sábado, 28 de novembro de 2020

SAIU NA MÍDIA "JORNAL DIZ" COLUNA RENDA FINA O LANÇAMENTO DO LIVRO "ANTÍDOTO CONTRA A SOLIDÃO" DO PUBLICITÁRIO PAULO ROBERTO CECCHETTI.

 

SAIU NA MÍDIA "JORNAL DIZ" COLUNA RENDA FINA O LANÇAMENTO DO LIVRO "ANTÍDOTO CONTRA A SOLIDÃO" DO PUBLICITÁRIO PAULO ROBERTO CECCHETTI. EM 24 DE NOVEMBRO DE 2020. CONFIRA.





ALGUMAS FOTOS DO LANÇAMENTO
DO LIVRO "ANTÍDOTO CONTRA A SOLIDÃO"
DE PAULO ROBERTO CECCHETTI




















sexta-feira, 27 de novembro de 2020

09 - CIDADE APAIXONANTE POESIA DE ALBERTO ARAÚJO

 



09 - CIDADE APAIXONANTE POESIA DE ALBERTO ARAÚJO

 

 

A Niterói

 

 

Niterói! Como não gostar desta

Indivisível e Absoluta Cidade?

Avivar a Poesia, o Amor e a Amizade

é a sua especialidade!

 

Niterói! Majestosa, lugar de gente inteligente.

Alegria constante, pulsação veemente.

Lembrar-me-ei eternamente,

de quando abordei no colo niteroiense,

Provindo do solo luzilandense,

a minha terra natal.

Com intensidade, nesta cidade,

implantei a minha digital!

 

Niterói! A Tua Progênie bendita e sagrada,

tenho orgulho, de agora pulsar em minhas veias!

Que Cidade linda... Ouro precioso... Belezas de Sereias...

Efígie vigorada, Camafeu valioso,

Entalhada em mármore de Carrara

E com adornes da Baía de Guanabara!

 

Niterói! Como não me deleitar com esta cidade?

Insígnia valiosa, com pedras coloridas!

Adoro peregrinar com meu Amor

em Teus Ambientes Culturais...

Praças e Avenidas...

 

Niterói! Como desta cidade tudo não apreciar?

Tudo, Tudo em Ti é belo... Avivadas Paisagens...

Ao sentir as tuas silentes aragens,

dar-nos logo, uma inspiração

e uma vontade louca

de entregar-te o nosso coração!

 

Oh! Minha musa do meu caminhar!

Convido-te, agora!

Vamos nós dois, Meu Amor!

Por esta cidade, passear,

e o que tem de melhor aproveitar...

Curtir e de tudo gracejar.

Vamos! Niterói é alma viva... Dama a namorar.

Vamos meu Amor... Niterói é Bela... Rainha do Mar.

 

By ©ALBERTO ARAÚJO

27 de novembro de 2020

Dia em que celebramos Nossa Senhora das Graças.






quinta-feira, 26 de novembro de 2020

VISITANDO ESPAÇOS CULTURAIS: CENTRO CULTURAL CORREIOS DE NITERÓI

 



O ESPAÇO CULTURAL CORREIOS NITERÓI funciona nas dependências do Palácio dos Correios, na Avenida Visconde do Rio Branco, 481, no Centro da cidade, em frente à estação das barcas.

 

O Palácio dos Correios de Niterói é resultado de vários fatores que impulsionaram a construção do prédio. O Decreto nº 7.653, de 11/11/1909, estabeleceu o novo Regulamento da organização, que tinha como uma das metas construir sedes novas dos Correios nas capitais dos Estados.

 

Em Niterói a decisão pela construção de um novo prédio também foi influenciada pelo movimento de um grupo representativo da cidade que levou ao presidente da República, Hermes da Fonseca, um abaixo-assinado reivindicando que a cidade dispusesse de uma dependência com melhores condições para o funcionamento do correio. Até então o serviço era prestado num imóvel precário e pequeno, localizado ao lado da estação das barcas.

 

Na capital federal, Rio de Janeiro, após receber a representação niteroiense e avaliar o pedido, o presidente determinou que a União adquirisse um terreno nas imediações da estação das barcas e nele construísse um prédio próprio para ser correio. O terreno escolhido estava localizado do outro lado da via onde ficava o correio na época.

