REAL GABINETE PORTUGUÊS DE LEITURA
CONVITE
Por ocasião da visita de S. Exa. O Ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Prof. Doutor Augusto Santos Silva ao Rio de Janeiro, o Real Gabinete Português de Leitura e o Consulado Geral de Portugal no Rio de Janeiro, têm a honra de convidar V.S.ª para assistir à palestra dos Professores Doutores Evanildo Bechara e Maximiano de Carvalho e Silva que irão proferir em 24 de novembro de 2017 (sexta-feira), sobre o tema "Relação Portugal e o Brasil refletida na Língua Portuguesa".
Local: Real Gabinete Português de Leitura
Rua Luís de Camões, nº 30 - Centro
Rio de Janeiro - RJ
Horário: 15h30min
Data: 24 de novembro de 2017
Quinto ocupante a Cadeira nº 33, eleito em 11 de dezembro de 2000, na sucessão de Afrânio Coutinho e recebido em 25 de maio de 2001 pelo Acadêmico Sergio Corrêa da Costa.
Evanildo Cavalcante Bechara nasceu no Recife (PE), em 26 de fevereiro de 1928. Aos onze para doze anos, órfão de pai, transferiu-se para o Rio de Janeiro, a fim de completar sua educação em casa de um tio-avô.
Desde cedo mostrou vocação para o magistério, vocação que o levou a fazer o curso de Letras, modalidade Neolatinas, na Faculdade do Instituto La-Fayette, hoje UERJ, Bacharel em 1948 e Licenciado em 1949.
Aos quinze anos conheceu o Prof. Manuel Said Ali, um dos mais fecundos estudiosos da língua portuguesa, que na época contava entre 81 e 82 anos. Essa experiência permitiu a Evanildo Bechara trilhar caminhos no campo dos estudos lingüísticos. Aos dezessete, escreve seu primeiro ensaio, intitulado Fenômenos de Intonação, publicado em 1948, com prefácio do filólogo mineiro Lindolfo Gomes. Em 1954, é aprovado em concurso público para a cátedra de Língua Portuguesa do Colégio Pedro II e reúne no livro Primeiros Ensaios de Língua Portuguesa artigos escritos entre os dezoito e vinte e cinco anos, saídos em jornais e revistas especializadas.
Concluído o curso universitário, vieram-lhe as oportunidades de concursos públicos, que fez com brilho, num total de onze inscritos e dez realizados. Aperfeiçoou-se em Filologia Românica em Madri, com Dámaso Alonso, nos anos de 1961 e 1962, com bolsa oferecida pelo Governo espanhol. Doutor em Letras pela UEG (atual UERJ), em 1964.
Convidado pelo Prof. Antenor Nascentes para seu assistente, chega à cátedra de Filologia Românica da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da UEG (atual UERJ) em 1964. Professor de Filologia Românica do Instituto de Letras da UERJ, de 1962 a 1992. Professor de Língua Portuguesa do Instituto de Letras da UFF, de 1976 a 1994.
Professor titular de Língua Portuguesa, Lingüística e Filologia Românica da Fundação Técnico-Educacional Souza Marques, de 1968 a 1988. Professor de Língua Portuguesa e Filologia Românica em IES nacionais (citem-se: PUC-RJ, UFSE, UFPB, UFAL, UFRN, UFAC) e estrangeiras (Alemanha, Holanda e Portugal).
Em 1971-72 exerceu o cargo de Professor Titular Visitante da Universidade de Colônia (Alemanha) e de 1987 a 1989 igual cargo na Universidade de Coimbra (Portugal).
Professor Emérito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1994) e da Universidade Federal Fluminense (1998).
Dentre suas teses universitárias contam-se os seguintes títulos: A Evolução do Pensamento Concessivo no Português (1954), O Futuro em Românico (1962), A Sintaxe Nominal na Peregrinatio Aetheriae ad Loca Sancta (1964), A Contribuição de M. Said Ali para a Filologia Portuguesa (1964), Os Estudos sobre Os Lusíadas de José Maria Rodrigues (1980), As Fases Históricas da Língua Portuguesa: Tentativa de Proposta de Nova Periodização (1985). Autor de duas dezenas de livros, entre os quais a Moderna Gramática Portuguesa, amplamente utilizada em escolas e meios acadêmicos, e diretor da equipe de estudantes de Letras da PUC-RJ que, em 1972, levantou o corpus lexical do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, sob a direção geral de Antônio Houaiss.
