quarta-feira, 3 de abril de 2024

SUCESSO NOS PALCOS DO PAÍS HÁ MAIS DE DOIS ANOS, O ESPETÁCULO “CORA DO RIO VERMELHO”, UMA HOMENAGEM A CORA CORALINA, CHEGA AO THEATRO MUNICIPAL DE NITERÓI

 



Sucesso nos palcos do país há mais de dois anos, o espetáculo “Cora do Rio Vermelho”, uma homenagem a Cora Coralina, chega ao Theatro Municipal de Niterói

O elogiado monólogo “Cora do Rio Vermelho”, com a atriz Raquel Penner, faz três apresentações, nos dias 12, 13 e 14 de abril, no Theatro Municipal de Niterói. Com direção de Isaac Bernat e dramaturgia de Leonardo Simões, o espetáculo reúne textos e poemas que falam sobre a força feminina e a alma da mulher brasileira. 

A montagem propõe uma relação de cumplicidade entre a atriz e a plateia, com momentos intimistas e divertidos. O projeto “Cora do Rio Vermelho – Semeando histórias em Niterói” foi contemplado pelo Edital Fomentão e conta com o apoio da Secretaria Municipal de Cultura de Niterói. 

O espetáculo “Cora do Rio Vermelho” nasceu da vontade da atriz Raquel Penner montar o seu primeiro monólogo. Para ter ideias, ela começou a anotar frases, desejos e pensamentos soltos que, frequentemente, falavam sobre o universo da mulher brasileira. Ao reler a obra de Cora Coralina, percebeu que a poesia e os contos da escritora e doceira goiana iam justamente de encontro à sua inquietação artística. A atriz diz que esse se trata de um trabalho “forte e delicado”, assim como a escrita da poeta. “Cora Coralina foi uma mulher múltipla e libertária. Removeu pedras e abriu caminhos para outras mulheres. 

Há pouco mais de 10 anos, tive meu primeiro encontro com ela, em uma exposição no CCBB-RJ. Fiquei encantada por aquela senhora do interior do Brasil que falava firme e cantado, fazia doces e escrevia poesia, celebrava a vida e a simplicidade. Quando a reencontrei, a partir de um livro do Drummond, percebi que tudo o que eu queria dizer no palco estava ali”, lembra Raquel. Pseudônimo de Anna Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, Cora Coralina (1889 – 1985) é considerada uma das mais importantes escritoras brasileiras. Nascida na cidade de Goiás, ela viveu mais de quatro décadas em São Paulo. Apesar de escrever seus versos desde a adolescência, ganhava a vida como doceira, e seu primeiro livro só foi publicado em junho de 1965, quando tinha quase 76 anos de idade. Escreveu sobre os lugares onde viveu, as pessoas com as quais se relacionou e a natureza que observava. “Quando Raquel me convidou para dirigir “Cora”, meu coração se encheu de alegria. Há anos, uma das célebres frases da poeta conduz o meu comportamento artístico e profissional: ‘Todo trabalho é digno de ser bem-feito.’ E esta mesma frase também orienta o que espero e procuro oferecer às pessoas. Como bem disse Carlos Drummond de Andrade: ‘Na estrada que é Cora Coralina passam o Brasil Velho e o atual, passam as crianças e os miseráveis de hoje. O verso é simples, mas abrange a realidade vária’”, celebra o diretor Isaac Bernat. 

A dramaturgia reúne passagens de sua vida e diversos poemas retirados dos livros “Vintém de cobre – meias confissões de Aninha”; “Meu Livro de Cordel”; “Villa Boa de Goyaz”; e “Poemas dos becos de Goiás e estórias mais”. “A partir de um recorte sensível de obras feito pela Raquel e com a toada poética de Cora, busquei nessa abordagem teatral uma geografia de sensibilidade e memórias, uma paisagem sonora que a atriz observa e traduz a partir do simbólico quarto de escrita, mesclada aos seus fazeres de doçura”, explica o autor Leonardo Simões. 

Ao longo da encenação, aparecem algumas músicas populares, unindo vozes femininas de cantoras-atrizes do cenário teatral brasileiro: Aline Peixoto, Chiara Santoro, Clara Santhana, Cyda Moreno e Soraya Ravenle. Em “Cora do Rio Vermelho” (o título se refere ao rio que banha Goiás), a atriz se torna uma contadora de histórias atravessada pelo amor e pela entrega que Cora dedicou a sua tradição e a sua gente. 

Ficha Técnica

Idealização e atuação: Raquel Penner

Direção: Isaac Bernat

Dramaturgia: Leonardo Simões

Produção executiva: Clarissa Menezes

Cenografia, Figurino e Produção de objetos: Dani Vidal e Ney Madeira – Ney Madeira Produções Artísticas Cenotécnico: André Salles

Tingimento, Bordado e Tratamento de objeto: Dani Vidal e Ney Madeira

Costureira: Aureci da Cunha Rocha

Costureira de cenário: Alessandra Valle

 Pintura de arte: Paulo Campos

 Carpinteiro: Paulo Sá

Montagem de cenário e luz: Wellington Fox

 Iluminação: Ana Luzia de Simoni

 Montagem e operação de luz: Bruno Henrique Caverninha

 Direção Musical e Trilha Sonora: Aline Peixoto

 Percussão: Fabiano Salek

 Vozes: Aline Peixoto, Chiara Santoro, Clara Santhana, Cyda Moreno e Soraya Ravenle Operação de som: Rafa Barcelos

Fotografias e Designer gráfico: Bianca Oliveira – Estúdio da Bica Mídias sociais e Planejamento de divulgação: Lyana Ferraz

Filmagem: Ricardo Lyra Jr.

Realização: Núcleo de Ensino e Pesquisa de Artes Cênicas - NEPAC


SERVIÇO 

Datas: 12, 13 e 14 de abril de 2024

Horário: sexta, às 20h, sábado e domingo, às 18h. 

Duração: 80 min 

Classificação etária: 10 anos

Ingressos: Vinte reais (inteira) e Dez reais (meia-entrada) (vendas pelo pelo Sympla, ou na bilheteria do Theatro Municipal de Niterói)

Local: Theatro Municipal de Niterói 

Endereço: Rua XV de Novembro, 35 - Centro, Niterói

Telefone de contato: (21) 3628-6908

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