quinta-feira, 19 de novembro de 2020

EM 20 DE NOVEMBRO, O PASTOR MARTIN LUTHER KING É HOMENAGEADO PELO FOCUS PORTAL CULTURAL

 




Confira a íntegra do discurso feito por Martin Luther King há 50 anos. No dia 28 de agosto de 1963, ele discursou para cerca de 250 mil pessoas sobre seu sonho de ver uma sociedade em que todos seriam iguais sem distinção de cor e raça.

 

"Eu Tenho um Sonho" é considerado um dos discursos mais refinados na história da oratória dos Estados Unidos.[124] A marcha, e especialmente, a fala de King, ajudou a colocar os direitos civis no topo da prioridade dos reformadores dos EUA e facilitou a implementação da Lei dos Direitos Civis de 1964.[125][126]

 

A cópia original do discurso escrita em máquina de escrever, incluindo notas à mão de King, foi descoberta em 1984 sob os pertences de George Raveling, o primeiro treinador de basquete afro-americano da Universidade de Iowa. Em 1963, Raveling, então com 26 anos, estava perto do pódio onde King discursou, e imediatamente após a fala perguntou ao líder civil se poderia ter a cópia do discurso. King aceitou.[127]



DISCURSO DE MARTIN LUTHER KING JR.

 

Estou feliz por estar hoje com vocês num evento que entrará para a história como a maior demonstração pela liberdade na história de nosso país.

 

Há cem anos, um grande americano, sob cuja simbólica sombra nos encontramos, assinou a Proclamação da Emancipação. Esse decreto fundamental foi como um grande raio de luz de esperança para milhões de escravos negros que tinham sido marcados a ferro nas chamas de uma vergonhosa injustiça. Veio como uma aurora feliz para pôr fim à longa noite de cativeiro.

 

Mas, cem anos mais tarde, devemos encarar a trágica realidade de que o negro ainda não é livre. Cem anos mais tarde, a vida do negro está ainda infelizmente dilacerada pelas algemas da segregação e pelas correntes da discriminação.

 

Cem anos mais tarde, o negro ainda vive numa ilha isolada de pobreza no meio de um vasto oceano de prosperidade material. Cem anos mais tarde, o negro ainda definha nas margens da sociedade americana estando exilado em sua própria terra. Por isso, encontramo-nos aqui hoje para dramatizar essa terrível condição.

 

De certo modo, viemos à capital do nosso país para descontar um cheque. Quando os arquitetos da nossa república escreveram as magníficas palavras da Constituição e a Declaração da Independência, eles estavam a assinar uma nota promissória da qual todo americano seria herdeiro. Essa nota foi uma promessa de que todos os homens teriam garantia aos direitos inalienáveis de "vida, liberdade e à procura de felicidade".

 

É óbvio que a América de hoje ainda não pagou essa nota promissória no que concerne aos seus cidadãos de cor. Em vez de honrar esse compromisso sagrado, a América entregou ao povo negro um cheque inválido devolvido com a seguinte inscrição: "Saldo insuficiente".

 

Porém recusamo-nos a acreditar que o banco da justiça abriu falência. Recusamo-nos a acreditar que não haja dinheiro suficiente nos grandes cofres de oportunidade desse país. Então viemos para descontar esse cheque, um cheque que nos dará à vista as riquezas da liberdade e a segurança da justiça.

 

Viemos também para este lugar sagrado para lembrar à América da clara urgência do agora. Não é hora de se dar ao luxo de procrastinar ou de tomar o remédio tranquilizante do gradualismo. Agora é tempo de tornar reais as promessas da democracia.

 

Agora é hora de sair do vale escuro e desolado da segregação para o caminho iluminado da justiça racial. Agora é hora [aplausos] de retirar a nossa nação das areias movediças da injustiça racial para a sólida rocha da fraternidade. Agora é hora de transformar a justiça em realidade para todos os filhos de Deus.

