Capa do Livro "GRAVIDADE das XANANAS"
do escritor Diego Mendes Sousa
LEIA ABAIXO O ENSAIO CRÍTICO
DE MIRIAN DE CARVALHO
"GRAVIDADE DAS XANANAS"
E A GRAVIDADE DA EXISTÊNCIA
Em Gravidade das Xananas (Editora Penalux, 2019), a partir do
poema “Ensinamentos Sobre a Solidão” ─ emblemática abertura conduzindo aura de
grande epígrafe ─, Diego Mendes Sousa inicia percurso de visitação afetiva a
acontecimentos do dia a dia, à terra natal e aos desígnios do coração diante do
inexorável na existência.
Nessa caminhada de viajante da alma, em busca da plenitude e dos
vazios causados pela passagem do tempo e pelas lonjuras, emerge extenso e
enigmático cenário de acontecimentos enraizados nas expectativas humanas, que,
no livro, compõem dois núcleos temáticos: Na lanugem da flor silvestre e Messes
selvagens da flor.
Nos poemas reunidos em Na lanugem da flor silvestre, Diego
apresenta seu livro de ensinamentos. Em verdade, de modo implícito, Diego
apresenta um livro de aprendizados, que abarcam vários tópicos ─ tristeza;
velhice; juventude; amor; solidão; felicidade; melancolia; esperança. Entre
muitos outros temas que se entrelaçam em Na lanugem da flor silvestre, o poeta
inclui a morte, a vida e o tempo. E assim, entre evasão e promessas do tempo,
ante as surpresas do coração batendo ao fluxo do sentir, Diego prossegue e
convida o leitor a visitar segredos aos ofícios das xananas, no segundo núcleo
temático do livro: Messes selvagens da flor.
Em Messes selvagens da flor, ainda que não nomeados como
ensinamentos, os poemas subsumem pedagogia lírica atrelada ao aprendizado da
vida e subscrevem perguntas implícitas, que, através de outras imagens, se
diversificam e retomam, sob vários aspectos, temáticas abordadas na primeira
parte do livro. Ao curso da leitura, crescente trama envolve e entrelaça
ensinamento e aprendizado e, assim, a gravidade dessas flores surpreende o
olhar e a pele do leitor, ou melhor, o corpo inteiro, a vivenciar através dos
poemas experiências do tempo da vida. Experiências da vida diante do tempo. E
diante da morte.
Embora os poemas reunidos no livro tangenciem o lado trágico do
existir, pressente-se que as xananas resistem. Não se entregam. Nascem.
Renascem. Amam. As xananas amam ao ritmo da vida, que se faz substrato dos
versos de Diego, entre o drama e os limites da finitude e da infinitude. E,
desafiando esse drama e esses limites, nessas amoráveis xananas sobrevive certo
espírito insuflado por Eros:
(...)
onde as xananas são corpos,
onde a fêmea é a xanana,
onde o isolamento é potestade
e o macho é outra xanana.
Ah, xananas mundanas!
recolhidas nas manhãs.
onde as xananas são corpos,
onde a fêmea é a xanana,
onde o isolamento é potestade
e o macho é outra xanana.
Ah, xananas mundanas!
recolhidas nas manhãs.
E, seguindo destino que as cerca de gravidade e leveza, as
xananas da Parnaíba saem mundo afora, espalhando sementes de poesia ante a
calma conturbada gravidade da existência, que se anuncia esperançosa nas manhãs
dessas flores abertas ao mundo.
Ensaio crítico
de Mirian de Carvalho
Mirian de Carvalho
UM POUCO SOBRE DIEGO MENDES SOUSA
Advogado, escritor, jornalista, indigenista, ambientalista,
documentarista, roteirista, promotor cultural e blogueiro literário.
Participante do POEMÁRIO (2008, Biblioteca Nacional de Brasília)
da I Bienal Internacional de Poesia, que reúne os maiores nomes da poesia
nacional e estrangeira.
