quarta-feira, 5 de julho de 2023

EFEMÉRIDES: HÁ 134 ANOS, EM 05 DE JULHO DE 1889 NASCEU DE JEAN COCTEAU POETA, ROMANCISTA, CINEASTA, DESIGNER, DRAMATURGO, ATOR E DIRETOR DE TEATRO FRANCÊS.

 

Em conjunto com outros surrealistas da sua geração Jean Anouilh e René Char, por exemplo, Cocteau conseguiu conjugar com mestria os novos e velhos códigos verbais, linguagem de encenação e tecnologias do modernismo para criar um paradoxo: um avant-garde clássico. O seu círculo de associados, amigos e amantes incluiu Jean Marais, Henri Bernstein, Édith Piaf e Raymond Radiguet. 

Nasceu em Maisons-Lafitte, 05 de julho de 1889 e faleceu em Milly-la-Forêt, 11 de outubro de 1963. 

Nascido numa pequena vila próximo a Paris, Jean Cocteau foi um dos mais talentosos artistas do século XX. Além de ser diretor de cinema, foi poeta, escritor, pintor, dramaturgo, cenógrafo e actor e escultor. Actuou activamente em diversos movimentos artísticos, nomeadamente o conhecido Groupe des Six (grupo dos seis) cujo núcleo era Georges Auric (1899–1983), Louis Durey (1888–1979), Arthur Honegger (1892–1955), Darius Milhaud (1892–1974), Francis Poulenc (1899–1963), Germaine Tailleferre (1892–1983). Além destes, outros também tomaram parte, como Erik Satie e Jean Wiéner. Foi eleito membro da Academia Francesa em 1955. 

Foi o autor de Le livre blanc, publicado anonimamente em 1928. Dentre os seus amigos destacam-se Pablo Picasso, Max Jacob, Serge Diaghilev, Vaslav Nijinsky, Roland Garros, Marcel Jouhandeau, Jean Genet, Edith Piaf, Christian Bérard, Pierre Bergé, Georges Auric, Valentine Hugo, Coco Chanel, Francine Weisweiller, Colette, entre muitos outros. 

Cocteau realizou sete filmes e colaborou enquanto argumentista, narrador em mais alguns. Todos ricos em simbolismos e imagens surreais. É considerado um dos mais importantes cineastas de todos os tempos. As suas peças foram levadas aos palcos dos Grandes Teatros, nos Boulevards da época parisiense em que ele viveu e que ajudou a definir e criar. A sua abordagem versátil e nada convencional e a sua enorme produtividade trouxeram-lhe fama internacional. 

OBRA LITERÁRIA 

POESIA


La Lampe d'Aladin (1909)

Le Prince frivole (1910)

La Danse de Sophocle (1912)

Ode à Picasso - Le Cap de Bonne-Espérance (1919)

Escale. Poésies (1917-1920)

Vocabulaire (1922)

La Rose de François - Plain-Chant (1923)

Cri écrit (1925)

L'Ange Heurtebise (1926)

Opéra (1927)

Mythologie (1934)

Énigmes (1939)

Allégories (1941)

Léone (1945)

La Crucifixion (1946)

Poèmes (1948)

Le Chiffre sept - La Nappe du Catalan (em colaboração com Georges Hugnet) (1952)

Dentelles d'éternité - Appoggiatures (1953)

Clair-obscur (1954)

Paraprosodies (1958)

Cérémonial espagnol du Phénix - La Partie d'échecs (1961)

Le Requiem (1962)

Faire-Part (póstumo) (1968)

Romance

Le Potomak (1919, edição definitiva: 1924)

Le Grand Écart (1923)

Thomas l'imposteur (1923)

Le Livre blanc (1928)

Les Enfants terribles (1929)

La Fin du Potomak (1940)

 

TEATRO

 

Parade, ballet (música de Erik Satie, coreografia de Léonide Massine) (1917)

Les Mariés de la tour Eiffel, ballet (música de Georges Auric, Arthur Honegger, Darius Milhaud, Francis Poulenc e Germaine Tailleferre) (1921)

Antigone (1922)

Roméo et Juliette (1924)

Oedipus Rex, ópera-oratório (música de Ígor Stravinski) (1927)

La Voix humaine (1930)

La Machine infernale (1934)

L'École des veuves (1936)

Œdipe-roi. Les Chevaliers de la Table ronde (1937)

Les Parents terribles (1938)

Les Monstres sacrés (1940)

La Machine à écrire (1941)

Renaud et Armide. L'Épouse injustement soupçonnée (1943)

