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ARTHUR RUBINSTEIN - PIANISTA
Arthur Rubinstein nasceu em Łódź
na Polônia, em 28 de janeiro de 1887, foi um pianista polonês
e judeu, naturalizado estadunidense muito conhecido como um dos melhores
pianistas virtuosos do século XX. Foi aclamado internacionalmente por suas
performances de Chopin
e Brahms.
Rubinstein
começou a tocar piano muito cedo, com apenas três anos. Aos 6 anos, tocou em
público pela primeira vez. Entrou para o Conservatório de Varsóvia aos oito
anos, onde foi aluno de Paderewski e Ludomir Różycki. Prosseguiu seus estudos em
Berlim com Heinrich Barth, apresentando um recital em 1900.
Em 1906
apresentou-se em Nova Iorque, como solista da Orquestra de Filadélfia. Volta a morar na
Europa. Em Paris, atua como professor de piano. Durante a Primeira Guerra Mundial, atua como
intérprete militar em Londres. Apresenta-se em duo com o violinista Eugène Ysaÿe.
Em 1916 visita a Espanha, onde interpreta composições de Granados
e Manuel de Falla. A Fantasia Bética, deste
último, é dedicada à Rubinstein.
Em 1919
vem ao Brasil, e conhece Villa-Lobos. Interessa-se pelas modernas
composições deste, e torna-se responsável pela divulgação de suas mais famosas
composições. Em sua homenagem, Villa-Lobos escreveu seu Rudepoema (1926).
Rubinstein também interpretava composições de seu compatriota e amigo Karol
Szymanowski. Stravinsky dedicou-lhe os 3 Movimentos de Petruschka (1921) -
considerada sua mais difícil obra para piano.
ARTHUR RUBINSTEIN - PIANISTA
Em
1928,conhece Aniela Mlynarski, com quem viria a casar-se em 1932. A partir de
então, renova sua técnica, e depois de algum tempo dedicado a intensivos
estudos apresenta-se nos EUA em 1937. Desde então, tem sua reputação de grande
intérprete assegurada.
Nos anos
da Segunda Guerra Mundial, muda-se para os
Estados Unidos, e em 1946 obtém cidadania americana. Rubinstein apresentou-se
em muitos países - As Américas, Europa, África, Ásia e Oceania - e tornou-se
uma celebridade. Suas gravações, sempre muito bem recebidas, revelam um extenso
repertório: Chopin
(integral das obras para piano), Schumann,
Granados,
Falla,
Prokofiev,
Villa-Lobos
e Stravinsky,
e música de câmara, além de concertos de Chopin,
Brahms,
Beethoven,
Mozart,
Schumann,
Grieg,
Tchaikovsky,
Rachmaninoff
e Saint-Saëns. Rubinstein revelava extrema
modéstia quando falava de si próprio.
Sua
personalidade mostrava interesse não apenas em música, mas nos pequenos e
refinados momentos de prazer que a vida oferece. Sua última atuação pública
deu-se em 1976, quando já estava com 89 anos, na sala de espetáculos londrina
Wigmore Hall, onde tocara pela primeira vez quase 70 anos antes. O
pianista faleceu em Genebra em 20 de
dezembro de 1982.
No final
de sua vida, escreveu uma auto-biografia em dois volumes: My Young Years(1973)
e My Many Years(1980).
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ARTHUR
RUBINSTEIN foi um inesquecível intérprete dos românticos, passeando pelo
teclado com a graça natural de seu talento, onde outros surgiam pela coragem de
um trabalho obstinado.
Sua
execução, elogiada pela crítica e saudada pelo público, levou a numerosos
prêmios, notadamente o Grammy pelas interpretações de Beethoven e Schumann, mas
também de músicas de câmara com Pierre Fournier, violoncelo, e Henryk Szeryng,
violino.
Para
Rubinstein, o intérprete deveria refletir a mensagem e aprofundar a intenção do
compositor. Caso contrário, um robô poderia fazê-lo tão bem. Por essa óptica,
lançava um olhar pouco lisonjeiro sobre a jovem geração dos anos 1960. Numa
entrevista concedida em 1964, criticava esses jovens que “são demasiado precavidos com a música, não ousam o suficiente e tocam
automaticamente e muito pouco com o coração”.
Defendia
as melhores características da corrente romântica, porém rejeitava os excessos.
Ainda assim, era por vezes criticado pela execução demasiado brilhante e pouco
íntima.
Com
suas interpretações de Frederic Chopin, contribuiu enormemente para afastar certas
derivações maneiristas de muitas infelizes execuções de gerações de pianistas.
FONTE:
APOIO CULTURAL
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