CHRISTOPHER DE HAMEL é tido
como o maior especialista em manuscritos medievais do mundo. Trabalhou 25 anos
na Sotheby’s, catalogando manuscritos raros, e foi bibliotecário na Parker Library.
É fellow no Corpus Christi College, Cambridge.
SINOPSE DO LIVRO MANUSCRISTOS
NOTÁVEIS
Uma extraordinária visita ao
mundo medieval por meio de doze manuscritos maravilhosamente ilustrados.
Misto de impressão de viagem
e história de detetive, Manuscritos notáveis é, assim como cada um dos doze
tesouros que o compõem, um livro de maravilhas. Nunca pudemos chegar tão perto
do Evangelho de Santo Agostinho, que nos leva a uma era na qual um novo
letramento cristão emergia do colapso da Roma antiga; ou de Carmina Burana, que
reúne canções de amor e luxúria dos estudantes e doutos errantes da Munique do
início do século XIII. Em edição colorida e fartamente ilustrada por imagens
dos documentos, o autor retraça os elaborados percursos que esses valiosos
artefatos empreenderam ao longo do tempo, mostrando as condições em que foram
copiados, quem os possuiu ou os desejou, como foram implicados nos rumos da
política e passaram a ser encarados como objetos de suprema beleza e símbolo de
identidade nacional.
FICHA
TÉCNICA
Título
original:
MEETINGS WITH REMARKABLE MANUSCRIPTS
Tradução:
Paulo Geiger
Capa:
Victor Burton
Páginas:
680
Formato:
16.00 X 23.00 cm
Peso:
1.115 kg
Acabamento:
Capa dura
Lançamento:
06/11/2017
ISBN:
9788535929867
Selo: Companhia das Letras
A INTRODUÇÃO DO LIVRO SÃO 20
PÁGINAS, COLOQUEI ALGUMAS PÁGINAS.
Introdução - Este livro é uma
visita a importantes manuscritos medievais, ao que eles nos contam e à razão
pela qual são importantes. Era para se chamar “Entrevistas com manuscritos”,
conforme fora preconcebido de início, e, de fato, os capítulos não diferem
muito de uma série de entrevistas com celebridades. Entrevistas reais — as
tradicionais, com pessoas famosas — comumente introduzem o cenário e
descrevem as circunstâncias dos encontros. Tentam sempre evocar algo da
experiência do encontro com os entrevistados e da interação com eles. Algumas
informações já foram antecipadas a você, é claro, mas quem são realmente essas
pessoas quando enfim vêm até a porta, apertam sua mão e o convidam a entrar e
sentar? Os relatos podem deixar entrever algo de sua presença física, talvez de
suas roupas, sua postura e seu estilo de conversar. Podemos todos fingir que
uma pessoa muito conhecida não é, na realidade, diferente de qualquer ser
humano, mas há uma inegável excitação ao efetivamente conhecer alguém de
estatura mundial e falar com ele. Será que, de fato, ele ou ela tem um carisma
impressionante, ou (como acontece às vezes) revela‑se uma decepção? Talvez você
queira descobrir como as pessoas ganham fama, e se sua reputação é merecida.
Ouça‑as e deixe que falem. Um bom entrevistador deve ser capaz de extrair
segredos que eram totalmente desconhecidos e que a pessoa famosa tencionava
manter bem ocultos.
Existe, por parte do leitor, até
mesmo certo voyeurismo quando bisbilhota essas confissões íntimas à medida que
elas vêm à tona. Os mais célebres manuscritos ornados com iluminuras são, na
realidade, para a maioria de nós, tão inacessíveis quanto as personalidades
muito famosas. Em geral, qualquer pessoa com uma boa dose de ener gia e
dinheiro para viajar conseguirá ver muitos dos grandes quadros e monumentos
arquitetônicos, e pode estar hoje diante da Grande Muralha da China ou do
Nascimento de Vênus, de Botticelli. Mas tente — apenas tente — fazer
com que retirem o Livro de Kells de seu estojo de vidro em Dublin para que você
possa folheá‑lo. Isso não vai acontecer.
