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MARIA CALLAS ETERNA DIVA LÍRICA
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39 ANOS DEPOIS DE SUA MORTE
MARIA CALLAS
AINDA NOS FASCINA
Há exatos 39 anos, no dia 16 de setembro de 1977, uma sexta feira, morria, em seu luxuoso apartamento na Avenida Georges Mandel, perto do Arco do Triunfo, em Paris, Maria Callas, um dos maiores mitos da cena operística do século XX.
Maria Callas nasceu Nova Iorque em 2 de dezembro de 1923. Foi uma cantora lírica norte-americana de ascendência grega, considerada a maior celebridade da ópera no século XX e a maior cantora de todos os tempos. Apesar de também famosa pela sua vida pessoal, o seu legado mais duradouro deve-se ao impulso a um novo estilo de atuação nas produções operísticas, à raridade e distintividade de seu tipo de voz e ao resgate de óperas há muito esquecidas do belo canto, estreladas por ela.
Callas continua fascinando, mesmo tendo se despedido da cena lírica há mais de 49 anos. Muito deste fascínio vem de, além de um canto de rara beleza e de uma emoção incomparável, por sua trágica história pessoal e de seu indomável temperamento.
Foi na Grécia que Callas começou a estudar música de forma séria. Cantou algumas vezes em seu país, mas sua glória internacional começou na Itália.
Em 1948 despontava, em Florença, uma cantora excepcional, sobretudo como interprete de papéis altamente dramáticos, como a Norma de Bellini.
Foi na Grécia que Callas começou a estudar música de forma séria. Cantou algumas vezes em seu país, mas sua glória internacional começou na Itália.
Em 1948 despontava, em Florença, uma cantora excepcional, sobretudo como interprete de papéis altamente dramáticos, como a Norma de Bellini.
O que mais fascinava o público italiano, e posteriormente outras plateias na Europa e nos Estados Unidos, era o fato de que Maria Callas não era apenas uma grande cantora. Era também uma grande atriz. Seu comprometimento dramático era tal, que ao final de cada espetáculo estava completamente esgotada.
Logo se tornaria a grande estrela do teatro de ópera mais importante da Itália, o La Scala de Milão.
Sua versatilidade vocal a fazia ter facilidade para cantar papéis dramáticos, como a personagem título de A Valquíria de Wagner (que ela cantava em italiano), e um papel extremamente leve e ágil como o de Elvira, da ópera I Puritani de Bellini, na mesma semana.
Filha de pais gregos, com pouca idade revelava seus dotes musicais. Seu nome completo era Maria Cecilia Sofia Anna Kalogeropoulou.
Filha de pais gregos, com pouca idade revelava seus dotes musicais. Seu nome completo era Maria Cecilia Sofia Anna Kalogeropoulou.
Sua base musical extremamente solida permitiu que ela aprendesse diversos papéis em pouquíssimo tempo.
Callas era muito exigente consigo mesma. Seus anos dourados vão de 1950 até 1958. Daí em diante sua carreira entra em declínio, quando abandona sua ferrenha disciplina ao conhecer e se apaixonar pelo milionário grego Aristóteles Onassis.
Sua paixão a fez reduzir consideravelmente suas apresentações, e praticamente não acrescentou nenhum papel novo em seu repertório. Sua voz no início dos anos 60 era extremamente irregular, apesar de que seu empenho dramático continuou intacto.
Em 1964 Callas teve seu último êxito num palco operístico, quando no Covent Garden, em Londres, atuou num de seus papéis favoritos: Tosca de Puccini. Suas últimas apresentações na Ópera de Paris, com a Norma de Bellini, em 1965, foram calamitosas, e nunca mais se apresentou em uma encenação operística.
Sua tristeza pessoal arruinou a sua vida artística, e podemos resumir esta tristeza com dois fatos marcantes: o fato de Onassis ter casado com Jaqueline Kennedy, e o fato de ela ter perdido um filho de Onassis.
Seus últimos anos a viram, de forma esporádica, como professora na Julliard School, em Nova Iorque, e como atriz na Medeia de Pasolini, e em 1974 voltou aos palcos em recitais por diversas partes do mundo, junto ao tenor Giuseppe di Stefano, recitais estes que foram infelizmente gravados, gravações estas que mostram o estado deplorável de sua voz.
Seus últimos anos a viram, de forma esporádica, como professora na Julliard School, em Nova Iorque, e como atriz na Medeia de Pasolini, e em 1974 voltou aos palcos em recitais por diversas partes do mundo, junto ao tenor Giuseppe di Stefano, recitais estes que foram infelizmente gravados, gravações estas que mostram o estado deplorável de sua voz.
Isolada, deprimida acabou falecendo aos 54 anos, em Paris. Morreu só, de um enfarto fulminante.
LEGADO
Maria Callas gravou muito. Inúmeras gravações inundam as bibliotecas em todo o mundo.
•Verdi, Macbeth. Com Enzo Mascherini, Gino Penno e Mario Tommasini. Regência de Victor De Sabata. La Scala, 1952.
•Puccini, Tosca. Com Tito Gobbi e Giuseppe di Stefano. Regência de Victor De Sabata. La Scala, 1953. Considerada por muitos gravações de referência para a ópera de Puccini.
•Bellini, Norma. Com Ebe Stignani, Mario Filippeschi e Nicola Rossi-Lemeni. Regência de Tullio Serafin. La Scala, 1954.
•Donizetti, Lucia di Lammermoor. Com Rolando Panerai, Giuseppe di Stefano e Nicola Zaccaria. Regência de Herbert von Karajan. Berlin, 1955. Outra das gravações de Callas considerada de referência.
•Verdi, La Traviata. Com Ettore Bastianini e Giuseppe di Stefano. Regência de Carlo Maria Giulini. La Scala, 1955. Famosa gravação em que a direção de cena ficara a cargo do cineasta Luchino Visconti.
•Verdi, Il Trovatore. Com Fedora Barbieri, Rolando Panerai e Giuseppe di Stefano. Regência de Herbert von Karajan. La Scala, 1956.
•Donizetti, Anna Bolena. Com Giulietta Simionato e Gianni Raimondi. Regência de Gianandrea Gavazzeni. La Scala, 1957.
A atriz Cristiane Torloni interpretou o papel da cantora lírica Maria Callas, no espetáculo Master Class, da Broadway. José Possi Neto e o maestro Fábio de Oliveira assinam a direção da montagem.
COMENTÁRIOS
Caro príncipe de Teresinas houses,
Dois trabalhos belíssimos: Parabéns! Federico Garcia Lorca e agora Maria Callas.
Vocês deviam ter assistido à peça Callas
com a Cristiane Torloni fazendo os
últimos dias de sua vida
artística com uma escola de canto de alto nível em Nova York. Mas o que é mais impressionante é a transformação fisionômica,
a Cristiane está a própria Maria Callas
em postura, voz, e resistência
de duas horas sem parar de atuação. Inclusive cantando trechos de operas.
Beijos
afetuosos
dos sempre
amigos
Renato/Eugênio.
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