quinta-feira, 28 de agosto de 2025

EFEMÉRIDES LITERÁRIAS | 28 DE AGOSTO NASCIMENTO DE JOHANN WOLFGANG VON GOETHE

 

Nascimento de Johann Wolfgang von Goethe nasceu no dia 28 de agosto de 1749 e faleceu no dia 22 de março de 1832.

Hoje, 28 de agosto celebramos os 276 anos do nascimento de Johann Wolfgang von Goethe, um dos maiores expoentes da literatura europeia e considerado o mais alto nome da língua alemã. Poeta, romancista, dramaturgo, ensaísta e pensador, Goethe foi também cientista e estadista, deixando uma marca indelével não apenas na literatura, mas na cultura universal. 

Autor de obras imortais como “Fausto”, que atravessa os séculos como metáfora da condição humana, Goethe soube unir arte, filosofia e vida em uma visão profunda da existência. Sua escrita transcende fronteiras e ainda hoje inspira gerações a refletirem sobre a liberdade, o amor, o conhecimento e a busca incessante pelo sentido da vida. 

Goethe é, sem dúvida, uma das vozes eternas da humanidade, um fanal que continua a iluminar o pensamento e a criação artística em todo o mundo. 

O Focus Portal Cultural reverencia sua memória, sua obra e sua herança imortal. 

© Alberto Araújo

Focus Portal Cultural 

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JOHANN WOLFGANG VON GOETHE — GÊNIO DA ALMA HUMANA

Johann Wolfgang von Goethe nasceu em 28 de agosto de 1749, em Frankfurt, Alemanha, e tornou-se um dos maiores nomes da literatura universal. Poeta, dramaturgo, romancista, filósofo, cientista e estadista, Goethe é a própria síntese do espírito iluminista e romântico europeu, um criador que soube transformar a vida em obra de arte. 

Desde cedo, recebeu educação refinada e mergulhou nas línguas clássicas, na filosofia e na literatura. Aos 25 anos já conquistava reconhecimento com o romance “Os Sofrimentos do Jovem Werther” (1774), obra que impactou profundamente a Europa e inaugurou o romantismo literário. 

Sua obra-prima, “Fausto”, escrita ao longo de toda a vida, é considerada um dos maiores monumentos da literatura de todos os tempos. Nela, Goethe apresenta o dilema da condição humana: a insaciável sede de conhecimento, a busca pela plenitude e os limites da própria alma diante da eternidade. 

Mas Goethe não se limitou à literatura. Foi cientista curioso, investigando a botânica, a anatomia e a teoria das cores; foi também homem público, conselheiro do ducado de Weimar, onde promoveu o florescimento cultural da cidade que se tornaria berço do chamado Classicismo de Weimar, ao lado de seu amigo Friedrich Schiller. 

Faleceu em 22 de março de 1832, em Weimar, deixando uma herança imortal. Sua vida foi um exemplo de como a arte, a ciência e a filosofia podem caminhar juntas para engrandecer o ser humano. 

Goethe permanece como o maior escritor da língua alemã e um dos grandes mestres da humanidade, um farol que ilumina não apenas a literatura, mas também o pensamento e a sensibilidade humana. 

O Focus Portal Cultural reverencia hoje o homem que fez da palavra um espelho da alma e um horizonte para a eternidade. 

© Alberto Araújo 











EFEMÉRIDES - 28 DE AGOSTO — DIA DE SANTO AGOSTINHO - O DOUTOR DA GRAÇA E DA INQUIETUDE DA ALMA

A igreja católica celebra a memória litúrgica de Santo Agostinho de Hipona (354–430), um dos maiores doutores da igreja. 

Ele é conhecido como Doutor da Graça, filósofo, teólogo, escritor e bispo, autor das famosas Confissões e de A Cidade de Deus. Sua vida é marcada pela busca intensa da verdade e pela conversão depois de uma juventude inquieta, guiado pelas orações de sua mãe, Santa Mônica, cuja festa é celebrada no dia anterior, 27 de agosto. 