Atualmente, a maioria dos grandes
manuscritos medievais quase nunca está em nenhum tipo de exibição pública, nem
mesmo em vitrines protegidas da luz, e se estão, você verá uma única abertura
de página dupla. São frágeis demais e preciosos demais. É mais fácil encontrar‑se
com o papa ou com o presidente dos Estados Unidos do que tocar no Très Riches
Heures, do duque de Berry. A cada ano o acesso fica mais difícil. A ideia deste
livro, então, é convidar o leitor a acompanhar o autor numa jornada particular
para ver, manusear e entrevistar alguns dos mais belos manuscritos iluminados
da Idade Média. Paleógrafos — termo genérico para definir aqueles que estudam
manuscritos antigos — acostumaram‑se a trabalhar nas salas de leitura de
bibliotecas de livros raros, mas estas são santuários inacessíveis ao público
em geral, como seria para mim o túmulo do Profeta em Medina. Bibliotecas
nacionais modernas estão entre os prédios mais caros jamais construídos, mas
pouca gente entra neles fundo o bastante para chegar às mesas exclusivas
separadas para a consulta dos livros mais valiosos de todos. Alguns cenários
para o estudo de manuscritos são imponentes e intimidadores, e outros são
carinhosamente informais. O acesso a eles é um segredo dos iniciados, e os
formulários para admissão ao espaço e manuseio dos manuscritos variam muito de
um repositório a outro. Este é um aspecto da história da erudição frequentemente
negligenciado por completo. Os soberbos livros iluminados da Idade Média são
pedras angulares de nossa cultura, mas é raro alguém se dar ao trabalho de
documentar seu habitat.
Pode ser que alguns desses grandes manuscritos sejam
conhecidos através de fac‑símiles ou de imagens digitalizadas disponíveis on‑line,
tão acessíveis e tão familiares quanto biografias autorizadas de gente famosa,
mas nenhuma cópia se iguala a um original. A experiência do encontro é
totalmente diferente. Fac‑símiles não têm raízes em — nem estão ligados a
— lugar algum. Ninguém pode propriamente conhecer um manuscrito ou
escrever sobre ele sem tê‑lo visto e segurado nas mãos. Nenhuma reprodução
fotográfica já inventada tem o peso, a textura, a superfície irregular, as
bordas denteadas, a espessura, o cheiro, a qualidade tátil e a pátina do tempo
de um verdadeiro livro medieval; e nada pode se comparar ao frêmito de
excitação quando enfim um manuscrito de inexcedível fama é colocado sobre a
mesa a sua frente. Você não o está meramente vendo, como que atrás de um vidro,
mas de fato pode tocá‑lo e olhar entre suas frestas. Sempre haverá detalhes que
ninguém terá visto antes. A cada vez você fará descobertas. Evidências ainda
não notadas podem ser extraídas de marcas deixadas na fabricação, rasuras,
arranhões, retoques, ressaltos, remendos, buracos de agulha, encadernações,
nuanças de cor e de textura, que nas reproduções são totalmente invisíveis. As
perguntas a que os manuscritos podem responder quando confrontados cara a cara
são às vezes inesperadas, tanto sobre eles mesmos como sobre a época em que
foram produzidos. Há aqui, em cada capítulo, novas observações e hipóteses, e
para obtê‑las nada mais inteligente do que mergulhar nos originais. Olhe bem de
perto. Se quiser, use uma lupa.
Recoste‑se: vire as páginas e ouça em silêncio o que os livros lhe dizem. Deixe que falem. Apenas fazer isso já é imensamente prazeroso e interessante. Manuscritos medievais têm biografias. Eles têm sobrevivido através de séculos, interagindo com sucessivos proprietários e eras, negligenciados ou admirados, até nossa época. Vamos destrinçar proveniências que eram totalmente desconhecidas. Às vezes essas histórias são muito dramáticas, quando livros assumem seu lugar nas questões da Europa em seu mais alto nível, desde as alcovas de santos e reis medievais aos lugares secretos de esconderijo na Alemanha nazista. Habent sua fata libelli [Os livros têm seu destino]. Alguns manuscritos mal saíram de suas prateleiras originais desde o dia em que foram completados; outros há que ziguezaguearam pelo mundo conhecido em baús de madeira ou alforjes que oscilavam no dorso dos cavalos, ou através do oceano em pequenos veleiros, ou como carga aérea, pois livros são muito portáteis. Muitos, em algum momento, passaram pelo comércio ou por salas de leilão, e os preços a eles atribuídos enquanto assim transitavam é parte de uma história mutante de gosto e de moda. A vida de cada manuscrito, como a de cada pessoa, é diferente, e todos têm histórias a contar.
