quarta-feira, 23 de março de 2016

ACADEMIA NITEROIENSE DE LETRAS HOMENAGEIA A MULHER EM SEU DIA INTERNACIONAL, COM PALESTRA E HONRA AO MÉRITO. CONFIRA.


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Para festejar a FIGURA FEMININA em 9 de março (quarta-feira), às 17 horas, a ACADEMIA NITEROIENSE DE LETRAS promoveu sessão alusiva ao DIA INTERNACIONAL DA MULHER, com palestra da Profª Drª Regina Coeli da Silveira e Silva com o tema "PANORAMA HISTÓRICO DO DESENVOLVIMENTO DA MULHER BRASILEIRA" e a significante homenagem à jornalista Maria Sílvia Tani editora-geral do Jornal Santa Rosa, que não pôde comparecer por motivo de uma enfermidade. Mas o jornalista e advogado André Santa Rosa a representou. Inclusive  dramatizou um texto da homenageada Sílvia Tani. 

Assista ao vídeo:



O evento teve início com as palavras da presidente Márcia Pessanha que discorreu fragmentos do seu texto "Mostrando a figura feminina na sacralidade de suas origens". Logo após, amigos homenagearam  Sílvia Tani.

Em seguida ocorreu a brilhante palestra da professora Regina Coeli que falou de várias nuances da Mulher, como: As mulheres importantes da História, a mulher na política, educação e sociedade brasileira. Ao final a presidente Márcia Pessanha encerrou a sessão com a leitura do texto de Cora Coralina:
 
 
Se temos de esperar,
que seja para colher a semente boa
que lançamos hoje no solo da vida.
Se for para semear,
então que seja para produzir
milhões de sorrisos,
de solidariedade e amizade...
 
 
Estiveram presentes ao acontecimento, diversas personalidades do mundo acadêmico, amigos e adeptos, dentre tantos: Aydil Preis de Carvalho e Robert Preis, diretores da ASPI-UFF; Eneida Fortuna Barros vice-presidente da Academia Fluminense de Letras; Leda Mendes Jorge, presidente da ANE e Sec. da ANL; Liane Arêas Membro da Diretoria do Cenáculo Fluminense; Neide Barros Rêgo, Diretora do Centro Cultural Maria Sabina; Pró-Reitor da Extensão da UFF Wainer da Silveira e Silva; Edgard Fonseca Diretor do Jornal Diz;  jornalista e advogado André Santa Rosa; Wanderlino T. Netto, secretário da ANL, Gilson Rolim, tesoureiro da ANL; Labouré Lima, diretora da editora Muiraquitã; advogada Fátima Costa; escritora Cyana Leahy-Dios; os acadêmicos Gracinda Rosa; Antônio Soares - ASO; Bruno Pessanha; os editores desta revista eletrônica cultural; fotógrafo Murilo Lima  e outros.


 
Um pouco sobre a História do
Dia Internacional da Mulher


 
O dia 8 de março é o resultado de uma série de fatos, lutas e reivindicações das mulheres (principalmente nos EUA e Europa) por melhores condições de trabalho e direitos sociais e políticos, que tiveram início na segunda metade do século XIX e se estenderam até as primeiras décadas do XX.
 
No dia 8 de março de 1857, trabalhadores de uma indústria têxtil de Nova Iorque fizerem greve por melhores condições de trabalho e igualdades de direitos trabalhistas para as mulheres. O movimento foi reprimido com violência pela polícia. Em 8 de março de 1908, trabalhadoras do comércio de agulhas de Nova Iorque, fizeram uma manifestação para lembrar o movimento de 1857 e exigir o voto feminino e fim do trabalho infantil. Este movimento também foi reprimido pela polícia.

 
No dia 25 de março de 1911, cerca de 145 trabalhadores (maioria mulheres) morreram queimados num incêndio numa fábrica de tecidos em Nova Iorque. As mortes ocorreram em função das precárias condições de segurança no local. Como reação, o fato trágico provocou várias mudanças nas leis trabalhistas e de segurança de trabalho, gerando melhores condições para os trabalhadores norte-americanos.

 
Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem ao movimento pelos direitos das mulheres e como forma de obter apoio internacional para luta em favor do direito de voto para as mulheres (sufrágio universal). Mas somente no ano de 1975, durante o Ano Internacional da Mulher, que a ONU (Organização das Nações Unidas) passou a celebrar o Dia Internacional da Mulher em 8 de março.
 

ALGUMAS IMAGENS DO EVENTO



O evento teve início com as palavras da presidente Márcia Pessanha que discorreu fragmentos do seu texto "Mostrando a figura feminina na sacralidade de suas origens".

