sexta-feira, 18 de março de 2016

ANCHIETA REVISITADO POR EDUARDO PORTELA NA ACADEMIA CARIOCA DE LETRAS. CONFIRA.



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COMPLETO DA CONFERÊNCIA
DO ACADÊMICO DA ABL EDUARDO PORTELLA
NA ACADEMIA CARIOCA DE LETRAS.
PRODUÇÃO: FOCUS PORTAL CULTURAL.




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DO FOCUS PORTAL CULTURAL.




ANCHIETA REVISITADO POR EDUARDO PORTELLA
NA ACADEMIA CARIOCA DE LETRAS
 

Para celebrar os 90 anos da Academia Carioca de Letras, EDUARDO PORTELLA abriu o Fórum Carioca de Cultura, na sede da referida entidade, com a palestra "José de Anchieta, Patrono da ACL, e o projeto cultural brasileiro", no dia 7 de março.
 
Numa cerimônia concorrida e calorosa, Eduardo Portella, reconhecido crítico literário e professor emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), além de membro da Academia Brasileira de Letras, discorreu com o peculiar conhecimento sobre o desempenho do Padre José de Anchieta nos alicerces civilizatórios da história nacional.
 
Para inserir Anchieta na fundação da Literatura Brasileira, o ilustre Mestre fez primeiro um rápido retrospecto das linhas de força do Renascimento. A seguir, tangenciou a questão do Maneirismo, com suas tensões e seus dilemas na crise do Renascimento, abrindo-se, concomitante,  para a explosão do Barroco, enfatizando a  Península Ibérica e a Contrarreforma. E neste contexto europeu, histórico e ao mesmo tempo estético, localizou Anchieta para referir-se ao papel catequético do jesuíta. 
 
Eduardo Portella mencionou a figura ímpar e missionária daquele membro da Companhia de Jesus ao criar o intercâmbio com os nativos, aprendendo até a língua dos indígenas para haver maior facilidade na evangelização. 
 
Aprofundou aspectos da vida e da obra daquele que foi cognominado Apóstolo do Brasil, e leu  também   trechos da produção de Anchieta  dedicada a Nossa Senhora. Com sua palavra de reconhecido mérito, Professor Portella deu uma aula para os  amantes da literatura do Rio de Janeiro justamente na   Academia Carioca de Letras, que tem como Patrono  José da Anchieta.
 

O presidente daquela entidade cultural do Rio de Janeiro, Ricardo Cravo Albin, saudou o conferencista com fluente discurso e ofereceu-lhe a medalha, símbolo do patrono da casa. Com a fidalguia de sempre, Albin  recebeu a seleta assistência, já que à conferência compareceram lídimos representantes da intelectualidade do Rio de Janeiro. 
 
O evento aconteceu no dia 7 de março, segunda-feira, às 17 horas, na Rua Teixeira de Freitas, nº 5 – sala 306, Lapa, Rio de Janeiro.

 
(Assista à palestra completa - clicar no link:
 
 

 
SOBRE JOSÉ DE ANCHIETA


 
 
José de Anchieta nasceu em San Cristóbal de La Laguna, na ilha de Tenerife, no arquipélago das Canárias, Espanha em 19 de março de 1534. Foi um padre jesuíta espanhol, santo da Igreja Católica e um dos fundadores da cidade brasileira de São Paulo.
 
Beatificado em 1980 pelo papa João Paulo II e canonizado em 2014 pelo papa Francisco, é conhecido como o Apóstolo do Brasil, por ter sido um dos pioneiros na introdução do cristianismo no país. Em abril de 2015 foi declarado copadroeiro do Brasil na 53ª Assembleia Geral da CNBB.
 
Foi o primeiro dramaturgo, o primeiro gramático e o primeiro poeta nascido nas Ilhas Canárias. Foi o autor da primeira gramática da língua tupi, e um dos primeiros autores da literatura brasileira, para a qual compôs inúmeras peças teatrais e poemas de teor religioso e uma epopeia.
 
