quinta-feira, 5 de agosto de 2021

DICA DA ESPECIALISTA: DENISE G. PORTO - HISTORIADORA E ARTISTA PLÁSTICA

 



A escritora e pintora inglesa Maria Graham(1785-1842) esteve no Brasil entre os anos de 1821 e 1825. No dia 19 de maio de 1823, ela conheceu a Imperatriz D. Leopoldina e, de maneira a retribuir a generosa simpatia com que Sua Majestade a recebeu na corte do Rio de Janeiro, a pintora prometeu-lhe desenhar um esboço do Palácio. Assim, em 23 de julho de 1823, Maria Graham dirigiu-se à residência imperial e entregou pessoalmente a D. Pedro I o desenho prometido. A pequena obra, de inspiração romântica, retrata o Palácio de São Cristovão adornado pelo maciço da Tijuca visto ao fundo. Contudo, Mrs. Graham denuncia a escravidão que viu no Brasil, ao posicionar no centro do primeiro plano da composição a figura de um cativo que caminha como que indo de encontro ao olhar do observador.

No ano seguinte, em 1824, a pedido dos editores de Mrs. Graham em Londres, o gravador inglês Edward Francis Finden (1791-1857) reproduziu a obra na técnica da litogravura, para que a mesma fosse publicada no mercado livreiro britânico.

A obra de Maria Graham pode ser vista na exposição “Múltiplos Olhares: mulheres artistas nas Coleções FUNARJ”, que reúne 150 obras de uma centena de mulheres artistas constantes nos acervos dos espaços da FUNARJ – além do @museudoIngá (incluída aqui a Coleção Banerj), 

o @museuAntonioParreiras, 

a @CasadaMarquesa, 

o @MuseuCarmenMiranda 

e a @CasadeCulturaLauraAlvim – 

e pode ser visitada de quarta a sábado, de 12h às 17h.

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