Orientador de dissertações de Mestrado e de teses de Doutoramento no Departamento de Letras da PUC-RJ, no Instituto de Letras da UFF e no Instituto de Letras da UERJ, desde 1973. Membro de bancas examinadoras de dissertações de Mestrado, de teses de Doutoramento e de Livre-Docência na Faculdade de Letras da UFRJ, no Instituto de Letras da UERJ e em outras IES do país, desde 1973. Membro de bancas examinadoras de concursos públicos para o magistério superior no Instituto de Letras da UFF, no Instituto de Letras da UERJ e no Departamento de Letras da USP, desde 1978.
Foi Diretor do Instituto de Filosofia e Letras da UERJ, de 1974 a 1980 e de 1984 a 1988; Secretário-Geral do Conselho Estadual de Educação do Rio de Janeiro, de 1965 a 1975; Diretor do Instituto de Educação do Rio de Janeiro, de 1976 a 1977; Membro do Conselho Estadual de Educação do Rio de Janeiro, de 1978 a 1984; Chefe do Departamento de Filologia e Lingüística do Instituto de Filosofia e Letras da UERJ, de 1981 a 1984; Chefe do Departamento de Letras da Fundação Técnico-Educacional Souza Marques, de 1968 a 1988.
Membro titular da Academia Brasileira de Filologia, da Sociedade Brasileira de Romanistas, do Círculo Lingüístico do Rio de Janeiro. Membro da Société de Linguistique Romane (de que foi membro do Comité Scientifique, para o quadriênio 1996-1999) e do PEN Club do Brasil. Sócio correspondente da Academia das Ciências de Lisboa e da Academia Internacional da Cultura Portuguesa.
Doutor Honoris Causa da Universidade de Coimbra (2000).
Distinguido com as medalhas José de Anchieta e de Honra ao Mérito Educacional (da Secretaria de Educação e Cultura do Rio de Janeiro), e medalha Oskar Nobiling (da Sociedade Brasileira de Língua e Literatura).
Foi convidado por acadêmicos amigos para candidatar-se à Academia Brasileira de Letras, na vaga do grande Mestre Afrânio Coutinho, na alegação de que a instituição precisava de um filólogo para prosseguir seus deveres estatutários no âmbito da língua portuguesa. Foi Diretor Tesoureiro da Instituição (2002-2003) e Secretário-Geral (2004-2005). Criou a Coleção Antônio de Morais Silva, para publicação de estudos de língua portuguesa, e é membro da Comissão de Lexicologia e Lexicografia e da Comissão de Seleção da Biblioteca Rodolfo Garcia.
Entre centenas de artigos, comunicações a congressos nacionais e internacionais, Bechara escreveu livros que já se tornaram clássicos, pelas suas sucessivas edições.
Diretor da revista Littera (1971-1976) – 16 volumes publicados; da revista Confluência (1990-2005) – até agora com 30 volumes publicados.
Foi eleito por um colegiado de educadores do Rio de Janeiro, com apoio da Folha Dirigida, uma das dez personalidades educacionais de 2004 e 2005. A convite da Nova Fronteira integra o Conselho Editorial dos diversos volumes do Dicionário Caldas Aulete.
Em 2005 foi nomeado membro do Conselho Estadual de Leitura do Rio de Janeiro e da Comissão para a Definição da Política de Ensino, Aprendizagem, Pesquisa e Promoção da Língua Portuguesa, iniciativa do Ministério da Educação.
Em 2008, pela passagem de seus 80 anos, recebeu, como homenagem, uma miscelânea intitulada “Entrelaços entre textos”, cuja organização, apresentação e escorço biobibliográfico coube ao Professor Doutor Ricardo Cavaliere. A referida homenagem foi editada e publicada pela Nova Fronteira.
Ainda em 2008 foi lançada também pela Nova Fronteira “80 anos Homenagem: Evanildo Bechara”, obra que aborda a trajetória do professor, gramático e escritor por meio de observação de colegas, alunos, amigos e admiradores. Teve como organizadores Dieli Vesaro Palma, Maria Mercedes Saraiva et alii do IP- PUC/SP.
