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ADÉLIA PRADO
A BORBOLETA POUSADA
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ADÉLIA PRADO
A BORBOLETA POUSADA
Adélia
Prado é poetisa, escritora e professora por formação. Revitalizou a literatura
inserindo a mulher como intelectual, mesmo acumulando os afazeres domésticos.
Tem a habilidade inusitada de articulação poética.
Seus
textos pintam o cotidiano com perplexidade e encanto, guiados pela fé cristianizada
e permeados pelo aspecto lúdico, atributos de seu estilo e isso revela uma
artista de extrema originalidade e lirismo. O grande mérito de Adélia Prado também
é que ela explora temas como a família, elemento praticamente descartado pelos
poetas brasileiros.
A sua poesia revela uma constante alegria de estar
viva, mesmo diante de tantos infortúnios. Até mesmo os "palavrões"
que ela usa em seus textos aparecem com tanta naturalidade, que quase passam
despercebidos.
A
obra de Adélia mostra que, como disse Afonso Romano, “é natural que se escreva como se fala, porque se fala como se vive”.
Além disso, ela incorpora em sua obra a presença da mulher labutadora concreta
em si mesma. Desta forma, desponta uma mulher que vai além das ideologias, dos
preconceitos, destemida a ponto de descartar a maneira masculina de enxergar o
mundo e os clichês da ideologia literária e social.
Publicou
Coração Disparado (1978), coletânea
que trouxe a consagração merecida, trazendo-lhe o Prêmio Jabuti, da Câmara
Brasileira do Livro de São Paulo.
UM POUCO SOBRE ADÉLIA PRADO
Adélia Luzia Prado Freitas é uma poetisa, professora,
filósofa e contista brasileira ligada ao Modernismo. Nasceu em Divinópolis,
Minas Gerais, no dia 13 de dezembro de 1935. Iniciou seus estudos no Grupo
Escolar Padre Matias Lobato.
No ano de 1950, faleceu sua mãe. Tal acontecimento faz
com que a autora escreva seus primeiros versos. Nessa época conclui o curso
ginasial no Ginásio Nossa Senhora do Sagrado Coração.
No ano seguinte, inicia o curso de Magistério na Escola
Normal Mário Casassanta, que conclui em 1953. Começa a lecionar no Ginásio
Estadual Luiz de Mello Viana Sobrinho em 1955. Em 1958 casa-se, em Divinópolis,
com José Assunção de Freitas, funcionário do Banco do Brasil. Dessa união
nasceriam cinco filhos: Eugênio (em 1959), Rubem (1961), Sarah (1962), Jordano
(1963) e Ana Beatriz (1966).
Antes do nascimento da última filha, a escritora e o
marido iniciam o curso de Filosofia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras
de Divinópolis.
Professora por formação, ela exerceu o magistério durante
24 anos, até que a carreira de escritora tornou-se a atividade central. Em
termos de literatura brasileira, o surgimento da escritora representou a
revalorização do feminino nas letras e da mulher como ser pensante, tendo-se em
conta que Adélia incorpora os papéis de intelectual e de mãe, esposa e
dona-de-casa.
Em 1972, morre seu pai e, em 1973, forma-se
em Filosofia. Nessa ocasião envia carta e originais de seus novos poemas ao
poeta e crítico literário Affonso Romano de
Sant'Anna, que os submete à apreciação de Carlos Drummond de
Andrade. Em 1975, Drummond sugere a Pedro Paulo de Sena Madureira,
da Editora Imago, que publique o livro de Adélia, cujos poemas lhe pareciam
"fenomenais". O poeta envia os originais ao editor daquele que viria
a ser Bagagem.
No dia 9 de outubro, Drummond publica uma
crônica no Jornal do Brasil
chamando a atenção para o trabalho ainda inédito da escritora. O livro é
lançado no Rio, em 1976, com a presença de Antônio Houaiss, Raquel Jardim,
Carlos Drummond de Andrade, Clarice Lispector, Juscelino Kubitschek,
Affonso Romano de Sant'Anna, Nélida Piñon e Alphonsus de
Guimaraens Filho, entre outros.
O ano de 1978 marca o lançamento de O coração disparado, que é agraciado com o Prêmio Jabuti, da Câmara
Brasileira do Livro.