 

As plantas do prédio são datadas de 1910 e da autoria do arquiteto italiano Antônio Vannine. A obra foi realizada pela construtora Leopoldo Cunha e Cia. Em 14 de novembro de 1914 o prédio foi inaugurado. A imponência da construção, a altura do prédio comparada a dos imóveis do entorno e sua exuberância arquitetônica deu-lhe o título de Palácio dos Correios.

 

O Palácio sempre serviu para o funcionamento das repartições postais e telegráficas. Inclusive, a antiga sede da Diretoria Regional dos Correios do Estado do Rio de Janeiro. A partir de 2007, e por sete anos, o prédio ficou fechado para obras de reforma e restauro e a sua reabertura aconteceu em 21 de março de 2014, ano de comemoração do centenário do Palácio. No primeiro pavimento foi exibida a exposição “Aqui Mesmo – Niterói vista pelas lentes de Pedro Vasquez”, com 50 fotos de pontos conhecidos da cidade. O objetivo foi de apresentar ao público uma das atividades que seriam realizadas no prédio com a inauguração do Espaço Cultural.

 

Além da reforma completa da estrutura do prédio, houve o restauro de toda a fachada e de vários elementos dos ambientes internos, como portas, janelas, piso de madeira, escada central, corrimão etc. O investimento dos Correios foi à ordem de R$ 16 milhões.

 

Uma das salas, localizada no segundo pavimento, foi completamente restaurada. Nela o visitante pode apreciar as características originais do interior do prédio. Várias camadas de tinta foram retiradas até se chegar às cores e desenhos originais que ornamentam as partes inferior e superior das paredes e do teto. As portas de madeira são originais, bem como o piso de madeira Peroba.

 

Nessa sala histórica estão expostas duas plantas arquitetônicas, vários ladrilhos hidráulicos cujos modelos são encontrados nos pisos de circulação interna, alguns adornos da fachada e um conjunto de forma que produziram as escamas de cobre das cúpulas das torres do Palácio.

 

Espaço Cultural Correios

 

O Espaço Cultural foi criado no dia 14 de novembro de 2014, data do centenário do Palácio dos Correios. A inauguração foi marcada pela exposição “Djanira – cronista de ritos, pintora de costumes”, com a exibição de 120 obras da artista, pertencentes ao acervo do Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro.

 

No primeiro pavimento do prédio o Espaço Cultural dispõe de duas salas de exposição e uma sala para oficinas. No segundo pavimento há mais quatro salas de exposição, a sala histórica e um auditório que possibilita a realização de eventos de música, humanidades, audiovisual e seminários.

 

 

Espaço Cultural Correios

Av. Visconde do Rio Brando, 481 - Centro

24020-004 - Niterói - RJ

Telefone: 0XX 21 2503-8550/8560

e-mail: rjeccniteroi@correios.com.br

 

Visitação:

De segunda-feira a sábado, das 11h às18h (exceto feriados).

Entrada franca.

 

 


FONTE: https://www.correios.com.br/sobre-os-correios/educacao-e-cultura/centros-e-espacos-culturais-dos-correios/espaco-cultural-niteroi

POR ALBERTO ARAÚJO - FOCUS

quarta-feira, 25 de novembro de 2020

AO EDITOR DO FOCUS ALBERTO ARAÚJO FOI OUTORGADO O TÍTULO AMIGO ESPECIAL DA TROVA PELA UBT DE NITERÓI


(CLICAR NA IMAGEM PARA ASSISTIR AO VÍDEO)




DESCALÇO NUMA PRAIA DE NITERÓI... POESIA DE ALBERTO ARAÚJO

 




DESCALÇO NUMA PRAIA DE NITERÓI...

 

 

 

Niterói... Reconstrução bibliográfica

dos atos indígenas e culturais.

Gosto de andar pelas tuas praias,

senti as ondas da Guanabara banhar os meus pés.

É nessa hora que sinto o gostoso clima dizer, quem tu és.

Gosto de te ver, vestir as recordações das savanas outonais,

varandas urbanas, sons e sabores dos eternos carnavais.

 

Esculpida espiga... Ancorado porto.