 

Seria fatal para a nação não levar a sério a urgência desse momento. Esse verão sufocante da insatisfação legítima do negro não passará até que chegue o revigorante outono da liberdade e igualdade. Mil novecentos e sessenta e três não é um fim, mas um começo. E aqueles que creem que o negro só precisava desabafar e que agora ficará sossegado, acordarão sobressaltados se o país voltar ao ritmo normal.

 

Não haverá nem descanso nem tranquilidade na América até o negro adquirir seus direitos como cidadão. Os turbilhões da revolta continuarão a sacudir os alicerces do nosso país até que o resplandecente dia da justiça desponte.

 

Há algo, porém, que devo dizer a meu povo, que se encontra no caloroso limiar que conduz ao palácio da justiça: no processo de ganhar o nosso legítimo lugar não devemos ser culpados de atos errados. Não tentemos satisfazer a sede de liberdade bebendo da taça da amargura e do ódio. Devemos sempre conduzir nossa luta no nível elevado da dignidade e disciplina.

 

Não devemos deixar que o nosso protesto criativo se degenere na violência física. Repetidas vezes, teremos que nos erguer às alturas majestosas para encontrar a força física com a força da alma.

 

Esta nova militância maravilhosa que engolfou a comunidade negra não nos deve levar a desconfiar de todas as pessoas brancas, pois muitos dos irmãos brancos, como se vê pela presença deles aqui, hoje, estão conscientes de que seus destinos estão ligados ao nosso destino.

 

E estão conscientes de que sua liberdade está intrinsicamente ligada à nossa liberdade. Não podemos caminhar sozinhos. À medida que caminhamos, devemos assumir o compromisso de marcharmos em frente. Não podemos retroceder.

 

Há quem pergunte aos defensores dos direitos civis: "Quando é que ficarão satisfeitos?" Não estaremos satisfeitos enquanto o negro for vítima dos indescritíveis horrores da brutalidade policial. Jamais poderemos estar satisfeitos enquanto os nossos corpos, cansados com as fadigas da viagem, não conseguirem ter acesso aos hotéis de beira de estrada e das cidades.

 

Não poderemos estar satisfeitos enquanto a mobilidade básica do negro for passar de um gueto pequeno para um maior. Não podemos estar satisfeitos enquanto nossas crianças forem destituídas de sua individualidade e privadas de sua dignidade por placas onde se lê "somente para brancos".

 

Não poderemos estar satisfeitos enquanto um negro no Mississippi não puder votar e um negro em Nova Iorque achar que não há nada pelo qual valha a pena votar. Não, não, não estamos satisfeitos e só estaremos satisfeitos quando "a justiça correr como a água e a retidão como uma poderosa corrente".

 

Eu sei muito bem que alguns de vocês chegaram aqui após muitas dificuldades e tribulações. Alguns de vocês acabaram de sair de pequenas celas de prisão. Alguns de vocês vieram de áreas onde a sua procura de liberdade lhes deixou marcas provocadas pelas tempestades de perseguição e pelos ventos da brutalidade policial.

 

Vocês são veteranos do sofrimento criativo. Continuem a trabalhar com a fé de que um sofrimento injusto é redentor. Voltem para o Mississippi, voltem para o Alabama, voltem para a Carolina do Sul, voltem para a Geórgia, voltem para Luisiana, voltem para as favelas e guetos das nossas modernas cidades, sabendo que, de alguma forma, essa situação pode e será alterada. Não nos embrenhemos no vale do desespero.

 

Digo-lhes hoje, meus amigos, que, apesar das dificuldades e frustrações do momento, eu ainda tenho um sonho. É um sonho profundamente enraizado no sonho americano.

 

Eu tenho um sonho que um dia essa nação levantar-se-á e viverá o verdadeiro significado da sua crença: "Consideramos essas verdades como auto-evidentes que todos os homens são criados iguais."

