quarta-feira, 6 de junho de 2018

ASSISTINDO AO PROGRAMA "METRÓPOLIS" DA TV CULTURA EM 05 DE JUNHO. FIQUEI SABENDO DA PROGRAMAÇÃO DA FLIP. PESQUISEI E A DISPONIBILIZO COMPLETA A VOCÊ. SE DEUS PERMITISSE IR À FLIP - 2018, EU GOSTARIA DE ADQUIRIR O LIVRO E VER O ESCRITOR CHRISTOPHER DE HAMEL, AUTOR DE "MANUSCRITOS NOTÁVEIS", TRADUÇÃO PAULO GEIGER, EDITORA COMPANHIA DAS LETRAS.


 
 


 

 


CHRISTOPHER DE HAMEL é tido como o maior especialista em manuscritos medievais do mundo. Trabalhou 25 anos na Sotheby’s, catalogando manuscritos raros, e foi bibliotecário na Parker Library. É fellow no Corpus Christi College, Cambridge.

 

SINOPSE DO LIVRO MANUSCRISTOS NOTÁVEIS
 
 

Uma extraordinária visita ao mundo medieval por meio de doze manuscritos maravilhosamente ilustrados.

Misto de impressão de viagem e história de detetive, Manuscritos notáveis é, assim como cada um dos doze tesouros que o compõem, um livro de maravilhas. Nunca pudemos chegar tão perto do Evangelho de Santo Agostinho, que nos leva a uma era na qual um novo letramento cristão emergia do colapso da Roma antiga; ou de Carmina Burana, que reúne canções de amor e luxúria dos estudantes e doutos errantes da Munique do início do século XIII. Em edição colorida e fartamente ilustrada por imagens dos documentos, o autor retraça os elaborados percursos que esses valiosos artefatos empreenderam ao longo do tempo, mostrando as condições em que foram copiados, quem os possuiu ou os desejou, como foram implicados nos rumos da política e passaram a ser encarados como objetos de suprema beleza e símbolo de identidade nacional.
 
 
 
 
 
 
  
FICHA TÉCNICA
Título original:
MEETINGS WITH REMARKABLE MANUSCRIPTS
Tradução: Paulo Geiger
Capa: Victor Burton
Páginas: 680
Formato: 16.00 X 23.00 cm
Peso: 1.115 kg
Acabamento: Capa dura
Lançamento: 06/11/2017
ISBN: 9788535929867
Selo: Companhia das Letras
 

 

 

A INTRODUÇÃO DO LIVRO SÃO 20 PÁGINAS, COLOQUEI ALGUMAS PÁGINAS.

 

Introdução - Este livro é uma visita a importantes manuscritos medievais, ao que eles nos contam e à razão pela qual são importantes. Era para se chamar “Entrevistas com manuscritos”, conforme fora preconcebido de início, e, de fato, os capítulos não diferem muito de uma série de entrevistas com celebridades. Entrevistas reais — as tradicionais, com pessoas famosas —  comumente introduzem o cenário e descrevem as circunstâncias dos encontros. Tentam sempre evocar algo da experiência do encontro com os entrevistados e da interação com eles. Algumas informações já foram antecipadas a você, é claro, mas quem são realmente essas pessoas quando enfim vêm até a porta, apertam sua mão e o convidam a entrar e sentar? Os relatos podem deixar entrever algo de sua presença física, talvez de suas roupas, sua postura e seu estilo de conversar. Podemos todos fingir que uma pessoa muito conhecida não é, na realidade, diferente de qualquer ser humano, mas há uma inegável excitação ao efetivamente conhecer alguém de estatura mundial e falar com ele. Será que, de fato, ele ou ela tem um carisma impressionante, ou (como acontece às vezes) revela‑se uma decepção? Talvez você queira descobrir como as pessoas ganham fama, e se sua reputação é merecida. Ouça‑as e deixe que falem. Um bom entrevistador deve ser capaz de extrair segredos que eram totalmente desconhecidos e que a pessoa famosa tencionava manter bem ocultos.
 
 
 
 
 
 
 
 

Existe, por parte do leitor, até mesmo certo voyeurismo quando bisbilhota essas confissões íntimas à medida que elas vêm à tona. Os mais célebres manuscritos ornados com iluminuras são, na realidade, para a maioria de nós, tão inacessíveis quanto as personalidades muito famosas. Em geral, qualquer pessoa com uma boa dose de ener gia e dinheiro para viajar conseguirá ver muitos dos grandes quadros e monumentos arquitetônicos, e pode estar hoje diante da Grande Muralha da China ou do Nascimento de Vênus, de Botticelli. Mas tente — apenas tente — fazer com que retirem o Livro de Kells de seu estojo de vidro em Dublin para que você possa folheá‑lo. Isso não vai acontecer.
 
