AMÁLIA
RODRIGUES - A RAINHA DO FADO. HOMENAGEM DO FOCUS PORTAL CULTURAL.
AMÁLIA
RODRIGUES - Amália da Piedade Rodrigues nasceu em Lisboa, 23 de julho de 1920 e
faleceu em Lisboa, 6 de outubro de 1999 foi uma cantora, atriz e fadista
portuguesa, geralmente aclamada como a voz de Portugal e uma das mais
brilhantes cantoras do século XX. Está sepultada no Panteão Nacional, entre outras
ilustres figuras portuguesas.
Tornou-se
conhecida mundialmente, como a Rainha do Fado e, por consequência, devido ao
simbolismo que este gênero musical tem na cultura portuguesa, foi considerada
por muitos como uma das suas melhores embaixadoras no mundo. Aparecia em vários
programas de televisão pelo mundo fora, onde não só cantava fados e outras
músicas de tradição popular portuguesa, como ainda canções contemporâneas
(iniciando o chamado fado-canção) e mesmo alguma música de origem estrangeira
(francesa, americana, espanhola, italiana, mexicana e brasileira). Marcante
contribuição sua para a história do Fado, foi a novidade que introduziu de
cantar poemas de grandes autores portugueses consagrados, depois de musicados,
de que é exemplo a lírica de Luís de Camões ou as cantigas e trovas de D.
Dinis. Teve ainda ao serviço da sua voz a pena de alguns dos maiores poetas e
letristas seus contemporâneos, como David Mourão Ferreira, Pedro Homem de
Mello, José Carlos Ary dos Santos, Alexandre O'Neill ou Manuel Alegre.
Rodrigues falava e cantava em castelhano, galego, francês, italiano e inglês.
Em 1943 iniciou sua carreira internacional, atuando no Teatro Real de Madrid.
Entre 1944 e 1945, ficou 8 meses em cartaz no Casino Copacabana. Sua estreia no
cinema deu-se em 1947, com o filme Capas Negras, considerado um marco no cinema
europeu e latino, tendo ficado mais de um ano em cartaz e sendo o maior sucesso
do cinema lusitano até hoje. A canção "Coimbra", atingiu a segunda
posição da Music Chart Popularity - a tabela de êxitos musicais predecessora da
Billboard Hot 100 -, da revista estadunidense Billboard, em 1952. Em maio de
1954, Amália foi capa da mesma revista, pois o álbum Amália in Fado &
Flamenco atingiu a primeira posição entre os mais vendidos nos Estados Unidos. Neste
mesmo ano, atuou no Radio City Music Hall em Nova Iorque por 4 meses. Na década
de 1970, embora estivesse no auge da sua fama internacional, sua imagem em
Portugal foi afetada por falsos rumores de que Amália tinha ligações com o
regime do Estado Novo, de António de Oliveira Salazar. Na verdade, o antigo
regime censurou muitos de seus fados. Amália reconquistou a popularidade com o
povo português, cantou o hino da Revolução dos Cravos, a canção "Grândola,
Vila Morena" e deu clandestinamente dinheiro ao Partido Comunista Português.
Até
à sua morte, em outubro de 1999, 170 álbuns haviam sido editados com seu nome
em 30 países, vendendo mais de 30 milhões de cópias em todo o mundo, número 3
vezes maior que a população de Portugal.
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