 

Eu tenho um sonho que um dia, nas montanhas rubras da Geórgia, os filhos dos descendentes de escravos e os filhos dos descendentes de donos de escravos poderão sentar-se juntos à mesa da fraternidade.

 

Eu tenho um sonho que um dia mesmo o estado do Mississippi, um estado desértico sufocado pelo calor da injustiça, e sufocado pelo calor da opressão, será transformado num oásis de liberdade e justiça.

 

Eu tenho um sonho que meus quatro pequenos filhos um dia viverão em uma nação onde não serão julgados pela cor da pele, mas pelo conteúdo do seu caráter. Eu tenho um sonho hoje.

 

Eu tenho um sonho que um dia o estado do Alabama, com seus racistas cruéis, cujo governador cospe palavras de "interposição" e "anulação", um dia bem lá no Alabama meninos negros e meninas negras possam dar-se as mãos com meninos brancos e meninas brancas, como irmãs e irmãos. Eu tenho um sonho hoje.

 

Eu tenho um sonho que um dia "todos os vales serão elevados, todas as montanhas e encostas serão niveladas; os lugares mais acidentados se tornarão planícies e os lugares tortuosos se tornarão retos e a glória do Senhor será revelada e todos os seres a verão conjuntamente".

 

Essa é a nossa esperança. Essa é a fé com a qual eu regresso ao Sul. Com essa fé nós poderemos esculpir na montanha do desespero uma pedra de esperança. Com essa fé poderemos transformar as dissonantes discórdias do nosso país em uma linda sinfonia de fraternidade.

 

Com essa fé poderemos trabalhar juntos, rezar juntos, lutar juntos, ser presos juntos, defender a liberdade juntos, sabendo que um dia haveremos de ser livres. Esse será o dia, esse será o dia quando todos os filhos de Deus poderão cantar com um novo significado:

 

Meu país é teu, doce terra da liberdade, de ti eu canto.

 

Terra onde morreram meus pais, terra do orgulho dos peregrinos, que de cada lado das montanhas ressoe a liberdade!

 

E se a América quiser ser uma grande nação, isso tem que se tornar realidade.

 

E que a liberdade ressoe então do topo das montanhas mais prodigiosas de Nova Hampshire.

 

Que a liberdade ressoe das poderosas montanhas de Nova Iorque.

 

Que a liberdade ressoe das elevadas montanhas Allegheny da Pensilvânia.

 

Que a liberdade ressoe dos cumes cobertos de neve das montanhas Rochosas do Colorado.

 

Que a liberdade ressoe dos picos curvos da Califórnia.

 

Mas não só isso; que a liberdade ressoe da montanha Stone da Geórgia.

 

Que a liberdade ressoe da montanha Lookout do Tennessee.

 

Que a liberdade ressoe de cada montanha e de cada pequena elevação do Mississippi. Que de cada encosta a liberdade ressoe.

 

E quando isso acontecer, quando permitirmos que a liberdade ressoe, quando a deixarmos ressoar de cada vila e cada lugar, de cada estado e cada cidade, seremos capazes de fazer chegar mais rápido o dia em que todos os filhos de Deus, negros e brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos, poderão dar-se as mãos e cantar as palavras da antiga canção espiritual negra:

 

Finalmente livres! Finalmente livres!

 

Graças a Deus Todo Poderoso, somos livres, finalmente."

 

 MARTIN LUTHER KING

28 DE AGOSTO DE 1963

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"Eu digo a você hoje, meus amigos, que embora nós enfrentemos as dificuldades de hoje e amanhã. Eu ainda tenho um sonho. É um sonho profundamente enraizado no sonho americano.

 

Eu tenho um sonho que um dia esta nação se levantará e viverá o verdadeiro significado de sua crença - nós celebraremos estas verdades e elas serão claras para todos, que os homens são criados iguais.

 

Eu tenho um sonho que um dia nas colinas vermelhas da Geórgia os filhos dos descendentes de escravos e os filhos dos desdentes dos donos de escravos poderão se sentar junto à mesa da fraternidade.

