EDINO KRIEGER FAZ 90
ANOS
E RECEBE DIVERSAS HOMENAGENS.
Edu Krieger, Marcelo
Caldi, Orquestra Sinfônica Nacional da UFF, Orquestra Sinfônica da UFRJ, Brasil
Ensemble e diversos solistas participarão da programação comemorativa de
concertos na Casa do Choro e na Sala Cecília Meireles
O compositor Edino
Krieger chega aos seus 90 anos com muita festa e honrarias, recebendo diversas
homenagens que datam desde o início do ano, com o programa especial feito pelo
jornalista Arthur Dapieve para a Rádio Batuta, do Instituto Moreira Salles,
janeiro. Ao longo de 2018, virão homenagens em Belo Horizonte e seu concerto da
violoncelo e Orquestra será apresentado por Antonio Meneses no Rio e em
diversas capitais do capitais, além da realização, em setembro, do II Festival
de Música Brasileira Contemporânea Edino Krieger em Florianópolis, dentre
outras.
Neste mês de março,
uma extensa programação de concertos vem percorrendo diferentes espaços
culturais. Nesta quinta-feira, dia 15, dois dias antes de completar 90 anos de
idade, o compositor e maestro Edino Krieger recebe homenagem na Casa do Choro.
O choro, aliás, sempre esteve presente na vida de Edino desde a primeira
infância, pois seu pai, Aldo Krieger, era figura conhecida no circuito boêmio
de Brusque (SC) na década de 20. Aldinho, como era chamado, compunha e tocava polcas,
tanguinhos e maxixes de sua autoria. Parte deste repertório será executado no
primeiro módulo do show por um grupo de músicos que inclui nomes como Marcelo
Caldi (sanfona), Luis Barcellos (bandolim), Dudu Oliveira (flauta) e Fabiano
Salek (percussão). Em seguida, Edu Krieger, compositor e filho de Edino, mostra
algumas de suas canções que ficaram conhecidas nas vozes de cantoras como Maria
Rita e Roberta Sá. Neste bloco, além da participação de PC Castilho (flauta), o
palco terá ambiente familiar com Fabiano Krieger (guitarra) e Nina Krieger
(percussão), respectivamente filho e neta do homenageado. Depois é a vez de
Marcelo Caldi voltar à cena, interpretando duas peças de Edino para piano solo:
“Choro Manhoso” (composta em 1952) e “Estudo Seresteiro” (1956).
Encerrando o evento,
o grupo vocal Ordinarius, comandado por Augusto Ordine, apresenta duas
marchas-rancho compostas por Edino para os lendários festivais da canção:
“Passacalha” (1968) e “Fuga e Antifuga” (1967, escrita em parceria com Vinícius
de Moraes).
No dia 17, dia de
seu aniversário, Edino Krieger ganhará uma belíssima homenagem da Orquestra Sinfônica
Nacional da UFF, na Sala Cecília Meireles, interpretando somente peças escritas
pelo homenageado. Sob a regência de Tobias Volkmann, a orquestra vai apresentar
obras de diferentes épocas, como “Passacaglia para o novo milênio (1999)”,
“Fantasia cromática e Fuga (2013)”, “Canticum Naturale (1972)” e “Terra
Brasilis (1999)”.
O COMPOSITOR
Edino Krieger nasceu
em Brusque, Santa Catarina, a 17 de março de 1928. Iniciou aos sete anos
estudos de violino com seu pai, Aldo Krieger. Aos 15 transferiu-se para o Rio
de Janeiro, para prosseguir sua formação no Conservatório Brasileiro de Música,
onde estudou com H. J. Koellreutter. Em 1945 passou a integrar o Grupo Música
Viva. Em 1948 foi escolhido em concurso para estudar com Aaron Copland, no Berkshire
Music Center de Massachussets, EUA, onde assistiu também a aulas de Darius
Milhaud. Estudou ainda na Juilliard School of Music, de Nova Iorque com Peter
Mennin (composição) e na Henry Street Settlement School of Music com William
Nowinsky (violino). Representou a Juilliard no Simpósio de Compositores dos
Estados Unidos e Canadá realizado em Boston, e atuou como violinista da Mozart
Orchestra de Nova Iorque.