Retina em que as paisagens e os polens,

expelem fogo!

 

Gosto de todos os ambientes

e da peculiaridade da vultosa história.

Dos museus de atividades pertinentes,

quais dão realce a fotográfica memória.

 

Amo a pluralidade de pássaros sensíveis!

Encantada cidade que constrói

amores para todos nós.

Os grãos fecundos

enchem-nos o coração

de extensos sóis.

 

O lume geográfico aporta-se no cais.

Tu tens as pálpebras contentes

e no alfarrábio bibliotecário a história pulsa.

E as congruentes fotografias, filmes, artes...

compõem as vidas dos ancestrais.

 

Gosto de andar descalços em tuas praias...

Porque és um relicário que todos os dias

exibe no rosto o ditoso contentamento.

Encanta-me também a tua primavera,

verdadeiro deslumbramento!

 

Niterói...

Pássaro enternecido de afabilidade...

Em proteção: um verdadeiro colosso.

Em beleza: uma elegante cidade!

 

 

By ©ALBERTO ARAÚJO

22-11-20






segunda-feira, 23 de novembro de 2020

NITERÓI, DOCE RECANTO POESIA DE ALBERTO ARAÚJO EM CONGRATULAÇÕES À CIDADE DE NITERÓI PELA PASSAGEM DE SEUS 447 ANOS.

 


NITERÓI, DOCE RECANTO POESIA DE ALBERTO ARAÚJO EM CONGRATULAÇÕES À CIDADE DE NITERÓI PELA PASSAGEM DE SEUS 447 ANOS.

 



NITERÓI, DOCE RECANTO

 


Niterói, cidade exuberante.

Lugar lindo. Elegante!

Medula e coração da Guanabara.

Gloriosa! A natureza harmoniosa!

Artéria que pulsa Amor obstinadamente...

Serpente que enrosca o seu lume na alma da gente.

Oceano que transporta o coração do ente apaixonado e gentil.

Quando suntuoso e arrebata-se no íntimo do Brasil.

 

Niterói.

Essência que traduz a vida!

É uma potência aguerrida...

Chão de gente feliz de norte a sul.

A tradição indígena é o tesouro especial.

O MAC e inúmeros museus magníficos,

são exclusivos pontos turísticos.

 

Niterói.

Mistério abrigado na terra verde

e no azul da Baía.

Raio de Sol distribuindo alegria.

Coração e gente que entende

e fala a língua da floresta.

Lugar onde Deus se manifesta.

Cidade e objeto concreto da História

Doce recanto, eterna glória.

 

ALBERTO ARAÚJO

22-11-20

 






domingo, 22 de novembro de 2020

NITERÓI, MEU AMOR E CIDADE SORRIDENTE POESIAS DE ALBERTO ARAÚJO





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DO FOCUS PORTAL CULTURAL



NITERÓI MEU AMOR

 

 

Do alto das estrelas,

surgiste tu Niterói...

O teu sorriso é um motivo de flores,

sorriso que começa quando

o sol deliciosamente

desperta mil amores.

 

Entre o mar e viadutos

as imagens são motivos

de um aceno urbano.

 

As poesias se desenham

com sotaques indígenas.

 

Tudo, tudo em ti é motivo de alegria.

 

Assim: a natureza

em forma geométrica se compõe,

e na memória guarda-se a melodia

 

Niterói...

mística, côncava, gloriosa

nos quatro cantos ornamentos.

 

Os pássaros sobrevoam

além do teu improvável

passado de museu.

 

Niterói...

sou louco por ti

e o teu sorriso sou EU.

 

*************************




CIDADE SORRIDENTE



A NITERÓI pela passagem de seus 447 anos. 

PARABÉNS!

Em 22 de novembro de 2020(REEDIÇÃO)

 

 

Vasto cenário

que cultiva o encantamento.

Uma grande paisagem íntima

aos suntuosos olhos de Deus.

Templo colossal

espalhando exuberância,

além das bocas do mar infindo.

És tu, uma Deusa / menina

com sabor de aragem,

que me tateia os poros e o coração.

Sob os calcanhares estelares,

abrigas um aconchegante chão de bênçãos e alegrias.

Todos os homens / mulheres

têm seus sonhos coloridos,

na arte de viverem somente para ti.