 

Eu tenho um sonho que um dia, até mesmo no estado de Mississippi, um estado que transpira com o calor da injustiça, que transpira com o calor de opressão, será transformado em um oásis de liberdade e justiça.

 

Eu tenho um sonho que minhas quatro pequenas crianças vão um dia viver em uma nação onde elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter.

 

Eu tenho um sonho hoje!

 

Eu tenho um sonho que um dia, no Alabama, com seus racistas malignos, com seu governador que tem os lábios gotejando palavras de intervenção e negação; nesse justo dia no Alabama meninos negros e meninas negras poderão unir as mãos com meninos brancos e meninas brancas como irmãs e irmãos.

 

Eu tenho um sonho hoje!"

 

— Martin Luther King Jr. [123]

 

 

 

 

 

 

Martin Luther King Jr. nascido Michael King Jr. nasceu em Atlanta, 15 de janeiro de 1929 e faleceu em Memphis, 4 de abril de 1968, foi um pastor batista e ativista político estadunidense que se tornou a figura mais proeminente e líder do movimento dos direitos civis nos Estados Unidos de 1955 até seu assassinato em 1968. King é amplamente, conhecido pela luta dos direitos políticos através da não violência e desobediência civil, inspirado por suas crenças cristãs e o ativismo não violento de Mahatma Gandhi.

 

King liderou em 1955 o boicote aos ônibus de Montgomery e posteriormente se tornou o primeiro presidente da Conferência da Liderança Cristã do Sul (abreviado em inglês como SCLC). Como presidente da SCLC, ele liderou sem sucesso em 1962 a luta contra a segregação em Albany, e foi um dos participantes que organizaram os protestos não violentos de 1963 em Birmingham. King ajudou na organização da Marcha sobre Washington onde ele ditou seu famoso discurso "Eu Tenho um Sonho" (em inglês: "I Have a Dream") aos pés do Memorial de Lincoln.

 

Em 14 de outubro de 1964, King ganhou o Prêmio Nobel da Paz por combater o racismo nos Estados Unidos através da resistência não violenta. Em 1965, ele ajudou a organizar as Marchas de Selma a Montgomery. Nos seus últimos anos, ele ampliou seu ativismo contra a pobreza e a Guerra do Vietnã. O diretor do FBI J. Edgar Hoover achava King um radical e fez dele alvo do programa de contrainteligência a partir de 1963. Os agentes do FBI o investigaram por possíveis laços comunistas, ameaçaram tornar público suas supostas relações extraconjugais e o denunciaram para agentes governamentais e, em 1964, mandaram a King uma carta ameaçadora anônima, o qual ele interpretou como uma tentativa de alguém a incentivá-lo a cometer suicídio.

 

Antes de sua morte, King estava planejando uma ocupação em Washington, D.C., que seria denominada Campanha dos Pobres, quando ele foi assassinado em 4 de abril de 1968, em Memphis. Sua morte causou forte reação e foi seguida por manifestações em várias cidades dos Estados Unidos. Alegações que o assassino convicto de King, James Earl Ray, ter sido coagido ou agido em conjunto com agentes do governo persistiram por décadas após o tiroteio.

 

King foi premiado, postumamente, com a Medalha Presidencial da Liberdade e a Medalha de Ouro do Congresso. O Dia de Martin Luther King foi estabelecido como feriado em cidades e estados dos Estados Unidos a partir de 1971; o feriado foi promulgado a nível federal por uma legislação assinada pelo presidente Ronald Reagan em 1986. Centenas de estradas nos EUA foram renomeadas em sua honra, e um condado em Washington foi dedicado a ele. O Martin Luther King Jr. Memorial no National Mall em Washington D.C. foi inaugurado em sua homenagem em 2011.

