sexta-feira, 28 de julho de 2023

A CASA MUSEU DE OLIVEIRA VIANNA REABRE SUAS PORTAS, EM 28 DE JULHO DE 2023.

(CASA MUSEU DE OLIVEIRA VIANNA)

O lugar, conta com vasto acervo bibliográfico e museológico, serviu de casa para o sociólogo, que foi ocupante da Cadeira 8, da Academia Brasileira de Letras, eleito em 27 de maio de 1937, na sucessão de Alberto de Oliveira e recebido pelo Acadêmico Afonso Taunay, em 20 de julho de 1940. O escritor também teve papel importante na Academia Fluminense de Letras, foi o membro fundador da Cadeira nº 47 da instituição, que, atualmente, é presidida pela Dra. Márcia Maria de Jesus Pessanha. 

O renomado escritor e professor Francisco José de Oliveira Vianna também é Patrono da Cadeira nº 44 do Cenáculo Fluminense de História e Letras, instituição que é presidida, hoje, pela Dra. Matilde Carone Slaibi Conti. A Cadeira em que Oliveira Vianna é Patrono no Cenáculo, teve como Membro Titular o acadêmico Waldir de Carvalho e, atualmente, quem ocupa a renomada Cadeira é a acadêmica, pianista Lícia Lucas Serrano.

REGISTRO CULTURAL. A Solenidade de reinauguração da Casa Museu de Oliveira Vianna sob a direção de Débora Reina aconteceu em 28 de julho de 2023-sexta-feira e contou com a presença da Orquestra de Música Popular da Escola de Música Villa Lobos e de inúmeras presenças da cultura fluminense.



Vale frisar que a presidente da Academia Fluminense de Letras, Dra. Márcia Pessanha foi convidada para proferir umas breves palavras sobre Oliveira Vianna, justas falas, já que o sociólogo, jurista, professor e historiador Oliveira Vianna foi o Sócio Fundador da Cadeira nº 47 da Classe de Letras da AFL, que tem como Patrono Visconde de Itaboraí. A renomada Cadeira já teve inúmeros ocupantes: Sabóia Lima, Alcydes Machado Gonçalves, Angelo Longo, Sandro Pereira Rebel (este acadêmico faleceu em 17 de julho de 2023). 

Esta revista agradece a presidente Márcia Pessanha os compartilhamentos das fotos da importante solenidade, pelas quais podemos ter a noção de como foi o evento, e probas, servirão para ilustrar a pagina que esta revista cultural ora publica. Obrigado, Dra. Márcia Pessanha.

Minuta de Alberto Araújo – editor do Focus Portal Cultural

 

UM POUCO SOBRE A CASA DE OLIVEIRA VIANNA 

Casa de Oliveira Vianna é uma casa de cultura e centro de preservação e difusão da vida e obra do intelectual Francisco José de Oliveira Vianna, um dos renomados profissionais da sociologia nacional. Fica localizada na Alameda São Boaventura, Bairro do Fonseca, Niterói.

 

A biblioteca que é especializada em sociologia, história, política e economia é a principal parte da casa. Lugar de toda uma vida, a casa, mobiliário, biblioteca e arquivo pessoal de Oliveira Viana, musealizados e mantidos como eram usados por seu dono, constituem-se em acervo deste Centro de Pesquisa voltado à divulgação da vida e da obra de seu proprietário.

 

Conta com o acervo de cerca de doze mil exemplares, além de correspondências trocadas com Gustavo Capanema, Monteiro Lobato e Getúlio Vargas e os chamados papagaios (anotações e reflexões em pequenas folhas de papel atadas com fita).





A casa preserva mobiliário, louças, cristais e quadros que servem de atrativo aos pesquisadores e visitantes. Conta também com um belo jardim, árvores frutíferas e um chafariz ao centro, e a arquitetura e fachada da casa, datada de 1911, preservados em seu estilo original eclético do início do século XX.

