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50 ANOS DE HISTÓRIA E RECORDAÇÕES
VIVA AS NORMALISTAS DE 1967 DO IEPIC
Para celebrar os 50 anos de formatura do curso Normal do ano
de 1967, as formadas do IEPIC - INSTITUTO DE EDUCAÇÃO PROFESSOR ISMAEL COUTINHO
se reúnem num fraternal encontro, na MOCELLIN CHURRASCARIA, espaço
contemporâneo e familiar a base de rodízio gaúcho com mais de 30 tipos de
carne, buffet gastronômico e sushi. Endereço: Av.
Quintino Bocaiúva, 151 - São Francisco, Niterói - RJ. A confraternização
acontecerá, em 21 de outubro de 2017 (sábado), das 20h às 24h.
Segundo as informações nos enviadas, são 40 meninas que confirmaram presenças, inclusive, a bibliotecária Maria da Glória Souza Blauth coordenadora da Biblioteca Popular Municipal Anísio Teixeira e Gracinha Rego professora, declamadora do Centro Cultural Maria Sabina serão as normalistas a encabeçar a lista. Glória Blauth e Gracinha Rego são personalidades muitos amadas por todos os intelectuais de nossa cidade, pelos carismas, alegrias e profissionalismos.
Portanto, o JUBILEU DE OURO será comemorado com muitos júbilos e recordações do tempo em frequentavam às aulas com blusas de mangas compridas, saias pregueadas, sapatos pretos e gravatinhas, acima de tudo, no coração, um grande amor pela Língua Portuguesa.
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O Instituto de Educação Professor Ismael Coutinho (IEPIC) é
uma instituição de ensino público secundário estadual que tem como precursora a
Escola Normal de Niterói, primeira instituição pública do gênero nas Américas.
Instituto de Educação Professor Ismael Coutinho
funciona neste endereço desde 1954.
Instituto de Educação
Professor Ismael Coutinho
A mais antiga escola de professores do país
vive as mudanças na formação docente.
A primeira
instituição brasileira para formação de professores há quase 200 anos e continua em
atividade. É o Instituto de Educação Professor Ismael Coutinho (IEPIC), de
Niterói.
O IEPIC é escola de Educação Infantil, Ensino
Fundamental e Educação de Jovens e Adultos, atendendo ao todo 3.900 alunos. destaca-se pelo curso Normal, de nível médio, que conta, hoje, com 1.100 estudantes.
HISTÓRIA
A Escola Normal de
Niterói inicia-se com as reformas à Constituição do Império de 1824 que
resultaram no Ato Adicional de 06 de agosto de 1834, cujas medidas confeririam
maior autonomia às províncias e neutralizariam maiores pretensões do movimento
liberal, de cunho claramente antimonarquista, em ascendência por causa da
abdicação ao trono do imperador Dom Pedro I.
Outra consequência desta lei foi a
transformação do Rio de Janeiro em Município Neutro, desmembrando-se este da
Província do Rio de Janeiro. O povoado da Villa Real da Praia Grande (hoje
Niterói) seria escolhido capital da província e grande aporte de melhoramentos
em infraestrutura seriam necessários para comportar as demandas de seu novo
papel.
O deputado Paulino José Soares de
Sousa, Visconde de Uruguai, apresenta à primeira Assembleia Provincial um
projeto de instituir uma escola normal onde se formariam os professores da
província.
O poder coercitivo deste saquarema - como eram conhecidos os membros
do Partido Conservador - não encontraria grandes resistências do já combalido
grupo liberal.
Assim, em 04 de abril de 1835, o novo presidente da província
Joaquim José Rodrigues Torres, Visconde de Itaboraí, sancionou o Ato nº 10 da Assembleia
Legislativa, de 01 de abril de 1835, que criou uma instituição de ensino que
seria responsável de formar educadores para o magistério da instrução primária.
Instituto de Educação Professor Ismael Coutinho
funciona neste endereço desde 1954.
Em seu início de atividades, contou com a realização de 21 matrículas, sendo a de número um a do mineiro José de Souza Lima, que também seria o primeiro professor formado no Brasil.
Mais tarde, já radicado em Angra dos Reis, lecionando no Colégio Abílio,
José teria como alunos personalidades como Raul Pompéia, Lopes Trovão e o Padre Júlio Maria.
Instituto de Educação Professor Ismael Coutinho
funciona neste endereço desde 1954.
Em 1847, a Escola Normal, juntamente com outros estabelecimentos, por força de uma nova reforma no ensino, fundem-se para constituir o Liceu Provincial de Niterói.
