Exposição “Jacob do Bandolim 100”
na Sala Carlos Couto
Em 2018 se comemora o centenário de um dos grandes nomes da música brasileira, Jacob do Bandolim. Para homenageá-lo, a Sala Carlos Couto, o Teatro Municipal de Niterói, com a parceria do Instituto Jacob do Bandolim abrem no dia 03 de abril a exposição “Jacob do Bandolim 100”.
A mostra, que tem a curadoria de Teca Nicolau, é composta por capas dos seus vinis e imagens inéditas, do nosso homenageado, seja na atividade artística, ou no dia a dia em sua casa em Jacarepaguá.
Sobre Jacob do Bandolim
Músico e compositor brasileiro, um dos maiores expoentes da música instrumental brasileira. Foi chamado de “Mestre do Bandolim”.
Jacob Pick Bittencourt (1918-1969), conhecido como Jacob do Bandolim, nasceu no Rio de Janeiro, no dia 14 de fevereiro de 1918. Filho do capixaba Francisco Gomes Bittencourt e da polonesa Raquel Pick, com 12 anos ganhou um violino, mas não se adaptou ao arco do instrumento. Depois, ganhou um bandolim e sozinho aprendeu a tocar.
Junto com um grupo de amigos formou o “Conjunto Sereno”, e apresentou-se pela primeira vez na Rádio Guanabara, com o choro “Aguenta Calunga”, de autoria de Atílio Grany. Visto tocando violão em uma loja de instrumentos, foi convidado pelo fadista Antônio Rodrigues, um interprete de guitarra portuguesa, para fazer parte de seu conjunto. Fez várias apresentações e conheceu famosos artistas portuguesas.
Em 1934, de volta ao bandolim, se inscreveu no Programa dos Novos, na Rádio Guanabara, quando derrotou 28 concorrentes, recebendo nota máxima de um júri composto por Francisco Alves, Benedito Lacerda e Orestes Barbosa. Logo foi contratado pela rádio e passou a acompanhar diversos cantores, entre eles, Noel Rosa, Ataúlfo Alves, Carlos Galhardo e Lamartine Babo. Junto com Osmar Meneses e Valério Farias, nos violões, Carlos Gil, no cavaquinho, Manuel Gil, no pandeiro e Natalino Gil no ritmo, estava formado o grupo “Jacob e sua Gente”. Foi o início de sua carreira profissional. Passou a se apresentar em diversos programas de rádio, chegando a ganhar um programa só seu, na Rádio Mauá.
No dia 11 de maio de 1940, Jacob se casou com Adylia Freitas. O casal teve dois filhos: Sérgio Freitas Bittencourt, que se tornaria importante compositor e jornalista, e durante vários anos foi jurado do programa Flávio Cavalcanti, e de Elena Freitas Bittencourt, que se formou em odontologia e mais tarde se tornou presidente do Instituto Jacob do Bandolim.
Para melhorar a renda da família, Jacob ouviu os conselhos do experiente músico Donga, e prestou concurso público, sendo nomeado Escrevente da Justiça do Rio de Janeiro. Desde então, passou a dividir seu tempo entre o Tribunal e as atividades musicais, tocando nas rádios e acompanhando cantores. Em 1941, foi convidado por Ataúlfo Alves para participar das gravações “Leva Meu Samba”, de Ataúlfo e “Saudade da Amélia” de Ataúlfo e Mário Lago.
Em 1947, lançou seu primeiro disco como solista, pela gravadora Continental, com um choro de sua autoria “Treme-Treme” e a valsa "Glória", que fez grande sucesso. Em 1949 foi contratado pela RCA Victor, onde permaneceu até o fim de sua carreira. Foram cinquenta e dois discos gravados. Considerado um dos mais importantes solistas da música popular, é autor de chorinhos clássicos, entre eles, “Remelexo”, “Bole Bole”, “Doce de Coco” e “Treme-Treme”.
Além de instrumentista e compositor, tornou-se um pesquisador da música brasileira e especialmente do choro. Deixou milhares de peças, entre discos, partituras, fotos e matérias jornalísticas, que foram incorporadas ao acervo do Museu da Imagem e do Som.
Jacob do Bandolim faleceu no Rio de Janeiro, no dia 13 de agosto de 1969.
SERVIÇO
Exposição “Jacob do Bandolim 100” –
Sala Carlos Couto
Abertura: 03 de abril às 19 horas
Visitação: 04/04 a 31/05
Terça a sexta 10h às 18h
Sabádo e Domingo 15h às 18h
GRATUITO
Local: Sala Carlos Couto
(anexa ao Teatro Municipal de Niterói)
Endereço: Rua XV de Novembro, 35, Centro, Niterói
Informações: 2620-1624
APOIO NA DIVULGAÇÃO
FONTE:
Assessoria de Imprensa – TMN
ASCOM Secretaria de Cultura/ FAN
Nenhum comentário:
Postar um comentário