CÂNDIDO
JOSÉ DE ARAÚJO VIANNA, O MARQUÊS DE SAPUCAÍ. Jurista brasileiro nascido em
Congonhas do Sabará (atual Nova Lima), Estado de Minas Gerais, um dos
fundadores do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, o qual presidiu por
cerca de trinta anos. Filho legítimo do Capitão-Mor Manoel de Araújo da Cunha e
de D. Mariana Clara da Cunha, estudou o primário em sua terra natal. Foi
provido pelo Conde de Palma, Governador e Capitão-General da capitania de Minas
Gerais, no posto de 2º Ajudante das Ordenanças do termo da vila de Sabará.
O
Príncipe Regente D. João confirmou esse ato, assinando a respectiva patente
(1815). Seguiu para Portugal e matriculou-se (1815) na Faculdade de Leis da
Universidade de Coimbra, bacharelando-se em direito (1821). Regressando ao
Brasil, foi nomeado Juiz de Fora da cidade de Mariana (1821), e Provedor da
Fazenda dos Defuntos e Ausentes, Resíduos e Capelas da mesma cidade, no ano
seguinte.
Foi
deputado por Minas Gerais à Constituinte 1ª legislatura (1826-1829),
seguindo-se mais três legislaturas (1830-1839) e nomeado desembargador da
Relação de Pernambuco (1826). Presidente das províncias de Alagoas (1826) e, a
seguir, do Maranhão (1828), tornou-se (1832) desembargador da Relação da Bahia
e ministro da Fazenda. Continuou a representar a província de Minas Gerais até
ser conduzido ao Senado (1839), ano em que passou a preceptor do futuro
imperador. Foi ministro do Império no segundo gabinete da maioridade (1842), e
tornou-se Ministro da Suprema Corte de Justiça (1849), cargo que exerceu por 11
anos. Respeitado por sua retidão de caráter, foi membro do conselho de estado e
obteve o reconhecimento de D. Pedro II, que lhe deu o título de visconde (1854)
e, quando já aposentado, marquês (1872).
Foi
ministro da fazenda e ministro da justiça, conselheiro de Estado, deputado
geral, presidente de província e senador de 1840 a 1875, eleito pela província
de Minas Gerais. Ocupou a presidência do senado de 1851 a 1853.
Bacharel
em direito, foi deputado constituinte em 1823 e deputado geral representando
Minas Gerais por três mandatos. Ocupou as presidências das províncias de
Alagoas e do Maranhão. Foi ainda procurador da coroa, fiscal do tesouro e
ministro do Supremo Tribunal de Justiça, ministro da fazenda e nomeado membro
extraordinário do Conselho de Estado a partir da data de sua criação.
Em
1839, foi nomeado mestre de literatura e ciências positivas de D. Pedro II (então
herdeiro do trono); posteriormente, também cuidou da educação da Princesa
Isabel. Como Ministro do Império no segundo Gabinete conservador (1841-1843),
referendou a lei que dava aos senadores o solene tratamento de "Sua
Excelência".
Condecorado
como dignitário da Imperial Ordem de Cristo e da Rosa, além de Grã-Cruz da
Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito e da Legião de
Honra. Recebeu do imperador o título de visconde em 1854 e de marquês em 1872.
Era do Conselho de Sua Majestade, Gentil-Homem da Imperial Câmara e Fidalgo
Cavaleiro da Casa Imperial.
Foi
homenageado pela escola de samba Beija-Flor do Rio de Janeiro no carnaval de
2016, com o enredo "Mineirinho Genial! Nova Lima – Cidade natal. Marquês
de Sapucaí – O poeta imortal!".
Faleceu na cidade do Rio de Janeiro, no dia 23 de janeiro de 1875, e foi
sepultado no Cemitério da Ordem de São Francisco de Paula, em Catumbi. Hoje é
mais lembrado pelo nome da avenida do carnaval carioca.
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