MAXIMIANO DE
CARVALHO E SILVA nascido na cidade do Rio de Janeiro - RJ, em 05 de julho de
1926. Professor Emérito da Universidade Federal Fluminense – título concedido
pelo Conselho Universitário, segundo a proposta inicial do Departamento de
Ciências da Linguagem do Instituto de Letras da UFF (1998). Livre-docente em
Filologia Portuguesa pela UFF, com a tese Sousa
da Silveira / O Homem e a Obra / Sua Contribuição à Crítica Textual no Brasil,
aprovada com a nota máxima no ano de 1981.
Membro da
Academia Fluminense de Letras, Membro da Academia Brasileira de Filologia,
ocupante da Cadeira 01 do Quadro Efetivo, criada pelo acadêmico fundador Padre
Augusto Magne, da qual é Patrono o Padre José de Anchieta (1978). Professor
Titular de Língua Portuguesa e de Filologia / Crítica Textual da UFF. Professor
de Ensino Secundário do Colégio Pedro II, da disciplina de Língua Portuguesa,
aposentado em 1970. Diretor do Centro de Pesquisas da Fundação Casa de Rui
Barbosa (1970-1975).
Ex-Professor
de Língua Portuguesa dos Cursos de Jornalismo e Letras da Pontifícia
Universidade Católica / RJ (1953-1968). Professor Visitante da Universidade de
Estudos Estrangeiros de Kyoto - Japão (1984).
Ex-Professor
de Língua Portuguesa de vários educandários da cidade do Rio de Janeiro, como o
Instituto Menino Jesus, o Colégio de São Bento, o Colégio de Aplicação da
Faculdade Nacional de Filosofia, o Colégio Felisberto de Meneses (de 1945 a
1970). Diretor-Bibliotecário do Liceu Literário Português e membro da Diretoria
do Instituto de Língua Portuguesa da mesma instituição, onde exerceu o cargo de
Diretor Executivo do ILP até o ano de 2005.
ATIVIDADES
CULTURAIS E ADMINISTRATIVAS
Magistério e
pesquisa, principalmente nos domínios das ciências da linguagem (Crítica
Textual, Linguística Portuguesa, estudos literários) e dos estudos históricos.
Atividades
editoriais, como autor de edições especiais e de artigos publicada na revista
Confluência, editada pelo LLP, e em outros periódicos.
Diretor bibliotecário do
Liceu Literário Português (Rio de Janeiro).
Membro da Comissão Diretora do Instituto de
Língua Portuguesa do LLP.
TRABALHOS
HISTÓRICOS / DEPOIMENTOS ANÁLISE DA CONJUNTURA BRASILEIRA
In Memoriam -
Dom Joaquim Mamede da Silva Leite, Bispo Titular de Sebaste de Laodicéia. Mogi-Mirim
(SP), Casa Cardona, 1948. Em colaboração com Lauro Monteiro de Carvalho
e Silva.
Monsenhor
Maximiano da Silva Leite: 1902 - 28 de outubro - 1952. Poliantéia
comemorativa do 50º aniversário de sua ordenação sacerdotal. Mogi-Mirim
(SP). Casa Cardona, 1952.
Problemas
Demográficos: Uma Política de População Para o Brasil. Rio de Janeiro,
Escola Superior de Guerra, 1975.
"A Crise
Educacional Brasileira" (in Jornal do Commercio, Rio de Janeiro,
14/12/1978).
Lembranças do
Natal.
Ata do Sabadoyle de 25 de dezembro de 1982. Rio de Janeiro, Edições Sabadoyle,
1982.
"Américo
Jacobina Lacombe: Ata Especial do Sabadoyle de 10 de abril de 1993" (in Homenagem
a Américo Jacobina Lacombe, Rio de Janeiro, Instituto Histórico e
Geográfico Brasileiro, 1993, p. 16-18).
"Pedro
Nava Com os Amigos, no Convívio do Sabadoyle" (in Cultura, suplemento
de O Estado de São Paulo, São Paulo, 3/6/1984).