— E tu, entregas:

o sangue e suor da esperança.

Niterói... Cidade enternecida

nas ondas da Guanabara.

A cada esquina tua,

flui a poesia, a melodia

de um tempo brilhoso e maravilhoso.

Crê nas palavras do poeta:

És um lugar bom de viver,

quem te conhece, te ama…

jamais vai te esquecer…

 

POESIA DE ALBERTO ARAÚJO

jornalista, escritor,

poeta e acadêmico.

 

 

 

A Niterói pela passagem de seus 447 anos

 

By  © Alberto Araújo

Niterói –RJ / 22 -11-2020.


ALBERTO ARAÚJO – Nasceu na cidade de Luzilândia - PI. Atualmente, reside em Niterói - RJ –poeta, escritor, jornalista, fotógrafo, cinegrafista, contabilista, professor licenciado em Letras/Português pela Universidade Estadual do Piauí – UESPI, colunista da página Cultura do Jornal Santa Rosa. Diretor e editor do blog cultural FOCUS PORTAL CULTURAL (blog que divulga a cultura fluminense em geral). Redator Geral da página Grupo Mônaco de Cultura no Jornal Literato.

 
















 

sábado, 21 de novembro de 2020

SOLENIDADE VIRTUAL DO 48º JOGOS FLORAIS DE NITERÓI


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AGRADECIMENTO DE ALBERTO ARAÚJO



Dr. Waldenir de Bragança! Primeiro, Agradeço tudo ao Nosso Senhor Jesus Cristo e com isso elucubro: Muito obrigado Amado Jesus! Pelo ar que nos concedes o pão que nos dás a roupa que nos veste, pela alegria que possuímos, por tudo de que nos nutrimos… Muito obrigado pela beleza da paisagem, pelas aves que voam no céu de anil, pelas Tuas dádivas mil.. Muito obrigado, Senhor, pelos rebentos que temos e os amigos que em todos os instantes nos fazem felizes.

 

Assim, é por essa motivada felicidade, que hoje, 21 de novembro de 2020, senti uma imensa gratidão. Muitas coisas bonitas não podem ser vistas ou tocadas, elas são sentidas dentro do coração. O DIPLOMA DE AMIGO DA TROVA, oriundo da UBT - União Brasileira de Trovadores o qual o Senhor concedeu a mim é um deles. E eu agradeço do fundo do meu coração. Muito Obrigado pela consignação, muito obrigado pelo carinho. Nunca estamos sós, é verdade. É bom saber que temos amigos que nos fazem felizes. Pessoas que nos esteiam e nos acolhem com tanto carinho. Sou grato a Deus por ter conhecido tantas pessoas boas e o Senhor Dr. Waldenir de Bragança estará sempre em nossos corações. 

Devotados Cumprimentos 

do ALBERTO ARAÚJO. 

21 de novembro de 2020.

 




sexta-feira, 20 de novembro de 2020

'I HAVE A DREAM' - EU TENHO UM SONHO DE MARTIN LUTHER KING JR, NA ÍNTEGRA.


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DISCURSO QUE INSPIRA: 'I HAVE A DREAM' - EU TENHO UM SONHO DE MARTIN LUTHER KING JR., NA ÍNTEGRA.

 

 

MARTIN LUTHER KING JR., ativista político norte americano, fez um discurso em Washington, capital dos Estados Unidos no dia de 28 de agosto de 1963, 57 anos. I HAVE A DREAM (Eu tenho um sonho), foi como ficou conhecido esse discurso e é considerado até hoje um dos maiores discursos da história.

 

Dia 28 de agosto de 1963 foi um dia especial para o mundo. Em pé, nos degraus do Lincoln Memorial, após a Marcha de Washington por Empregos e Liberdade, o pastor Martin Luther King Jr. começava seu discurso.

 

Ouvido na ocasião por mais de duzentas mil pessoas, o ativista inflamou a praça exigindo igualdade entre negros e brancos numa terra de preconceito e opressão, onde a população negra era marginalizada em guetos e não tinha direitos democráticos básicos, como o voto.