Retornando ao Brasil
em 1950 iniciou a atividade de produtor na Rádio Ministério da Educação, onde
exerceu a função de diretor musical e organizou a Orquestra Sinfônica Nacional,
e de crítico musical do jornal Tribuna da Imprensa. Em 1952 estudou com Ernst
Krenek no III Curso Internacional de Verão de Teresópolis, RJ.
Com bolsa do
Conselho Britânico, estudou em Londres durante um ano com Lennox Berkeley, da
Royal Academy of Music. Em 1959 obteve o primeiro prêmio no I Concurso Nacional
de Composição do Ministério da Educação, com Divertimento para Cordas. Em 1961
seu Quarteto de Cordas nº1 obteve o Prêmio Nacional do Disco. Em 1965 suas
Variações Elementares foram estreadas no III Festival Interamericano de Música
de Washington, e no ano seguinte seu Ludus Symphonicus foi estreado pela
Orquestra de Filadélfia no III Festival de Música de Caracas, Venezuela.
Em 1969 e 1970
organizou e dirigiu os Festivais de Música da Guanabara, dos quais se
originaram, a partir de 1975, as Bienais de Música Brasileira Contemporânea.
Entre os prêmios e
honrarias que recebeu estão: Prêmio Internacional da Paz do Festival de
Varsóvia (1955), Prêmio da Fundação Rottelini de Roma (1955), Medalha de Honra
do Cinquentenário do Theatro Municipal do Rio de Janeiro (1959), Troféu
Golfinho de Ouro (1969 e 1988), a Medalha do Mérito Cultural Cruz e Souza, do
Conselho Estadual de Cultura de Santa Catarina (1997), Troféu Barriga-Verde
(1977), Comenda da Ordem Cultural do Ministério da Cultura e Belas Artes da
Polônia (1985), Medalha do Mérito Cultural Anita Garibaldi, do Estado de Santa
Catarina (1986), Prêmio Nacional da Música do Ministério da Cultura (1994) e
Medalha Pedro Ernesto, maior honraria concedida pela cidade do Rio de Janeiro.
Dirigiu a divisão de
música clássica da Rádio Jornal do Brasil e exerceu a crítica musical no Jornal
do Brasil. Em 1976 assumiu a direção artística da FUNTERJ - Fundação de Teatros
do Rio de Janeiro. Em 1979 criou o Projeto Memória Musical
Brasileira/PRO-MEMUS, junto ao Instituto Nacional de Artes da FUNARTE -
Fundação Nacional de Arte, do Ministério da Cultura. De 1981 a 1989 foi diretor
do Instituto Nacional de Música. Foi presidente da FUNARTE, da Fundação Museu
da Imagem e do Som do Rio de Janeiro e da Academia Brasileira de Música, além
de Diretor da Sala Cecília Meireles
Seu catálogo inclui
obras para orquestra sinfônica e de câmara, oratórios, música de câmara, obras
para coro e para vozes e instrumentos solistas, além de partituras incidentais
para teatro e cinema. Suas composições têm sido executadas com frequência no
Brasil e no exterior, inclusive por orquestras do Rio de Janeiro, São Paulo,
Porto Alegre, Recife, Bahia, Belo Horizonte, Liège, Bruxelas, Paris, Londres,
Munique, Buenos Aires, Córdoba, Nova Iorque, Filadélfia, Washington, Colônia,
Tóquio e outras.
PROGRAMAÇÂO EDINO
KRIEGER 90 ANOS
Dia 15 de MARÇO –
QUINTA-FEIRA – REGIONAL DO CHORO, QUINTETO COM EDU KRIEGER, MARCELO CALDI E
ORDINARIUS.