Recoste‑se: vire as páginas e ouça em silêncio o que os livros lhe dizem. Deixe que falem. Apenas fazer isso já é imensamente prazeroso e interessante. Manuscritos medievais têm biografias. Eles têm sobrevivido através de séculos, interagindo com sucessivos proprietários e eras, negligenciados ou admirados, até nossa época. Vamos destrinçar proveniências que eram totalmente desconhecidas. Às vezes essas histórias são muito dramáticas, quando livros assumem seu lugar nas questões da Europa em seu mais alto nível, desde as alcovas de santos e reis medievais aos lugares secretos de esconderijo na Alemanha nazista. Habent sua fata libelli [Os livros têm seu destino]. Alguns manuscritos mal saíram de suas prateleiras originais desde o dia em que foram completados; outros há que ziguezaguearam pelo mundo conhecido em baús de madeira ou alforjes que oscilavam no dorso dos cavalos, ou através do oceano em pequenos veleiros, ou como carga aérea, pois livros são muito portáteis. Muitos, em algum momento, passaram pelo comércio ou por salas de leilão, e os preços a eles atribuídos enquanto assim transitavam é parte de uma história mutante de gosto e de moda. A vida de cada manuscrito, como a de cada pessoa, é diferente, e todos têm histórias a contar.
UM POUCO SOBRE CHRISTOPHER DE HAMEL
Christopher de Hamel FSA
FRISTAS é um membro do Corpus Christi College, Cambridge, e colega bibliotecário
da Biblioteca Parker. Ele é um dos maiores especialistas do mundo em manuscritos
medievais. Seu livro Meetings with Remarkable Manuscripts é o vencedor do
Prêmio DUFF COOPER de 2016 e o Wolfson History Prize for 2017.
De Hamel nasceu na
Inglaterra, mas aos quatro anos mudou-se com os pais para a Nova Zelândia, onde
foi educado e frequentou a universidade.
Ele foi posteriormente,
premiado com um DPhil pela Universidade de Oxford por sua tese sobre os
comentários bíblicos do século XII. De
Hamel também é PhD pela Universidade de Cambridge, assim como Doutorado
Honorário em Letras da Universidade de Otago e da St. John's University, Minnesota.
CARREIRA
Entre 1975 e 2000, Hamel
trabalhou para a Sotheby's em seu departamento de manuscritos ocidentais. Ele
foi eleito como o Donnelley Fellow Librarian do Corpus Christi College,
Cambridge em 2000, e eleito membro do
Roxburghe Club no ano seguinte. De Hamel proferiu o Lyell Lectures 2009 na
Universidade de Oxford sobre o tema "Fragments in Book Bindings". Em 2017, seus então recém-publicados Encontros
com Manuscritos Notáveis foram selecionados para o Livro Waterstones do Ano de
2016, e ganharam tanto o Prêmio de História Wolfson de £ 40.000 como o Prêmio
Duff Cooper .
OBRAS PUBLICADAS
DE HAMEL ESCREVEU VÁRIOS TRABALHOS HISTÓRICOS DENTRO DE
SUA ÁREA DE ESPECIALIDADE:
"Syon Abbey, A biblioteca das Freiras Bridgettine e
suas Peregrinações após a Reforma" ( Roxburghe Club , 1991)
"Escribas e Iluminadores" ( British Museum ,
1992)
"O livro: uma história da Bíblia" (Phaidon,
2001)
"Os Rothschilds e suas Coleções de Manuscritos
Iluminados" ( British Library , 2005)
"O Macclesfield Alphabet Book: um fac-símile"
(2010) com Patricia Lovett [9]
"Dourando a Lilly: Cem Manuscritos Medievais e
Iluminados na Biblioteca Lilly" ( Biblioteca Lilly , Universidade de
Indiana , 2010)
"Reuniões com Manuscritos Notáveis" (Allen
Lane, 2016)
CONFIRA A PROGRAMAÇÃO
Quarta, 25 de julho de 2018
20h - Mesa 1 - Sessão de abertura: Hilda, Fernanda e Jocy
Fernanda Montenegro e Jocy de Oliveira
Três artistas geniais da mesma geração celebram a arte mais
transgressora: Hilda Hilst, homenageada da Flip 2018, Fernanda Montenegro, uma
das maiores atrizes brasileiras, e Jocy de Oliveira, pioneira na música de
vanguarda hoje dedicada à ópera multimídia.
Quinta, 26 de julho de 2018
10h - Mesa 2 - Performance sonora
Gabriela Greeb e Vasco Pimentel
A voz, a escuta e as divagações literárias e existenciais
de Hilda Hilst registradas em fitas magnéticas na década de 1970 são
apresentadas pela cineasta Gabriela Greeb e o sound designer português Vasco
Pimentel.
