sábado, 2 de setembro de 2023

EFEMÉRIDES: HÁ 157 ANOS, EM 02 DE SETEMBRO DE 1866 NASCEU TOMÁS DE MELLO BREYNER FOI UM NOBRE PORTUGUÊS, MÉDICO. MUITO CONHECIDO NOS MEIOS DA POLÍTICA E DA MEDICINA DO PRINCÍPIO DO SÉCULO XX.


Tomás de Mello Breyner nasceu no seio de velhas famílias aristocráticas apoiadoras de D. Pedro IV. Era filho do coronel Francisco de Mello Breyner, comandante do regimento de Caçadores 5 e de Emília Pecquet da Silva.

Nasceu em Lisboa, 02 de setembro de 1866 e faleceu em Lisboa, 24 de outubro de 1933,  Embora a República tivesse sido proclamada em Portugal em 1910, Tomás de Melo Breyner usava o título de 4.° Conde de Mafra. Seu irmão mais velho, Francisco, falecido em 1922, era o 3.° Conde de Mafra.

Médico notável, Tomás de Mello Breyner, 4º conde de Mafra, empenhou-se na promoção de políticas de saúde pública, nomeadamente através da luta contra as doenças venéreas, mesmo em prejuízo da carreira e de salários mais altos.

Filho mais novo de Francisco de Melo Breyner, o 2.° Conde de Mafra, e de sua esposa Emília Pecquet da Silva, Tomás nasceu naquele que veio a ser chamado de Palácio Vila Flor, junto ao Castelo de São Jorge, que servia então como quartel do batalhão do qual seu pai era comandante.

Estudou no Colégio Acadêmico Lisbonense e, mais tarde, na Escola Politécnica de Lisboa. Estudou Medicina na Escola Médico-Cirúrgico de Lisboa, no Campo de Santana. Em 1893, após se especializar na França, Tomás concorreu a médico do Hospital de São José, mas acabou sendo nomeado médico da Real Câmara por D. Carlos I. Em função disso, ele acompanhou a Rainha D. Amélia em uma viagem a Paris, em 1894, e a Rainha D. Maria Pia à Itália, em 1901.

Em 1897, Tomás de Melo Breyner participou como secretário de José Tomás de Sousa Martins num congresso sobre peste bubônica em Veneza. Em 1903, representou Portugal no Congresso Internacional de Medicina em Madrid, e fez o mesmo no realizado em Paris, em 1905. No ano seguinte, o Congresso ocorreu em Lisboa, e Tomás serviu como secretário da comissão executiva. Entre 1906 e 1907, Melo Breyner foi deputado.

Teve colaboração em publicações periódicas como a Ação realista (1924-1926) e o jornal humorístico O Thalassa (1913-1915). Também colaborou, com texto da sua autoria, na obra In memoriam: Júlio de Castilho, publicado em 1920. No dia 07 de janeiro de 1894, Tomás de Melo Breyner desposou Sofia de Carvalho Burnay, quarta filha de Henrique Burnay, 1.º conde de Burnay. Tiveram nove filhos e filhas.

Muito atento e interessado no mundo que o rodeava, deixou diversos escritos em forma de diários, que constituem um dos mais preciosos testemunhos históricos da vida portuguesa entre 1897 e 1933. Apercebemo-nos dessa importância ao lermos a obra de Margarida de Magalhães Ramalho - “Thomaz de Mello Breyner – Relatos de uma Época, do final da Monarquia ao Estado Novo” (Imprensa Nacional, 2018), uma biografia elaborada com grande rigor cronológico e histórico, que permite compreender não só a vida do biografado e, mas também a sua época.

 

 

Referências

 As Antigas Portas de S. Lourenço, da Alfofa e de S.to André, por Ferreira de Andrade, boletim Olisipo, ano III, n.º 89, Janeiro de 1960, Lisboa, pág. 30

 [http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/Periodicos/AccaoRealista/Accaorealista.htm Acção realista (1924-1926) [cópia digital, Hemeroteca Digital

 [http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/Periodicos/OThalassa/OThalassa.htm O Thalassa: semanario humoristico e de caricaturas (1913-1915) [cópia digital, Hemeroteca Digital

 Composto por Tipografia da Empresa Diário de Notícias. «In memoriam: Júlio de Castilho, índice, pág. 194». Consultado em 15 de maio de 2020.

 

 

FONTE: https://pt.wikipedia.org/wiki/Tomás_de_Melo_Breyner

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