Álbum de
Recordações - Família - I: Garlinda Amaral de Carvalho e Silva, um Exemplo de
Vida Cristã.
Rio de Janeiro, 1992.
Álbum de
Recordações - Família - II: Lauro Monteiro de Carvalho e Silva. Rio de Janeiro,
1994.
Álbum de
Recordações - Família - III: Osvaldo Monteiro de Carvalho e Silva. Rio de
Janeiro, 1996.
Álbum de
Recordações - Vida Escolar - I: O Instituto Menino Jesus. Rio de
Janeiro, 1993.
O Poder da
Oração e o Ideal de Servir na Vida de Meus Pais, Niterói, 2006.
No Embalo dos
Sonhos e de Lindas Canções, Niterói, 2006.
EDIÇÕES QUE
PROMOVEU, DIRIGIU E PREFACIOU Como Diretor do Centro de Pesquisas da
Fundação Casa de Rui Barbosa ou como Diretor do Instituto de Letras da UFF:
EMILIO FEDERICO
MORAN, Rui e a Abolição. Tradução de Carly Silva. Rio de Janeiro,
Fundação Casa de Rui Barbosa, 1973.
AMÉRICO JACOBINA
LACOMBE, Roteiro das Obras Completas de Rui Barbosa. 2 volumes. Rio de
Janeiro, Fundação Casa de Rui Barbosa, 1974.
MANUEL DIÉGUES
JÚNIOR ET ALII, Literatura Popular em Verso: Estudos. Tomo I. Rio de
Janeiro, Fundação Casa de Rui Barbosa, l973.
GILBERTO
MENDONÇA TELES, Camões e a Poesia Brasileira. Rio de Janeiro, Programa
Especial UFF-FCRB, 1973.
HAMILTON ELIA, Camões
e a Literatura Brasileira. Rio de Janeiro, Programa Especial UFF-FCB, 1973.
JAYRO JOSÉ
XAVIER, CAMÕES E MANUEL BANDEIRA. Rio de Janeiro, Programa Especial UFF-FCRB,
1973.
CLEONICE
BERARDINELLI, Estudos Camonianos. Rio de Janeiro, Programa Especial
UFF-FCRB, 1973.
JOSÉ G.
HERCULANO DE CARVALHO, Crítica Filológica e Compreensão Poética. 2ª
edição revista. Rio de Janeiro, Programa Especial UFF-FCRB, 1973.
MIGUEL COELHO Desenhos
de Miguel. Niterói, UFF - Imprensa Universitária, 1973.
Obra Crítica de
Nestor Vítor. Volume
II. Rio de Janeiro, Fundação Casa de Rui Barbosa, 1973.
NA MESMA OCASIÃO, DA ENTREGA DO TÍTULO INTELECTUAL
DO ANO 2017, é conferida a COMENDA IFEC DE CULTURA, a honraria é entregue pelas
mãos do professor, doutor Raymundo Nery Stelling Júnior, chanceler e presidente
do IFEC - Instituto Interamericano de Fomento à Educação, Cultura e Ciência.
OUTRAS PREMIAÇÕES:
NO DIA 20 DE JULHO DE 2015, será agraciado com Medalha João Ribeiro, concedida pela Academia
Brasileira de Letras, em sessão solene no Salão Nobre do Petit Trianon, em
celebração do 119º aniversário da Academia Brasileira de Letras, fundada a 20
de julho de 1897. Na ocasião, pelo conjunto de obras a Medalha João Ribeiro ao
escritor Maximiano de Carvalho. Foi o orador oficial o acadêmico Candido
Mendes de Almeida.
NO DIA 02 DE
DEZEMBRO DE 2017, é agraciado com Título INTELECTUAL DO ANO
2017, concedido pelo IFEC - Instituto Interamericano de Fomento à Educação,
Cultura e Ciência. Laureado em Solenidade Especial, na Sede da Academia Fluminense
de Letras, na Praça da República, nº 07, Centro, Niterói, RJ.
Professor regente das disciplinas de
Fundamentos da Crítica Textual, de Orientação de Estudos e Pesquisas e de
Versificação Portuguesa do Curso de Especialização em Língua Portuguesa do LLP.
Sócio benemérito do Real Gabinete Português de Leitura (RGPL).
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