Filho de João López de Anchieta (natural de Urrestilla, bairro da localidade de Azpeitia, em Guipúscoa, País Basco) e de Mência Diaz de Clavijo y Llarena, descendente da nobreza canária.

 
Foi batizado em 7 abril de 1534 na Paróquia de Nossa Senhora dos Remédios (atual Catedral de San Cristóbal de La Laguna), onde ainda existe a pia de calcário vermelho onde, segundo a tradição, o santo teria sido batizado. Sua certidão de batismo, inscrita no Livro I da Igreja dos Remédios, está preservada no Arquivo Histórico Diocesano de Tenerife, onde se lê: José, filho de Juan de Anchieta e sua esposa, foi batizado no dia 7 de abril por Juan Gutiérrez, vigário e seus padrinhos foram Domenigo Riso e Don Alonso.
 
Seu pai foi um revolucionário basco que tomou parte na revolta dos Comuneros contra o Imperador Carlos V na Espanha e um grande devoto da Virgem Maria. Era aparentado dos Loyola, daí o parentesco de Anchieta com o fundador da Companhia de Jesus, Inácio de Loyola. Sua mãe era natural das Ilhas Canárias, filha de judeus cristãos-novos. O avô materno, Sebastião de Llarena, era um judeu convertido do Reino de Castela. Dos doze irmãos, além dele abraçaram o sacerdócio Pedro Nuñez e Melchor.
 
Faleceu aos 63 anos em Reritiba, Brasil-Colônia em 9 de junho de 1597. Beatificação 22 de junho de 1980, Vaticano por João Paulo II - Canonização 3 de abril de 2014 por Papa Francisco - Festa Litúrgica 09 de junho.

 
SOBRE EDUARDO PORTELLA
 
 
 
 
Eduardo Portella nasceu em Salvador (BA), em 8 de outubro de 1932, filho de Enrique Portella e de Maria Diva Mattos Portella. Fez os primeiros estudos em Feira de Santana e os secundários no Recife. Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito da Universidade Federal de Pernambuco, em 1955.
 
Sexto ocupante da Cadeira nº 27, eleito em 19 de março de 1981, na sucessão de Otávio de Faria e recebido em 18 de agosto de 1981 pelo Acadêmico Afrânio Coutinho.
 
Recebeu as Acadêmicas Lygia Fagundes Telles e Zélia Gattai, Rosiska Darcy de Oliveira e os Acadêmicos Carlos Nejar, Celso Furtado, Candido Mendes de Almeida, João Ubaldo Ribeiro, Ivan Junqueira , Alfredo Bosi,  Geraldo Holanda Cavalcanti e Evaldo Cabral de Mello.
 

 
ALGUMAS IMAGENS



ACADEMIA CARIOCA DE LETRAS
 


 Escultura do José de Anchieta,
Patrono da ACL.

Ricardo Cravo Albin - Presidente da ACL
(Momento do início dos trabalhos).
 
O secretário Adriano Spínola
Momento em que expõe as efemérides
e a programação da ACL.

Bernardo Cabral - acadêmico
que fez a saudação ao professor Eduardo Portella.

Bernardo Cabral - acadêmico
que fez a saudação ao professor Eduardo Portella.
 
Eduardo Portella - professor e acadêmico
(momento em que profere a palestra).

O conferencista Eduardo Portella ladeado dos
acadêmicos: Bernardo Cabral, Domício Proença Filho,
Ricardo Cravo Albin, Adriano Spínola,
Arno Wehling, Claudio Aguiar.


Portella recebe Medalha Símbolo do Patrono
da Academia Carioca de Letras.

Eduardo Portella e Adriano Spínola.
 
Dalma Nascimento e Eduardo Portella.
 
Edir Meirelles, Ricardo Cravo Albin e Dalma Nascimento.
 