 
Imagem da plateia assistente.
(Em primeiro plano) Neide Barros Rêgo, Walmir Ventura,
Newton Valle, Eneida F. Barros, Profa. Regina, Gracinda Rosa
e Antônio Soares-Aso.

André Santa Rosa - jornalista e advogado,
momento em que discorre o texto de Sílvia Tani
transcrito abaixo.
 

 
Honrada e gratificada pelo amável convite de minha ilustre amiga Márcia Pessanha, trouxe um mimo para meus queridos amigos da Academia Niteroiense de Letras, neste dia especial de homenagem às mulheres.
 
Eu poderia chegar, simplesmente discursar
Despejar meus muitos anos, de jornalismo e de arte
De mulher, de esposa e mãe, de cozinheira e que tal.
Mas, não quero. Não, isso eu não faço!
 
Quero só reinventar, uma homenagem discreta,
Vou falar das mulheres, como se fosse um homem,
Pois até isso aprendi, nessa vida feminina.
Vou fingir que sou um velho e que velho,
um certo gajo Raimundo,
 
Cabra macho, cearense, chegando aos oitenta anos,
Que lhes fala, resumindo, o que precisa ser dito,
Das mulheres todas elas, das nordestinas também,
E de Maria das Graças, que engraçou sua vida.
Cozinheira da caatinga, quituteira de mão cheia,
Trazia o céu, paraíso, quando coçava meu peito.
 
Um dia faltou-nos água, faltou pão, faltou farinha,
Maria me olhou de banda, e disse: Vai trabalhar!
Quando voltar à noitinha, vai ter panela a esquentar.
Fui pro mato, fui lavrar, capinei, cortei os galhos,
Quando o sol se foi embora, voltei pra casa com fome.
Tava a mesa toda pronta, tinha até feijão de dois,
E Maria mais sem graça, tava bem quietinha num canto.
 
Eu que de nada sabia, estranhei tanta fartura,
Peguei meu cinto de couro, esbravejei feito um cão
Onde foi Maria, sua quenga!!! Conseguiu tanta comida?
Empurrei a mulherzinha, dei-lhe tropeços de mão,
Perguntando sem parar: Onde ocê foi se dar!?!?
 
Maria das Graças calou, juntou três peças de pano,
Arrumou uma trouxinha, e  foi-se pro mundo de Deus.
Fiquei qual bode velho, fuçando a casa todinha,
Vi que Maria não tinha nem mais nada de vestir,
Ela coitada, sem nada, tinha vendido na praça!
Um vestidinho de chita e as sandálias de calçar,
Com a paga de seis mil réis, fez mais fiado na venda,
Tinha trazido uma saca, carne seca e rapadura!
 
Quando entendi o mistério, ela já estava bem longe,
Nunca mais eu vi Maria, nunca mais eu vi sua graça.
 
 
E acabando com essa história, arrependido e maldito,
Fiz uma prece ao bom Deus e a meu Santo Padre Ciço,
Pra que pusesse  Maria, num altar, bem junto à Mãe,
 
Pra que todo mundo visse,
pra que o povo então sentisse,
Que minha Santa Mãezinha, Mãe de Deus, Mãe do sertão,
Era a  Maria das Graças, a Mãe das dores do mundo!
 
MULHER QUE SENTIU A DOR
DE QUEM UM DIA PARIU!!!
Sílvia Tani.

 

André Santa Rosa - jornalista e advogado,
momento em que discorre o texto de Sílvia Tani.
 
Luiz Carlos Leme - artista plástico
momento que faz homenagem à jornalista Sílvia Tani.

Antônio Soares - Aso
também fez homenagem à jornalista Sílvia Tani.

Teresinha Campos amiga de Sílvia Tani
entrega buquê de flores e ler um texto do Antônio Soares
sobre as mulheres.

A presidente da ANL, Marcia Pessanha
entrega a placa de honra ao representante da Sílvia Tani,
o jornalista André Santa Rosa.

Placa da Homenagem à jornalista Sílvia Tani.

Professora Regina Coeli
profere a conferência sobre as mulheres.



Esposo da professora Regina Coeli,
 pró-reitor de extensão da UFF
Wainer da Silveira e Silva na plateia.

Imagem da plateia assistente.

O secretário da ANL, Wanderlino T. Netto
faz a entrega do certificado à professora Regina Coeli.

O esposo da professora Wainer da Silveira e Silva,
entrega flores a ela.
 
A presidente Marcia Pessanha
encerra a sessão.
 
As mulheres presentes: Márcia Pessanha, Labouré Lima, Cyana Leahy, Regina Coeli, Fatima Costa, Eneida F. Barros, Aydil Preis e Leda Mendes Jorge, posam para as lentes do Focus Portal Cultural.
 
 
 
 
 
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