 

King foi considerado a segunda pessoa mais admirada do século XX pela lista Gallup. Em 1963, ele foi nomeado pela revista Time com a pessoa do ano e, em 2000, ele ficou em sexto lugar como "Pessoa do Século" em uma votação pela mesma revista. King ficou em terceiro lugar como o maior cidadão da história dos EUA em um concurso feito pelo Discovery Channel e o AOL.

 

Em 29 de março de 1968, King foi para Memphis, Tennessee, para dar apoio a funcionários negros de obras públicas, que eram representados pelo American Federation of State, County and Municipal Employees. Os trabalhadores estavam em greve desde o dia 12 de março por salários melhores e tratamentos justos. Em um incidente, funcionários negros receberam o pagamento de apenas duas horas quando tinham trabalhado integralmente, enquanto funcionários brancos receberam o dinheiro de trabalho de um dia inteiro.

 

Em 3 de abril, King dirigiu um comício e disse para a multidão a fala "Estive no topo da montanha", dito no Templo Mason, a sede mundial da Igreja de Deus em Cristo. O voo de King até Memphis foi atrasado por causa de uma ameaça de bomba contra seu avião.[194] Em um profético discurso na última fala pública de sua vida, em referência a ameaça de bomba, King disse o seguinte:

 

E então cheguei a Memphis. E alguns começaram a falar sobre as ameaças, ou falar sobre as ameaças externas. O que aconteceria comigo diante do perigo de alguns brancos doentes mentalmente? Bem, eu não sei o que acontecerá agora. Nós tivemos alguns dias difíceis pela frente. Mas não me importo com isso agora. Porque eu estive no topo da montanha. E eu não dou a mínima. Como qualquer um, eu gostaria de viver uma vida longa. A longevidade tem seu lugar. Mas eu não estou preocupado com isto agora. Eu quero apenas fazer o desejo de Deus. E ele permitiu-me ir no topo da montanha. E eu olhei ao redor. E avistei a terra prometida. Talvez eu não fique com você lá. Mas eu quero que você saiba esta noite, que nós, como povo, chegaremos a terra prometida. Então estou feliz esta noite. Não estou preocupado por nenhuma coisa. Não temo nenhum homem. Meus olhos viram a glória da vinda do Senhor.[195]

King estava hospedado no quarto 306 do Lorraine Motel (cujo dono era Walter Bailey) em Memphis. Abernathy, a qual estava presente no assassinato, testemunhou no Comitê Seletivo da Casa dos Estados Unidos sobre Assassinatos que King e sua comitiva ficavam no quarto 306 de maneira tão frequente que o aposento é agora conhecido como "suíte King-Abernathy".[196] De acordo com Jesse Jackson, o qual estava presente no fatídico ato, as últimas palavras de King na sacada antes de ser morto foram dirigidas ao músico Ben Branch, que tinha agendado uma performance naquela noite no evento que King estava participando. King disse: "Ben, garanta-se que você toque Take My Hand, Precious Lord no encontro de hoje mais tarde. Toque de maneira realmente bonita".

 

King levou um tiro fatal dado por James Earl Ray às 18:01, em abril 4 de 1968, enquanto ele estava na segunda sacada do motel. A bala perfurou sua bochecha direita, esmagando a mandíbula para então chegar à medula espinhal e se alojar no ombro. Abernathy escutou o tiro de dentro do motel e correu para a sacada achando King no chão. Jackson afirmou que após o disparo ele deu assistência a King, mas essa versão é contestada por outros colegas; Jackson mais tarde mudaria seu testemunho dizendo que ele apenas alcançou a sacada onde King estava.

 

Após uma cirurgia de emergência, King morreu no St. Joseph's Hospital às 19:05. De acordo com seu biógrafo Taylor Branch, a autópsia de King revelou que embora ele tivesse apenas 39 anos quando faleceu, ele "tinha um coração de uma pessoa de 60 anos", a qual Branch atribuiu ao stress dos treze anos de luta no movimento dos direitos civis. King foi enterrado no Martin Luther King, Jr., National Historic Site.







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