sexta-feira, 17 de agosto de 2018

FOCUS PORTAL CULTURAL HOMENAGEIA LUIZ MELODIA, UM DOS MAIORES COMPOSITORES CONTEMPORÂNEOS. UM ANO DE SAUDADES!

 
 
(CLICAR NA SETA DA IMAGEM PARA ASSISTIR AO VÍDEO)

Luiz Melodia no 3º Salão da Leitura
de Niterói - RJ, em junho 2014.
(vídeo do Focus Portal Cultural)
 
 



 
LUIZ CARLOS DOS SANTOS nasceu no Rio de Janeiro, em 07 de janeiro de 1951, mais conhecido como LUIZ MELODIA, foi um ator, cantor e compositor brasileiro de MPB, rock, blues, soul e samba. Filho do sambista e compositor Oswaldo Melodia, de quem herdou o nome artístico, cresceu no morro de São Carlos no bairro do Estácio.

Foi casado com a cantora, compositora e produtora Jane Reis de 1977 até sua morte, e era pai do rapper Mahal Reis (1980).
 

Lança seu primeiro LP em 1973, Pérola Negra. No "Festival Abertura", competição musical da Rede Globo, consegue chegar à final com sua canção "Ébano".
 


 

Nas décadas seguintes Melodia lançou diversos álbuns e realizou shows no Brasil e na Europa. Em 1987, apresentou-se em Chateauvallon, na França, e em Berna, Suíça. Em 1992, participou do "III Festival de Música de Folcalquier", na França, e, em 2004, do Festival de Jazz de Montreux, à beira do Lago Leman, onde se apresentou no Auditorium Stravinski, palco principal do festival.

 

Participou do quarto disco solo do titã Sérgio Britto, lançado em setembro de 2011 (Purabossanova).

 

Em 2015, ganhou o 26º Prêmio da Música Brasileira na categoria Melhor Cantor de MPB. Em 31 de maio de 2018 foi confirmado como homenageado póstumo da 29º Prêmio da Música Brasileira.

 

 

BIOGRAFIA

 

Luiz Carlos dos Santos, Luiz Melodia, nasceu no morro do Estácio, bairro da cidade do Rio de Janeiro, no dia 7 de janeiro de 1951. Único filho homem de Oswaldo e Eurídice, descobriu a música ao ver o pai tocando em casa: “Fui pegando a viola dele, tirando uns acordes, observando. Ele não deixava eu pegar a viola de 4 cordas que era uma relíquia, muito bonita, onde eu aprendi a tocar umas coisas.“

 

Apesar da precoce afinidade com a música, Luiz acabou contrariando seu pai, que sonhava vê-lo um “doutor” formado: “Ele não apoiava, não adiantou coisíssima alguma, até porque as coisas foram acontecendo. Depois ele veio a curtir para caramba, quando ele faleceu, perdi um grande fã.”, releva.

 

Começou sua carreira musical em 1963 com o cantor Mizinho, ao mesmo tempo em que trabalhava como tipógrafo, vendedor, caixeiro e músico em bares noturnos.

 

Em 1964 formou o conjunto musical Os Instantâneos, com Manoel, Nazareno e Mizinho. Depois de abandonar o ginásio Melodia passou a adolescência compondo e tocando sucessos da jovem guarda e bossa nova, com o grupo ‘Instantâneos” formado com amigos. Essa experiência juntamente com a atmosfera em que vivia - do tradicional samba dos morros cariocas - , resultaram em uma mescla de influências que renderam a Luiz Melodia um estilo único, logo acabou por chamar atenção de um assíduo frequentador do morro do Estácio, o poeta Wally Salomão e de Torquato Neto. Através de Wally, Gal Costa acabou conhecendo um de seus compositores prediletos, resultando na gravação de “Pérola negra” no disco “Gal a todo vapor” de 1972.

 

Pouco depois era vez de “Estácio, Holly Estácio”, ganhar sua interpretação na voz de Maria Bethânia. Foi nesta época que o artista assumiu então o nome de Luiz Melodia - apropriando o sobrenome artístico de seu pai Oswaldo - , e lançou no ano seguinte (1973) seu primeiro e antológico disco “Pérola negra” sua postura porém, mantinha a mesma irreverência e inquietude, da do garoto que tocava iê-iê-iê nos berços de samba carioca, que lhe rendeu um estilo musical inconfundível, assim como críticas que o consideravam um artista “maldito”, ao lado de nomes como Fagner e João Bosco, por exemplo. “Não éramos pessoas que obedeciam. Burlávamos, pode-se dizer assim, todas as ordens da casa, da gravadora; rompíamos com situações que não nos convinham. Sempre acreditei naquilo que fiz e faço” afirma o Luiz.

 

Sua carreira acabou por consolidar-se no disco seguinte, “Maravilhas contemporâneas” (1976), popularizado pela canção “Mico de circo” (1978), que seria gravado em seu retorno ao Rio.

 

Nas décadas seguintes Melodia lança diversos álbuns e realiza shows, inclusive internacionais. Em 1987 apresenta-se em Chateauvallon, na França e em Berna, Suíça, além de participar em 1992 do "III festival de Música de Folcalquier" na França e em 2004 do Festival de Jazz de Montreux à beira do lago Lemán, onde se apresentou no auditório Stravinski, palco principal do festival.

 

Já conhecido do público e tendo alcançado seu espaço no cenário da MPB, Luiz Melodia lança “Nós” em 1980, incluindo “Codinome beija-flor”. No disco seguinte “Relíquias” (1985), faz uma releitura com novos arranjos para sucessos como “Ébano”, “Subanormal” - e no registro intimista intenso de “Acústico - ao vivo” (1999), em que Melodia passeia novamente por sua obra, agora através da espontaneidade de um disco gravado ao vivo durante sua turnê nacional, considerado sucesso de público e crítica.
 
 



 

O músico faleceu na madrugada do dia 4 de agosto de 2017, em decorrência do agravamento de um mieloma múltiplo, um tipo raro de câncer que acomete a medula óssea Foi sepultado no Cemitério de São Francisco de Paula (Catumbi).
 
 
 
 
 
 
 
 
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