quarta-feira, 9 de novembro de 2016

O. G. RÊGO DE CARVALHO - O ESCRITOR DE ULISSES ENTRE O AMOR E A MORTE E RIO SUBTERRÂNEO. HOMENAGEM DO FOCUS PORTAL CULTURAL.


 

O.G. Rêgo de Carvalho - escritor piauiense.

 




A homenagem do Focus Portal Cultural,  em 09 de novembro de 2016, será para o professor e romancista piauiense O.G. Rêgo de Carvalho, que há 3 anos partiu rumo ao parnaso e deixou muitas saudades. Pelo conjunto de sua obra, o autor de Ulisses entre o Amor e a Morte e Rio Subterrâneo merece destaque na literatura brasileira.
Orlando Geraldo Rêgo de Carvalho, conhecido como O. G. Rêgo de Carvalho nasceu em 25 de janeiro de 1930 e aos 10 anos de idade já escrevia para o jornal da escola, mas foi em 1942, ao ler "O Guarani", de José de Alencar, que decidiu ser escritor.  
 
 
O.G. Rêgo de Carvalho aos 9 anos.
 
 
Lecionou literatura no Colégio Estadual Zacarias Góis, bacharelou-se em Direito pela extinta Faculdade de Direito do Piauí, e era funcionário aposentado do Banco do Brasil. Sua obra o coloca ao lado dos grandes nomes da literatura brasileira.
 
Ocupava a Cadeira nº 6 da Academia Piauiense de Letras. Doutor “Honoris Causa” da Universidade Federal do Piauí, O escritor integrou o Grupo Meridiano e pertence à Geração 45. Juntamente com o poeta H. Dobal e o crítico M. Paulo Nunes, lançou em 1949 a revista "Caderno de Letras Meridiano", um marco dentro do Modernismo Piauiense.
 
 
O.G. Rêgo de Carvalho - escritor piauiense.
 
Seu primeiro livro, "Ulisses entre o amor e a morte", foi lançado quando tinha 23 anos (1953) encontra-se na 13ª edições.  
 
Sua obra marcante é Rio Subterrâneo, quando o escritor expõe de forma crua as neuroses, conflitos, medos, loucura e solidão de seus personagens, mas foi com a obra "Somos Todos Inocentes" que conquistou o Prêmio Coelho Neto, da Academia Brasileira de Letras.
 
O seu amor pelas letras foi imenso. Para escrever "Rio Subterrâneo", abriu mão de seu cargo no Banco Brasil e até mesmo do casamento na época. Seu esforço mental foi tão grande que foi adoecendo enquanto o escrevia e, à medida que adoecia, passava para o papel suas sensações. Com receio de que o romance não fosse concluído, passou a escrever dia e noite. Terminada a tarefa, teve de entrar em intensivo tratamento.
 
Em março de 1996, casou-se com a poetisa, professora e tradutora Divaneide Maria Oliveira de Carvalho, pessoa de elevada cultura, que, à frente da Editora Renoir, além de estar reeditando obras de piauienses famosos, inclusive do próprio O.G. Rêgo de Carvalho, já traduziu "Ulisses Entre o Amor e a Morte" e um livro de poemas de H. Dobal para o espanhol.  O amor entre eles começa pela literatura: Um trabalho para seus alunos, no colégio, sobre a pessoa e obra de O. G. Rego de Carvalho. Assim, teve que entrevistá-lo, e aí se apaixonou. Amor à primeira vista, que durou para sempre. É ela a guardiã de sua memória e de suas obras.
 
 
O.G. Rêgo de Carvalho - escritor piauiense.
 
 
 
Faleceu na manhã de 09 de novembro de 2013, no Hospital São Paulo em Teresina-PI, aos 83 anos, de falência múltipla dos órgãos, após oito dias internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital.
Deixou a mulher Divaneide Carvalho e o filho Orlando de Carvalho.  Foram poucos os livros que publicou, mas todos de grande valia, pelo estilo musical (poesia e ritmo), sem se perder na abordagem da alma de seres perdidos pela dor, angústia e solidão. Sua marca como profissional exemplar, homem de caráter e sabedoria também não pode ser negada.
Cineas Santos, professor, escritor e membro do Conselho Estadual de Cultura,  destaca o escritor como um dos maiores ficcionistas da literatura brasileira, "O.G. Rêgo de Carvalho, com uma obra pequena - apenas três romances, figura entre os maiores ficcionistas da moderna literatura brasileira. "Ulisses entre o amor e a morte" é, indiscutivelmente, o mais belo romance brasileiro sobre a adolescência. Lírico, poético, musical, um livro indispensável. Calou-se o cidadão O.G. Rêgo de Carvalho, mas sua obra permanecerá" .
 
 
OBRAS:
 
Ulisses Entre o Amor e a Morte, 1953
Amarga Solidão, 1956
Rio Subterrâneo, 1967
Somos Todos Inocentes, 1971
Como e Por Que Me Fiz Escritor, 1989
Ficção Reunida, 2001 e diversos contos espalhados por jornais,  revistas e antologias.
 
 
 
 
 
 
 Há também um interessante comentário denominado
 "O Complexo de Édipo na obra de OG Rêgo de Carvalho" de autoria do Dr. José Expedito Rego.

Para adquir os livros do O.G. Rêgo de Carvalho:

Livraria Des Livres (86)-32327998
deslivres@hotmail.com 

Livraria Leonel Franca - Rua Barroso,353 – Centro – Teresina - PI - Fone (86) 3221.5994/3221.0308-Fax(86)3221.2852.

Livraria Leonel Franca - Av. Ininga,1201.Loja V70/71. Teresina - PI.

Livraria Piauiense: Av. Frei Serafim, n° 1932 Centro Teresina/Piauí • Fone: (86) 3223.7994 •
www.livrariapiauiense.com.br. 
 
 
 
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Após a leitura dos importantes romances  Rio Subterrâneo e Ulisses  Entre o Amor e a Morte ficamos convencidos de que  O.G. Rêgo de Carvalho,  grande autor piauiense, pelo conjunto de sua obra,  merece indubitavelmente um lugar de destaque na literatura brasileira. Quem as leu essas excelências irá concordar conosco. Fica aqui a nossa dica -  Alberto Araújo - editor do Focus Portal Cultural.

 
 
 
 
FONTE:
 








 
 
 
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Um comentário:

  1. Em 1972, quando pesquisava sobre a polêmica obra do irlandês James Joyce, 'Ulysses', deparei-me com o título, em língua portuguesa, 'Ulisses entre o Amor e a Morte', publicado pelo o piauiense O. G. Rêgo de Carvalho, o qual já figurava entre os grandes ficcionistas da moderna literatura brasileira. Na avaliação crítica de Cineas Santos (professor, escritor e membro do Conselho Estadual de Cultura) o Ulisses de Teresina "é, indiscutivelmente, o mais belo romance brasileiro sobre a adolescência". Não resisti à inevitável comparação entre os dois autores e constatei que o nosso Rêgo de Carvalho contrapõem-se à desconstrução estrutural do irlandês, lavrando um romance 'lírico, poético e verdadeiramente musical'. O escritor brasileiro publicou seu 'Ulisses' em 1953, com apenas 23 anos, o que não o impediu de lavrar uma autêntica ode à vida e ao amor. Valeu Alberto Araújo! A homenagem é justa e oportuna.

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