quarta-feira, 27 de novembro de 2024

O FLUTUANTE NATALINO. AS LUZES DE NATAL DA CIDADE DE LUZILÂNDIA


O Flutuante Natalino está localizado na orla da Beira Rio, às margens do Rio Parnaíba, em Luzilândia. 

Todos os dias, o espaço recebe dezenas de visitantes, que ficam encantados com a beleza e a magia do Natal Luz, da cidade de Luzilândia, Piauí a minha terra natal.

Você que mora próximo, não perca essa oportunidade, é uma experiência única. Leve a sua família e confira de perto o imponente espetáculo natalino.









A MAIOR ÁRVORE DE NATAL DO PIAUÍ ESTÁ LOCALIZADA EM LUZILÂNDIA

Uma verdadeira obra de arte natalina, a árvore faz parte da decoração do Natal Luz de Luzilândia-Piauí, localizada no Complexo da Igreja Matriz, iluminando e encantando a todos durante todo o mês de dezembro. Diariamente, o Natal Luz recebe centenas de visitantes de varias cidades do Piauí, Maranhão e Ceará, que vêm com suas famílias para tirar fotos, admirar as luzes e vivenciar a magia única do nosso Natal.

Fonte do vídeo

: https://www.instagram.com/p/DDHNt4fxkfR/  



 

REUNIÃO CULTURAL DA ACADEMIA NITEROIENSE DE LETRAS, PRESIDENTE PAULO ROBERTO CECCHETTI. TRIBUTO AO "IMORTAL NIPÔNICO", LUIS ANTÔNIO PIMENTEL

 


A Academia Niteroiense de Letras promoveu, em 27 de novembro, a última sessão solene do ano de 2024, em sua sede, na Rua Visconde do Uruguai, 456, Centro, Niterói especial homenagem ao saudoso acadêmico Luís Antônio Pimentel. Importante personalidade da literocultura de nossa cidade. Quando partiu para a eternidade deixou uma marca indelével plasmada no universo da cultura brasileira. 


Referência para muitas gerações nas áreas em que atuou, Luís Antônio Pimentel foi ao longo de sua vida um ativo apóstolo de sua profissão, de suas bandeiras e, principalmente, da cultura. Jornalista dedicado, fotógrafo, pesquisador, memorialista e poeta, além de ser um dos precursores do haicai no Brasil, foi membro da Academia Fluminense de Letras, AFL, da Academia Niteroiense de Letras, ANL e presidente de honra no Grupo Mônaco de Cultura, além, de um cofundador da Sociedade Fluminense de Fotografia. 

Nasceu em Miracema, Rio de Janeiro, em 29 de março 1912, posteriormente, se mudando para Niterói. Sempre se mostrou engajado nas causas a favor da história da cidade de Niterói, colaborando, decididamente, para a consolidação das instituições culturais locais. Faleceu em 06 de maio de 2015, aos 103 anos. Em reverência à sua pessoa, existe um busto em bronze, no coração da Praça Getúlio Vargas em Icaraí. 

O palestrante da tarde foi o Presidente da ANL, poeta e haicaísta, Paulo Roberto Cecchetti, que contou inúmeros momentos burlescos, fatos  peculiares, alguns "causos" do saudoso e imortal acadêmico. 

Na oportunidade, o vice-presidente da Instituição, Dr. Nagib Slaibi Filho ofertou uma campainha para a academia. 







Créditos das fotos:

Aldo da Silva Pessanha


 

Alberto Araújo

Focus Portal Cultural 



REUNIÃO CULTURAL DO ROTARY CLUB DE NITERÓI NORTE - PRESIDENTE REGINA COELI VIEIRA DA SILVEIRA E SILVA


Na foto: Matilde Slaibi Conti; Regina Coeli Silveira e Márcia Pessanha.

LEMA: A MAGIA DO ROTARY

O Rotary Club de Niterói, Norte, Distrito 4751 presidido pela rotariana Regina Coeli Vieira da Silveira e Silva proporcionou a palestra com o tema: AFL & ABROL, com as conferencistas Márcia Pessanha, Presidente da AFL e Matilde Carone Conti, Presidente da ABROL, no dia 26 de novembro de 2024, na Casa Amizade de Niterói. 


