quinta-feira, 9 de outubro de 2014

MPB NA ABL: "ELEGIA À SERESTA - 200 ANOS DE PAIXÃO”, COM O CANTOR MÁRCIO GOMES E BATE PAPO INFORMAL COM RICARDO CRAVO ALBIN.




Série “MPB na ABL” de outubro 

apresenta o espetáculo 

“Elegia à seresta – 200 anos de paixão” 

com o cantor Márcio Gomes


A série “MPB na ABL” de outubro de 2014 apresentará o espetáculo “Elegia à seresta – 200 anos de paixão”, com a cantor Márcio Gomes, acompanhado do pianista João Carlos Assis Brasil e do quinteto Regional Imperial. O evento está programado para o dia 15, quarta-feira, às 12h30min, no Teatro R. Magalhães Jr., 280 lugares, Avenida Presidente Wilson 203, Castelo, Rio de Janeiro. Entrada franca.

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O show terá ainda a participação do jornalista, musicólogo e historiador Ricardo Cravo Albin, responsável por um bate-papo informal com o público. 


Ricardo Cravo Albin (Salvador, 20 de dezembro de 1943) é um musicólogo brasileiro, sendo considerado um dos maiores pesquisadores da Música Popular Brasileira. Fundou e dirigiu o Museu da Imagem e do Som (MIS) do Rio de Janeiro entre 1965 e 1971. Historiador de MPB, produtor musical, produtor de rádio e televisão, crítico e comentarista, Albin foi ainda diretor geral da Embrafilme e presidente do Instituto Nacional de Cinema (INC). É também autor, desde 1973, de aproximadamente 2500 programas radiofônicos para a Rádio MEC.

Em 29 de março de 1968, após 3 meses daquele ano promovendo a gravação de depoimentos de personalidades da música popular brasileira, em especial representantes dos Ranchos e Escolas de Samba, promoveu o hoje célebre depoimento secreto de João Cândido Felisberto, o líder da Revolta da Chibata, no estúdio do Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro, tendo como parceiro na entrevista o experiente historiador Hélio Silva.

Uma das grandes conquistas é o Instituto Cultural Cravo Albin, uma sociedade civil, sem fins lucrativos, com sede na cidade do Rio de Janeiro, fundada em janeiro de 2001 com a finalidade de promover e incentivar atividades de caráter cultural no campo da pesquisa, reflexão e promoção das fontes que alimentam a cultura e, em especial, a música brasileira, visando a divulgação, defesa e conservação do nosso patrimônio histórico e artístico.

Sua maior obra é o Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira, disponível em meio digital, com cerca de sete mil verbetes.

Ricardo Cravo Albin publicou diversos livros sobre vários assuntos, entre eles: O canto da Bahia (monografia/1973); De Chiquinha Gonzaga a Paulinho da Viola (1976); Da necessidade do fazer popular (1978); Índia, um roteiro bem e mal humorado, Editora Mauad (1996); MPB - A história de um século, edição trilingüe MEC/Funarte (1997).

BIBLIOGRAFIA:

CRAVO ALBIN, Ricardo - Dicionário Cravo Albin da MPB. Rio de Janeiro: 2002.



Segundo Ricardo Cravo Albin, 

“Márcio Gomes é considerado a maior revelação entre os cantores jovens do Brasil.  Acompanhado pelo Regional Imperial, quinteto na formação clássica da seresta, cantará grandes sucessos como Eu sonhei que tu estavas tão linda, Fim de semana em Paquetá, Chão de estrelas e Luar do sertão”.



Márcio Gomes, carioca, cantor à moda antiga, do tipo que ainda solta o vozeirão na escola do bel-canto. Essa particularidade dá autoridade a tecer homenagem ao eterno rei da voz, inesquecível prefixo de Francisco Alves. Toda roupagem da era do rádio ganha releitura em arranjos de Alfredo Del-Penho, requisitado violonista e produtor ligado a renovação do samba da Lapa e aos musicais brasileiros da dupla Möeller e Botelho.

Esse encontro entre as duas Lapas (a jovem de Del-Penho e a malandra de Francisco) dá um charme especial ao disco, especialmente quando Márcio resgata a parceria de Herivelto Martins e Benedito Lacerda que, na revitalização do bairro, voltou a fazer sentido. "A Lapa está voltando a ser a Lapa". Ainda nesse clima inclui sambas como Onde o céu é mais azul, Despedida de Mangueira e a ufanista Canta Brasil. Márcio junta em dois medleys canções carnavalescas como Confete, Grau dez e Palhaço.

E o repertório segue por canções conhecidas como Boa noite, amor, Nervos de aço, Serra da Boa Esperança e Eu sonhei que tu estavas tão linda, brindada com participação afetiva de Cauby Peixoto, professor na escola de Márcio e de tantos outros. O amor é sempre o amor resgata curiosa versão de Jair Amorim para o clássico do cinema americano As Time Goes By. A controversa assinatura do homenageado aparece na parceria com Horácio de Campos em A voz do violão.





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FONTE:
Academia Brasileira de Letras.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ricardo_Cravo_Albin.
http://www2.uol.com.br/ziriguidum. 



2 comentários:

  1. Ricardo Cravo Albin - Musicólogo e historiador26 de outubro de 2014 às 23:23

    Meu caro Alberto, acabei de ler sua homenagem ao meu espetáculo na ABL e a mim em especial. Fique certo que não só fiquei muito comovido com sua generosidade de abrir espaço tão amplo em sua coluna [ muito boa, por sinal ] , mas também por conhecer melhor seu trabalho, meritório por todos os títulos. Sabê-lo que amigo de Dalma, cuja profundidade acadêmica me encanta, é certamente mais um motivo para lhe querer bem e mais ainda admirá-lo.

    Forte abraço agradecido

    de Ricardo Cravo Albin

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  2. Dalma Nascimento - escritora e mestra em Literatura31 de outubro de 2014 às 23:31

    Alberto, acabo de ler sua troca de mensagens com o Ricardo. Ótimo, é um
    expressivo contacto, sendo ele o presidente da Academia Carioca de Letras,
    além de nome internacional.


    Abraços,


    Dalma.

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