Recebeu o Prêmio Castro Alves da União Brasileira de Escritores
do Rio de Janeiro (UBE-RJ) em 2013, pelo conjunto da sua obra. Laureado com o
Prêmio João do Rio da Academia Carioca de Letras (ACL), em 2016.
Como jornalista, tornou-se editor literário de O
BEMBÉM, jornal fundado por ele, Benjamim Santos e Tarciso Prado.
Idealizou e dirigiu os documentários O CLARÃO DA EXISTÊNCIA
(2010) e ENCENADOR DE FUGA (2011). É de sua autoria, o roteiro de A SENDA E A
ALAMEDA DE ASTRID CABRAL (2011) e OS TIGRES DE PRIMAVERA (2011, inspirado na
poesia de Lêdo Ivo).
Em seu blog de Artes,
no portal www.proparnaiba.com
apresenta ensaios e crítica
literária.
Promove em sua cidade natal, a Festa da Poesia, homenageando
grandes escritores contemporâneos.
É membro titular correspondente da União Brasileira de
Escritores do Rio de Janeiro (UBE-RJ) e da Academia Carioca de Letras (ACL).
Membro titular efetivo da Associação Nacional de Escritores
(ANE) e do PEN Clube do Brasil (Rio de Janeiro).
Membro da Academia Brasileira de Direito, bem como da Academia
Cearense de Direito.
Membro da Academia Piauiense de Poesia, com sede em Teresina,
capital do Piauí.
Nasceu na Parnaíba, no Piauí, em 1989. Casou-se com Altair
Marinho, seu sopro diário de poesia.
OBRAS PUBLICADAS:
DIVAGAÇÕES (2006);
METAFÍSICA DO ENCANTO (2008, Prêmio Nacional de Poesia da UBE-RJ);
50 POEMAS ESCOLHIDOS PELO AUTOR (2010, Edições Galo Branco);
FOGO DE ALABASTRO (2011, Coleção Madrugada);
CANDELABRO DE ÁLAMO (2012, Coleção Madrugada);
O VIAJOR DE ALTAÍBA (2013, posfácio de Carlos Nejar);
ALMA LITORÂNEA (2014);
GRAVIDADE DAS XANANAS (2015);
TINTEIROS DA CASA E DO CORAÇÃO DESERTOS(2015);
CORAÇÃO COSTEIRO(2016);
FANAIS DOS VERDES LUZEIROS(2017);
e ROSA NUMINOSA(2018) .
METAFÍSICA DO ENCANTO (2008, Prêmio Nacional de Poesia da UBE-RJ);
50 POEMAS ESCOLHIDOS PELO AUTOR (2010, Edições Galo Branco);
FOGO DE ALABASTRO (2011, Coleção Madrugada);
CANDELABRO DE ÁLAMO (2012, Coleção Madrugada);
O VIAJOR DE ALTAÍBA (2013, posfácio de Carlos Nejar);
ALMA LITORÂNEA (2014);
GRAVIDADE DAS XANANAS (2015);
TINTEIROS DA CASA E DO CORAÇÃO DESERTOS(2015);
CORAÇÃO COSTEIRO(2016);
FANAIS DOS VERDES LUZEIROS(2017);
e ROSA NUMINOSA(2018) .
ALGUNS LIVROS DO ESCRITOR
DIEGO MENDES SOUSA
GRAVIDADE DAS XANANAS
A OBRA ENCONTRA-SE DISPONÍVEL
NO SITE DA EDITORA PENALUX.
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COMENTÁRIOS
Amigos foculistas, além de
escritor e acadêmico Diego Mendes Sousa é advogado, jornalista e importante
ativista cultural. Nosso companheiro nas
artes literárias. O distinto escritor é nosso compatriota, pulsa em suas veias
a aurora piauiense. PARABÉNS, amigo
Diego, por mais uma ilustrada linguagem escrita, em sua já tão grande
"prole" literária. SUCESSO sempre! Abraços do ALBERTO ARAÚJO-editor do Focus.
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