terça-feira, 16 de janeiro de 2018

LYA LUFT ESCRITORA, ROMANCISTA E TRADUTORA - TRIBUTO DO FOCUS PORTAL CULTURAL.

 
 
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LYA FETT LUFT de colonização alemã, filha do advogado e juiz Arthur Germano Fett. A sua família tinha muito orgulho de suas raízes germânicas e, por isso, considerava-se superior aos "brasileiros", embora seus integrantes tivessem chegado ao Brasil em 1825. Durante sua juventude, Lya foi tida como uma menina desobediente e contestadora: não gostava de aprender a cozinhar nem a bordar e chegou a ser mandada para um internato durante dois meses. Porém, desde cedo foi uma ávida leitora — aos onze anos, já recitava poemas de Göethe e Schiller — e tinha um relacionamento mais natural com o pai, um homem culto a quem idolatrava, do que com a mãe. Aos dezenove anos, ela se converteu ao catolicismo, espantando aos pais, ambos luteranos.
 
 
 
 

A partir de 1959, Lya Luft passou a residir em Porto Alegre, onde se diplomou em Pedagogia e em Letras Anglo-Germânicas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS). Passou a trabalhar então como tradutora de literaturas em alemão e inglês — já traduziu para o português mais de cem livros, dentre os quais se destacam traduções de Virginia Woolf, Rainaer Maria Rilke, Hermann Hesse, Doris Lessing, Günter Grass, Botho Strauss e Thomas Mann.

 

Em 1963, aos vinte e cinco anos, Lya se casou com Celso Pedro Luft, então um irmão marista, dezenove anos mais velho do que ela. Eles se conheceram durante uma prova de vestibular, para a qual ela chegara atrasada. O casal teve três filhos: Susana (1965), André (1966) e Eduardo (1969).

 

De 1970 a 1982, ela trabalhou como professora titular de Linguística na Faculdade Porto-Alegrense (FAPA) e obteve o grau de mestra em Linguística (1975, pela PUC-RS) e em Literatura Brasileira (1978, pela UFRGS).

 

Em 1985, Lya Luft anulou seu casamento com Celso para viver com o psicanalista e também escritor Hélio Pellegrino, no Rio de Janeiro. Eles haviam sido apresentados um ao outro por Nélida Piñon. Em 1992, quatro anos após a morte de Pellegrino, Lya voltou a viver com Celso Luft, de quem ficou viúva em 1995.

 

Carreira literária

 

No início de seu primeiro casamento, Lya Luft começou a escrever poemas, reunidos no livro Canções de limiar (1964). Em 1972, foi publicado seu segundo livro de poemas, intitulado Flauta doce. Quatro anos mais tarde, escreveu alguns contos e mandou-os para um editor da Nova Fronteira, Pedro Paulo Sena Madureira, que os considerou "publicáveis". Em 1978, foi lançada sua primeira coletânea de contos, Matéria do Cotidiano.

 

O mesmo editor da Nova Fronteira tinha aconselhado Lya a escrever romances. Daí surgiu As parceiras, publicado em 1980. No ano seguinte veio A asa esquerda do anjo. Tais livros foram influenciados por uma visão de morte que a autora teve depois de sofrer um acidente automobilístico quase fatal em 1979.

 

Em 1982, publicou Reunião de Família e, em 1984, outras duas obras: O Quarto Fechado e Mulher no Palco. O primeiro foi lançado nos Estados Unidos sob o título The Island of the Dead. Em 1987, lançou Exílio; em 1989, o livro de poemas O Lado Fatal; e, em 1996, o premiado O Rio do Meio (ensaios), considerado a melhor obra de ficção daquele ano.

 

Em 2001, Luft recebeu o prêmio União Latina de melhor tradução técnica e científica, pela obra Lete: Arte e crítica do esquecimento, de Harald Weinrich.

 

Em 2013, recebeu o Prêmio Academia Brasileira de Letras, na categoria Ficção, Romance, Teatro e Conto, pela obra O tigre na sombra.

 

No total, já escreveu e publicou 23 livros, entre romances, coletâneas de poemas, crônicas, ensaios e livros infantis.

 

Os livros de Lya Luft continuam sendo traduzidos para diversos idiomas.

 

SEU ESTILO

 

"Sou fascinada pelo lado complicado. Tenho um olho alegre que vive: sou uma pessoa despachada, adoro família, adoro a natureza. Mas eu tenho um outro olho que observa o lado difícil, sombrio. A minha literatura nunca vai ser "aí casaram e foram felizes para sempre". Minha literatura sempre nasceu do conflito, da dificuldade, do isolamento." —Lya Luft

 
 
A autor nasceu em Santa Cruz do Sul em 15 de setembro de 1938 é uma escritora e tradutora brasileira. É colunista mensal da revista Veja e professora aposentada da UFRGS.

 
 
 
 
 
ALGUNS LIVROS

 
 



















 
 
 
 
ALGUMAS FRASES
 
 
 
 








 
 
Obras

 
Canções de Limiar, 1964
Flauta Doce, 1972
Matéria do Cotidiano, 1978
As Parceiras, 1980
A Asa Esquerda do Anjo, 1981
Reunião de Família, 1982
O Quarto Fechado, 1984
Mulher no Palco, 1984
Exílio, 1987
O Lado Fatal, 1989
A Sentinela, 1994
O Rio do Meio, 1996
Secreta Mirada,1997
O Ponto Cego, 1999
Histórias do Tempo, 2000
Mar de Dentro, 2000
Perdas e Ganhos, 2003
Histórias de Bruxa Boa, 2004
Pensar é Transgredir, 2004
Para não Dizer Adeus, 2005
Em outras Palavras, 2006
A Volta da Bruxa Boa, 2007
O Silêncio dos Amantes, 2008
Criança Pensa, 2009
Múltipla Escolha, 2010
A Riqueza do Mundo, 2011
O Tigre Na Sombra, 2012
O Tempo é um Rio que Corre, 2013
Paisagem Brasileira, 2015
 
 
 
 
 
 
UM TRIBUTO DO FOCUS PORTAL CULTURAL
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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