domingo, 9 de julho de 2023

SOLENIDADE DE INSTALAÇÃO DA ACADEMIA GONÇALENSE DE LITERATURA DE CORDEL | FOCUS PORTAL CULTURAL

Sob as coordenações dos Fundadores Zé Salvador e Ezequiel Alcântara e sessão presidida pelo cordelista Zé Salvador, foi realizada sábado, dia 08 de julho de 2023, a instalação da Academia Gonçalense de Literatura de Cordel. A entidade propende à conservação e à divulgação do gênero textual e da literatura popular brasileira que teve origem no Nordeste, a partir dos cordelistas gonçalenses.

A AGLC chegou com o abraço afetuoso dos amigos do Cordel! Em uma cerimônia bonita e bastante concorrida, com a beleza de leituras do gênero e com a decência que uma atividade desse calibre merece. O cordelista Zé Salvador realizou um sonho, Ezequiel Alcântara celebrou uma missão e o escritor Pablo Jordão de Pão colaborou na prática com a sua pesquisa sobre as academias de letras.

Destacando os presentes: Os Fundadores Zé Salvador (José Washington de Souza), Ezequiel Alcântara Soares, Jordão Pablo Rodrigues de Pão, Alba Helena Corrêa, João Batista Melo, Erick Bernardes, Oton José São Paio de Meneses, Décio Machado (representando a Academia Gonçalense de Artes e Ciências), Jota Sobrinho (representando a União Brasileira de Trovadores de São Gonçalo) e Marlos de Herval Lima da Silva (representando a Academia Brasileira de Literatura de Cordel).

COM 40 CADEIRAS, A AGLC TERÁ TRÊS QUADROS: MEMBROS EFETIVOS, MEMBROS PESQUISADORES E MEMBROS HONORÁRIOS

Três instituições ingressarão nos quadros da Academia com uma dinâmica diferenciada: representando-as, os presidentes em exercício ocuparão as cadeiras, atribuindo imortalidade ao cargo, e não aos indivíduos. Serão empossados: pela AGLAC, Décio Machado; pela UBT-SG, Renato Cardoso; e, pela Academia Brasileira de Literatura de Cordel, Almir Gusmão. Érick Bernardes integrará o grupo dos membros pesquisadores.

AS CADEIRAS SÃO DISTRIBUÍDAS DA SEGUINTE MANEIRA:

VINTE CADEIRAS EFETIVAS, sendo cinco especiais: Duas para fundadores - Zé Salvador e Ezequiel Alcântara, uma para o escritor e pesquisador de memória literária Jordão Pablo de Pão e duas com Patronos vivos (sem primeiros ocupantes) - uma para Alba Helena Corrêa e uma para João Batista Melo.

DEZ CADEIRAS para pesquisadores e artistas congêneres, na sessão realizada em 08/07/23, uma será ocupada por Erick Bernardes.

DEZ CADEIRAS PARA MEMBROS HONORÁRIOS, sendo quatro destinadas na sessão: uma do Patrono Vivo Oton São Paio e três em uma outra novidade - serão oferecidas a instituições e serão ocupadas pelos presidentes delas durante a gestão deles (uma forma de salvaguardar a fraternidade acadêmica), são elas: Academia Brasileira de Literatura de Cordel, Academia Gonçalense de Letras Artes e Ciências e União Brasileira de Trovadores seção São Gonçalo.

No fim da sessão, entrou em votação a proposta de Jordão Pablo de Pão e de Ezequiel Alcântara de chamar a AGLC "Casa de Zé Salvador", acolhida por unanimidade em vontade manifestada por aclamação popular. O evento aconteceu na Arte Galeria Box 212 em São Gonçalo.

Foi uma solenidade muito bonita. Assim, todos estão convictos que a vida dessa Riqueza Cultural de São Gonçalo será preservada. Viva a cultura popular brasileira! Viva a nossa Literatura!

SOBRE LITERATURA DE CORDEL

A literatura de cordel é considerada um gênero literário geralmente feito em versos. Ela se afasta dos cânones na medida em que incorpora uma linguagem e temas populares. É uma manifestação da cultura popular brasileira que teve origem no Nordeste. É composta por poemas escritos em linguagem popular, ricos em rimas e na perfeição métrica dos seus versos.

Essa manifestação recorre a outros meios de divulgação, em alguns casos, os próprios autores são os divulgadores de seus poemas.

No Brasil, a literatura de Cordel adquiriu força no século XX, sobretudo entre 1930 e 1960. Muitos escritores foram influenciados por este estilo, dos quais se destacam: João Cabral de Melo Neto, Ariano Suassuna e Guimarães Rosa.

Originalmente, os poemas de cordel eram vendidos em feiras, onde ficavam à mostra da população pendurados em cordéis ou barbantes.

Os locais onde ela tem grande destaque são os estados de Pernambuco, Alagoas, Paraíba, Pará, Rio Grande do Norte e Ceará. Por esse motivo, o cordel nordestino é um dos mais destacados no país.

ORIGEM DO CORDEL

O termo “Cordel” é de herança portuguesa. Essa manifestação artística foi introduzida por eles no Brasil em fins do século XVIII.

Na Europa, ela começou a aparecer no século XII em outros países (França, Espanha e Itália) e se popularizando no período do Renascimento.

CARACTERÍSTICAS DA LITERATURA DE CORDEL

Tradição literária regional

Oposta à literatura tradicional

Gênero literário em versos

Temas populares e da cultura popular brasileira

Linguagem popular, oral, regional e informal. 


Esse tipo de manifestação tem como principais características a oralidade e a presença de elementos da cultura brasileira. Sua principal função social é de informar, ao mesmo tempo em que diverte os leitores. 

Oposta à literatura tradicional (impressa nos livros), a literatura de cordel é uma tradição literária regional.

Sua forma mais habitual de apresentação são os “folhetos”, pequenos livros com capas de xilogravuras que ficam pendurados em barbantes ou cordas. Foi daí que surgiu o seu nome.


Cordelistas e amigos presentes.

Liane Arêas, Pablo Jordão, Alba Helena Corrêa,
Sara de Lourdes Cabral.





Na foto acima 👆, o primeiro da esquerda para a direita, camisa clara cabelos e barba brancos é o Décio Machado, Presidente da Academia de Letras de SG.  Ao lado dele de camisa vermelha é o Professor Oto São Paio, dono de dois colégios em SG e tomou posse como um dos patronos da nova Academia de Cordel, igual a Alba Helena Corrêa. Em seguida as personalidades da cultura niteroiense que também estiveram presentes: Will Martins, Liane Arêas, Jordão Pablo de Pão, Alba Helena Corrêa e Sara de Lourdes Cabral.

A cordelista Alba Helena Corrêa


CRÉDITOS DAS FOTOS
Cedidas, gentilmente, por Will Martins e Liane Arêas.

O Rapto de Joana do Tarugo

Literatura de Cordel – Cordelista paraibano Francisco Diniz

Fundo musical para poesia de Cordel






 

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