 

Entre as reivindicações, Luther King Jr. pediu o fim da segregação no ensino público; uma legislação clara a respeito dos direitos civis, que proibisse a discriminação racial no emprego; o fim da brutalidade policial com militantes dos direitos civis e a criação de um salário mínimo igualitário para todos os trabalhadores. Pedidos feitos com a voz firme e o tom pastoral do pregador de Memphis, com 34 anos na ocasião, que sentenciou, em meio ao texto, a frase 'I Have a Dream', que ficaria pra sempre na história.

 

Um ano depois de 'I Have a Dream', a Lei dos Direitos Civis foi votada e promulgada, com total apoio de John F. Kennedy, presidente na ocasião. 1964 também foi o ano em que Martin Luther King Jr. conquistou o Prêmio Nobel da Paz. Em 1965, a Lei sobre o Direito de Votar foi aprovada, com certeza empurrada pela prosperidade do discurso. Uma pesquisa feita em 1999 mostra que 'I Have a Dream' foi eleito o melhor discurso estadunidense.

 

Contextualizado o discurso, resolvemos trazê-lo na íntegra (em formato de vídeo e em texto) para que você, advogado, possa se inspirar. A busca pela justiça é parte da rotina do profissional jurídico. Confira:




 

DISCURSO DE MARTIN LUTHER KING JR.

 

Estou feliz por estar hoje com vocês num evento que entrará para a história como a maior demonstração pela liberdade na história de nosso país.

 

Há cem anos, um grande americano, sob cuja simbólica sombra nos encontramos, assinou a Proclamação da Emancipação. Esse decreto fundamental foi como um grande raio de luz de esperança para milhões de escravos negros que tinham sido marcados a ferro nas chamas de uma vergonhosa injustiça. Veio como uma aurora feliz para pôr fim à longa noite de cativeiro.

 

Mas, cem anos mais tarde, devemos encarar a trágica realidade de que o negro ainda não é livre. Cem anos mais tarde, a vida do negro está ainda infelizmente dilacerada pelas algemas da segregação e pelas correntes da discriminação.

 

Cem anos mais tarde, o negro ainda vive numa ilha isolada de pobreza no meio de um vasto oceano de prosperidade material. Cem anos mais tarde, o negro ainda definha nas margens da sociedade americana estando exilado em sua própria terra. Por isso, encontramo-nos aqui hoje para dramatizar essa terrível condição.

 

De certo modo, viemos à capital do nosso país para descontar um cheque. Quando os arquitetos da nossa república escreveram as magníficas palavras da Constituição e a Declaração da Independência, eles estavam a assinar uma nota promissória da qual todo americano seria herdeiro. Essa nota foi uma promessa de que todos os homens teriam garantia aos direitos inalienáveis de "vida, liberdade e à procura de felicidade".

 

É óbvio que a América de hoje ainda não pagou essa nota promissória no que concerne aos seus cidadãos de cor. Em vez de honrar esse compromisso sagrado, a América entregou ao povo negro um cheque inválido devolvido com a seguinte inscrição: "Saldo insuficiente".

 

Porém recusamo-nos a acreditar que o banco da justiça abriu falência. Recusamo-nos a acreditar que não haja dinheiro suficiente nos grandes cofres de oportunidade desse país. Então viemos para descontar esse cheque, um cheque que nos dará à vista as riquezas da liberdade e a segurança da justiça.

 

Viemos também para este lugar sagrado para lembrar à América da clara urgência do agora. Não é hora de se dar ao luxo de procrastinar ou de tomar o remédio tranquilizante do gradualismo. Agora é tempo de tornar reais as promessas da democracia.

 

Agora é hora de sair do vale escuro e desolado da segregação para o caminho iluminado da justiça racial. Agora é hora [aplausos] de retirar a nossa nação das areias movediças da injustiça racial para a sólida rocha da fraternidade. Agora é hora de transformar a justiça em realidade para todos os filhos de Deus.

 

Seria fatal para a nação não levar a sério a urgência desse momento. Esse verão sufocante da insatisfação legítima do negro não passará até que chegue o revigorante outono da liberdade e igualdade. Mil novecentos e sessenta e três não é um fim, mas um começo. E aqueles que creem que o negro só precisava desabafar e que agora ficará sossegado, acordarão sobressaltados se o país voltar ao ritmo normal.

