Não chore à beira do meu túmulo, eu não estou lá.
Estou no soprar dos ventos, nas tempestades de
verão e nos chuviscos suaves da primavera.
Eu sou a pressa inquieta dos ruídos da cidade e o silêncio
das madrugadas.
Não chore à beira do meu túmulo, eu não estou lá.
Estou no brilho das estrelas perfurando a noite e
no cantar alegre dos pássaros.
Não, não chorem tristes à beira do meu túmulo, eu
não estou lá, eu não morri.
Eu sou a vida incessante e livre, que corre nas
águas do rio."
O Jô Soares recitou os versos em homenagem ao ator
Domingos Montagner, durante o 'Programa do Jô', em 2016.
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NÃO CHORE À BEIRA DO MEU TÚMULO, EU NÃO ESTOU LÁ... MARY ELIZABETH FRYE
Não chore à beira do meu túmulo,
eu não estou lá… eu não dormi.
Estou em mil ventos que sopram,
E na neve macia que cai.
Nos chuviscos suaves,
Nos campos de colheita de grãos.
Eu estou no silêncio da manhã.
Na algazarra graciosa,
De pássaros a esvoaçar em círculos.
No brilho das estrelas à noite,
Nas flores que desabrocham.
Em uma sala silenciosa.
No cantar dos pássaros,
Em cada coisa que lhe encantar.
Não chore à beira do meu túmulo desolado,
Eu não estou lá – eu não parti.
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