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Hoje, o Focus Portal Cultural rende justa homenagem a Santo Agostinho de Hipona (354-430), um dos maiores Doutores da Igreja e luminar do pensamento cristão e universal. 

Filho das lágrimas e orações de Santa Mônica, cuja memória celebramos ontem, Agostinho percorreu os caminhos inquietos da juventude até encontrar, na fé em Cristo, o repouso para sua alma sedenta da verdade. 

Filósofo, teólogo, bispo e escritor fecundo, deixou-nos obras que atravessam os séculos, como as Confissões — onde revela sua intimidade com Deus — e A Cidade de Deus, que ilumina os fundamentos da fé e da civilização. 

Com razão é chamado “Doutor da Graça”, pois sua vida e sua obra testemunham que o coração humano só encontra descanso no Criador:

Fizeste-nos para Ti, Senhor, e inquieto está o nosso coração enquanto não repousa em Ti.”

No dia de Santo Agostinho, celebramos a busca pela verdade, a força da oração e a beleza da conversão. Sua herança espiritual continua a inspirar crentes, pensadores e artistas no mundo inteiro. 

Reverência ao santo que uniu fé e razão, palavra e silêncio, inquietude e eternidade. 

©Alberto Araújo, jornalista cultural

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SANTO AGOSTINHO DE HIPONA 

Nascido em 13 de novembro de 354, em Tagaste, uma pequena cidade na Numídia, atual Argélia, Agostinho foi fruto de um lar marcado pela fé de sua mãe, Santa Mônica, e pelo paganismo tardio de seu pai, Patrício, que viesse a abraçar o cristianismo apenas à beira da morte  

Brilhante e inquieto, Agostinho mergulhou no hedonismo, na retórica e, por certo tempo, no maniqueísmo. Sua conversão plena, aos 32 anos, foi desencadeada por uma intensa angústia interior e pelas poderosas pregações de Santo Ambrósio, em Milão, onde foi batizado em 387  

Retornando à África, vendeu seus bens, partilhou com os pobres e se dedicou à vida clerical. Ordenado padre em 391 e bispo de Hipona em 397, Agostinho se tornou pastor fervoroso, escritor incansável e defensor da fé contra heresias como o maniqueísmo, pelagianismo e donatismo  

Autor de mais de 113 obras, 224 cartas e mais de 500 sermões, sua produção intelectual é imensa  

Confissões: sua autobiografia espiritual, escrita entre 397 e 400, onde revela sua alma inquieta em busca de Deus. É reconhecida como a primeira autobiografia ocidental e uma das grandes obras da literatura cristã  

A Cidade de Deus (De Civitate Dei): um tratado monumental sobre a relação entre a cidade dos homens e a cidade celestial, com reflexões profundas sobre história, moralidade, tempo e Providência  

Agostinho faleceu em 28 de agosto de 430, em Hipona, data que se tornou também sua memória litúrgica na Igreja Católica. 

© Alberto Araújo 


 








quarta-feira, 27 de agosto de 2025

O ENCONTRO DOS ÍCONES MACHADIANOS - CONTO-DIALOGADO © ALBERTO ARAÚJO


Convido o leitor, antes de tudo, a atravessar comigo um portal invisível, desses que só a literatura é capaz de abrir. Imagine-se entrando no  Capitu Café, um espaço onde o tempo se curva à imaginação e as paredes respiram palavras. Ali, os fantasmas das páginas ganham corpo, e vozes que um dia foram apenas letras agora ecoam como música num salão de memórias. 

Naquela noite singular, o café não recebia clientes comuns, mas visitantes ilustres: personagens que Machado de Assis concebeu e que, agora, se reuniam frente a frente, como velhos conhecidos convocados para um banquete imprevisto. 

Brás Cubas, com seu sorriso enviesado, foi o primeiro a se pronunciar:

— Meus senhores e senhoras, que prazer inusitado! Um defunto autor presidindo um encontro entre vivos de papel. Não vos parece uma deliciosa ironia? 