 

Não haverá nem descanso nem tranquilidade na América até o negro adquirir seus direitos como cidadão. Os turbilhões da revolta continuarão a sacudir os alicerces do nosso país até que o resplandecente dia da justiça desponte.

 

Há algo, porém, que devo dizer a meu povo, que se encontra no caloroso limiar que conduz ao palácio da justiça: no processo de ganhar o nosso legítimo lugar não devemos ser culpados de atos errados. Não tentemos satisfazer a sede de liberdade bebendo da taça da amargura e do ódio. Devemos sempre conduzir nossa luta no nível elevado da dignidade e disciplina.

 

Não devemos deixar que o nosso protesto criativo se degenere na violência física. Repetidas vezes, teremos que nos erguer às alturas majestosas para encontrar a força física com a força da alma.

 

Esta nova militância maravilhosa que engolfou a comunidade negra não nos deve levar a desconfiar de todas as pessoas brancas, pois muitos dos irmãos brancos, como se vê pela presença deles aqui, hoje, estão conscientes de que seus destinos estão ligados ao nosso destino.

 

E estão conscientes de que sua liberdade está intrinsicamente ligada à nossa liberdade. Não podemos caminhar sozinhos. À medida que caminhamos, devemos assumir o compromisso de marcharmos em frente. Não podemos retroceder.

 

Há quem pergunte aos defensores dos direitos civis: "Quando é que ficarão satisfeitos?" Não estaremos satisfeitos enquanto o negro for vítima dos indescritíveis horrores da brutalidade policial. Jamais poderemos estar satisfeitos enquanto os nossos corpos, cansados com as fadigas da viagem, não conseguirem ter acesso aos hotéis de beira de estrada e das cidades.

 

Não poderemos estar satisfeitos enquanto a mobilidade básica do negro for passar de um gueto pequeno para um maior. Não podemos estar satisfeitos enquanto nossas crianças forem destituídas de sua individualidade e privadas de sua dignidade por placas onde se lê "somente para brancos".

 

Não poderemos estar satisfeitos enquanto um negro no Mississippi não puder votar e um negro em Nova Iorque achar que não há nada pelo qual valha a pena votar. Não, não, não estamos satisfeitos e só estaremos satisfeitos quando "a justiça correr como a água e a retidão como uma poderosa corrente".

 

Eu sei muito bem que alguns de vocês chegaram aqui após muitas dificuldades e tribulações. Alguns de vocês acabaram de sair de pequenas celas de prisão. Alguns de vocês vieram de áreas onde a sua procura de liberdade lhes deixou marcas provocadas pelas tempestades de perseguição e pelos ventos da brutalidade policial.

 

Vocês são veteranos do sofrimento criativo. Continuem a trabalhar com a fé de que um sofrimento injusto é redentor. Voltem para o Mississippi, voltem para o Alabama, voltem para a Carolina do Sul, voltem para a Geórgia, voltem para Luisiana, voltem para as favelas e guetos das nossas modernas cidades, sabendo que, de alguma forma, essa situação pode e será alterada. Não nos embrenhemos no vale do desespero.

 

Digo-lhes hoje, meus amigos, que, apesar das dificuldades e frustrações do momento, eu ainda tenho um sonho. É um sonho profundamente enraizado no sonho americano.

 

Eu tenho um sonho que um dia essa nação levantar-se-á e viverá o verdadeiro significado da sua crença: "Consideramos essas verdades como auto evidentes que todos os homens são criados iguais."

 

Eu tenho um sonho que um dia, nas montanhas rubras da Geórgia, os filhos dos descendentes de escravos e os filhos dos descendentes de donos de escravos poderão sentar-se juntos à mesa da fraternidade.

 

Eu tenho um sonho que um dia mesmo o estado do Mississippi, um estado desértico sufocado pelo calor da injustiça, e sufocado pelo calor da opressão, será transformado num oásis de liberdade e justiça.

 

Eu tenho um sonho que meus quatro pequenos filhos um dia viverão em uma nação onde não serão julgados pela cor da pele, mas pelo conteúdo do seu caráter. Eu tenho um sonho hoje.