Estréia em prosa no ano seguinte, com Soltem os cachorros. Com o sucesso de
sua carreira de escritora , vê-se obrigada a abandonar o magistério, após 24
anos de trabalho. Nesse período ensinou no Instituto Nossa Senhora do Sagrado
Coração, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Divinópolis, Fundação
Geraldo Corrêa — Hospital São João de Deus, Escola Estadual são Vicente e
Escola Estadual Matias Cyprien, lecionando Educação Religiosa, Moral e Cívica,
Filosofia da Educação, Relações Humanas e Introdução à Filosofia. Sua peça, O
Clarão,um auto de natal escrito em parceria com Lázaro Barreto, é encenada em
Divinópolis.
Em 1980, dirige o grupo teatral amador Cara e Coragem na montagem de O Auto da Compadecida, de Ariano
Suassuna. No ano seguinte, ainda sob sua direção, o grupo encenaria A Invasão, de Dias Gomes.
Publica Cacos para
um vitral. Lucy Ann Carter apresenta, no Departament of Comparative
Literature, da Princeton University, o primeiro de uma série de estudos
universitários sobre a obra de Adélia Prado. Em 1981, lança Terra de Santa Cruz.
De 1983 a 1988, exerce as funções de Chefe da Divisão
Cultural da Secretaria Municipal de Educação e da Cultura de Divinópolis, a
convite do prefeito Aristides Salgado dos Santos. Os componentes da banda é publicado em 1984.
Participa, em 1985, em Portugal, de um programa de
intercâmbio cultural entre autores brasileiros e portugueses, e em Havana,
Cuba, do II Encontro de Intelectuais pela Soberania dos Povos de Nossa América.
Fernanda Montenegro estréia, no Teatro Delfim - Rio de
Janeiro, em 1987, o espetáculo Dona
Doida: um interlúdio, baseado em textos de livros da autora. A montagem,
sob a direção de Naum Alves de Souza, fez grande sucesso, tendo sido
apresentada em diversos estados brasileiros e, também, nos EUA, Itália e
Portugal.
Apresenta-se, em 1988, em Nova York, na Semana Brasileira
de Poesia, evento promovido pelo Comitê Internacional pela Poesia. É publicado
A faca no peito.
Participa, em Berlim, Alemanha, do Línea Colorada, um
encontro entre escritores latino-americanos e alemães. Em 1991 é publicada sua Poesia Reunida.
Volta, em 1993, à Secretaria Municipal de Educação e
Cultura de Divinópolis, integrando a equipe de orientação pedagógica na gestão
da secretária Teresinha Costa Rabelo.
Em 1994, após anos de silêncio poético, sem nenhuma
palavra, nenhum verso, ressurge Adélia Prado com o livro O homem da mão seca. Conta a autora que o livro foi iniciado em
1987, mas, depois de concluir o primeiro capítulo, foi acometida de uma crise
de depressão, que a bloquearia literariamente por longo tempo. Disse que vê
"a aridez como uma experiência necessária" e que "essa temporada
no deserto" lhe fez bem. Nesse período, segundo afirmou, foi levada a
procurar ajuda de um psiquiatra.
Estréia, em 1996, no Teatro Sesi Minas, em Belo
Horizonte, a peça Duas horas da tarde no
Brasil, texto adaptado da obra da autora por Kalluh Araújo e pela filha de
Adélia, Ana Beatriz Prado.
São lançados Manuscritos de Felipa e Oráculos de maio.
Participa, em maio, da série O escritor
por ele mesmo, no ISM-São Paulo. Em Belo Horizonte é apresentado, sob a
direção de Rui Moreira, O sempre amor, espetáculo de dança de Teresa Ricco
baseado em poemas da escritora.
Adélia costuma dizer: O
cotidiano é a própria condição da literatura. Em sua prosa e em sua poesia estão
temas recorrentes da vida de província, a moça que arruma a cozinha, a missa,
um certo cheiro do mato, vizinhos, a gente de lá.
Obras
Bagagem,
Imago - 1975
O Coração
Disparado, Nova Fronteira - 1978
Solte os Cachorros, contos, Nova Fronteira - 1979
Cacos para um Vitral, Nova Fronteira - 1980
Terra de
Santa Cruz, Nova Fronteira - 1981
Os Componentes da Banda, Nova Fronteira - 1984
O
Pelicano, Rio de Janeiro - 1987
A Faca no
Peito, Rocco - 1988
Oráculos
de Maio, Siciliano - 1999
Louvação
para uma Cor
O Homem
da Mão Seca, Siciliano - 1994
Manuscritos
de Filipa, Siciliano - 1999
Filandras,
Record - 2001
ALGUNS LIVROS
ALGUMAS FRASES
APOIO CULTURAL
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