A escritora e pintora inglesa
Maria Graham(1785-1842) esteve no Brasil entre os anos de 1821 e 1825. No dia
19 de maio de 1823, ela conheceu a Imperatriz D. Leopoldina e, de maneira a
retribuir a generosa simpatia com que Sua Majestade a recebeu na corte do Rio
de Janeiro, a pintora prometeu-lhe desenhar um esboço do Palácio. Assim, em 23
de julho de 1823, Maria Graham dirigiu-se à residência imperial e entregou
pessoalmente a D. Pedro I o desenho prometido. A pequena obra, de inspiração
romântica, retrata o Palácio de São Cristovão adornado pelo maciço da Tijuca
visto ao fundo. Contudo, Mrs. Graham denuncia a escravidão que viu no Brasil,
ao posicionar no centro do primeiro plano da composição a figura de um cativo
que caminha como que indo de encontro ao olhar do observador.
No ano seguinte, em 1824, a
pedido dos editores de Mrs. Graham em Londres, o gravador inglês Edward Francis
Finden (1791-1857) reproduziu a obra na técnica da litogravura, para que a mesma
fosse publicada no mercado livreiro britânico.
A obra de Maria Graham pode ser vista na exposição “Múltiplos Olhares: mulheres artistas nas Coleções FUNARJ”, que reúne 150 obras de uma centena de mulheres artistas constantes nos acervos dos espaços da FUNARJ – além do @museudoIngá (incluída aqui a Coleção Banerj),
o @museuAntonioParreiras,
a @CasadaMarquesa,
o @MuseuCarmenMiranda
e a @CasadeCulturaLauraAlvim –
e pode ser visitada de quarta a sábado, de 12h às
17h.
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