Primeiro
grande evento presencial, XIII edição da Bienal Internacional do Livro de
Pernambuco gerou negócios e vendas no mercado nacional dos eventos de
literatura.
Os
eventos literários têm o objetivo de ser uma ponte de troca entre a cadeia
criativa e os leitores. Retornando de forma presencial depois de um ano e meio
de pandemia, a Bienal Internacional do Livro de Pernambuco realizou a 13ª
edição com o tema "Só existe uma vacina contra a Ignorância. Leia". A
programação híbrida teve duração de 12 dias, gerando cerca de R$ 12 milhões em
negócios, e movimentando a economia do Estado no período. Cerca de 350 mil
pessoas visitaram o evento entre a sua forma virtual e presencial.
89
livrarias e editoras estiveram espalhadas em 320 estandes, distribuídos em 9 mil
m² do pavilhão interno do Centro de Convenções de Pernambuco.
Foram
realizadas 20 oficinas presenciais, mais de 60 lançamentos literários, 50
palestras presenciais e outras 30 virtuais, apresentações artísticas e muito
mais, totalizando 220 atividades.
Segundo
o produtor da Bienal, Rogério Robalinho, o evento já está consolidado na agenda
cultural pernambucana, e também econômica. "É um evento que agrega
educação, cultura, cidadania e economia com uma programação muito extensa. A
Bienal tem um vetor econômico de incremento e enriquecimento do mercado
editorial no Brasil e também com outros países do mundo. Estamos animados com
essa reativação econômica do universo da literatura", declarou.
Vendas
e negócios aumentaram
No
estande da Livraria Leitura, as vendas dos livros superaram as expectativas,
com as vendas 40% acima da edição anterior já no nono dia de evento.
"Foi
muito acima da nossa expectativa. A gente não esperava que fosse dar tanto
público. Passamos em 40% o movimento financeiro em relação a última edição, foi
uma surpresa muito boa e estamos animados para a próxima Bienal", disse a
gerente da Livraria Leitura, Jéssica Gomes.
Um
dos diferenciais desta edição foi a adoção dos preços baixos, para atrair o
público. Com livros de diversos gêneros a partir de R$ 10, as editoras e
livrarias participantes adotaram descontos progressivos e preços especiais para
recuperar o tempo perdido durante a pandemia da Covid-19.
Segundo
o empresário Jacob Berenstein, que é proprietário de cinco unidades da Livraria
Imperatriz no Estado, a movimentação no estande da livraria na Bienal está
acima das unidades da marca em seus pontos físicos.
"Precisávamos
ter algo atraente, por isso decidimos dar descontos de 20%. Está sendo muito
positivo e a venda está acima do que esperávamos por conta da pandemia. A
organização trabalhou bem com as medidas de segurança e isso permite que o
público compareça. Estamos vendendo mais que lojas que temos em shopping, a
marca Bienal é muito forte e incrementa muito nas vendas", afirmou.
Já
no estande da Companhia Editora de Pernambuco (CEPE), a expectativa é de que o
faturamento seja ao menos igual ao da última edição presencial da Bienal, que
foi no ano de 2019.
"Para
a CEPE, a Bienal sempre foi um evento importante do lado econômico. O resultado
deste ano está surpreendendo positivamente, estamos com faturamento próximo da
última bienal. O resultado até o momento está satisfatório, ainda não
ultrapassou a última edição, mas está próximo. Se conseguirmos, com base nesse
cenário editorial é uma grande vitória", disse o superintendente de
marketing e vendas da CEPE, Rafael Chagas.
De
acordo com o sócio da livraria itinerante, Palavra Encantada, Ednilson Câmara,
o evento superou as expectativas e a livraria já irá se articular para
participar da próxima edição. "Superou todas as expectativas,
principalmente nos finais de semana. Sou iniciante como expositor, mas já estou
reservando minha vaga para 2023. O que ficou muito evidente é que as grandes
hesitaram em vir, mas quem veio fez bons negócios", contou.
Já
o sócio da Saber Publicações, Carlos Cazzamatta, veio de São Paulo para a
Bienal de Pernambuco pela terceira vez e destacou que essa foi a melhor edição
em que participou.
"Para
mim foi um ato de coragem encarar um processo como esse, mas não foi fácil,
porém está sendo a melhor. Faltando quatro dias para acabar a feira já havia
vendido mais do que na última edição. O que também contribuiu para a gente ter
vindo foram os 100 anos de Paulo Freire, isso chamou de uma forma muito
forte", destacou.
A
Bienal
A
escritora e poeta pernambucana, Cida Pedrosa e o Patrono da Educação no Brasil,
Paulo Freire, que teria completado 100 anos em 2021 se estivesse vivo, foram os
homenageados da edição deste ano. A curadoria do evento ficou a cargo do
jornalista e crítico literário Schneider Carpeggiani.
Além
de Rogério Robalinho, estiveram à frente da produção da Bienal, Guilherme Robalinho
e Sidney Nicéas.
FONTE
Danthi
Comunicações
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