A Rainha Ginga - José Eduardo Agualusa.
A Rainha Ginga de José Eduardo Agualusa será a obra em debate no dia 12
de maio de 2016 no CLIC - Clube de Leitura de Icaraí. A explanação acontecerá
às 19h na varanda do Cine Arte UFF.
Endereço: Centro de Artes UFF - R. Miguel de Frias, 9 - Icaraí, Niterói - RJ - Brasil - Telefone: (21) 3674-7515.
Saiba
mais no link:
A Rainha Ginga – Este romance histórico narra a
incrível e verdadeira história de dona Ana de Souza (1583-1663). Senhora de um
reino poderoso nos vastos sertões da costa ocidental da África, dizimado e
reconstruído vezes seguidas, ela exerceu seu poder com inteligência e
originalidade. Astuta nas negociações políticas, a Rainha Ginga estabeleceu
alianças diplomáticas com os holandeses, ao mesmo tempo em que comandava os
seus exércitos contra outros reis africanos, e tropas luso-brasileiras.
Ardilosa, vaidosa, adotou uma coleção de esposas (na realidade homens, vestidos
como mulheres) e se casou várias vezes com chefes militares que desejava como
aliados políticos. O renomado escritor José Eduardo Agualusa recupera a
trajetória desta poderosa rainha, compondo uma história de amor, sexo e poder.
O LIVRO INICIA ASSIM...
A PRIMEIRA VEZ QUE A VI, A GINGA OLHAVA O MAR.
Vestia ricos panos e estava ornada de belas joias de ouro ao pescoço e de
sonoras malungas de prata e de cobre nos braços e calcanhares. Era uma mulher
pequena, escorrida de carnes e, no geral, sem muita existência, não fosse pelo
aparato com que trajava e pela larga corte de mucamas e de homens de armas a
abraçá-la.
Foi isto no Reino do Sonho, ou Soyo, talvez na
mesma praia que lá pelos finais do século XV viu entrar Diogo Cão e os doze
frades franciscanos que com ele seguiam, ao encontro do Mani-Soyo — o Senhor do
Sonho. A mesma praia em que o Mani-Soyo se lavou com a água do batismo, sendo
seguido por muitos outros fidalgos da sua corte. Assim, cumpriu Nosso Senhor
Jesus Cristo a sua entrada nesta Etiópia ocidental, desenganando o pai das trevas.
Ao menos, na época, eu assim o cria.
Na manhã em que pela primeira vez vi a
Ginga, fazia um mar liso e leve e tão cheio de luz que parecia que dentro dele
um outro sol se levantava. Dizem os marinheiros que um mar assim está sob o
domínio de Galena, uma das nereidas, ou sereias, cujo nome, em grego, tem por
significado calmaria luminosa, a calmaria do mar inundado de sol. Aquela luz,
crescendo das águas, permanece na minha lembrança, tão viva quanto as primeiras
palavras que troquei com a Ginga. Indagou-me a Ginga, após as exaustivas frases...
José Eduardo Agualusa nasceu na cidade do
Huambo, em Angola, a 13 de dezembro de 1960. Estudou Agronomia e Silvicultura
em Lisboa. É jornalista. Viveu em Lisboa, Luanda, Rio de Janeiro e Berlim. É
autor dos livros A Conjura (romance,
1988), Prémio Revelação Sonangol, A Feira
dos Assombrados (contos, 1992), Estação
das Chuvas (romance, 1996), Nação
Crioula (romance, 1998), Grande Prémio de Literatura RTP, Fronteiras Perdidas (contos, 1999),
Grande Prémio de Conto da APE, A
Substância do Amor e Outras Crónicas (crónica, 2000), Estranhões e Bizarrocos, com Henrique Cayatte, (infantil, 2000),
Prémio Nacional de Ilustração e Grande Prémio de Literatura para Crianças da
Fundação Calouste Gulbenkian, Um Estranho
em Goa (romance, 2000), O Ano Que
Zumbi Tomou o Rio (romance, 2002), O
Homem Que Parecia Um Domingo (contos, 2002), Catálogo de Sombras (contos, 2003) e O Vendedor de Passados (romance, 2004). As suas obras estão
traduzidas para diversas línguas europeias.
Com os jornalistas Fernando Semedo e Elza Rocha,
publicou uma grande reportagem sobre a comunidade africana em Lisboa, com o
título Lisboa Africana (1993).
Os seus livros estão traduzidos em 25 línguas. O Vendedor de Passados foi adaptado para
cinema pelo realizador brasileiro Lula Buarque de Holanda (Conspiração Filmes).
Nação Crioula será adaptado ao cinema
pelo realizador brasileiro Andrucha Waddington (Conspiração Filmes).
Escreveu quatro peças para teatro: Geração W, Chovem Amores na Rua do Matador,
A Caixa Negra (estas duas em colaboração com Mia Couto) e Aquela Mulher. Em
2007, a tradução inglesa de O Vendedor de
Passados foi distinguida com o Prémio Independent para a melhor ficção
estrangeira.
Um Estranho em Goa.
A Vida no céu.
Milagrário Pessoal.
O Vendedor de Passados.
A Educação Sentimental dos Pássaros.
APOIO CULTURAL
FONTE:
http://clubedeleituraicarai.blogspot.com.br/
http://www.sescsp.org.br/online/artigo/8375_JOSE+EDUARDO+AGUALUSA
Nenhum comentário:
Postar um comentário