domingo, 25 de fevereiro de 2018

SALA DE CULTURA LEILA DINIZ RECEBE A EXPOSIÇÃO NAIR DE TEFFÉ: A PRIMEIRA-DAMA DA CARICATURA" CURADORIA JOSÉ ROBERTO GRAÚNA E O LANÇAMENTO DO LIVRO: " NAIR DE TEFFÉ: ARTISTA DO LÁPIS E DO RISO", ENTRE OS DIAS 03 E 28 DE MARÇO.




 
 

 
SALA DE CULTURA LEILA DINIZ RECEBE A EXPOSIÇÃO NAIR DE TEFFÉ: A PRIMEIRA-DAMA DA CARICATURA" CURADORIA JOSÉ ROBERTO GRAÚNA E O LANÇAMENTO DO LIVRO: " NAIR DE TEFFÉ: ARTISTA DO LÁPIS E DO RISO", ENTRE OS DIAS 03 E 28 DE MARÇO.
Sala Leila Diniz recebe exposição sobre Nair de Teffé
Obras retratam a vida da brasileira, nossa primeira caricaturista
A Sala de Cultura Leila Diniz inaugura no próximo sábado, a partir das 15 horas, a exposição “Nair de Teffé: A Primeira-Dama da Caricatura". Entre os dias 3 e 28 de março, os frequentadores do espaço cultural da Imprensa Oficial poderão conferir mais de 40 pranchas contando detalhes sobre a visa da homenageada, com desenhos, fotos e textos informativos sobre aquela que é a primeira mulher a publicar caricaturas no mundo. Primeira-dama do país em 1913, ela foi casada com o presidente Marechal Hermes da Fonseca.
 
Exposição em homenagem à Nair de Teffé, a Rian. O evento acontecerá em Niterói, na Sala de Cultura Leila Diniz. A Primeira Dama da Caricatura Em maio de 1969, o jornalista Adolpho Fucs, escreveu para a revista Manchete um artigo lembrando a trajetória de uma das mulheres mais interessantes que o Brasil conheceu. A matéria referia-se a Nair de Teffé, considerada por nossos principais pesquisadores como a primeira mulher a publicar caricaturas no mundo. Sob o pseudônimo de Rian, a artista casou-se com o então presidente da República, Marechal Hermes da Fonseca, em 1913, e numa alusão ao cargo pouco reconhecido na época, o jornalista intitulou seu texto como “A Primeira-Dama da Caricatura”. Sete anos depois, o pesquisador e também caricaturista, Álvaro Cotrim, mais conhecido como Álvarus, assinou, também na revista Manchete, um artigo com título semelhante, registrando “Nair de Teffé – A Primeira-Dama da Caricatura”. De fato, a artista é, até provem o contrário, a primeira mulher a publicar caricaturas no Brasil e no mundo. É também a primeira mulher batizada e registrada no País com o nome “Nair”, e é pioneira em diversas questões que envolvem a participação das mulheres no meio político e social. É para homenagear esta mulher fantástica, durante o Mês da Mulher, que apresentamos esta singela exposição, mostrando por meio de fotos raras e desenhos antigos, um resumo sobre “Nair de Teffé – A Primeira Dama da Caricatura”. Zé Roberto Graúna (curador).
 


 

 


 
 
 
 
Cerca de 20 integrantes do coletivo feminino “Elas por Elas - As Desenhistas Brasileiras”, grupo formado por mulheres desenhistas, se reuniram para compor obras inéditas em homenagem a Nair de Teffé para a exposição. Além disso, a mostra vai exibir um vídeo com depoimentos exclusivos dos pesquisadores José Alberto Lovetro, o Jal, e Gualberto Costa, que realizou evento com Nair de Teffé ainda viva.
 