Márcia Pessanha - Palestrante

A acadêmica Márcia Pessanha falou a respeito da Academia Fluminense de Letras e sua importância, no cenário cultural. Durante o momento de sua exposição, iam sendo projetados em Datashow, os slides de toda a história da centenária academia. 

Matilde Slaibi Conti - palestrante

A acadêmica Matilde Carone Slaibi Conti proferiu palavras sobre a ABROL, Academia Brasileira Rotária de Letras, Estado do Rio de Janeiro. Também apresentando todas as suas atividades. O seu momento também foi ilustrado com a projeção de slides. 


Durante o momento cultural, a declamadora professora Gracinha Rego declamou "Gracias a la Vida" é uma canção composta por Violeta Parra, lançada em 1966, tornou-se um ícone da música folclórica chilena e latino-americana. Foi incluída na lista das "Canções do Século" pela UNESCO em 1999. Segundo informações, foi um momento muito agradável e feliz.


OUTRAS IMAGENS
























Créditos das Fotos:

Cleide Villela e Aldo da Silva Pessanha

 

Editorial

Alberto Araújo

Focus Portal Cultural



terça-feira, 26 de novembro de 2024

“ONDE VOCÊ ESTIVER – RECORDAÇÕES DE NÉLIDA PIÑON” – AUTORA DALMA NASCIMENTO | HOMENAGEM DO FOCUS PORTAL CULTURAL

 

A obra “Onde você estiver – Recordações de Nélida Piñon é o último volume da série de cinco livros, que a escritora, professora Dalma Nascimento escreveu sobre toda a produção literocultural, nos mais diferentes níveis em volume extensos: Nélida Piñon nos labirintos da memória; Nélida Piñon entre contos e crônicas; Aventuras narrativas de Nélida Piñon; Conversas com Nélida da renomada escritora Nélida Piñon. A obra contém 192 páginas e tem o selo da  H. P. Comunicação Associados que tem como editor, o competente e talentoso Paulo França no Rio de Janeiro. Dedicada, integralmente, à escritora, professora Dra. Eliana Bueno Ribeiro, intelectual, com quem compartilha as obras da grande autora Nélida Piñon, há mais de 50 anos. 

QUERIDOS FOCULISTAS, QUEM MELHOR PARA FALAR SOBRE A OBRA, SIM, A PRÓPRIA AUTORA. Eis, a justificação. 

Texto escrito nas orelhas da obra por Dalma Nascimento. 

O que ainda comentar sobre sua extensa produção que tanto gerou reboliço quando iniciou a carreira literária nos anos 1960? Naquela época, certos críticos e teóricos não perceberam que, na ficção da jovem estreante, algo novo ali se gestava, bem diverso do consignado. Era a energia, da palavra poética, desvelando-se, em nudez seminal, que Nélida trazia à luz e defendia. 

Com a força tenaz de uma Antígona dos remotos tempos, ela desafia o poder dos Creontes literários da crítica da época. Já que em Nélida, vida e obra estão essencialmente enlaçadas, resolvi, então, falar de seus livros, porém com apenas mínimas pinceladas. Impossível aprofundar cada um, porque sobre todos eles já compus extensos textos. Isso porque meu fascínio pela obra de Nélida Piñon vem de longa data. De pronto, houve entre mim e sua escrita, a instantânea amistosa empatia interlocutiva que logo se transformou em fecunda cumplicidade.

E, nesse intercâmbio textual, bem cedo percebi que as letras literárias de Piñon traduziam sentimentos da nossa humana condição. Isso logo se percebe quer quando seu andarilho coração navegava nas caudalosas águas dos romances, quer nas ondas mais tranquilas dos contos ou ainda no remanso das crônicas.