Local: Casa do Choro
Endereço: Rua da
Carioca, 38 – Centro
Horário: 19h
Preço: R$ 40
(inteira) e R$ 20 (meia)
Capacidade do
Auditório Radamés Gnattali: 100 lugares
Classificação: Livre
Acessibilidade:
Acesso para portadores de necessidades especiais
Bilheteria aberta de
segunda a sexta das 11h às 19h (pagamentos apenas em dinheiro)
REGIONAL DE CHORO
com Edu Krieger (violão de sete cordas), Luis Barcellos (bandolim e
cavaquinho), Dudu Oliveira (flauta e cavaquinho), Marcelinho Caldi (acordeon),
Fabiano Salek (percussão) e Nina Krieger (percussão):
Músicas de Aldo
Krieger – 1903-1972
QUINTETO com Edu
Krieger (violão de sete cordas e voz),
PC Castilho (flauta
e percussão), Fabiano Krieger (guitarra), Marcelo Caldi (acordeon), Fabiano
Salek (percussão)
e Nina Krieger
(percussão)
Músicas de Edu
Krieger
PIANO SOLO com
Marcelo Caldi
Músicas de Edino
Krieger
CORO com o grupo
vocal Ordinarius
Integrantes: Maira
Martins, Rebeca Vieira, Beatriz Coimbra, Carol Vanni, Augusto Ordini, Fabiano
Salek, Marcelo Caldi, Fabiano Krieger
Músicas de Edino
Krieger
DIA 16 DE MARÇO –
SEXTA-FEIRA – ORQUESTRA DE CORDAS DA UFRJ E BRASIL ENSEMBLE
Local: Sala Cecília
Meireles
Regente: Roberto
Duarte
Solistas: Mário
Silva e Fábio Adour (violões), José Staneck (harmônica)
Horário: 20 HORAS
Ingressos: R$40.00 e
R$20.00
Rua da Lapa, 47 -
Lapa, Rio de Janeiro
Informações: (21) 2332-9223
Ingressos à venda em
breve na bilheteria da Sala Cecília Meireles ou através do site
www.ingressorapido.com.br
Programa:
Quatro Imagens de
Santa Catarina (2005)
I- Brusque – O canto dos teares
II- Blumenau – Oktoberfest
III- São Joaquim – Paisagem branca
IV- Florianópolis – Sol e mar
Concerto para dois
violões (2008)
I- Toccata (Allegro enérgico e molto
marcato)
II- Sonares (Lento)
III- Volatas (Presto)
Mário Silva e Fábio
Adour (violões)
INTERVALO
Divertimento para
orquestra de cordas (1959)
I- Tranquilo e cantábile (Allegretto)
II- Seresta – Homenagem a Villa-Lobos
(Andante espressivo)
III- Variações e Presto (Deciso)
Brasiliana (1960) –
versão para harmônica e orquestra de cordas
José Staneck
(harmônica)
Três Cantos de Amor
e Paz (1967)
I- Amor sem paz (texto: Goethe – Trad:
Trajano do Paço)
II- Cantar de Amor (texto: Manuel Bandeira)
III- Amor em paz (texto: Edino Krieger)
DIA 17 DE MARÇO –
ORQUESTRA SINFÔNICA NACIONAL DA UFF –
CONCERTO DE
ANIVERSÁRIO
Local: Sala Cecília
Meireles
Regente: Tobias
Volkmann
Horário: 20 HORAS
Ingressos: R$40.00 e
R$20.00
Rua da Lapa, 47 - Lapa,
Rio de Janeiro
Informações: (21) 2332-9223
Ingressos à venda em
breve na bilheteria da Sala Cecília Meireles ou através do site
www.ingressorapido.com.br
Programa:
Passacaglia para o
novo milênio (1999)
Fantasia cromática e
Fuga (2013)
Canticum Naturale
(1972)
Terra Brasilis
(1999)
FONTE:
Cezanne Comunicação
- Assessoria de Imprensa em Cultura e Arte
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