O Jazz é um dos gêneros musicais mais celebrados do mundo. Teve origem nos Estados Unidos da América, através da comunidade afro-americana no século XIX, tendo-se popularizado nas primeiras décadas do século XX. New Orleans é reconhecida como a cidade onde nasceu o jazz. Acredita-se que a palavra jazz advém da gíria norte-americana.
Ao longo do século passado, inúmeros nomes foram imortalizados na galeria de figuras emblemáticas do jazz. Cantoras, trompetistas, pianistas.
Principais nomes do Jazz: Miles Davis, Chet Baker, Billie Holiday, Ella Fitzgerald, Nina Simone, John Coltrane, Louis Armstrong, Edward Ellington e Dizzy Gillespie .
A data foi criada pela UNESCO e anunciada pelo pianista e embaixador da boa vontade da UNESCO, Herbie Hancock.
Foi em 2012 que se celebrou pela primeira vez o Dia Internacional do Jazz. A comemoração tem como objetivo lembrar a importância deste género musical e o seu contributo na promoção de diferentes culturas e povos ao longo da história.
Para promover o Dia Internacional do Jazz decorrem vários concertos de jazz, promovidos por escolas, grupos e músicos, com o intuito de apresentar à população este género musical. O jazz é um estilo musical que apela à criatividade e à improvisação.
Jazz em Portugal
O jazz não tem grande tradição em Portugal. Alguns dos nomes conhecidos do jazz português são Carlos Barreto, Carlos Bica, Joana Rios, Luísa Sobral, Mário Laginha, Bernardo Sassetti, Rão Kyao, André Matos.
Uma das vozes femininas mais importantes do Jazz, Bille Holiday teve uma infância sofrida, como a maioria dos grandes nomes do gênero. Nascida na Pensilvânia, Billie se mudou aos 14 anos para Nova York onde trabalhou lavando o chão de casas de prostituição e posteriormente também acabou se prostituindo. Iniciou carreira musical na década de 1930 em bares do Harlem. Viciada em drogas, principalmente em heroína, morreu jovem, aos 44 anos, em 1959.
Chet Baker elevou a melancolia do Jazz a níveis nunca vistos. Exímio trompetista, nunca se afastou de confusões. Viciado em heroína, Chet já sofreu diversos espancamentos por conta de dívidas com traficantes. As porradarias renderam a perda de vários dentes. Sem se preocupar muito com vaidade, o músico não ligava para a “banguela”. Para alguns especialistas, a falta dos dentes lhe rendia notas únicas ao tocar seu trompete. Ícone “cool”, Chet morreu aos 58 anos, em 1988.
Dizzy Gillespie é ao lado do também seminal Charlie Parker, um dos grandes nomes do Bebop, subgênero do Jazz que traz melodias mais rápidas e grupos com menos integrantes, formando trios ou quartetos. Na década de 1940, Gillespie passou a incorporar elementos latinos e africanos ao jazz. Era conhecido por ficar sempre com as bochechas inchadas ao tocar seu trompete. Morreu em 1993.
Nascido em Washington, Edward Ellington é um dos pianistas mais importantes do jazz em todos os tempos. Seu primeiro contato com o instrumento que o consagrou aconteceu aos sete anos de idade. Ellington foi mordomo da Casa. Se mudou para Nova York ao lado do grupo The Whashingtonians em 1923 e, a partir daí, ganhou o mundo. Morreu em 1974.
Considerada por muitos a cantora mais importantes do século XX, Ella nasceu na Virgínia em 1917. Teve uma infância problemática e perdeu a mãe cedo, vítima de infarto em 1932. Após problemas com a polícia e internação num reformatório, a diva fez sua estreia nos palcos aos 17 anos, em 1934, no Teatro Apollo, no Harlem. Ao longo das décadas, Ella se consagrou como uma das figuras femininas mais importantes do Jazz. Morreu em 1996, aos 79 anos.
John Coltrane viveu a melancolia do Jazz em sua realidade. Após largar a marinha em 1946, aos 20 anos, Coltrane iniciou seu ciclo no Jazz. Fez parte da banda de Miles Davis por anos, apesar dos problemas de convivência entre os dois causados pelo vício de Coltrane em heroína. Só passou a investir em carreira solo aos 33 anos. Morreu em 1967, aos 40 anos.
Louis Armstrong é praticamente um bandeira do Jazz em todo o mundo. Um dos nomes mais lembrados quando falamos do gênero, Armstrong participou, em 1917, da primeira gravação de jazz para uma grande plateia. Exímio trompetista, ganhou destaque no fim de sua vida como crooner, por conta de sua voz grave e marcante. “What a Wonderful World” é um de seus grandes sucessos. Armstrong morreu em 1971.
Uma das figures mais emblemáticas do jazz em todos os tempos, Miles Davis tem em seu trompete uma fonte inesgotável de melodias marcantes. Seu primeiro contato com o instrumento se deu aos 12 anos, mas Davis só começou a ler partituras aos 16. Responsável pela criação de um seubgênero importante do Jazz, o “Cool Jazz”, o trompetista lançou “Kind of Blue”, um dos álbuns mais importantes de todos os tempos, em 1959. Miles Davis morreu em 1991.
Nina Simone foi uma diva do Jazz com engajamento social. Um incansável combatente do racismo, cantou no enterro de Martin Luther King. Dona de uma voz marcante sofrida, foi pioneira ao incorpororar elementos do Blues e do R&B ao Jazz. Morreu em 2003, aos 70 anos.
Sarah Vaughan é outra diva do Jazz. Nascida em Newark, Nova Jersey, em 1924. Iniciou sua trajetória ilegalmente, ainda na adolescência, tocando piano e cantando em clubes da sua cidade natal. Em 1943, Sarah teve sua primeira grande oportunidade: abriu shows de Ella Fitzgerald. Ao longo dos anos, teve contato direto com nomes importantes da nossa música, como Wilson Simonal e Milton Nascimento. Sarah morreu em 1990, aos 66 anos.
COMENTÁRIOS
Alberto, estando no Cenáculo, você perguntou-me se gostava do Jazz!!!!
Sei que é um género musical de uma moradia não tão composta de vários tijolos, porém, como não sonhar com o som do trompete de Louis Armstrong, a voz de Ella Fitzgerald, Sarah Vaughan etc.
Estive lá Alberto!!! No festival de jazz em New Orleans e como, por poucos dias vivi num pedaço de mundo tão diferente, criativo e apaixonante creio me transportei para uma cena com um cenário jamais visto mais a muito amado. Como vejo o seu saber, amor e uma incessante busca do belo e uma nota de tristeza que acompanha a sua escrita quando um dos fazedores de bela imagem se afasta para as estrelas.
Sabe dissertar sobre a beleza do Jazz com a mesma paixão de uma partitura de uma nota só.
Como seria lindo se eu, você, o mundo fizéssemos uma composição de uma nota só!!!!!
O meu abraço amigo e admirado de admiração por tanta busca corajosa do socorro a sensibilidade já tão derrapada pela cartilha que não foi o nosso aprender tatuado em nossos sentidos!!!
Abraços fraternos da Angela!!!
Angela Gemesio
é escritora, atriz e artista plástica.
********************
FONTE DOS PERFIS
Nenhum comentário:
Postar um comentário