 

Eu tenho um sonho que um dia o estado do Alabama, com seus racistas cruéis, cujo governador cospe palavras de "interposição" e "anulação", um dia bem lá no Alabama meninos negros e meninas negras possam dar-se as mãos com meninos brancos e meninas brancas, como irmãs e irmãos. Eu tenho um sonho hoje.

 

Eu tenho um sonho que um dia "todos os vales serão elevados, todas as montanhas e encostas serão niveladas; os lugares mais acidentados se tornarão planícies e os lugares tortuosos se tornarão retos e a glória do Senhor será revelada e todos os seres a verão conjuntamente".

 

Essa é a nossa esperança. Essa é a fé com a qual eu regresso ao Sul. Com essa fé nós poderemos esculpir na montanha do desespero uma pedra de esperança. Com essa fé poderemos transformar as dissonantes discórdias do nosso país em uma linda sinfonia de fraternidade.

 

Com essa fé poderemos trabalhar juntos, rezar juntos, lutar juntos, ser presos juntos, defender a liberdade juntos, sabendo que um dia haveremos de ser livres. Esse será o dia, esse será o dia quando todos os filhos de Deus poderão cantar com um novo significado:

 

Meu país é teu, doce terra da liberdade, de ti eu canto.

 

Terra onde morreram meus pais, terra do orgulho dos peregrinos, que de cada lado das montanhas ressoe a liberdade!

 

E se a América quiser ser uma grande nação, isso tem que se tornar realidade.

 

E que a liberdade ressoe então do topo das montanhas mais prodigiosas de Nova Hampshire.

 

Que a liberdade ressoe das poderosas montanhas de Nova Iorque.

 

Que a liberdade ressoe das elevadas montanhas Allegheny da Pensilvânia.

 

Que a liberdade ressoe dos cumes cobertos de neve das montanhas Rochosas do Colorado.

 

Que a liberdade ressoe dos picos curvos da Califórnia.

 

Mas não só isso; que a liberdade ressoe da montanha Stone da Geórgia.

 

Que a liberdade ressoe da montanha Lookout do Tennessee.

 

Que a liberdade ressoe de cada montanha e de cada pequena elevação do Mississippi. Que de cada encosta a liberdade ressoe.

 

E quando isso acontecer, quando permitirmos que a liberdade ressoe, quando a deixarmos ressoar de cada vila e cada lugar, de cada estado e cada cidade, seremos capazes de fazer chegar mais rápido o dia em que todos os filhos de Deus, negros e brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos, poderão dar-se as mãos e cantar as palavras da antiga canção espiritual negra:

 

Finalmente livres! Finalmente livres!

 

Graças a Deus Todo Poderoso, somos livres, finalmente."

 

MARTIN LUTHER KING








COMENTÁRIO DA PROFESSORA E ESCRITORA DALMA NASCIMENTO


Dalma Nascimento
Salão Nobre da Academia Fluminense de Letras


Parabéns, Alberto, por sua eloquente participação na homenagem a Luther King. Apenas como sugestão deveria colocar em letras garrafais o famoso discurso, que ele fez para a multidão: I HAVE A DREAMER - Eu tenho um sonho. Emociono-me quando o leio. Você cada vez mais penetra em vários horizontes!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Coloque no Facebook, em português I HAVE A DREAM. Seria a maior homenagem à Consciência Negra! 

Dalma Nascimento. 

Em 20 de novembro de 2020.



RESPOSTA DO ALBERTO ARAÚJO


Dalma Nascimento!!! Olá, professora Dalma, sempre muito prazeroso receber às suas preciosas informações. Mas está no Facebook o Discurso de Luther King. Aliás, foi através do discurso: I HAVE A DREAM Que eu resolvi fazer a homenagem. Leia essa página completa e a senhora verá ao meio da minha publicação o discurso dele. Muito obrigado. Mas de qualquer forma, farei sim, outra postagem, somente, com o Discurso do Martin Luther King. Também postei em meu blog, vou enviar por e-mail, ok. Muito obrigado, 

ALBERTO ARAÚJO.


Alberto Araújo, Dalma Nascimento e Nélida Piñon
Instituto Cultural da Sociedade Nacional de Agricultura, 
Rua General Justo, 171 - 2º andar, Castelo, Rio de Janeiro.



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