sábado, 17 de dezembro de 2022

NÉLIDA PIÑON PARTIU AO PARNASO, LUGAR DE PESSOAS GUERREIRAS. EM 17 DE DEZEMBRO DE 2022. NÉLIDA PIÑON FOI A PRIMEIRA MULHER A PRESIDIR A ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS.

 



NOTA DE FALECIMENTO - É com enorme pesar e consternação que esta revista cultural comunica que a nossa admirável escritora Nélida Piñon faleceu. A intelectual partiu para os braços do Altíssimo, em 17 de dezembro de 2022- sábado em Lisboa – Portugal aos 85 anos.

A informação foi confirmada por Rodrigo Lacerda, editor na Record, casa que publicou livros da autora. A causa da morte não foi informada.

O sepultamento será no mausoléu da Academia Brasileira de Letras (ABL).

A ABL fará uma Sessão da Saudade no dia 2 de março de 2023, no Salão Nobre, em homenagem à escritora. Nélida foi uma das maiores representantes da literatura brasileira. Era a quinta ocupante da Cadeira 30, tendo sido eleita em 27 de julho de 1989, na sucessão de Aurélio Buarque de Holanda. Em 1996/1997, tornou-se a primeira mulher, em 100 anos, a presidir a Academia Brasileira de Letras (ABL), no ano do seu I Centenário.

A notícia do seu falecimento deixou a todos nós amigos e companheiros de ofício literário e jornalístico em choque. É uma perda irreparável! Que Deus encha de Amor e conforte os corações de todos os que estão sofrendo com esta tão grandiosa perda.

A escritora e acadêmica brasileira Nélida Piñon. Era ocupante da Cadeira 30 da Academia Brasileira de Letras (ABL) para qual foi eleita em 27 de julho de 1989, ela foi a primeira mulher a presidir a entidade em 100 anos. Segundo o atual presidente da ABL acadêmico Merval Pereira, ela teve problemas nas vias biliares e passou por uma cirurgia de emergência, mas não resistiu.

Nélida Piñon nasceu no Rio de Janeiro. Ela se formou em Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e de acordo o site da ABL, foi a primeira mulher no mundo a presidir uma academia de letras.

Foi a primeira autora latino-americana a ganhar os prêmios Juan Rulfo, o Nobel da América Latina, e foi fundamental na promoção da literatura brasileira no exterior, apresentando nomes como Machado de Assis e outros.

Com quase 30 livros publicados, suas obras foram traduzidas em mais de 30 países. Entre eles, romances, contos, ensaios, discursos, crônicas e memórias.

Piñon estreou na literatura com o romance "Guia-Mapa de Gabriel Arcanjo", lançado em 1961. Seu segundo livro "Madeira Feito Cruz" saiu dois anos depois, em 1963.

Em 2005, pelo conjunto de sua obra, recebeu o importante Príncipe de Astúrias. Apesar das conquistas, Piñon acredita que seu reconhecimento dentro de seu próprio país é aquém ao que tem fora do Brasil. "Eu acho que sou respeitada. Se eu tivesse ganhado hoje o Príncipe das Astúrias, a reação teria sido diferente. Não estou me exibindo", disse à Folha.

Nélida venceu dezenas de prêmios, nacionais e internacionais, colaborou em diversos jornais e revistas literárias e foi correspondente no Brasil da revista “Mundo Nuevo”, de Paris.

Entre os prêmios recebidos, está o Prêmio Internacional Juan Rulfo de Literatura Latino-Americana e do Caribe, em 1995 (primeira vez dado a uma mulher e para um autor de língua portuguesa); o Bienal Nestlé, categoria romance, pelo conjunto da obra, em 1991, e o da APCA e o Prêmio Ficção PEN Clube, ambos em 1985, pelo romance “A República dos Sonhos”.

Além disso, em 1998, para a felicidade da Literatura Brasileira a nossa Dama Nélida foi primeira mulher a receber o Doutor Honoris Causa da Universidade de Santiago de Compostela, na Espanha, 1998 o Doutor Honoris Causa das universidades Poitiers, Rutgers, Florida Atlantic, Montreal e UNAM. Em 2012, foi nomeada Embaixadora Ibero-Americana da Cultura.


 Fonte: INSTAGRAM DA ABL 






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