Capitu, recostada na cadeira, deixou escapar um olhar que parecia atravessar a sala inteira. Com voz baixa, mas firme, replicou:

— Ironia maior é estar eternamente julgada por olhos que nunca souberam ver além da própria sombra. 

Bentinho, já trêmulo, bateu a xícara no pires:

— Sempre essa evasiva, Capitu! Até aqui, entre paredes que nem existem, preciso eu ainda perguntar? 

Brás Cubas riu alto:

— Ah, Bentinho, o ciúme é o verdadeiro defunto que não se enterra nunca.

Sofia, elegante, interferiu, olhando para Palha com cumplicidade:

— Deixem de lado essas paixões gastas. A vida é mais produtiva quando se pensa em ganhos. Não é, Palha? 

Palha, ajeitando o colete, completou:

— O amor passa, minha cara, mas os lucros ficam. Quem não aposta nisso perde o jogo. 

O Conselheiro Aires pigarreou, levantando os olhos de seu diário:

— Meus amigos, vosso encontro é raro. Vejo aqui um mosaico da própria humanidade: a paixão desconfiada, a ambição desmedida, a ironia resignada… e, por trás de tudo, um autor invisível a nos observar. 

Capitu voltou-se a ele com seus olhos insondáveis:

— Então escreva, Conselheiro, mas escreva com justiça. Porque até hoje ninguém conseguiu dizer quem eu fui de verdade. 

Aires sorriu com melancolia:

— Minha senhora, a justiça é uma palavra que, no papel, obedece mais ao leitor do que à personagem. 

O silêncio caiu sobre a mesa, pesado e doce. Só Brás Cubas ousou quebrá-lo:

— Pois eu vos digo: não há verdade, senão a que se inventa. E, no fim das contas, ao vencedor… 

Sofia interrompeu, rindo, como quem rouba a fala alheia:

— … as batatas. 

E todos, por um instante, até mesmo Bentinho, riram como se partilhassem de um segredo eterno. 

Mas a paz durou pouco. Bentinho, incapaz de se conter, levantou-se abruptamente. Seu olhar fixo em Capitu ardia de uma febre antiga:

— Dize-me, Capitu! Agora, diante de todos, diante de quem quiser ouvir… responde! Foi ou não foi? 

A sala pareceu prender o fôlego.

Capitu, sem se abalar, ajeitou lentamente os cabelos e devolveu o olhar com firmeza. Sua voz soou clara como o estalar de um cristal:

— Bentinho, não percebes? A dúvida é a tua verdadeira esposa. Foi ela que deitaste no leito, foi ela que embalaste nos braços. Eu, eu nunca te bastaria.

Brás Cubas gargalhou, batendo as mãos na mesa:

— Bravo! A dúvida é a legítima herdeira do matrimônio! Vede, senhores, eis a mais fiel das companheiras! 

Sofia, entediada com a cena, comentou:

— Enquanto discutem sombras, o mundo gira. Há quem prefira perder a vida em perguntas, e quem prefira ganhá-la em negócios. 

Palha completou, erguendo o cálice:

— Quem aposta na dúvida perde sempre. Eu, ao menos, aposto na vantagem. 

O Conselheiro Aires, conciliador, interveio:

— Meus caros, cada um de vós carrega em si um espelho partido. Talvez seja essa a grande lição: a vida é feita de fragmentos, e cabe ao leitor juntá-los, ou não.

Capitu voltou a falar, desta vez não a Bentinho, mas a todos:

— Eu nunca pedi para ser julgada. Fui escrita assim: metade verdade, metade mistério. Se me quereis decifrar, sabei que cada um de vós me enxergará com os próprios olhos. 

De repente, como se obedecessem a um mesmo impulso, todos ergueram as taças — Bentinho com as mãos trêmulas, Capitu serena, Sofia e Palha com malícia, Brás Cubas com ironia, e Aires com melancolia. 