12h - Mesa 3 - Barco com asas
Júlia de Carvalho Hansen, Laura Erber e Maria Teresa Horta
(em vídeo)
Esse diálogo inusitado reúne, por vídeo, um grande nome da
poesia de Portugal do último meio século e, em Paraty, duas poetas brasileiras
influenciadas pela lírica portuguesa que têm pontos em comum com Hilda Hilst.
15h30min - Mesa 4 - Encontro com livros notáveis
Christopher de Hamel
A religião, a magia, a luxúria e a leitura na época
medieval se apresentam nas páginas do Evangelho de Santo Agostinho, do Livro de
Kells e de Carmina Burana, comentadas pelo maior especialista do mundo nesses
manuscritos.
17h30min - Mesa 5 - Amada vida
Djamila Ribeiro e Selva Almada
Uma ficcionista argentina que escreveu sobre histórias
reais de feminicídio e uma feminista negra à frente de uma coleção de livros
conversam sobre como fazer da literatura um modo de resistir à violência.
Da perda
Performance de Bell Puã, slammer pernambucana, a partir de
tema de Hilda Hilst.
20h - Mesa 6 - Animal agonizante
Sergio Sant’Anna e Gustavo Pacheco
Um grande mestre da literatura brasileira que abordou o
desejo, a solidão e a morte relembra sua trajetória ao lado de um leitor seu e
autor estreante elogiado pela crítica portuguesa com histórias de humanos e
outros primatas.
Sexta, 27 de julho
10h - Mesa 7 - Poeta na torre de capim
Ligia Fonseca Ferreira e Ricardo Domeneck
A falta de leitores e o silêncio da crítica, como reclamava
Hilda Hilst: para esse debate, encontram-se a grande especialista no poeta
negro Luiz Gama e um poeta e editor atento a nomes ainda fora do cânone, como
Hilda Machado, que morreu inédita em livro.
12h - Mesa 8 - Minha casa
Fabio Pusterla e Igiaba Scego
Fazer literatura tendo uma língua comum – o italiano – e
diferentes aportes, fronteiras e paisagens geográficas e literárias: nesse
diálogo, reúnem-se o poeta de um país poliglota, que é tradutor do português, e
uma romancista filha de imigrantes da Somália, que escreveu sobre Caetano
Veloso.
15h30min - Mesa 9 - Memórias de porco-espinho
Alain Mabanckou
O absurdo e o riso, Beckett, culturas africanas, escrita
criativa e crítica da razão negra: a trajetória e o pensamento de um poeta e
romancista franco-congolês premiado se revelam nessa conversa com dois
entrevistadores.
17h30min - Mesa 10 - Interdito
Do desejo | performance do escritor e artista visual
paulista Ricardo Domeneck a partir de tema de Hilda Hilst.
André Aciman e Leila Slimani
O exercício da liberdade de escrever e a escolha de temas
tabu ou proibidos – a exemplo do homoerotismo, da sexualidade feminina e da
religião —são as questões tratadas nesse diálogo entre dois romancistas, um
judeu americano de origem egípcia e uma francesa de origem marroquina.
20h | Mesa 11 | A santa e a serpente
Eliane Robert Moraes e Iara Jamra
A obra de Hilda Hilst em poesia e prosa é vista tanto em
sua dimensão corpórea quanto mística por uma ensaísta que atua na fronteira
entre a literatura e a filosofia, enquanto são feitas leituras por uma atriz
que encarnou a sua personagem mais famosa – Lori Lamby.
Sábado, 28 de julho
10h - Mesa 12 - Som e fúria
Jocy de Oliveira e Vasco Pimentel
A escuta e a criação de universos sonoros: para esse
diálogo, encontram-se uma das pioneiras da música de vanguarda no país, hoje
dedicada à ópera multimídia, e um sound designer português – os dois conhecidos
pelo rigor e pelo preciosismo.
12h - Mesa 13 - O poder na alcova
Simon Sebag Montefiore
Historiador britânico best-seller que publicou biografias
de Stálin, dos Romanov e, agora, de Catarina, a Grande, conta, nessa conversa
com dois entrevistadores, como faz para retratar figuras centrais da política
em seus pormenores mais íntimos.
15h30min - Mesa 14 - Obscena, de tão lúcida
Isabela Figueiredo e Juliano Garcia Pessanha
Uma romancista portuguesa nascida em Moçambique que tratou
de temas como o racismo e a gordofobia se encontra com um narrador de gênero
híbrido e filosófico para discutir a escrita de si, os diários e as memórias, o
corpo e o desnudamento.
