segunda-feira, 24 de abril de 2017

"LÍNGUA AFIADA: ESCRITORAS TOMAM A PALAVRA" PROMOVE CICLO DE OITO PALESTRAS COM AUTORAS PREMIADAS E CRÍTICOS LITERÁRIOS.

 
 
 
 
“LÍNGUA AFIADA: ESCRITORAS TOMAM A PALAVRA”
PROMOVE CICLO DE OITO PALESTRAS
COM AUTORAS PREMIADAS E CRÍTICOS LITERÁRIOS.
 
 
GRANDES NOMES DA LITERATURA DEBATEM
A ESCRITA FEMININA
NA CAIXA CULTURAL RIO DE JANEIRO.
 
 
 
Nélida Piñon, Beatriz Bracher, Marta de Senna,
Margareth Rago, Marcia Tiburi e outras.
 
 
A CAIXA Cultural Rio de Janeiro recebe, de 2 a 12 de maio de 2017 (de terça a sexta-feira), o ciclo de debates Língua Afiada: escritoras tomam a palavra. Durante oito palestras, o projeto reafirma a força e a originalidade da literatura feminina no trato com temas atuais e polêmicos: desejo, prostituição, homossexualidade, amor, maternidade, e violência na ditadura e na cultura patriarcal. A entrada é gratuita, com distribuição de senhas uma hora antes de cada debate. O patrocínio é da Caixa Econômica Federal e do Governo Federal.
 
 
 
 
Nélida Piñon - escritora e acadêmica.
 
 
O evento abre com Nélida Piñon, primeira mulher a entrar para a Academia Brasileira de Letras e que fará 80 anos na semana de sua apresentação. Além de Nélida, a escritora e filósofa feminista Marcia Tiburi, a ativista do movimento negro e também escritora Conceição Evaristo, a premiada autora Beatriz Bracher e a curadora Guiomar de Grammont estão entre as palestrantes convidadas.
 
 
Márcia Tiburi - escritora e filósofa.
 
 
 
Ações combativas e mitos que ligam a mulher ao desequilíbrio, pecado e perigo pautam os debates. Referenciando escritoras atuais, falecidas ou pioneiras, todos partem de temas abrangentes: a velhice em Clarice Lispector; a sexualidade em Hilda Hilst, a política em Beatriz Bracher, a pornografia em Adelaide Carraro, para discutir questões atuais. Na única mesa sobre um escritor, que acontece no dia 03 de maio, a presidente da Fundação Casa de Rui Barbosa Marta de Senna trata de Machado de Assis, cujas maiores interlocutoras eram mulheres.
 
Embora focado na produção nacional, o projeto inclui escritoras de outros países falantes da língua portuguesa. No dia 05 de maio, os professores eméritos Jorge Fernandes da Silveira e Laura Padilha abordam o corpo textual e o corpo sociopolítico em Portugal e na África das guerras anticolonialistas.
 
A curadora Clarisse Fukelman, professora da PUC-Rio e uma das precursoras no estudo das primeiras escritoras brasileiras, considera o projeto um ato político. “Traz, do passado, escritoras libertárias, perseguidas e com escrita revolucionária, além de dar voz a nomes contemporâneos” afirma. “Ora, o espaço literário é espaço de poder. Se antes as mulheres custaram a ser reconhecidas e aceitas no meio literário, mal conseguindo lugar em livros de história da literatura, agora já se nota um avanço. Mesmo assim, estão fora do currículo universitário e mais ausentes ainda no do ensino médio. Esperamos que este projeto ajude um pouco a mudar esse quadro”, complementa Fukelman.
 
 
PROGRAMAÇÃO INICIO SEMPRE ÀS 18H30MIN.
 
2 de maio (terça-feira) - A paixão da escrita. Reflexão sobre o ofício de ser escritora e sobre processo de criação, com as operações complexas entre ficcional, memória e contexto social, cultural, econômico e político. Com: Nélida Piñon – escritora / Mediação: Clarisse Fukelman.
 
Marta de Senna - Doutora em Literatura.
 
 
 
03 de maio (quarta-feira) - Moralidade e tradição: suplícios oitocentistas e vozes femininas.
Em Machado de Assis, a crítica social ao patriarcalismo se expressa nas personagens femininas e na interlocução com a leitora de ficção. Já a pressão social sobre a mulher intelectualizada e autônoma é tema das pioneiras Maria Benedita Bormann e Albertina Bertha.
 
Com: Marta de Senna – doutora em Literatura, presidente da Casa de Rui Barbosa e autora de O olhar oblíquo do Bruxo e A ilusão e zombaria.
 
 
 
Anélia Pietrani - Professora da UFRJ.
 
 
 
Anélia Pietrani – professora na Faculdade de Letras da UFRJ, coordenadora do Núcleo Interdisciplinar de Estudos da Mulher na Literatura (FL/UFRJ). / Mediação: Maria Cristina Ribas.
 
 
Margareth Rago - professora da UNICAMP.
 
 
 
 
04 de maio (quinta-feira) - Expressões libertárias: anarquismo e literatura erótica e pornográfica. Práticas sexuais interditas motivam obras de Hilda Hilst, Adelaide Carraro e Cassandra Rios, as “maiores pornógrafas da literatura brasileira”. Por outro lado, a fala anarquista de Maria Lacerda de Moura (1887-1945) inclui debate sobre amor livre. Com: Carla Rodrigues - professora doutora do IFCS/UFRJ, Coordenadora do laboratório Escritas - filosofia, gênero e psicanálise (CNPq). Autora de Coreografias do feminino. 
 