Brás Cubas declarou, com solenidade zombeteira:

— Pois brindemos, meus caros, ao destino que nos uniu! À dúvida que nos sustenta, à ambição que nos move, ao amor que nos envenena, e, sobretudo, ao autor invisível que, de algum canto, nos observa e sorri. 

As taças tilintaram, como se ecoassem não só no Café Capitu, mas na eternidade literária. 

EPÍLOGO

E quando a última gota de vinho foi sorvida e o eco das taças já não se ouvia, o Café Capitu começou a dissolver-se como uma miragem. As paredes, antes vivas de palavras, transformaram-se em sombras. As cadeiras vazias rangiam, como se quisessem guardar para si o segredo daquela noite impossível. 

Brás Cubas se despediu com um aceno zombeteiro, prometendo narrar tudo, ainda que a morte já lhe houvesse roubado a pressa. Capitu caminhou altiva, seus olhos de ressaca ainda lançando enigmas na penumbra. Bentinho a seguiu, sempre dividido entre o amor e a dúvida. Sofia e Palha desapareceram em sussurros de conchavos. O Conselheiro Aires fechou o diário, satisfeito por ter anotado não os fatos, mas os silêncios.

Por fim, restou apenas a figura discreta de Machado de Assis. Ele fechou o livro invisível que estivera folheando e, com seu sorriso irônico, deixou escapar em voz baixa: 

— O que importa não é o que foi dito, mas o que ficará na memória de quem leu. 

E então, leitor, o café se apagou de vez. Você, que ousou atravessar esse portal da imaginação, retorna agora à realidade, mas talvez com uma estranha sensação: a de que, em algum lugar secreto da literatura, os personagens ainda conversam, rindo de nós, como nós rimos deles. 

Porque assim é o legado de Machado: eterno, ambíguo, fascinante e sempre à espera de um leitor disposto a embarcar nessa viagem. 

© Alberto Araújo

 










O AMOR QUE APRENDE A VIVER DE NOVO - CRÔNICA DE ALBERTO ARAÚJO

 

Hoje, Demi Moore segura a mão de Bruce Willis como quem segura a própria memória. Não a memória dos anos que passaram, mas a memória de um amor que, mesmo depois do fim, nunca se foi. 

Mais de vinte anos desde que o casamento acabou, e, ainda assim, ali está ela, presente, firme, silenciosa. Porque algumas histórias não terminam com papéis assinados ou portas fechadas; algumas histórias se transformam. E o que eles construíram foi maior do que qualquer título ou cerimônia: um vínculo inquebrável. 

Antes de Bruce, Demi sobreviveu à vida. Infância marcada por feridas invisíveis, juventude perdida em solidão e vazios que nada pareciam preencher. E então ele chegou. Não como herói de filme, mas como homem que a via, que a respeitava, que a protegia. Pela primeira vez, ela sentiu-se segura. Pela primeira vez, ela entendeu o que era um lar.

Casaram-se, criaram três filhas, compartilharam alegrias e tropeços. O casamento acabou, mas o respeito e a ternura permaneceram, raros tesouros que sobrevivem aos divorciados. 

Agora, o tempo e a doença transformam o homem que foi seu apoio, em alguém que precisa do cuidado dela. E Demi está lá, novamente, não por obrigação ou piedade, mas porque o amor verdadeiro deixa marcas indeléveis. Ela segura sua mão, protege sua dignidade, guarda sua paz. 

O amor, aprendemos com eles, nem sempre permanece da mesma forma. Às vezes, morre como paixão, mas renasce como cuidado. Às vezes, desaparece como casamento, mas persiste como fidelidade. Ele muda de rosto, de forma, de função, mas não some. 

E quando Demi segura a mão de Bruce hoje, está provando que o verdadeiro amor não são palavras, votos ou cerimônias. O verdadeiro amor é presença. É cuidado silencioso. É coragem de continuar, mesmo quando tudo muda. É estar ali quando todos os outros se vão. 

