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FOCUS PORTAL CULTURAL HOMENAGEIA
A ESCRITORA NÉLIDA PIÑON PELA CELEBRAÇÃO
DE SEU ANIVERSÁRIO EM 03 DE MAIO.
Nélida Cuinãs Piñon,
jornalista, romancista, contista, professora, é carioca de Vila Isabel, Rio de
Janeiro, RJ. Nasceu em 3 de maio de 1937.
Filha de Lino Piñon
Muiños, comerciante, e Olívia Cuiñas Piñon. O nome Nélida é anagrama do nome do
avô, Daniel.
Sua família é
originária da Galícia, radicada no Brasil desde a década de 1920. Na infância,
seus pais a estimularam para a leitura, deram-lhe livros e levaram-na a viajar.
Aos dez anos foi para a Galícia, onde ficou dois anos. Essa vivência foi
fundamental para a futura escritora, que em sua obra irá revelar, sobretudo, o
amor por duas pátrias: a Galícia e o Brasil.
Formou-se em
Jornalismo pela Faculdade de Filosofia da Pontifícia Universidade Católica do
Rio de Janeiro (PUC). Foi editora assistente da revista Cadernos Brasileiros
(1966-67); membro do Conselho Consultivo da revista Tempo Brasileiro
(1976-1993), da revista Impressões (1997), dos Cadernos Pedagógicos e Culturais
(1993); membro do Conselho Editorial da revista Imagem Latino-Americana
(Caracas, 1993), daEncyclopedia of Latin American Literature (Inglaterra,
1994), da Review: Latin American Literature and Arts(Nova York, desde junho de
1995); colunista semanal do jornal O Dia (Rio de Janeiro, desde 1995). Exerceu
cargos no Conselho Consultivo de inúmeras entidades culturais do Rio de
Janeiro.
Inaugurou a cadeira
de Criação Literária na Faculdade de Letras da UFRJ. Desde 1965, quando recebeu
a bolsa "Leader Grant", concedida pelo Governo norte-americano, que
lhe deu a oportunidade de viajar pelos Estados Unidos, Nélida Piñon tem feito
viagens a vários países, para participar de congressos, seminários e encontros
internacionais, proferindo conferências e palestras, sobre temas ligados à
cultura, à literatura e à criação literária. Deu cursos na City University of
New York, na Columbia University, na John Hopkins University em Baltimore, na
Universidade Católica de Lima, na Sorbonne, na Universidade Complutense de
Madri, e em outras universidades internacionais. As viagens para outros países
foram fundamentais para sua biografia e sua obra e para melhor mostrar-lhe o
Brasil, país que é para ela a preocupação maior, a razão da sua inquietação
intelectual.
Em 1990,
candidatou-se à cátedra Henry King Stanford em Humanidades, da Universidade de
Miami, para substituir Isaac Bashevis Singer. Na seleção de 80 intelectuais
inscritos, foi um dos cinco finalistas. Assumiu, como titular da cátedra, em
1991. A partir desse ano, ali realizou cursos anualmente, de janeiro a maio,
participando de debates, encontros, e proferindo conferências. Em agosto de
1996, desligou-se temporariamente da cátedra, ao assumir interinamente a
presidência da Academia Brasileira de Letras, na ausência de presidente Antonio
Houaiss.
Na Academia
Brasileira de Letras, foi diretora do Arquivo (desde 1990); eleita
primeira-secretária (26.6.1995) e secretária-geral (7.12.1995); presidente em
exercício (ago.-dez. 1996). Foi eleita presidente da Academia em 5 de dezembro
de 1996. É a primeira mulher, em 100 anos de existência da ABL, a integrar a Diretoria
e ocupar a presidência da Casa de Machado de Assis, no ano do seu 1º
Centenário.
Sua estreia na
literatura foi com o romance Guia-mapa de
Gabriel Arcanjo, publicado em 1961, que trata do tema do pecado, do perdão
e da relação dos mortais com Deus através do diálogo entre a protagonista e seu
anjo da guarda. Desde o início a escritora filiou-se ao movimento que, depois
de Guimarães Rosa, se orienta pela renovação formal da linguagem.
No romance Fundador, publicado em 1969, Nélida
Piñon abandona a base realista que comanda a criação literária analógica do
mundo e põe em cena personagens históricos e ficcionais, criando um mundo
eminentemente estético.
Em 1972, publica A
casa da paixão, romance em que irrompe o tema do desejo e da iniciação sexual.