Discorrer sobre Nélida Piñon, sedutora mulher no escrever e no falar, é um desafio diante dos múltiplos horizontes para os quais sua vasta narrativa aponta e se dirige. O que escolher para expressar minha antiga admiração pela narrativa e pelo ser existencial dessa celebrada ficcionista, cuja obra já escrevi quatro livros sobre toda a sua produção, nos mais diferentes níveis em volume extensos: Nélida Piñon nos labirintos da memória; Nélida Piñon entre contos e crônicas; Aventuras narrativas de Nélida Piñon; Conversas com Nélida e  o quinto “Onde você estiver – Recordações de Nélida Piñon.

Quais as palavras para, mesmo de leve, mencionar o universo dessa escritora falecida com 27 livros publicados. Vários deles, traduzidos em mais de 30 países, inclusive para o chinês, além dos prêmios de dois Jabutis no Brasil e muitos e muitos outros internacionais, dentre eles o disputadíssimo Príncipe de Astúrias de Letras, em 2005, entregue pelo príncipe da Espanha?

O que mais dizer sobre essa extraordinária mulher que assumiu a presidência da Academia Brasileira de Letras com segurança e labor? A primeira presidente mulher. E isso ocorreu num expressivo momento não só para aquela entidade secular, mas também para os destinos da Nova Mulher, que surgia, esplendorosa — em FORÇA DE AURORA — para os Movimentos do Mundo.




Onde você estiver 

Querida Nélida, que lição você nos oferece nesta reverente cena. Contrita e irmanada ao grande e antigo tronco dessa árvore centenária da Galícia no Bosque de as Palabras, em 2014, você eternizou, também nessa foto, a união dos humanos com o reino vegetal. Partilhou de um tema de tanta atualidade, analisado, agora, por cientistas de diferentes países. 

Ao abraçar, com afeto, a árvore, misturou a seiva de sua humana escrita à dos vegetais em perfeita conjunção fraterna. Em suas páginas literárias já se encontram, desde os seus primeiros livros, as ligações de seus personagens aos vegetais, pedras e animais. 

Você, na década de 60, ainda bem novinha, produziu duas obras inovadoras: Guia-mapa de Gabriel Arcanjo, 1961 e Madeira feita cruz, 1963. Em ambas se percebem não somente suas desconstruções literária dos cânones narracionais, como também a enfática presença dos reinos da Natureza em fraterna união. 

Desde garota, o ambiente campestre a fascinou. Tendo vivido o início de sua vida no febricitante Rio de Janeiro, aos doze anos seu avô Daniel levou-a à terra ancestral do clã galego. E você, em liberdade, conheceu o silêncio montanhês. Partilhou da vida agreste dos trabalhadores do campo. Observou o gado no pasto, as ovelhas e cabritos subindo o monte Pá de Múa, seu “Everest particular”. Alimentou as vacas galegas da avó Isolina, conforme relatou nas passagens de seu livro Coração andarilho e em outros ensaios. Tornando-se camponesa, escavou os mistérios da terra, “cercada de carvalho e toxo. Naquelas terras, viu de perto a vegetação rasteira salpicada de verde e amarelo. Conheceu casas da pedra e visitou ruínas de castros romanos. Ouviu a voz do vento e o uivar dos lobos. O galego com paladar montanhês, que se fundiu um dia com o português, e o castelhano, altivo e descampando” e aprendeu simultaneamente duas línguas. Sentiu a prodigalidade das emoções, em que os animais tinham nome e coparticipavam da vida campestre familiar, plenas de identidade interativa com o humano. Você mergulhou de modo tão intenso no imo local que se tornou cicerone até dos pais em excursão às maravilhas locais. Da terra doméstica “identificava hábitos, origens, nomes de árvores”, conforme relembra: “ao anoitecer o fio da água de algum manancial para as veigas da avó e beneficiar suas terras”. Você foi uma das pioneiras a usar as lembranças de uma Galícia encantada em cenas de seus livros, tornando ligações humanas. 