Porque o amor não desaparece. Ele apenas aprende a viver de novo.

© Alberto Araújo




terça-feira, 26 de agosto de 2025

UMA NOITE NO CAPITU CAFÉ - CONTO DE ALBERTO ARAÚJO

A noite carioca envolvia o magnífico Capitu Café em um manto de mistério e promessas. Dentro, a luz tênue das velas dançava sobre as mesas, revelando rostos e sussurros. Em uma mesa discreta, Machado de Assis, o olhar perspicaz e a mente inquieta, observava o movimento do café. 

Naquela noite, o café pulsava com uma energia diferente. Entre os frequentadores, uma figura chamava a atenção: uma jovem de beleza enigmática, com olhos que pareciam guardar segredos e um sorriso que desafiava a decifração. Seu nome era Carolina, mas Machado, em sua mente criativa, já a chamava de Capitu. 

Capitu movia-se com uma graça felina, atraindo olhares e sussurros. Machado, fascinado, acompanhava cada gesto, cada olhar, cada palavra. Ele percebia a complexidade daquela mulher, a mistura de inocência e malícia, a inteligência e a astúcia. 

Naquela noite, Machado e Capitu trocaram algumas palavras, um diálogo breve, mas intenso. Capitu revelou-se uma mulher de espírito livre, com opiniões fortes e uma visão de mundo peculiar. Machado, encantado, percebeu que havia encontrado a musa que tanto procurava. 

Ao deixar o café, Machado sentia a mente fervilhar de ideias. Capitu, com seus "olhos de ressaca", havia se tornado a inspiração para sua próxima personagem, uma mulher que desafiaria os padrões da sociedade e se tornaria um dos maiores enigmas da literatura brasileira. 

O DESAFIO DA CRIAÇÃO 

A criação de Capitu foi um desafio para Machado. Ele queria capturar a essência daquela mulher enigmática, sem cair em estereótipos ou julgamentos. Capitu era complexa, contraditória, humana. E Machado, com sua genialidade, conseguiu dar vida a essa personagem inesquecível. 

Capitu transcendeu as páginas do livro e se tornou um marco de mulher forte e independente. Sua história continua a intrigar e fascinar leitores de todas as gerações, provando que a literatura é capaz de criar personagens que vivem além do tempo e do espaço. 

© Alberto Araújo 













EFEMÉRIDES – 26 DE AGOSTO - NASCIMENTO DE ALBERT SABIN - HOMENAGEM DO FOCUS PORTAL CULTURAL

 

No dia 26 de agosto de 1906, em Bialystok, nasceu Albert Bruce Sabin, médico e pesquisador que deixou uma marca indelével na história da humanidade ao desenvolver a vacina oral contra a poliomielite. 

Sabin dedicou sua vida ao combate dessa enfermidade que, por décadas, causou dor, paralisia e medo em famílias de todo o mundo. Sua criação, a famosa gotinha, tornou-se símbolo de esperança e saúde, principalmente para as crianças. 

Mas o que mais impressiona e desperta admiração em sua trajetória não foi apenas o feito científico, mas a grandeza do seu gesto: Sabin renunciou aos direitos de patente da vacina. Em vez de lucrar com sua descoberta, abriu caminho para que governos e instituições de saúde pudessem distribuí-la em larga escala. Nem todos os cientistas, escritores ou inventores têm essa postura; muitos preferem resguardar interesses pessoais. Sabin, não. Ele escolheu a humanidade. Graças a essa decisão altruísta, milhões de crianças foram imunizadas contra a poliomielite, conhecida no Brasil como paralisia infantil.

Albert Bruce Sabin faleceu em 03 de março de 1993, em Washington, mas seu legado continua vivo em cada vida preservada pela ciência e pela solidariedade. 

O Focus Portal Cultural presta sua homenagem a este gigante da medicina, exemplo de humanidade, altruísmo e dedicação ao bem comum. 