Publica a seguir livros de contos e mais dois romances, até sair o romance
autobiográfico A república dos sonhos, em 1984, narrando a saga de uma família
enraizada na Galícia que emigra para o Brasil. Em A doce canção de Caetana, romance de denúncia política publicado em
1987, faz uma incursão ao universo de uma cidade do interior, Trindade, à época
da mentira do milagre brasileiro, no começo dos anos 70. No livro O pão de cada dia, de 1994, Nélida Piñon
deixa de lado a moderna ficção na qual se consagrou e empreende uma reflexão
profunda sobre as inquietações do homem, através de fragmentos que exprimem
emoções, ideias e pensamentos.
Ao longo de mais de
35 anos de ininterrupta atividade criadora, Nélida Piñon é um testemunho de
que, entre as possíveis maneiras de se exprimir que o homem tem a seu dispor, a
palavra é aquela que mais diretamente o põe a nu consigo mesmo, quer diante dos
seus problemas individuais, quer frente às suas mais dramáticas contradições
enquanto ser social, político, cultural, economicamente determinado.
Daí a sua consciência da função do escritor, que não deve se limitar apenas a criar, sua tarefa máxima, mas também deve emprestar sua consciência à consciência dos seus leitores, sobretudo em um país como o Brasil, onde é preciso fazer com que o povo reflita sobre a sua realidade e reivindique uma realidade melhor e mais justa.
Daí a sua consciência da função do escritor, que não deve se limitar apenas a criar, sua tarefa máxima, mas também deve emprestar sua consciência à consciência dos seus leitores, sobretudo em um país como o Brasil, onde é preciso fazer com que o povo reflita sobre a sua realidade e reivindique uma realidade melhor e mais justa.
Sua obra está
traduzida para países como Alemanha, Itália, Espanha, União Soviética, Estados
Unidos, Cuba e Nicarágua. Contos seus encontram-se publicados em centenas de
revistas e fazem parte de antologias brasileiras e estrangeiras.
Recebeu vários prêmios literários: Prêmio Walmap, pelo romanceFundador (1970); Prêmio Mário de Andrade, pelo romance A casa da paixão (1973); Prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte e Prêmio Ficção Pen Clube pelo romance A República dos sonhos (1985); Prêmio José Geraldo Vieira, da União Brasileira de Escritores de São Paulo, pelo romance A doce canção de Caetana (1987); Prêmio Golfinho de Ouro, pelo Conjunto de Obras, conferido pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro (1990); Prêmio Bienal Nestlé, pelo Conjunto de Obras (1991); Prêmio Internacional de Literatura Juan Rulfo, o mais importante da América Latina e do Caribe, concedido pela primeira vez a uma mulher e a um autor de língua portuguesa (1995).
Recebeu vários prêmios literários: Prêmio Walmap, pelo romanceFundador (1970); Prêmio Mário de Andrade, pelo romance A casa da paixão (1973); Prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte e Prêmio Ficção Pen Clube pelo romance A República dos sonhos (1985); Prêmio José Geraldo Vieira, da União Brasileira de Escritores de São Paulo, pelo romance A doce canção de Caetana (1987); Prêmio Golfinho de Ouro, pelo Conjunto de Obras, conferido pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro (1990); Prêmio Bienal Nestlé, pelo Conjunto de Obras (1991); Prêmio Internacional de Literatura Juan Rulfo, o mais importante da América Latina e do Caribe, concedido pela primeira vez a uma mulher e a um autor de língua portuguesa (1995).
Nélida Piñon é,
também, acadêmica correspondente da Academia das Ciências de Lisboa.
Sua obra já foi
traduzida em inúmeros países, tendo recebido vários prêmios ao longo de mais de
35 anos de atividade literária. O mais recente foi o Prêmio Príncipe de
Astúrias das Letras de 2005, conferido na cidade espanhola de Oviedo.
Obras
Romance
Guia-mapa de Gabriel Arcanjo (1961)
Madeira feita de cruz (1963)
Fundador (1969)
A casa da paixão (1977)
Tebas do meu coração (1974)
A força do destino (1977)
A república dos sonhos (1984)
A doce canção de Caetana (1987)
Cortejo do Divino e outros contos escolhidos (2001)
Vozes do deserto (2004)
A camisa do marido(2014)
Memórias
Coração Andarilho (2009)
O Livro das Horas (2012)
Contos
Tempo das frutas (1966)
Sala de armas (1973)
O calor das coisas (1980)
O pão de cada dia: fragmentos (1994)
Crônicas
Até amanhã, outra vez (1999)
Infanto-juvenil
A roda do vento (1996)
Ensaios
O presumível coração da América (2002)
Aprendiz de Homero (2008)
ALGUNS LIVROS DE NÉLIDA PIÑON
APOIO CULTURAL
Alberto.
ResponderExcluirParabéns pelo trabalho sobre
a escritora Nelida Piñon.
Abç.
Gilson