Margareth Rago - professora titular de História na UNICAMP, autora de Feminismo e Anarquismo no Brasil.
Rodolfo Londero – Jornalista, professor adjunto da UEL e pós-doutor especializado em teorias da publicidade, ficção cyberpunk e pós-modernismo. / Mediação: Adriana Azevedo
 
Jorge Fernandes da Silveira - Professor.
 

05 de maio (sexta-feira) - Territórios de afetos: poetas em países de língua portuguesa.
Consciência da escrita e erotismo movimentam o trabalho das poetas portuguesas Fiama Hasse Paes Brandão e Luiza Neto Jorge. Serão abordados também o corpo textual e o corpo sociopolítico no cenário da guerra anticolonialista na África, na obra de Alda Espírito Santo e Paula Tavares e Noêmia de Sousa.
Com: Jorge Fernandes da Silveira - Professor Emérito da UFRJ, autor de Escrever a casa Portuguesa; Luiza Neto Jorge: 19 recantos e outros poemas.
Laura Padilha - professora Emérita da UFF. Autora de Lendo Angola; Entre voz e letra: O lugar da ancestralidade na ficção angolana do século XX. / Mediação: Claudia Chigres
 
Beatriz Bracher - escritora
 

09 de maio (terça-feira) - Políticas disciplinares: autoritarismo, liberdade e autoconhecimento.
Memória e trauma conduzem narrativas que encenam o impacto emocional e cultural da ditadura militar e também narrativas de autoconhecimento que buscam, através da palavra, a superação da violência real e simbólica.
Com: Beatriz Bracher - escritora, prêmios São Paulo Literatura 2016, Rio de Literatura 2015, Clarice Lispector 2009 e APCA 2013.
 
Marcia Tiburi - professora doutora da UNIRIO, artista plástica, finalista prêmio Jabuti com o romance “Magnólia”. / Mediação: Ana Chiara
 
 
Clarisse Fukelman - professora da PUC-Rio.
 
 
10 de maio (quarta-feira) - Armadilhas do tempo.
Juventude e velhice na mídia e na literatura. Estereótipos criam dramática descontinuidade entre gerações. Na atualidade, a jovem ocupa a centralidade no discurso midiático, mas na condição de objeto. Na literatura, Clarice Lispector conecta-se a autoras que denunciam o controle da voz e da sexualidade da mulher idosa.
Com: Clarisse Fukelman - professora doutora no Departamento de Comunicação Social da PUC-Rio e autora de Eu assino embaixo: biografia, memória e cultura.
Adriana Braga - professora no departamento de Comunicação Social da PUC-Rio, autora de Personas Eletrônicas: feminilidade e interação no blog./ Mediação: Maria Antonieta Jordão.
 
 
Conceição Evaristo - escritora.
 
 
 
11 de maio (quinta-feira) - A cor da pele e a educação para a diversidade de sexo e gênero.
 
Escritoras negras pioneiras no debate da discriminação racial ecoam na ficção de Conceição Evaristo. Projetos educativos inclusivos, articulados a estudos feministas, contemplam processos de subjetivação diferenciados.
Com: Conceição Evaristo – escritora, doutora em Literatura Comparada, prêmio Jabuti 2016.
Fernando Pocahy - professor doutor na faculdade de Educação da UERJ, coordena o Grupo de Estudos em Gênero, Sexualidade e(m) Interseccionalidades na Educação e(m) Saúde.
Mediação: Giovanna Deltry.
 
Guiomar de Grammont - professora da UERJ.
 
 
12 de maio (sexta-feira) - Profissão escritoras.
Depoimentos de escritoras de diferentes gerações sobre a própria obra, a questão do feminino e feminismo e canais para difusão de seus trabalhos.
 
Com: Guiomar de Grammont - professora doutora da UFOP, Prêmio Cesgranrio e Casa de las Américas.
Simone Campos - escritora, tradutora, doutoranda pela UERJ, semifinalista do Prêmio Oceanos 2014.
Susana Fuentes - poeta, ficcionista, dramaturga, Doutora em Literatura Comparada. Finalista do Prêmio São Paulo de Literatura 2011. / Mediação: Clarisse Fukelman.
 
 
 
SERVIÇO
Ciclo de palestras Língua Afiada:
escritoras tomam a palavra
Entrada franca
(Distribuição de senhas uma hora antes
de cada debate).
Data: de 2 a 12 de maio de 2017
(de terça a sexta).
Horário: às 18h30min.
Local: CAIXA Cultural Rio de Janeiro – Cinema 1.
Endereço: Av. Almirante Barroso, 25 – Centro.
(Metrô e VLT: Estação Carioca).
Telefone: (21) 3980-3815.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APOIO NA DIVULGAÇÃO
 
 
 
 
 
 
 

 

 

 
 
 
 
 

Um comentário:

  1. O Ciclo "Língua Afiada", como bem diz o título, é uma proposta desafiadora com a assinatura de grandes nomes da moderna produção intelectual brasileira. Uma autêntica maratona da palavra feminina que se insere no contexto da literatura contemporânea com sua marca de independência e coragem.
    Tratar desabridamente do desejo, da prostituição, da homossexualidade, do amor, da maternidade e da violência na cultura patriarcal significa, em nossos dias, remexer com todas as feras da sociedade masculina percorrendo o viés da literatura como cenário de embates.
    Quando as "escritoras tomam a palavra", o fazem com firmeza e conteúdo crítico e espalham mensagens de humanismo e liberdade em todas as direções e para todos os corações.

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