© Alberto Araújo 

BIOGRAFIA DE ALBERT BRUCE SABIN 

Albert Bruce Sabin nasceu em Bialystok, 26 de agosto de 1906, e faleceu em Washington, no dia 03 de março de 1993. Foi um médico e pesquisador que revolucionou a medicina ao desenvolver a vacina oral contra a poliomielite, doença conhecida no Brasil como paralisia infantil.

Nascido em uma família judaica na Polônia, Sabin emigrou ainda jovem para os Estados Unidos, em 1921, fugindo da perseguição antissemita. Naturalizou-se norte-americano e iniciou seus estudos de medicina na New York University, onde se formou em 1931. Desde o início de sua carreira, demonstrou profundo interesse pela pesquisa científica e pelo combate às doenças infecciosas. 

Durante a Segunda Guerra Mundial, Sabin serviu no Exército dos Estados Unidos como médico pesquisador, atuando no estudo e prevenção de doenças tropicais que afetavam soldados. Essa experiência fortaleceu sua determinação em dedicar-se à virologia. 

Nos anos 1950, enquanto o cientista Jonas Salk desenvolvia a primeira vacina injetável contra a poliomielite, Sabin concentrou seus esforços em criar uma versão oral, mais simples de aplicar em campanhas de massa. Em 1961, sua vacina foi adotada em larga escala, tornando-se decisiva para o controle e praticamente a erradicação da poliomielite em muitos países. 

O gesto que definiu sua grandeza foi a renúncia à patente da vacina. Ao abrir mão de qualquer ganho financeiro, Sabin garantiu que sua descoberta chegasse a todos, sem barreiras econômicas ou interesses privados. Essa atitude salvou milhões de vidas e o transformou em símbolo não apenas da ciência, mas também do altruísmo — um exemplo raro, que o diferencia na história. 

Reconhecido mundialmente, recebeu inúmeras homenagens e prêmios por sua contribuição à saúde pública. Até hoje, seu nome é lembrado com respeito e gratidão, especialmente em países como o Brasil, onde as campanhas de vacinação com a “gotinha” transformaram a saúde de gerações. 

Albert Bruce Sabin faleceu em 03 de março de 1993, em Washington, deixando como herança um dos maiores legados da medicina moderna: a vitória da ciência, da generosidade e da solidariedade sobre uma das doenças mais temidas do século XX. 

© Alberto Araújo

Focus Portal Cultural





Hospital Albert Sabin - Lapa - RJ

Hospital Infantil Albert Sabin - Fortaleza - CE

Hospital Albert Sabin Sinai - Juiz de Fora - MG 

Condomínio Albert Sabin - Av. Amaral Peixoto - Niterói - RJ

A "vacina de Albert Sabin" refere-se à vacina oral contra a poliomielite (VOP), desenvolvida pelo médico pesquisador Albert Sabin e lançada na década de 1960. Administrada em gotas e conhecida popularmente como a "gotinha", a vacina de Sabin foi um avanço crucial na luta contra a paralisia infantil, pois prevenia a doença e, ao mesmo tempo, permitia a criação de imunidade intestinal e corporal, além de ser facilmente transmitida entre pessoas, o que ajudou na erradicação da poliomielite em muitas partes do mundo.




segunda-feira, 25 de agosto de 2025

ELOS INTERNACIONAL REUNIÃO ADMINISTRATIVA PREPARATIVOS PARA A XXXV CONVENÇÃO EM NITERÓI

 

25 de agosto de 2025. Em um encontro marcado pela cordialidade, entusiasmo e espírito de união, a presidente Matilde Slaibi Conti, o vice-presidente Sidney Cardoso da França e a governadora do Distrito 8, Márcia Pessanha, reuniram-se com elistas de renome da Instituição: Rubens Carrilho Fernandes, Flávia Pascoal, Maria Panait, Yara Dantas e Alberto Araújo, para tratar de assuntos administrativos e dos preparativos da XXXV Convenção Internacional, que terá como palco a bela cidade de Niterói. 

