A 9ª Mostra Cinema e Direitos Humanos
no Hemisfério Sul, realizada em todas as capitais do país e em mais de mil
pontos de exibição espalhados por cidades brasileiras, acontece em Niterói
entre os dias 10 e 12 de março.
Neste ano, um dos pontos de exibição escolhidos
pela produção da Mostra, o Núcleo de Produção Digital de Niterói (NPD), expande o evento na cidade e faz uma parceria
com o Teatro Municipal de Niterói, que vai exibir seis filmes brasileiros, com
entrada gratuita. Após as sessões haverá debates.
Entre os filmes exibidos estão o
clássico “Cabra Marcado Para Morrer”, do premiado documentarista Eduardo
Coutinho, e o ganhador do prêmio de melhor filme em 2014, segundo o júri, na
Mostra de Cinema de Tiradentes, “A Vizinhança do Tigre”.
A diretora homenageada
nesta edição da Mostra, Lúcia Murat, tem um dos seus mais representativos
filmes, “Que Bom Te Ver Viva”, sobre a luta e a tortura vividas por ex-presas
políticas durante o regime militar brasileiro, exibido em Niterói. E na sessão de encerramento, no dia 12, após
a exibição do filme “Rio Cigano”, haverá apresentação do Grupo Ônix de Dança
Cigana.
SOBRE A 9ª MOSTRA CINEMA E DIREITOS
HUMANOS NO HEMISFÉRIO SUL.
A 9ª Mostra de Cinema e Direitos
Humanos no Hemisfério Sul é realizada pela Secretaria de Direitos Humanos da
Presidência da República em parceria com o Ministério da Cultura.
A Mostra é uma produção da Universidade
Federal Fluminense (UFF), por meio do Departamento de Cinema e Vídeo, com os
seguintes apoios: Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, a
Ciência e a Cultura (OEI), Centro de Informação das Nações Unidas (UNIC-RIO),
Centro Técnico Audiovisual (CTAv), Empresa Brasileira de Comunicação (EBC).
Por meio do projeto Democratizando,
são formados pontos de exibição em todo o país que se inscrevem previamente
para receber os kits elaborados pela produção da Mostra. Os kits contêm obras
que buscam disseminar e fortalecer a educação e a cultura em Direitos Humanos,
além de suscitar o debate sobre os Direitos Humanos em âmbito nacional.
Cineclubes, pontos de cultura, institutos federais de educação profissional,
científica e tecnológica, universidades, museus, bibliotecas, sindicatos,
associações de bairros, entre outros, são os espaços que abrigarão esta
ramificação da 9ª Mostra.
Em Niterói, o Projeto Democratizando
será realizado nos dias 10, 11 e 12 de março de 2015, numa parceria entre o
Núcleo de Produção Digital de Niterói (NPD) - que é ligado à Secretaria
Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia - e o Teatro Municipal de Niterói.
Page
do evento no Facebook:
Serviço.
9ª Mostra Cinema e Direitos Humanos no
Hemisfério Sul.
Quando: De 10 a 12 de março.
Onde: Teatro Municipal de Niterói.
(Rua
XV de Novembro 35, Centro, Niterói - Tel: 2620-1624).
Evento gratuito.
PROGRAMAÇÃO
Dia 10, terça-feira, 15h.
Pelas Janelas.
De Carol Perdigão, Guilherme Farkas,
Sofia Maldonado e Will Domingos.
Brasil, 2014. 35 min.
Documentário. Livre.
Ao longo de três meses, uma equipe
formada por quatro estudantes universitários de Cinema e Audiovisual acompanhou
parte dos processos e experiências dos projetos de cinema, educação e direitos
humanos “Inventar com a Diferença”, realizado em escolas espalhadas por todo o
território nacional, incluindo as Escolas Municipais Sítio do Ipê e Mestra
Fininha.
Antes da sessão abertura oficial do
evento e relatos de experiência do projeto "Inventar com a
Diferença", com diretoras, professores e estudantes das E.M. Sítio do Ipê
e E.M. Mestra Fininha.
Dia 11, quarta-feira, 15h.
Sophia.
De Kennel Rógis. Brasil, 2013. 15 min.
Ficção. Livre.
Na busca por entender melhor o
universo de Sophia, Joana, mãe dedicada, passa por belíssimas experiências
sensoriais. Uma singela história de amor cercada de poesia visual e sonora.
A Vizinhança do Tigre.
De Affonso Uchoa. Brasil, 2014. 95
min.
Documentário. 12 anos.
Juninho, Menor, Neguinho, Adilson e
Eldo são jovens moradores do bairro Nacional, periferia de Contagem (MG).
Divididos entre o trabalho e a diversão, o crime e a esperança, cada um deles
terá de encontrar modos de superar as dificuldades e domar o tigre que carregam
dentro das veias, neste filme dirigido por Affonso Uchoa e vencedor do prêmio
de melhor filme pelo júri na Mostra de Cinema de Tiradentes.
Após a sessão debate com a Drª Fátima
Ornellas, psicodramatista com experiência em políticas de inclusão de pessoas
com necessidades especiais, e Josemias
Moreira Filho e Elielton Rocha.
Os dois últimos participaram do Projeto Arte
Ação Ambiental desenvolvido no Museu de Arte Contemporânea (MAC) e hoje atuam
na Plataforma Urbana Digital da Educação – MACquinho, espaço que promove a
inclusão digital da comunidade do Morro do Palácio, onde são moradores.