L'Aigle à deux têtes (1944)

Le Jeune Homme et la Mort, ballet de Roland Petit (1946)

Théâtre I et II (1948)

Bacchus (1951)

Nouveau théâtre de poche (1960)

L'Impromptu du Palais-Royal (1962)

Le Gendarme incompris (póstumo, em colaboração com Raymond Radiguet) (1971)

 

POESIA E CRÍTICA

Le Coq et l'Arlequin (1918)

Carte blanche (1920)

Le Secret professionnel (1922)

Le Rappel à l'ordre - Lettre à Jacques Maritain (1926)

Opium (1930)

Essai de critique indirecte (1932)

Portraits-Souvenir (1935)

Mon Premier voyage (volta ao mundo em 80 dias) (1937)

Le Greco (1943)

Le Foyer des artistes - La Difficulté d'être (1947)

Lettres aux Américains - Reines de la France (1949)

Jean Marais - conversas à volta do cinematógrafo (com André Fraigneau) (1951)

Gide vivant (1952)

Journal d'un inconnu. Démarche d'un poète (1953)

Colette (discurso na Académie royale de Belgique e na Académie française (1955)

Discours d'Oxford (1956)

Entretiens sur le musée de Dresde (com Louis Aragon) - La Corrida du 1er mai (1957)

Poésie critique I (1959)

Poésie critique II (1960)

Le Cordon ombilical (1962)

La Comtesse de Noailles, oui et non (1963)

Portrait souvenir (posthume; conversas com Roger Stéphane) (1964)

Entretiens com André Fraigneau (póstumo) (1965)

Jean Cocteau par Jean Cocteau (póstumo; conversas com William Fielfield) (1973)

Du cinématographe (póstumo). Entretiens sur le cinématographe (póstumo) (1973)

Poesia de jornalismo

(póstumo) (1935-1938)

 

LIVROS PUBLICADOS EM PORTUGAL

 

Tanta coisa por dizer; sel. e trad. Inês Dias. [S.l.]: Língua Morta, 2012.

Visão invisível; selecção, apresentação e tradução de Aníbal Fernandes. Lisboa: Assírio & Alvim, 2005; Sistema Solar, 2016

As crianças terríveis. Lisboa: Livros do Brasil, 2000.

O filho do ar (O filho do ar; Ana a criada; A dama de Monte-Carlo; O mentiroso); trad. Gastão Cruz. Lisboa: Relógio d'Água, 1998.

A voz humana; trad. Carlos de Oliveira. Lisboa: Assírio & Alvim, 1989 (reeditado em 1999).

Toro: ritual de amor e morte; tradução de Aníbal Fernandes. Lisboa, Hiena, 1987.

O Livro Branco; apresentação e tradução de Aníbal Fernandes. Lisboa: & etc, 1985; Assírio & Alvim, 2010; (seguido de O Fantasma de Marselha), Sistema Solar, 2015

Explicação dos prodígios; trad. Aníbal Fernandes. Lisboa: & etc, 1982.

O baile do Conde de Orgel por Raymond Radiguet; pref. de Jean Cocteau; trad. de Ana Maria Alves. Lisboa: Estampa, 1973.

Ópio, diário de uma desintoxicação; trad. de Maria Teresa Horta. Lisboa: Ulisseia, 1966; trad. Miguel Serras Pereira, Lisboa: Difel, 1984

Desatino [Le grand écart]; tradução de Mécia de Freitas Leça. Lisboa: Livros do Brasil, 1958.

Os cavaleiros da Távola Redonda; trad. Herlânder Peyroteo. Lisboa: Centro Universitário, 1957.

Até amanhã. Ode/ Eugénio de Andrade; des. Jean Cocteau. Lisboa: Guimaräes Editores, 1956.

Tomaz, o impostor; trad. António Quadros. Lisboa: Livros do Brasil, 1955.

Os meninos diabólicos [Les enfants terribles]; prefácio e tradução de João Gaspar Simões. Lisboa: Inquérito, 1939, 1942, 1958.

 

FILMOGRAFIA

 

Le Sang d'un Poète (1930)

L'Eternel Retour (1943)

La Belle et la Bête (1946)

L'Aigle à Deux Têtes (1947)

Les Parents terribles (1948)

Les Enfants Terribles (1950) (não creditado)

Coriolan (1950)

Orphée (1950)

La Villa Santo Sospir (1952) (documentário)

8x8: A Chess Sonata in 8 Movements (1957) Codirector, Experimental)

Le testament d'Orphée (1959) 


















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