 
 
 
 
 
Lançamento do livro "Nair de Teffé, artista do lápis e do riso"
Durante a tarde de inauguração da exposição, a professora e escritora Fátima Hanaque Campos marcará presença na Sala de Cultura Leila Diniz, quando lançará seu livro "Nair de Teffé, artista do lápis e do riso". A escritora vem especialmente, de Salvador, Bahia, para participar do evento e estará autografando sua obra.
 
 
 
 
 
Contatos:
Sala de Cultura Leila Diniz:
Telefones: (21) 2717-4055,
2717-5299, 2717-4141 (Renata Palmier)
e-mail: saladecultura@ioerj.com.br.
Fátima Hanaque Campos:
Telefone: (71) 9875-14075 WhatsApp
 
 
 
 
Serviço
Exposição “Nair de Teffé:
A Primeira-Dama da Caricatura”
Local: Sala de Cultura Leila Diniz
Data: 03/02/2018 a 28/02/2018
Funcionamento: De segunda a sexta, das 10h às 17h
Endereço: Rua Professor Heitor Carrilho, nº 81 –
Centro, Niterói, RJ, Brasil
Entrada Franca
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A República do Brasil nunca mais teve uma primeira-dama como Nair de Teffé! Caricaturista, pintora, atriz, cantora, pianista, escritora e poliglota (falava seis línguas), Nair exerceu atividades tidas como pouco convencionais para uma representante feminina da elite brasileira no início do século XX.
 
Como se costuma dizer: uma mulher à frente de seu tempo. E que tempo! Estamos nos referindo à Primeira República, também conhecida como República Velha (1889-1930).
 
Época conturbada em todos os sentidos, apesar de ser designada como a belle époque brasileira. Rebeliões nos estados, Revolta da Vacina, a Revolta da Chibata, Guerra do Contestado, embates nas escolhas dos candidatos a presidente...
 
Nair de Teffé - vestida de noiva.
 

 
 
 
Na verdade, era uma belle époque restrita a alguns centros urbanos desenvolvidos, entre os quais a capital, Rio de Janeiro e a cidade de Belém, no Estado do Pará, esta última em função da economia da borracha. No momento em que a Europa estava às vésperas da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), o Brasil ainda era um país que buscava uma identidade como nação e dava os primeiros passos em direção a um processo de industrialização.
 
Em 1912, a maior parte da população brasileira, aproximadamente 24 milhões de habitantes, ainda vivia na zona rural dependente da economia primária de exportação ou de atividades de subsistência. Era a época do domínio dos coronéis (grandes fazendeiros), tanto a nível social como na política. Contudo, nas cidades mais importantes, como o Rio de Janeiro, as classes populares começavam a ter uma maior notoriedade, sobretudo por meio de suas manifestações culturais. Inicialmente ignoradas pelas elites sociais, os novos ritmos musicais, como o samba, o maxixe, modas de viola, entre outros, rompiam os limites das periferias, dos morros e ganhavam maior aceitação, até mesmo dentro da residência presidencial. Para que isso ocorresse, algumas iniciativas foram importantes e sem dúvida uma das mais lembradas foi a da primeira-dama Nair de Teffé, esposa do presidente e militar, Marechal Hermes da Fonseca, que governou o Brasil entre 1910 e 1914.



 
Os pais de Nair de Teffé ( na foto acima, Nair sendo retratada pelo pintor francês Guiraud de Scevola) só vieram a descobrir a respeito do talento da filha como caricaturista, quando da visita de uma amiga da família, conhecida como Madame Carrier. Obrigada a permanecer na sala com a convidada por quase duas horas, Nair se viu obrigada a conversar sobre cozinha, algo que a mesma detestava. Segundo o próprio depoimento de Nair:
- Foi terrível porque a única coisa que eu gosto da cozinha é a comida.
Após a visita ter ido embora, Nair correu ao quarto para fazer uma caricatura da nobre senhora e mostrou a mesma aos pais, que não apreciaram muito a indisciplina. Como castigo ficou sem a sobremesa no jantar!
 
 
 
Nair de Teffé - idosa.

 



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