Dia 11, quarta-feira, 19h.
Cabra Marcado Para Morrer.
De Eduardo Coutinho. Brasil, 1984.119 min.
Documentário. 12 anos.
Em 1964, o CPC da UNE inicia um filme
sobre a vida de João Pedro Teixeira, líder da Liga Camponesa de Sapé (Paraíba),
assassinado por latifundiários, que inclui uma reconstituição ficcional do
evento político que levou a sua morte.
A viúva de João Pedro, Elizabeth, e
outros camponeses participam das filmagens. Mas os trabalhos são interrompidos
por conta do golpe militar. Dezessete anos depois, o premiado documentarista
Eduardo Coutinho retoma o projeto e vai atrás dos personagens, encontrando
Elizabeth na clandestinidade e sem contato com muitos de seus filhos.
Após a sessão debate com o diretor,
roteirista e ator Sérgio Santeiro. Professor aposentado da Universidade Federal
Fluminense (UFF), onde chefiou o Departamento de Cinema e Vídeo e dirigiu o
Instituto de Arte e Comunicação Social, implantando no Instituto os dois canais
públicos de televisão de Niterói: a Unitevê (canal universitário) e a TV
Comunitária.
Foi também um dos fundadores da Associação Brasileira de Documentaristas
(ABD), vindo a ser presidente da ABD do Rio de Janeiro e da ABD Nacional. Foi
um dos batalhadores pela implantação da Lei do Curta nas décadas de 1970-80, e
ainda hoje é um dos maiores defensores da volta da aplicação deste mecanismo.
Em 1989, quatro de seus curtas ("O Guesa", "Viagem Pelo Interior
Paulista", "Ismael Nery" e "Encontro com Prestes")
foram reunidos pela Funarte em videofonograma da série "Brasilianas"
(recentemente relançado em DVD). Atualmente é curador do Cine ABI (Associação
Brasileira de Imprensa) e escreve semanalmente na revista digital Via Política.
Dia 12, quinta-feira, 15h.
Que Bom Te Ver Viva.
De Lúcia Murat. Brasil, 1989. 95 min.
Documentário. 16 anos.
Duas décadas depois, oito ex-presas
políticas falam, neste documentário de Lúcia Murat, sobre a luta e a tortura
vividas durante o regime militar brasileiro e a experiência de ter sobrevivido.
Entre os depoimentos, delírios e confissões de uma personagem anônima
(interpretada pela atriz Irene Ravache), que reflete sobre o peso de ter
sobrevivido lúcida às torturas.
Após a sessão debate com a Profª Maria
Felisberta Baptista da Trindade. A educadora é professora Emérita da
Universidade Federal Fluminense (UFF), onde foi coordenadora do curso de
Pedagogia e diretora da Faculdade de Educação.
É pioneira do Partido Comunista
em Niterói e ativa militante das lutas sociais, entre as quais a defesa da
nacionalização do Petróleo; a criação das Ligas Femininas; a luta pela educação
pública; a luta contra o regime ditatorial instalado no Brasil, no período de
1964 a 1985, quando foi presa diversas vezes. Foi ainda secretária municipal de
Educação e presidente da Fundação Municipal de Educação (FME) de Niterói.
Dia 12, quinta-feira, 19h.
Rio Cigano.
De Julia Zakia. Brasil, 2013. 80 min.
Ficção. 14 anos.
Uma cigana atravessa mundos para
salvar sua grande amiga de infância de uma condessa sanguinária no filme
dirigido por Julia Zakia.
Após a sessão apresentação do Grupo
Ônix de Dança Cigana. Fundado em 2009, o Grupo Ônix atua com a dança cigana de
raiz e fusões com outros ritmos como o Flamenco Gipsy, Romanê (dança feita nos
acampamentos ciganos), Cabélia (fusão da dança cigana com a dança do ventre) e
Rom (dança cigana dos países do leste europeu).
Os professores e coordenadores
do grupo, Vinicius Rocha e Daisy Fernandez, dizem que o objetivo de trabalho do
Ônix é difundir a cultura cigana através da dança, utilizando esta arte como
forma de acabar com o preconceito que o povo cigano vem sofrendo desde os
primórdios.
Hoje o grupo oficialmente conta com 14 dançarinas, também alunas,
que passam por trabalhos de postura e expressão corporal nas aulas que
acontecem no Espaço Thereza de Oliveira, no centro de Niterói.
Mais informações:
Miguel Vasconcellos / Núcleo de Produção
Digital de Niterói (NPD).
21-99115-4396.
Núcleo de Produção Digital - Niterói /
RJ.
Secretaria Municipal de Educação,
Ciência e Tecnologia.
Secretaria do Audiovisual - Ministério
da Cultura.
Rua Visconde de Uruguai 300 - Centro -
Niterói - RJ.
(21) 2622 1324.
Obrigado pela divulgação, Alberto! Ficou ótimo!
ResponderExcluirAtt,
Miguel Vasconcellos
Miguel Vasconcellos,
coordenador do
Núcleo de Produção Digital - Niterói / RJ
Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia
Secretaria do Audiovisual - Ministério da Cultura
Rua Visconde de Uruguai 300 - Centro - Niterói - RJ