A reunião transcorreu com uma aura de confiança e clareza. Com fala fluente, Matilde, Sidney e Márcia Pessanha colocaram todos a par de cada detalhe, compartilhando informações, estratégias e inspirações que fazem do Elos Internacional uma Instituição viva, pulsante, de raízes profundas e horizontes amplos. A cada palavra, sentia-se o compromisso com a excelência, a cultura e a amizade luso-brasileira que, há 66 anos, está plasmada no coração desta Instituição. 

Hoje, o Elos Internacional se mostra de vento em popa, pronto para acolher membros, amigos e simpatizantes em uma celebração que ultrapassa fronteiras e reafirma os valores que sempre nos guiaram: união, conhecimento, fraternidade e paixão pela cultura que nos une.

A presidente Matilde, com seu calor e generosidade característicos, estende a todos o convite: Venham! Venham todos participar desta grande festa do Elos Internacional, desta convergência de histórias, afetos e sonhos que, juntos, seguimos construindo.

Marque na sua agenda: 09, 10, 11 e 12 de outubro de 2025. A Cidade Carinho, Niterói, estará de braços abertos para receber você. Será um momento de congraçamento, onde celebraremos o idioma que nos une, em dias repletos de cultura, afeto e alegria. 

A XXXV Convenção Internacional representa mais do que um evento: é a expressão máxima do Elos Internacional, que há 66 anos fortalece os laços entre os países de língua portuguesa, promovendo intercâmbio cultural, educacional e social. É um espaço de diálogo, de aprendizado e de construção coletiva, reunindo membros, representantes de instituições parceiras e personalidades ligadas à cultura lusófona para debater temas cruciais, como a valorização do patrimônio cultural e a integração entre as nações que compartilham o português como idioma. 

A escolha de Niterói não foi por acaso. A cidade respira cultura lusófona, oferece paisagens deslumbrantes e preserva um patrimônio histórico rico e vibrante. A expectativa é que esta Convenção seja um marco, atraindo participantes de diversos cantos do mundo e promovendo debates frutíferos sobre os desafios e oportunidades da comunidade lusófona. 

Sob a liderança da Dra. Matilde Slaibi Conti, personalidade proeminente na cultura lusófona, o Elos Internacional garante a relevância e o impacto desta Convenção. Cada detalhe reflete a dedicação, o zelo e a paixão por fortalecer os laços entre os povos de língua portuguesa. 

A realização da XXXV Convenção Internacional em Niterói é, portanto, um convite à celebração, ao diálogo e à integração. É a oportunidade de consolidar Niterói como um centro de excelência da lusofonia, e o Elos Internacional como farol de cultura, amizade e união entre todos aqueles que compartilham o idioma que nos une. 

Editorial

Alberto Araújo

Diretor de Cultura do Elos Internacional

Diretor do Focus Portal Cultural 


(Clicar na imagem para assistir ao Hino Oficial do Elos Internacional)


LETRA DO HINO DO ELOS INTERNACIONAL

 

Quando nossas nações se juntaram

No pulsar de um só coração,

Do milagre da fraternidade

Esplendidamente nasceu a união.

Sentimento por Cristo pregado,

Como parte integrante da vida,

Não sabemos de qual tantas pátrias

Se tornou a mais nobre e querida.

 

Somos Elistas, sentimos n'alma

Que cada membro é um irmão.

Cantemos todos que a vida só é boa

Quando se tem amor no coração.

Companheiros do altivo ELOS,

Que tão bem sabe unir e prender,

Levantando a voz em um canto,

Trabalhamos pra vê-lo vencer.

 

E nas noites estreladas e lindas,

Em que há chuva brilhante de estrelas,

Cantaremos bem mais vibrantes

As cantigas das terras mais belas.

Somos Elistas, sentimos n'alma

Que cada membro é um irmão.

 

Cantemos todos que a vida só é boa

Quando se tem amor no coração.

 

A música e a letra foram criadas por CE Dulce Sarmento,

do Elos Clube de Montes Claros, MG.