ABAPORU, DE TARSILA DO AMARAL,
FICA
NO MAR - MUSEU DE ARTE DO RIO,
ATÉ O DIA 30 DE AGOSTO.
A obra está na exposição "A
cor do Brasil", que apresenta percursos, inflexões e transformações da cor
na história da arte brasileira. A cor é apresentada como projeto nos pintores
viajantes dos séculos XVIII-XIX, nas investigações acadêmicas, nas
experimentações modernas, nos projetos construtivos, nas radicalizações da
forma dos anos 1960/70, nas explosões de cor dos anos 1980 e da atualidade.
Curadoria de Paulo Herkenhoff e Marcelo Campos.
No domingo, 28 de agosto, e na
terça, 30 de agosto, o museu tem entrada gratuita.
O MUSEU DE ARTE DO RIO – MAR abre
ao público A COR DO BRASIL, exposição que traça a trajetória da arte brasileira
desde o período colonial até o século XXI. A mostra reúne mais de 300 peças,
vindas da Argentina, do México e de outras 12 instituições espalhadas pelo
Brasil, que cederam parte de seus acervos para a montagem da mais completa
antologia da cor já apresentada na cidade do Rio de Janeiro.
O percurso é formado por
obras-primas que vão de Frans Post – um dos mais importantes artistas
neerlandeses, que no século XVII participou de expedição pelo nordeste do
Brasil – a Tarsila do Amaral, considerada a primeira dama do modernismo
nacional e autora de Abaporu (1928) e Antropofagia (1929), pinturas
mundialmente conhecidas que retornam à cidade pela primeira vez desde o começo
do século XX. O público também terá a oportunidade de apreciar o elogio da
beleza nas cores de Eliseu Visconti e Beatriz Milhazes.
A exposição será dividida em três
galerias. A primeira delas, intitulada A transformação da luz e do ambiente
ecológico em cor, será dedicada à visão sintética da paisagem. Retratos, paisagens e naturezas mortas cedem
espaço para uma seleção do melhor do impressionismo no Brasil, enquanto a base
filosófica da mudança de conceito poderá ser compreendida a partir do desafio
lançado por Graça Aranha, que incentivou os artistas na transformação de luz em
cor e do ambiente ecológico brasileiro em sensações plásticas. No mesmo
ambiente, a cronologia segue para mostrar a modernidade introduzida por Anita
Malfatti, Guignard, Goeldi, Portinari, Ismael Ney, Lasar Segall, Antonio Gomide
e Flavio de Carvalho, entre outros.
A segunda sala, Modernidade e
Autonomia da arte, será formada por diversos núcleos significativos. O grupo
formado por Henrique Bernardelli, Bruno Lechowski, José Pancetti, Milton
Dacosta, Quirino Campofiorito e Joaquim Tenreiro retratará a emancipação do
regionalismo em prol da vontade de pintar. No mesmo espaço, haverá ainda
núcleos formados pelos concretistas de são Paulo – Waldemar Cordeiro, Lothar
Charoux, Geraldo De Barros, Hermelindo Fiaminghi, Luis Sacilootto e Judith
Laund; os neoconcretos – Franz
Weissmann, Hélio Oiticica, Lygia Pape, Aluisio Carvão, Decio Vieira, Willys de
Castro, Barsotti e Osmar Dillon; os gestuais – Bandeira, Shiró, Tomie Ohtake,
Mabe e Iberê Camargo; assim como parte da cena da cor no Rio formada por
Eduardo Sued, Manfredo Souzaneto e Gonçalo Ivo.
Na terceira e última sala, Opinião,
Tropicália, Geração 80 e Cor do Século XXI, o foco se torna a Cor do Rio, a
partir de movimentos ocorridos na cidade: as mostras Opinião e Tropicália, a
Sala Experimental do MAM e Geração 80. Para retratar a extensão do tema da cor
no Brasil nas últimas seis décadas, será feita uma reunião das obras de Anna
Maria Maiolino, Antonio Dias, Carlos Vergara, Roberto Magalhães, Rubens
Gerchmann, Wanda Pimentel, Tunga, Anna Bella Geiger, Katie van Scherpenberg e
José Maria Dias da Cruz, professores da Escola de Artes Visuais do Parque Lage.
Alcançando o século XXI, é realizada uma revisão da ideia do “nacional”, que
tem na bandeira seu maior ícone. A exposição retoma as implicações e projetos
políticos da cor na atualidade, indagando se existiria uma cor afro-brasileira
na arte.
A cor do Brasil tem curadoria
assinada por Paulo Herkenhoff e Marcelo Campos. A realização é da equipe do
Instituto Odeon/Museu de Arte do Rio; produção de Maria Clara Rodrigues, da
Imago Escritório de Arte; com arquitetura de Leila Scaf Rodrigues; e identidade
gráfica de Fernando Leite.
MUSEU DE ARTE
DO RIO
Endereço: PRAÇA
MAUÁ, 5, CENTRO
RIO DE JANEIRO/RJ.
Informações: (21) 3031 2741
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