Com entrada franca e cerca de 2000
frequentadores por edição, evento volta ao Instituto de Arquitetos do Brasil,
desta vez com bate-papo com Don Filó – um dos criadores do Movimento Black Rio
– e participação da célebre cantora carioca. Celebrando a diversidade, feira
conta ainda com apresentação de Andréa Bak (Slam das Minas) e relançamento de
LP psicodélico de Marinho Castellar
A Feira de Vinil do Rio de Janeiro
chega à sua 22º edição, no dia 8 de dezembro, domingo, voltando a ocupar o
casarão do Instituto de Arquitetos do Brasil, no Catete. Comemorando 10 anos
desde sua primeira realização, a feira dedica a última edição de 2019
celebrando a diversidade e convidando a cantora JOYCE, que será homenageada
recebendo, no dia, o Troféu Feira de Vinil do Rio de Janeiro, já entregue, ao
longo das últimas edições, a João Donato, ao grupo Azymuth, a Marcos Valle, ao
compositor e arranjador Arthur Verocai, ao cantor e compositor Carlos Dafé e ao
sambista Wilson das Neves. Assim como nas edições anteriores, será cobrada como
entrada simbólica 1 kg de alimento, a ser entregue ao Lar de Teresa.
A edição também estará homenageando os
50 anos do Movimento Black Rio, realizando um bate-papo sobre a cultura black,
com a participação de Don Filó, um dos criadores do movimento. Engenheiro
cultural, Filó promoveu uma revolução na década de 70. Ele e um grupo de jovens
contribuíram para transformar a dura realidade da discriminação racial com a
valorização da autoestima da juventude negra através da música, do cinema, e da
literatura. Don Filó apostou na cultura como pedra de toque de um grande
movimento pela valorização da identidade e da cultura negras, mais tarde
chamado de Movimento Black Rio.
No dia, será relançado pela Neves
Records e Melômano Discos, em vinil e em pequena tiragem (300 cópias), um dos
álbuns mais emblemáticos do psicodelismo brasileiro: “Marinho Castellar &
Banda Disrritimia” (1981), que imprime, com maestria, o momento criativo de
alguns dos diversos coletivos musicais que coexistiram no Brasil dos anos 70.
Na década seguinte esse tipo de manifestação foi menos usual, porém, o disco de
Marinho Castellar atua como um expurgo cósmico da década anterior. O disco
ganhou status de raridade. Infelizmente, vítima de cirrose, Marinho Castellar
faleceu aos 33 anos de idade e não viu seu LP ser reverenciado como um dos
trabalhos mais cultuados do underground brasileiro dos anos 80.
A edição será marcada também pela
diversidade, não apenas nas diferenças rítmicas ou musicais, seja também
dialogando com variedade étnica e social tão em voga no momento atual. Integrante do Slam das Minas e do grupo de
rap Nefertaris Vandal, a poeta, slammer e rapper Andréa Bak fará participação
entre as discotecagens. Aos 18 anos, a poeta já ganhou notoriedade por recitar
nas ruas e espaços culturais do Rio de Janeiro versos que contam a história do
povo negro sob uma perspectiva de fortalecimento, de exaltação e de
empoderamento.
Produzida por Marcello Maldonado e
pelo produtor artístico Marcello MBGroove (coletivo Vinil É Arte), a feira
apresenta, ao longo do dia, vários DJs com seus sets em vinil, especialistas
nos mais variados estilos; MPB, Black Music, Rock, Eletronic. Cerca de 60
expositores de todo o Brasil estarão presentes com discos e CDs. Do Rio, participarão,
dentre outros, a Tropicália Discos e a Arquivo Musical, além da Livraria
Baratos da Ribeiro e da Satisfaction. Os paulistas serão representados pelo
Beco do Disco, Casa da Mia, Mega Hard, Mafer Discos e Vinil SP, só para citar
algumas.
SERVIÇO
22°
Feira de Discos de Vinil do Rio de Janeiro
Dia:
08 de dezembro de 2019(domingo)
Horário:
11h às 19h
Local:
IAB – Instituto dos Arquitetos do Brasil
Endereço:
Beco do Pinheiro, 10 - Flamengo, Rio de Janeiro.
Entrada:
1 kg de alimento não perecível
Classificação:
livre
Informações:
(21) 98181-9733
APOIO NA DIVULGAÇÃO
FONTE
Cezanne Comunicação -
Assessoria de
Imprensa em Cultura e Arte
www.cezannecomunicacao.com.br
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