 


UM POUCO SOBRE OLIVEIRA VIANNA

Francisco José de Oliveira Viana nasceu em Saquarema, 20 de junho de 1883 e faleceu em Niterói, no dia 28 de março de 1951, foi um professor, jurista, historiador e sociólogo brasileiro.  Foi o primeiro sociólogo sistemático do Brasil, sendo responsável por boa parte da sistematização das Ciências Sociais brasileiras. Foi chamado por Assis Chateaubriand de "obra-prima de nossa cultura sociológica". Filho de coronel Francisco José de Oliveira Viana e Balbina Rosa de Azevedo.

Em sua época, Oliveira Viana ganhou prestígio em todos os círculos intelectuais urbanos. Sobre ele, Chateaubriand acrescentaria: "Ninguém estudou a sociedade brasileira com mais profundeza, com ferramenta mais adequada, com investigações mais objetivas e precisas do nosso meio, do nosso homem e da nossa história". Referindo-se a Populações Meridionais do Brasil, Antônio Carneiro Leão chamou-lhe de "a chave que ninguém poderá prescindir para o estudo, ou a interpretação, de todo problema, de todo acontecimento nacional". 

Em 1900, concluiu seus estudos no Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro. Cinco anos depois, em 1905 se formou em direito pela Faculdade Nacional de Direito. Em 1916 se tornou professor da Faculdade de Direito do Estado do Rio de Janeiro. Como jurista se especializou no direito do trabalho. 

Em 1924 se tornou membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Em 1937 foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras. Foi convidado por Getúlio Vargas para o Supremo Tribunal Federal, mas rejeitou. 

A partir de 1932 trabalhou com Lindolfo Collor, Ministro do Trabalho, para elaborar a legislação trabalhista. Teve um papel muito importante na ordenação dos direitos trabalhistas brasileiros. Trabalhou com o governo até 1940 quando foi nomeado ministro do Tribunal de Contas da União, cargo que ocupou até morrer em 1951. 

O primeiro livro Populações meridionais do Brasil (1920) causou grande impacto pela nova visão ao encarar os problemas sociológicos do país. Os livros subsequentes, Pequenos estudos de psicologia social (1921) e Evolução do povo brasileiro (1923), este como contribuição ao censo de 1920, confirmaram essa posição. Uma das obras, Raça e assimilação (1932), representava uma visão tradicional dos problemas da raça, e deu margem a polêmicas. Oliveira Viana reformulou em trabalhos posteriores esta visão e o livro não foi mais reeditado. Dois outros livros de Oliveira Viana vieram provar, em segundas edições, o seu prestígio: O ocaso do Império (1925) e O idealismo na Constituição (1927).

Consultor jurídico do Ministério do Trabalho, foi um dos responsáveis pela elaboração da nova legislação trabalhista. Problemas de Direito Corporativo (1938) é a defesa do projeto de organização da Justiça do Trabalho, rebatendo as críticas do deputado Waldemar Ferreira na Câmara dos Deputados. O livro mostra as características dessa nova concepção de Direito. Problemas de Direito Sindical (1943) é também a defesa da nova organização sindical do país. 

Após o ingresso na Academia publicou mais três livros fundamentais, entre os quais Instituições políticas brasileiras, em dois volumes, obra considerada, até hoje, um dos trabalhos mais sérios, no Brasil, no campo desses estudos. Deixou outros livros publicados postumamente.

Membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e dos seus congêneres do Pará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Ceará; da Academia Fluminense de Letras; da Société des Américanistes, de Paris; do Instituto Internacional de Antropologia; da Academia de História de Portugal; da Academia Dominicana de História e da Sociedade de Antropologia e Etnologia do Porto. Sua casa em Niterói foi transformada em museu, depois de sua morte.













FONTES

https://www.academia.org.br/academicos/oliveira-viana/biografia

https://www.funarj.rj.gov.br/node/245

https://pt.wikipedia.org/wiki/Casa_de_Oliveira_Vianna

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