17h30min - Mesa 15 - Atravessar o sol
Colson Whitehead e Geovani Martins
O americano vencedor do Pulitzer com um romance histórico
sobre escravizados que construíram sua rota de fuga se encontra com um
estreante que, da favela do Vidigal, inventa com liberdade seu jeito de narrar
e usar as palavras.
Cantares do sem nome
Performance do poeta e artista visual maranhense Reuben da
Rocha a partir de tema de Hilda Hilst.
20h - Mesa 16 - No pomar do incomum
Liudmila Petruchevskáia
Um dos grandes nomes da literatura russa moderna, comparada
a Gogol e Poe por seus contos de horror e fantasia que não dispensam o teor
político, relembra sua trajetória proibida por décadas no regime stalinista,
hoje aclamada de Moscou a Nova Iorque.
Domingo, 29 de julho
10h - Mesa Zé Kleber - De malassombros
Franklin Carvalho e Thereza Maia
Um narrador do sertão baiano que abordou a mitologia da
morte em seu premiado romance de estreia se encontra com uma folclorista que
recolheu histórias orais de Paraty, em um diálogo sobre o território e seus
encantados.
12h - Mesa 17 - Sessão de encerramento: O escritor e seus
múltiplos
Eder Chiodetto, Iara Jamra e Zeca Baleiro
Uma atriz, um compositor e um fotógrafo que fizeram obras
baseadas em Hilda Hilst relembram os encontros com a autora, o processo de
criação e as marcas que a experiência deixou em suas trajetórias.
15h30min - Mesa 18 - Livro de Cabeceira
Autores da FLIP 2018 leem trechos de seus livros preferidos.
Encerramento.
CONFIRA A PROGRAMAÇÃO
DA FLIP 2018
Quarta, 25 de julho de 2018
20h - Mesa 1 - Sessão de abertura: Hilda, Fernanda e Jocy
Fernanda Montenegro e Jocy de Oliveira
Três artistas geniais da mesma geração celebram a arte mais
transgressora: Hilda Hilst, homenageada da Flip 2018, Fernanda Montenegro, uma
das maiores atrizes brasileiras, e Jocy de Oliveira, pioneira na música de
vanguarda hoje dedicada à ópera multimídia.
Quinta, 26 de julho de 2018
10h - Mesa 2 - Performance sonora
Gabriela Greeb e Vasco Pimentel
A voz, a escuta e as divagações literárias e existenciais
de Hilda Hilst registradas em fitas magnéticas na década de 1970 são
apresentadas pela cineasta Gabriela Greeb e o sound designer português Vasco
Pimentel.
12h - Mesa 3 - Barco com asas
Júlia de Carvalho Hansen, Laura Erber e Maria Teresa Horta
(em vídeo)
Esse diálogo inusitado reúne, por vídeo, um grande nome da
poesia de Portugal do último meio século e, em Paraty, duas poetas brasileiras
influenciadas pela lírica portuguesa que têm pontos em comum com Hilda Hilst.
15h30min - Mesa 4 - Encontro com livros notáveis
Christopher de Hamel
A religião, a magia, a luxúria e a leitura na época
medieval se apresentam nas páginas do Evangelho de Santo Agostinho, do Livro de
Kells e de Carmina Burana, comentadas pelo maior especialista do mundo nesses
manuscritos.
17h30min - Mesa 5 - Amada vida
Djamila Ribeiro e Selva Almada
Uma ficcionista argentina que escreveu sobre histórias
reais de feminicídio e uma feminista negra à frente de uma coleção de livros
conversam sobre como fazer da literatura um modo de resistir à violência.
Da perda
Performance de Bell Puã, slammer pernambucana, a partir de
tema de Hilda Hilst.
20h - Mesa 6 - Animal agonizante
Sergio Sant’Anna e Gustavo Pacheco
Um grande mestre da literatura brasileira que abordou o
desejo, a solidão e a morte relembra sua trajetória ao lado de um leitor seu e
autor estreante elogiado pela crítica portuguesa com histórias de humanos e
outros primatas.
Sexta, 27 de julho
10h - Mesa 7 - Poeta na torre de capim
Ligia Fonseca Ferreira e Ricardo Domeneck
A falta de leitores e o silêncio da crítica, como reclamava
Hilda Hilst: para esse debate, encontram-se a grande especialista no poeta
negro Luiz Gama e um poeta e editor atento a nomes ainda fora do cânone, como
Hilda Machado, que morreu inédita em livro.
