sábado, 6 de agosto de 2022

JÔ SOARES DECLAMA FRAGMENTOS DO POEMA: NÃO CHORE À BEIRA DO MEU TÚMULO, EU NÃO ESTOU LÁ - MARY ELIZABETH FRYE



Não chore à beira do meu túmulo, eu não estou lá.

Estou no soprar dos ventos, nas tempestades de verão e nos chuviscos suaves da primavera.

Eu sou a pressa inquieta dos ruídos da cidade e o silêncio das madrugadas.

Não chore à beira do meu túmulo, eu não estou lá.

Estou no brilho das estrelas perfurando a noite e no cantar alegre dos pássaros.

Não, não chorem tristes à beira do meu túmulo, eu não estou lá, eu não morri.

Eu sou a vida incessante e livre, que corre nas águas do rio."

 

O Jô Soares recitou os versos em homenagem ao ator Domingos Montagner, durante o 'Programa do Jô', em 2016.

 

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LEIA O POEMA COMPLETO 


NÃO CHORE À BEIRA DO MEU TÚMULO, EU NÃO ESTOU LÁ... MARY ELIZABETH FRYE

 

Não chore à beira do meu túmulo,

eu não estou lá… eu não dormi.

Estou em mil ventos que sopram,

E na neve macia que cai.

Nos chuviscos suaves,

Nos campos de colheita de grãos.

Eu estou no silêncio da manhã.

Na algazarra graciosa,

De pássaros a esvoaçar em círculos.

No brilho das estrelas à noite,

Nas flores que desabrocham.

Em uma sala silenciosa.

No cantar dos pássaros,

Em cada coisa que lhe encantar.

Não chore à beira do meu túmulo desolado,

Eu não estou lá – eu não parti.



 

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