Neste dia 1° de novembro, a Igreja Católica se enche de alegria
ao celebrar a Solenidade de Todos os Santos, os que foram e os que não foram
canonizados, mas que, com sua vida, são exemplo de que a santidade é possível.
Diz o Catecismo da Igreja Católica: “Todos os fiéis cristãos, de qualquer estado ou ordem, são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade. Todos são chamados à santidade: ‘Deveis ser perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito’ (Mt 5,48)”.
A Solenidade de Todos os Santos foi instaurada como
consequência da Grande Perseguição do Imperador Diocleciano, no princípio do
século IV, pela grande quantidade de mártires causados pelo poder romano.
O Papa Gregório III a fixou para 1º de novembro no século
VIII, como resposta à celebração pagã do “Samhain” ou ano novo celta, celebrada
na noite de 31 de outubro. Mais tarde, Gregório IV estenderia esta festividade
a toda a Igreja.
Cada cristão carrega dentro de si o dom da santidade dado
por Deus, como diz a Carta de São Paulo aos Efésios: “Deus nos escolheu em
Cristo, antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis, diante
de seus olhos” (Ef 1,4).
O culto aos santos por parte dos cristãos remonta aos
primeiros séculos, começando pelos mártires. Ao viver essa tradição, a Igreja
convida cada um a contemplar essas pessoas, exemplos de fé, esperança e
caridade, e lançar o olhar ao Alto.
A Solenidade de Todos os Santos antecede o Dia de Finados, 2
de novembro, data que recorda aqueles que já estão salvos, mas que ainda
precisam ser purificados.
"Vi uma grande multidão que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas. Estavam de pé diante do Trono e diante do Cordeiro, de vestes brancas e palmas na mão". A visão narrada por são João Evangelista, no Apocalipse, fala dos santos aos quais é dedicado o dia de hoje.
Na festa de “todos os santos” a Igreja não pretende lembrar
somente dos santos conhecidos e oficialmente canonizados, mas de todos aqueles
que estão nos céus, de todos aqueles que só Deus conhece a santidade. A Igreja
nesse dia comemora todos os homens e mulheres que já alcançaram a glória eterna
e por isso mesmo intercedem por nós a todo o momento.
De fato todos os homens e mulheres que durante a vida
serviram a Deus e foram obedientes ao ensinamento de Jesus Cristo são santos
diante de Deus, ainda que seus nomes não sejam oficialmente coletados em listas
canônicas.
A celebração começou no século III na Igreja do Oriente e
ocorria no dia 13 de maio. A festa de Todos os Santos ocorreu pela primeira vez
em Roma, no dia 13 de maio de 609 quando o Papa Bonifácio IV transformou o
templo de Partenon, dedicado a todos os deuses pagãos do Olimpo, em uma igreja
em honra à Virgem Maria e a todos os Santos.
Oficialmente, a mudança do dia da festa de Todos os Santos,
de 13 de maio para o dia primeiro de novembro, só foi decretada em 1475, pelo
do Papa Xisto IV. Mas o importante é que a solenidade de todos os Santos enche
de sentido a homenagem de todos os finados, que ocorre no dia seguinte.
REFLEXÃO
Nós também podemos ser santos. Quando trabalhamos com ânimo no dia-a-dia. Quando suportamos com espírito forte as dores e os problemas de nossa vida, entregando tudo às mãos da providencia divina. Quando rezamos com amor e devoção de forma regular e cotidiana. É necessário que peçamos a Deus o dom da santidade! Finalmente devemos ter aquele grande amor pelas coisas de Deus, por Cristo por Maria e pelos homens.
ORAÇÃO
Deus de amor e de bondade, dai-nos a alegria de celebrar, numa única festa, os méritos e a glória de todos os Santos. Favorecei vosso povo com a intercessão dos vossos santos e santas e guia-nos sempre nos caminhos da paz. Por cristo nosso Senhor. Amém.
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