 
 
 
 
Atualmente, a maioria dos grandes manuscritos medievais quase nunca está em nenhum tipo de exibição pública, nem mesmo em vitrines protegidas da luz, e se estão, você verá uma única abertura de página dupla. São frágeis demais e preciosos demais. É mais fácil encontrar‑se com o papa ou com o presidente dos Estados Unidos do que tocar no Très Riches Heures, do duque de Berry. A cada ano o acesso fica mais difícil. A ideia deste livro, então, é convidar o leitor a acompanhar o autor numa jornada particular para ver, manusear e entrevistar alguns dos mais belos manuscritos iluminados da Idade Média. Paleógrafos — termo genérico para definir aqueles que estudam manuscritos antigos — acostumaram‑se a trabalhar nas salas de leitura de bibliotecas de livros raros, mas estas são santuários inacessíveis ao público em geral, como seria para mim o túmulo do Profeta em Medina. Bibliotecas nacionais modernas estão entre os prédios mais caros jamais construídos, mas pouca gente entra neles fundo o bastante para chegar às mesas exclusivas separadas para a consulta dos livros mais valiosos de todos. Alguns cenários para o estudo de manuscritos são imponentes e intimidadores, e outros são carinhosamente informais. O acesso a eles é um segredo dos iniciados, e os formulários para admissão ao espaço e manuseio dos manuscritos variam muito de um repositório a outro. Este é um aspecto da história da erudição frequentemente negligenciado por completo. Os soberbos livros iluminados da Idade Média são pedras angulares de nossa cultura, mas é raro alguém se dar ao trabalho de documentar seu habitat.
 
 
 
 
Pode ser que alguns desses grandes manuscritos sejam conhecidos através de fac‑símiles ou de imagens digitalizadas disponíveis on‑line, tão acessíveis e tão familiares quanto biografias autorizadas de gente famosa, mas nenhuma cópia se iguala a um original. A experiência do encontro é totalmente diferente. Fac‑símiles não têm raízes em — nem estão ligados a — lugar algum. Ninguém pode propriamente conhecer um manuscrito ou escrever sobre ele sem tê‑lo visto e segurado nas mãos. Nenhuma reprodução fotográfica já inventada tem o peso, a textura, a superfície irregular, as bordas denteadas, a espessura, o cheiro, a qualidade tátil e a pátina do tempo de um verdadeiro livro medieval; e nada pode se comparar ao frêmito de excitação quando enfim um manuscrito de inexcedível fama é colocado sobre a mesa a sua frente. Você não o está meramente vendo, como que atrás de um vidro, mas de fato pode tocá‑lo e olhar entre suas frestas. Sempre haverá detalhes que ninguém terá visto antes. A cada vez você fará descobertas. Evidências ainda não notadas podem ser extraídas de marcas deixadas na fabricação, rasuras, arranhões, retoques, ressaltos, remendos, buracos de agulha, encadernações, nuanças de cor e de textura, que nas reproduções são totalmente invisíveis. As perguntas a que os manuscritos podem responder quando confrontados cara a cara são às vezes inesperadas, tanto sobre eles mesmos como sobre a época em que foram produzidos. Há aqui, em cada capítulo, novas observações e hipóteses, e para obtê‑las nada mais inteligente do que mergulhar nos originais. Olhe bem de perto. Se quiser, use uma lupa.



Recoste‑se: vire as páginas e ouça em silêncio o que os livros lhe dizem. Deixe que falem. Apenas fazer isso já é imensamente prazeroso e interessante. Manuscritos medievais têm biografias. Eles têm sobrevivido através de séculos, interagindo com sucessivos proprietários e eras, negligenciados ou admirados, até nossa época. Vamos destrinçar proveniências que eram totalmente desconhecidas. Às vezes essas histórias são muito dramáticas, quando livros assumem seu lugar nas questões da Europa em seu mais alto nível, desde as alcovas de santos e reis medievais aos lugares secretos de esconderijo na Alemanha nazista. Habent sua fata libelli [Os livros têm seu destino]. Alguns manuscritos mal saíram de suas prateleiras originais desde o dia em que foram completados; outros há que ziguezaguearam pelo mundo conhecido em baús de madeira ou alforjes que oscilavam no dorso dos cavalos, ou através do oceano em pequenos veleiros, ou como carga aérea, pois livros são muito portáteis. Muitos, em algum momento, passaram pelo comércio ou por salas de leilão, e os preços a eles atribuídos enquanto assim transitavam é parte de uma história mutante de gosto e de moda. A vida de cada manuscrito, como a de cada pessoa, é diferente, e todos têm histórias a contar.