Em 1851 este é extinto, e a Escola Normal seria reinaugurada pelo Imperador Dom Pedro II em 29 de junho de 1862. Não seria desta vez que o estabelecimento continuaria uma trajetória própria. Em 15 de abril de 1890 esta novamente é extinta para formar o Liceu de Humanidades de Niterói, subsistindo apenas como uma divisão pedagógica. Em 1900, novo ressurgimento - Liceu é extinto.
Em 1931, junta-se ao seu recém criado Curso Ginasial e forma a Escola Normal de Niterói e Liceu Nilo Peçanha. Em 1938 o interventor do estado Amaral Peixoto renomeia o estabelecimento para Instituto de Educação do Estado do Rio de Janeiro. Em 1954, o Curso Normal desliga-se do Liceu e passa-se chamar Instituto de Educação de Niterói.
Em 1965 é realizada uma eleição interna para escolher qual nome o colégio adotaria e homenagearia. Os nomes escolhidos foram a dos professores Armando Gonçalves e Ismael de Lima Coutinho, sendo o último o vencedor.
Ismael Coutinho foi professor do estabelecimento, onde lecionou as cadeiras de grego, latim e gramática histórica. Também exerceu cargos políticos e foi um filólogo de renome internacional.
Não há registros onde se deu seu primeiro funcionamento. Há quem afirme
que foi numa casa alugada. A Escola Normal já ocupou vários endereços da
cidade:
- 1847: sob a denominação de Liceu
Provincial de Niterói, em endereço também ignorado, até 1851;
- 1862: Rua Visconde de
Sepetiba;
- 1871: Rua Marechal Deodoro;
- 1874: Jardim São
João, em frente à Rua Visconde de Uruguai, como anexo do então Palácio
do Governo (Paço Municipal
de Niterói);
- 1895: depois de um ano
inativa, ocupa antigo palacete que pertenceu a Dom Pedro I,
na mesma Rua Visconde de Uruguai (Palácio São Domingos);
- 1903: primitivo Palácio do Ingá,
na Rua Presidente Pedreira, onde hoje funciona o Colégio Estadual Aurelino Leal;
- 1918: Avenida Amaral Peixoto,
fazendo parte do novo Centro Cívico, denominado Praça da
República;
De 1954 até os dias atuais funciona junto com o
Grupo Escolar Getúlio Vargas, situado na Travessa Manuel Continentino, no
bairro de São Domingos.
Ismael de Lima Coutinho, professor e
filósofo de renome internacional, nasceu em Santo Antônio de Pádua (RJ) a 12 de
maio de 1900. Era filho de José Coutinho de Carvalho e Amélia Mascarenhas de
Lima Coutinho.
Estudou no Seminário São José, onde completou
o estudo de humanidades. Iniciou a carreira de professor em Pádua. Foi professor titular de Português e Literatura
no Liceu Nilo Peçanha de Niterói (criado em 1931). Lecionou Grego, Latim e Gramática
Histórica na Escola Normal de Niterói (hoje Instituto de Educação Professor
Ismael Coutinho).
Assumiu em 1941 as funções de chefe de
Gabinete (Secretário de Governo) do Prefeito Brandão Júnior, e foi chamado a
substituí-lo em fevereiro de 1945. De
1947 a 1949, no governo de Edmundo Macedo Soares e Silva, foi Secretário
Estadual de Educação. Pertenceu à
Academia Fluminense de Letras e à Academia Brasileira de Filologia. O intelectual além de literato era muito
agradável, faleceu em João da Boa Vista (SP) em 24 de Julho de 1965, foi casado
com Catarina Tavares Coutinho e deixou seis filhos.
APOIO NA DIVULGAÇÃO
FONTES:
ALVES, Claudia Maria Costa; VILLELA, Heloísa. Niterói Educação -
histórias a serem escritas. In: MARTINS, Ismênia de Lima; KNAUSS, Paulo
(Organizadores). Cidade Múltipla - Temas de História de Niterói.
Niterói: Niterói Livros, 1997.
BACKHEUSER, Everardo A. Minha Terra e Minha Vida: (Niterói há um
século). 2. ed. Niterói: Niterói Livros, 1994.
PORTAL DA EDUCAÇÃO PÚBLICA: Primeiro no Brasil e na América Latina.
SOARES, Emmanuel de Macedo. As ruas contam seus nomes. v.1.
Niterói: Niterói Livros, 1993.
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