
quatro anos atrás.
UM
POUCO SOBRE ISRAEL PEDROSA
ISRAEL
PEDROSA foi pintor, professor, pesquisador e historiador de arte, sócio
Honorário da ABCA – Associação Brasileira de Críticos de Arte. Nasceu em Alto
Jequitibá – MG, em 1926. Discípulo de Candido Portinari cursou a École
Nationale Superieure dês Beaux-Arts, Paris (1948 – 1950). Foi o mais jovem
integrante da FEB – Força Expedicionária Brasileira –, na Itália. No 1°
Congresso Mundial – Palais de Chaillot – Paris, 1948 –, foi eleito Vice-Presidente
da Federação Internacional dos Ex-Combatentes, um dos órgãos não governamentais
da UNESCO.
Ao
longo de sua carreira, realizou cursos e conferências no Brasil e no exterior
(França, Bélgica, Hungria, Alemanha e México).
É
citado em numerosa bibliografia, como em dois livros de Jacob Klintowitz, O
ofício da pintura e A cor inexistente e o aprendiz do novo.
Fundador
da Cadeira de História da Arte na UFF – Universidade Federal Fluminense (1963).
Consultor ad hoc do CNPq – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (1986). Revelador do domínio da Cor Inexistente (1966).
Aprofundou
seus estudos sobre a “cor inexistente” que, segundo ele, seria “uma cor
complementar produzida pela ação dos contrastes de várias gamas de uma cor
primária, levadas ao paroxismo”, entre 1969 e 1972. Continuando suas pesquisas
sobre a “cor inexistente”, encontrou no escritor alemão Goethe passagens que
lhe permitiram considerar este como um precursor da sua teoria. Por esta
descoberta recebeu bolsa da embaixada alemã e o Prêmio Thomas Mann, em 1973. No
ano de 1977 foi publicado o livro Da cor à cor inexistente. Viajou à Alemanha e
à Bélgica. Foi indicado pelo Ministério das Relações Exteriores, em 1978, como
representante do Brasil no Salão do Livro de Montreal, Canadá.
Foi
um dos vencedores do Prêmio Thomas Mann, instituído pela Embaixada da República
Federal da Alemanha e União Brasileira de Escritores (1973). Recebeu o prêmio
destaque Hilton de pintura da década de 1970. É o autor de O Brasil em cartas
de Tarô, série de 22 telas tendo figuras reais e míticas de nossa História como
arcanjos maiores. Em 1996, foi condecorado com a Ordem do Rio Branco, grau de
Oficial. Possui trabalhos nos acervos do Museu Nacional de Belas-Artes, nos
Museus de Arte Moderna do Rio de Janeiro e São Paulo, no MASP – Museu de Arte
de São Paulo Assis Chateaubiand e do MAB-FAAP – Museu de Arte Brasileira da
Fundação Armando Álvares Penteado.
É
autor dos livros: Da Cor à Cor Inexistente (1977), O Brasil em Cartas de Tarô
(1991), O Universo da Cor (2003) e Na Contramão dos Preconceitos Estéticos da
Era dos Extremos (2007). Há 17 anos vem realizando pesquisas e pintando
réplicas de quadros célebres, em reflexão pictórica sobre os últimos 500 anos
da arte ocidental, para o livro em preparo: Dez Aulas Magistrais.
LIVROS
PUBLICADOS
Da
cor à cor inexistente (1977)
Na
contramão dos preconceitos estéticosGuerra e Paz
O Universo da Cor
Pedrosa o Brasil em cartas de tarô
Cópia feita por Israel Pedrosa
de
Natureza Morta com Bíblia,
EXPOSIÇÕES
1947 - Salão Nacional de Belas Artes
(Rio de Janeiro)
1949 - 1ª Exposição dos Artistas da
América Latina (Paris)
1950 - Exposição Internacional (Lyon)
1951 - 1ª Bienal Internacional de São
Paulo, no Pavilhão do Trianon (São Paulo)
1952, 1955, 1956 e 1959 (1º, 4º, 5º e
8º) Salão Nacional de Arte Moderna (Rio de Janeiro)
1978 - 1ª Bienal Latino-Americana de
São Paulo, na Fundação Bienal (São Paulo)
1989 - FIAC, no Grand Palais (Paris)
1989 - Artista Participante - Os
Ritmos e as Formas: arte brasileira contemporânea, no Museu Charlottenborg
(Copenhague)
1994 - Os Novos Viajantes, no
Sesc/Pompéia (São Paulo)
1997 - Exposição de lançamento do
Catálogo Virtual de Artistas de Niterói, na Sala Carlos Couto, Niterói Artes,
Fundação de Arte de Niterói (Niterói)
2001 - Museu de Arte Brasileira: 40
anos, no MAB-FAAP (São Paulo)
2002 - Niterói Arte Hoje, no
MAC/Niterói (Niterói)
2002 - Niterói Arte Hoje, no Centro
Cultural Candido Mendes (Niterói)
PRÊMIOS
Prêmio Thomas Mann, conferido pela
Embaixada da República Federal da Alemanha.
Prêmio Destaque Hílton de PIntura Colar
do Mérito Universitário, conferido pela UFF em 2015; Entre outros prêmios,
honrarias e homenagens.
Entrevista com o Professor da UFF Israel Pedrosa, concedida ao Prof. Luiz Andrade, no ano de 2010. Nascido em Alto Jequitibá, Minas Gerais, Israel foi discípulo de Cândido Portinari e estudioso da genealogia das cores. Quando nos encontramos no seu Ateliê, naquele ano de 2010, Israel estava completamente envolvido com um de seus grandes projetos - Dez Aulas Magistrais - e conversamos bastante sobre ele. Eu aprendi muito sobre pintura e sobre a genealogia "da cor à cor inexistente", um de seus clássicos. Para mim, a experiência vivida neste dia foi mais uma "aula magistral". Em 7 de fevereiro Israel foi pintar o céu e nos deixou aqui mergulhados em lembranças eternas. Luiz Andrade, Niterói,1/5/2018.
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O professor historiador e pintor Israel Pedrosa, presença de inigualável propensão, com certeza é sinônimo de orgulho para todos os fluminenses, suas pinturas são fenomenais. O talentoso pintor Israel Pedrosa estará para sempre guardado na memória cultural brasileira.
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