 

UM POUCO SOBRE CHRISTOPHER DE HAMEL
 
 
 
 
 
 
 
 

Christopher de Hamel FSA FRISTAS é um membro do Corpus Christi College, Cambridge, e colega bibliotecário da Biblioteca Parker. Ele é um dos maiores especialistas do mundo em manuscritos medievais. Seu livro Meetings with Remarkable Manuscripts é o vencedor do Prêmio DUFF COOPER de 2016 e o Wolfson History Prize for 2017.

De Hamel nasceu na Inglaterra, mas aos quatro anos mudou-se com os pais para a Nova Zelândia, onde foi educado e frequentou a universidade.

Ele foi posteriormente, premiado com um DPhil pela Universidade de Oxford por sua tese sobre os comentários bíblicos do século XII.  De Hamel também é PhD pela Universidade de Cambridge, assim como Doutorado Honorário em Letras da Universidade de Otago  e da St. John's University, Minnesota.

 

CARREIRA

 

Entre 1975 e 2000, Hamel trabalhou para a Sotheby's em seu departamento de manuscritos ocidentais. Ele foi eleito como o Donnelley Fellow Librarian do Corpus Christi College, Cambridge em 2000,  e eleito membro do Roxburghe Club no ano seguinte. De Hamel proferiu o Lyell Lectures 2009 na Universidade de Oxford sobre o tema "Fragments in Book Bindings".  Em 2017, seus então recém-publicados Encontros com Manuscritos Notáveis foram selecionados para o Livro Waterstones do Ano de 2016, e ganharam tanto o Prêmio de História Wolfson de £ 40.000 como o Prêmio Duff Cooper .

 

OBRAS PUBLICADAS

DE HAMEL ESCREVEU VÁRIOS TRABALHOS HISTÓRICOS DENTRO DE SUA ÁREA DE ESPECIALIDADE:

"Syon Abbey, A biblioteca das Freiras Bridgettine e suas Peregrinações após a Reforma" ( Roxburghe Club , 1991)

"Escribas e Iluminadores" ( British Museum , 1992)

"O livro: uma história da Bíblia" (Phaidon, 2001)

"Os Rothschilds e suas Coleções de Manuscritos Iluminados" ( British Library , 2005)

"O Macclesfield Alphabet Book: um fac-símile" (2010) com Patricia Lovett [9]

"Dourando a Lilly: Cem Manuscritos Medievais e Iluminados na Biblioteca Lilly" ( Biblioteca Lilly , Universidade de Indiana , 2010)

"Reuniões com Manuscritos Notáveis" (Allen Lane, 2016)






 
 
 
 
 

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO

DA FLIP 2018

 

 

 

 

 


Quarta, 25 de julho de 2018


20h - Mesa 1 - Sessão de abertura: Hilda, Fernanda e Jocy


Fernanda Montenegro e Jocy de Oliveira


Três artistas geniais da mesma geração celebram a arte mais transgressora: Hilda Hilst, homenageada da Flip 2018, Fernanda Montenegro, uma das maiores atrizes brasileiras, e Jocy de Oliveira, pioneira na música de vanguarda hoje dedicada à ópera multimídia.


Quinta, 26 de julho de 2018


10h - Mesa 2 - Performance sonora


Gabriela Greeb e Vasco Pimentel


A voz, a escuta e as divagações literárias e existenciais de Hilda Hilst registradas em fitas magnéticas na década de 1970 são apresentadas pela cineasta Gabriela Greeb e o sound designer português Vasco Pimentel.


12h - Mesa 3 - Barco com asas


Júlia de Carvalho Hansen, Laura Erber e Maria Teresa Horta (em vídeo)


Esse diálogo inusitado reúne, por vídeo, um grande nome da poesia de Portugal do último meio século e, em Paraty, duas poetas brasileiras influenciadas pela lírica portuguesa que têm pontos em comum com Hilda Hilst.


15h30min - Mesa 4 - Encontro com livros notáveis


Christopher de Hamel


A religião, a magia, a luxúria e a leitura na época medieval se apresentam nas páginas do Evangelho de Santo Agostinho, do Livro de Kells e de Carmina Burana, comentadas pelo maior especialista do mundo nesses manuscritos.


17h30min - Mesa 5 - Amada vida


Djamila Ribeiro e Selva Almada


Uma ficcionista argentina que escreveu sobre histórias reais de feminicídio e uma feminista negra à frente de uma coleção de livros conversam sobre como fazer da literatura um modo de resistir à violência.


Da perda


Performance de Bell Puã, slammer pernambucana, a partir de tema de Hilda Hilst.


20h - Mesa 6 - Animal agonizante


Sergio Sant’Anna e Gustavo Pacheco


Um grande mestre da literatura brasileira que abordou o desejo, a solidão e a morte relembra sua trajetória ao lado de um leitor seu e autor estreante elogiado pela crítica portuguesa com histórias de humanos e outros primatas.