12h - Mesa 8 - Minha casa
Fabio Pusterla e Igiaba Scego
Fazer literatura tendo uma língua comum – o italiano – e
diferentes aportes, fronteiras e paisagens geográficas e literárias: nesse
diálogo, reúnem-se o poeta de um país poliglota, que é tradutor do português, e
uma romancista filha de imigrantes da Somália, que escreveu sobre Caetano
Veloso.
15h30min - Mesa 9 - Memórias de porco-espinho
Alain Mabanckou
O absurdo e o riso, Beckett, culturas africanas, escrita
criativa e crítica da razão negra: a trajetória e o pensamento de um poeta e
romancista franco-congolês premiado se revelam nessa conversa com dois
entrevistadores.
17h30min - Mesa 10 - Interdito
Do desejo | performance do escritor e artista visual
paulista Ricardo Domeneck a partir de tema de Hilda Hilst.
André Aciman e Leila Slimani
O exercício da liberdade de escrever e a escolha de temas
tabu ou proibidos – a exemplo do homoerotismo, da sexualidade feminina e da
religião —são as questões tratadas nesse diálogo entre dois romancistas, um
judeu americano de origem egípcia e uma francesa de origem marroquina.
20h | Mesa 11 | A santa e a serpente
Eliane Robert Moraes e Iara Jamra
A obra de Hilda Hilst em poesia e prosa é vista tanto em
sua dimensão corpórea quanto mística por uma ensaísta que atua na fronteira
entre a literatura e a filosofia, enquanto são feitas leituras por uma atriz
que encarnou a sua personagem mais famosa – Lori Lamby.
Sábado, 28 de julho
10h - Mesa 12 - Som e fúria
Jocy de Oliveira e Vasco Pimentel
A escuta e a criação de universos sonoros: para esse
diálogo, encontram-se uma das pioneiras da música de vanguarda no país, hoje
dedicada à ópera multimídia, e um sound designer português – os dois conhecidos
pelo rigor e pelo preciosismo.
12h - Mesa 13 - O poder na alcova
Simon Sebag Montefiore
Historiador britânico best-seller que publicou biografias
de Stálin, dos Romanov e, agora, de Catarina, a Grande, conta, nessa conversa
com dois entrevistadores, como faz para retratar figuras centrais da política
em seus pormenores mais íntimos.
15h30min - Mesa 14 - Obscena, de tão lúcida
Isabela Figueiredo e Juliano Garcia Pessanha
Uma romancista portuguesa nascida em Moçambique que tratou
de temas como o racismo e a gordofobia se encontra com um narrador de gênero
híbrido e filosófico para discutir a escrita de si, os diários e as memórias, o
corpo e o desnudamento.
17h30min - Mesa 15 - Atravessar o sol
Colson Whitehead e Geovani Martins
O americano vencedor do Pulitzer com um romance histórico
sobre escravizados que construíram sua rota de fuga se encontra com um
estreante que, da favela do Vidigal, inventa com liberdade seu jeito de narrar
e usar as palavras.
Cantares do sem nome
Performance do poeta e artista visual maranhense Reuben da
Rocha a partir de tema de Hilda Hilst.
20h - Mesa 16 - No pomar do incomum
Liudmila Petruchevskáia
Um dos grandes nomes da literatura russa moderna, comparada
a Gogol e Poe por seus contos de horror e fantasia que não dispensam o teor
político, relembra sua trajetória proibida por décadas no regime stalinista,
hoje aclamada de Moscou a Nova Iorque.
Domingo, 29 de julho
10h - Mesa Zé Kleber - De malassombros
Franklin Carvalho e Thereza Maia
Um narrador do sertão baiano que abordou a mitologia da
morte em seu premiado romance de estreia se encontra com uma folclorista que
recolheu histórias orais de Paraty, em um diálogo sobre o território e seus
encantados.
12h - Mesa 17 - Sessão de encerramento: O escritor e seus
múltiplos
Eder Chiodetto, Iara Jamra e Zeca Baleiro
Uma atriz, um compositor e um fotógrafo que fizeram obras
baseadas em Hilda Hilst relembram os encontros com a autora, o processo de
criação e as marcas que a experiência deixou em suas trajetórias.
15h30min - Mesa 18 - Livro de Cabeceira
Autores da FLIP 2018 leem trechos de seus livros preferidos.
Encerramento.
APOIO NA DIVULGAÇÃO
Nenhum comentário:
Postar um comentário