Em 28 de setembro de 2014, a convite de Beatriz Piñero, relembro que você esteve no Bosque de lãs Palabras, no Pazo Quintteiro da Cruz, localizado no Ayuntamiento Ribadumia, Galícia, Espanha. Após o seu falecimento, o lugar vem recebendo muitas homenagens. Palavras de Nélida na foto acima e autografadas por ela. No mesmo dia de sua celebração, ela, acompanhada de amigos, plantou uma árvore. Compartilho com os leitores que observem a naturalidade com que você contempla a árvore e a alegria demonstrada ao receber tal reconhecimento. Porém, não apenas na Galícia, você foi valorizada por sua constante ligação com a vegetação e, por isso, recebeu tais honras.

Também, bem antes, em Israel, no ano de 1989, você plantou uma simbólica árvore no Bosque da Paz, em Jerusalém. Demonstrou, assim, grande apreço, desde sempre, pelo cultivo da natureza. Em razão disso, foi agraciada com um certificado, em hebraico, emitido por aquela cidade. 

Bem a par de todos os meandros da terra, “identificava hábitos, origens, nomes de árvores”, Nélida em Israel, em 1989, conforme relembra: “Quem melhor conhecia as trilhas secretas e os arredores de Borela a ponto de desviar, ao anoitecer, o fio da água nascido de algum manancial para as veigas da avó e beneficiar suas terras”. O hábito de plantar árvores tornou-a uma emissária ecológica. Sempre por onde passasse, ia semeando seu amor pelos vegetais numa tentativa de demonstrar a importância da árvore, cada vez mais desprestigiada, nos dias atuais, pelo capitalismo selvagem ao dizimar florestas.

Ei-la portanto a fazer sua parte para um mundo melhor. Você também mencionava pedras. Muitas, em seus livros. Em gesto amoroso, referia-se à casa de pedras da avó Isolina, que tinha uns 300 anos, ou ainda falava da questão da importância da pedra na região galega. Certificado a Nélida Piñon, Rio de Janeiro, Brasil, que plantou uma árvore com as próprias mãos em Jerusalém.

Assim, com este livro, eu viso a demonstrar o quanto a sua narrativa é riquíssima, também em tais aspectos. Esta obra é o começo de um trabalho maior, abrangendo desde Guia-mapa de Gabriel Arcanjo, 1961 e Madeira feita cruz, 1963, até Um dia chegarei a Sagres e, em certas obras intermediárias, os elementos da natureza comandarão a cena literária, sobretudo em A casa da paixão, aqui já demonstrando a ligação da personagem Marta com os fenômenos cósmicos. 

Querida Nélida, este é meu quinto livro analítico sobre toda a sua obra, quando comecei escrevendo Nélida Piñon nos labirintos da memória, Nélida Piñon entre contos e crônicas, Aventuras narrativas de Nélida Piñon, Conversas com Nélida e, agora, Onde você estiver. Este presente de aniversário, além de tematizar questões ligadas à Fitoliteratura, literatura das plantas e à Zooliteratura, literatura dos animais, traz também outros ensaios temáticos e configura um caleidoscópico e recordações textuais. 

Será meu presente a você pelo seu aniversário, além de agradecer a dedicatória em seu livro póstumo Os rostos que tenho: “À Dalma Nascimento, que dedicou sua vida à procura do enigma que bendiz e amaldiçoa a obra arte. A mestra que enveredou pelas linhas secretas”. Em seu registro, meu nome figura ao lado da amada cachorrinha Pilara Piñon. Com tal ligação explícita, você mais uma vez demonstrou que humanos e animais estão no mesmo nível, conforme atesta a Zooliteratura e a Fitoliteratura. Ademais, testemunho seu antigo amor aos animais — e Gravetinho foi exemplo disso — que você, Nélida, foi uma antecipadora do tema, demonstrando a inter-relação, entre animais, vegetais, minerais e o humano. 

Feliz aniversário, querida amiga! Onde você estiver... saiba que a plantinha que semeou e os galhos que abraçou continuam a crescer igual ao legado que você deixou, expandindo cultura a todos os seus leitores e às novas gerações.

 




















POSTAGEM DO FOCUS PORTAL CULTURAL

ALBERTO ARAÚJO - EDITOR