Sexta, 27 de julho


10h - Mesa 7 - Poeta na torre de capim


Ligia Fonseca Ferreira e Ricardo Domeneck


A falta de leitores e o silêncio da crítica, como reclamava Hilda Hilst: para esse debate, encontram-se a grande especialista no poeta negro Luiz Gama e um poeta e editor atento a nomes ainda fora do cânone, como Hilda Machado, que morreu inédita em livro.


12h - Mesa 8 - Minha casa


Fabio Pusterla e Igiaba Scego


Fazer literatura tendo uma língua comum – o italiano – e diferentes aportes, fronteiras e paisagens geográficas e literárias: nesse diálogo, reúnem-se o poeta de um país poliglota, que é tradutor do português, e uma romancista filha de imigrantes da Somália, que escreveu sobre Caetano Veloso.


15h30min - Mesa 9 - Memórias de porco-espinho


Alain Mabanckou


O absurdo e o riso, Beckett, culturas africanas, escrita criativa e crítica da razão negra: a trajetória e o pensamento de um poeta e romancista franco-congolês premiado se revelam nessa conversa com dois entrevistadores.


17h30min - Mesa 10 - Interdito


Do desejo | performance do escritor e artista visual paulista Ricardo Domeneck a partir de tema de Hilda Hilst.


André Aciman e Leila Slimani


O exercício da liberdade de escrever e a escolha de temas tabu ou proibidos – a exemplo do homoerotismo, da sexualidade feminina e da religião —são as questões tratadas nesse diálogo entre dois romancistas, um judeu americano de origem egípcia e uma francesa de origem marroquina.


20h | Mesa 11 | A santa e a serpente


Eliane Robert Moraes e Iara Jamra


A obra de Hilda Hilst em poesia e prosa é vista tanto em sua dimensão corpórea quanto mística por uma ensaísta que atua na fronteira entre a literatura e a filosofia, enquanto são feitas leituras por uma atriz que encarnou a sua personagem mais famosa – Lori Lamby.


Sábado, 28 de julho


10h - Mesa 12 - Som e fúria


Jocy de Oliveira e Vasco Pimentel


A escuta e a criação de universos sonoros: para esse diálogo, encontram-se uma das pioneiras da música de vanguarda no país, hoje dedicada à ópera multimídia, e um sound designer português – os dois conhecidos pelo rigor e pelo preciosismo.


12h - Mesa 13 - O poder na alcova


Simon Sebag Montefiore


Historiador britânico best-seller que publicou biografias de Stálin, dos Romanov e, agora, de Catarina, a Grande, conta, nessa conversa com dois entrevistadores, como faz para retratar figuras centrais da política em seus pormenores mais íntimos.


15h30min - Mesa 14 - Obscena, de tão lúcida


Isabela Figueiredo e Juliano Garcia Pessanha


Uma romancista portuguesa nascida em Moçambique que tratou de temas como o racismo e a gordofobia se encontra com um narrador de gênero híbrido e filosófico para discutir a escrita de si, os diários e as memórias, o corpo e o desnudamento.


17h30min - Mesa 15 - Atravessar o sol


Colson Whitehead e Geovani Martins


O americano vencedor do Pulitzer com um romance histórico sobre escravizados que construíram sua rota de fuga se encontra com um estreante que, da favela do Vidigal, inventa com liberdade seu jeito de narrar e usar as palavras.


Cantares do sem nome


Performance do poeta e artista visual maranhense Reuben da Rocha a partir de tema de Hilda Hilst.


20h - Mesa 16 - No pomar do incomum


Liudmila Petruchevskáia


Um dos grandes nomes da literatura russa moderna, comparada a Gogol e Poe por seus contos de horror e fantasia que não dispensam o teor político, relembra sua trajetória proibida por décadas no regime stalinista, hoje aclamada de Moscou a Nova Iorque.


Domingo, 29 de julho


10h - Mesa Zé Kleber - De malassombros


Franklin Carvalho e Thereza Maia


Um narrador do sertão baiano que abordou a mitologia da morte em seu premiado romance de estreia se encontra com uma folclorista que recolheu histórias orais de Paraty, em um diálogo sobre o território e seus encantados.


12h - Mesa 17 - Sessão de encerramento: O escritor e seus múltiplos


Eder Chiodetto, Iara Jamra e Zeca Baleiro


Uma atriz, um compositor e um fotógrafo que fizeram obras baseadas em Hilda Hilst relembram os encontros com a autora, o processo de criação e as marcas que a experiência deixou em suas trajetórias.


15h30min - Mesa 18 - Livro de Cabeceira


Autores da FLIP 2018 leem trechos de seus livros preferidos.


Encerramento.


 

 
 



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