A noite carioca envolvia o magnífico Capitu Café em um manto de mistério e promessas. Dentro, a luz tênue das velas dançava sobre as mesas, revelando rostos e sussurros. Em uma mesa discreta, Machado de Assis, o olhar perspicaz e a mente inquieta, observava o movimento do café.
Naquela noite, o café pulsava com uma energia diferente. Entre os frequentadores, uma figura chamava a atenção: uma jovem de beleza enigmática, com olhos que pareciam guardar segredos e um sorriso que desafiava a decifração. Seu nome era Carolina, mas Machado, em sua mente criativa, já a chamava de Capitu.
Capitu movia-se com uma graça felina, atraindo olhares e sussurros. Machado, fascinado, acompanhava cada gesto, cada olhar, cada palavra. Ele percebia a complexidade daquela mulher, a mistura de inocência e malícia, a inteligência e a astúcia.
Naquela noite, Machado e Capitu trocaram algumas palavras, um diálogo breve, mas intenso. Capitu revelou-se uma mulher de espírito livre, com opiniões fortes e uma visão de mundo peculiar. Machado, encantado, percebeu que havia encontrado a musa que tanto procurava.
Ao deixar o café, Machado sentia a mente fervilhar de ideias. Capitu, com seus "olhos de ressaca", havia se tornado a inspiração para sua próxima personagem, uma mulher que desafiaria os padrões da sociedade e se tornaria um dos maiores enigmas da literatura brasileira.
O DESAFIO DA CRIAÇÃO
A criação de Capitu foi um desafio para Machado. Ele queria capturar a essência daquela mulher enigmática, sem cair em estereótipos ou julgamentos. Capitu era complexa, contraditória, humana. E Machado, com sua genialidade, conseguiu dar vida a essa personagem inesquecível.
Capitu transcendeu as páginas do livro e se tornou um marco de mulher forte e independente. Sua história continua a intrigar e fascinar leitores de todas as gerações, provando que a literatura é capaz de criar personagens que vivem além do tempo e do espaço.
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Alberto Araújo
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