Maria Beltrão, Célia Salsa e Claudio Aguiar.

Eduardo Portella, Olívia Barradas e Ricardo Cravo Albin.

Claudio Aguiar, Denise Porto, Eduardo Portella,
Dalma Nascimento e Shirley Araújo.

ACADEMIA CARIOCA DE LETRAS
 
DIRETORIA
 
Presidente – RICARDO CRAVO ALBIN
Vice-Presidente – CLÁUDIO MURILO LEAL
Primeiro-Secretário – ADRIANO ESPÍNOLA
Segundo-Secretário – MIRIAM HALFIM
Tesoureiro – EDIR MEIRELLES
Diretor da Biblioteca –
TERESA CRISTINA MEIRELES DE OLIVEIRA
Diretor da Revista – PAULO ROBERTO PEREIRA

CONSELHO FISCAL:
Titulares – Bernardo Cabral, Cícero Sandroni,
Nelson Mello e Souza;
Suplentes – Omar da Rosa Santos, Sonia Sales,
Waldir Ribeiro do Val

COMISSÃO DO ESTATUTO
E DO REGIMENTO INTERNO:
Domício Proença Filho, Maria Beltrão,
Murilo Melo Filho

CONSELHO EDITORIAL DA REVISTA:
Antônio Carlos Secchin,
Gilberto Mendonça Teles,
Godofredo de Oliveira Neto

COMISSÃO DAS PUBLICAÇÕES:
Ivan Cavalcanti Proença,
Marcus Vinicius Quiroga,
Stella Leonardos.
 
 
 
HISTÓRIA DA ACADEMIA CARIOCA DE LETRAS
 
 
Fundada em 8 de abril de 1926, a Academia Carioca de Letras, constituída como associação de cultura literária do Estado do Rio de Janeiro, está sediada na cidade do mesmo nome, e tem por fim a cultura da língua e da literatura nacional. Compõe-se de 40 membros titulares ou efetivos e adota os mesmos critérios tradicionais das demais academias brasileiras.

     A propósito da sempre lembrada origem da Academia, como uma espécie de sucedâneo da Academia Pedro II, vale transcrever o depoimento de Othon Costa, um dos fundadores que advogou a idéia de mudança de nome da Academia que fora criada para homenagear o Imperador: "A mudança da denominação da Academia não se inspirou em sentimentos regionalistas e muito menos de natureza política, tendente a eliminar o nome do velho e glorioso monarca brasileiro. Lembro-me bem que a última sessão pública que realizamos, antes da nova denominação, foi a 2 de dezembro de 1929, no transcurso do centésimo quarto aniversário de Pedro II. A sessão foi presidida pelo Conde Affonso Celso, então, presidente perpétuo do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Em palestra que tivemos na ocasião, comuniquei-lhe, com algum constrangimento, que havia explicando as razões que me levaram à iniciativa, mas comprometendo-me a conservar o nome do grande brasileiro como patrono  de uma de suas cadeiras. Affonso Celso, com sua proverbial delicadeza, concordou com as minhas ponderações e louvou o meu propósito de conservar, em uma de nossas poltronas, o nome do sábio Imperador, tão profundamente vinculado à nossa cultura". (Cf. Discurso de Othon Costa, pronunciado em 8 de abril de 1976, por ocasião da comemoração do Cinquentenário de Fundação da Academia. Revista da Academia Carioca de Letras, nº 3, Junho de 1977, Rio de Janeiro, pp.3 e 4).

     A Academia Carioca de Letras é considerada entidade de utilidade pública federal pelo Decreto nº 4.971, de 1934; de utilidade pública estadual pela Lei nº 753, de 1965; e órgão consultivo do Estado do Rio de Janeiro em assuntos culturais pela Lei nº 970, de 1966.
 
 
 
REALIZAÇÃO
 
 
 
 
APOIO CULTURAL
 
 



 
 

 

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